História PROPHECY, DMalfoy. - Eleonor.

【мαxy】

— Maxy? O que aconteceu? — Gina balançou-me levemente, após dispensar Dino que a acompanhava.

— Gina... Podemos ir lá fora, por favor? — perguntei segurando a vontade de chorar.

— Claro, venha.

Gina passou os braços pelos meus ombros e me guiava até o lado de fora do castelo. Algumas pessoas nos olhavam no caminho, mas ninguém se atreveu a perguntar algo. De longe, vi Draco e Pansy entrarem na sala de Herbologia, porém não consegui ver mais nada, pois Gina virou um corredor e finalmente estávamos em nosso destino.

— Agora, me explica o que aconteceu. Por que está assim? — a ruiva sentou-se, incentivando-me a fazer o mesmo.

Por um tempo fiquei calada, não sabia o que dizer, nem se podia contar o que sabia para a ruiva a minha frente. Mas, vendo a mesma me olhar de uma forma tão preocupada, me fez querer contar. Eu confiava em Gina, como confiava em poucas pessoas.

— Há uma profecia... De uma garota que tem algo que possa ajudar Harry a derrotar Você-Sabe-quem. — disse o mais baixo que consegui. — Dumbledore me chamou em sua sala para explicar essa profecia e dizer que ela se tratava de mim. Eu tenho algo que pode ajudar Harry.

— Uau. Apenas... Uau. — a ruiva, surpresa, disse. — E o que é? Você já sabe ou tem alguma ideia?

— Não, eu não sei o que é, e isso me deixou extremamente frustrada. — suspirei. — Quando Dumbledore me contou, eu senti como se o peso do mundo fosse colocado em cima de mim. É muita pressão, ainda mais não fazendo idéia do que se trata esse "algo".

— Mas não é apenas isso, não é? — perguntou apreensiva, após alguns minutos. — Pelo o que te conheço, você não ficaria desse jeito apenas por isso.

— Não, Gina. — a olhei, sentindo meus olhos arderem novamente. — Você provavelmente sabe... Eu tinha uma irmã gêmea, Eleonor Selwyn.

— Sim, conheço a história. Sinto muito por ela, Maxy. Não sei o que você sofreu, muito menos o que ela sofreu pela doença mas... – a interrompi.

— Essa história realmente pegou. — murmurei e Gina me encarou com confusão. — Elle não morreu por causa de uma doença como todos pensam, Ginny. Foi por causa de uns malditos Comensais.

— Como assim?

— É uma longa história, eu vou resumir. Meus pais e Eleonor saíram e me deixaram com minha avó, pois eu estava doente. Nisso, uns comensais atacaram eles; eles revidaram e um comensal matou Elle, na intenção de matar meu pai. Eu nunca perguntei nada, já que mamãe ficava extremamente desconfortável com esse assunto...

Gina segurou minhas mãos, e deu um sorriso fraco, me incentivando a continuar.

— Isso não saiu no Profeta Diário, pois eles não quiseram acreditar que foram Comensais, já que na época Você-Sabe-Quem estava "morto". Então, inventaram uma doença e ficou por isso. — olhei ao redor, vendo a cabana de Hagrid ao longe. — Poucas pessoas sabem da verdade, eu só fui descobrir com sete anos, pois escutei uma conversa dos meus pais sem querer.

— Nossa...

— Mas não é isso. E se essa profecia falar sobre Elle? E se não for eu, mas sim minha irmã, que por acaso, está morta?

— Desculpa a indelicadeza, Maxy, mas Eleonor morreu há mais de dez anos, não acho que uma profecia falaria de alguém que já está morto. Ainda mais que a profecia foi feita há dois anos. — a ruiva franziu o cenho. — E Dumbledore disse que era sobre você.

— Ele poderia estar errado.

— Nunca vi Dumbledore estar errado, Maxy.

Neguei, ainda não saia da minha cabeça que poderia ser de Elle que a profecia falava.

— Assim que ele disse que eu era a única a ter esses aspectos, só me veio a Eleonor na mente. Ela era tão nova... Uma criança que sofreu por causa dos seguidores daquele lunático.

— Sinto muito, mesmo. É clichê, mas ainda assim, pode contar comigo.

— Obrigada, Ginny. Você tem aula agora? — perguntei. Gina assentiu.

— Mas vou ficar com você. ‘Tô vendo que precisa de apoio. — Gina deu um sorriso de canto, eu ia retrucar mas a mesma me interrompeu. — Não adianta negar! Minha melhor amiga precisa de mim.

Sorri.

— Mas você vai perder matéria!

— Depois eu peço alguém. Agora vamos! Teremos uma tarde das meninas.

Gina me puxou afora para o Salão Comunal, que estava vazio quando chegamos. Gina pegou xadrez bruxo para jogarmos.

— Quer apostar? — sugeriu.

— Vamos, provavelmente eu vou perder mas ok. 10 galeões? — a ruiva assentiu, então começamos a jogar.

Depois de muito jogarmos, como era previsto eu perdi. Alguns alunos começaram a entrar no Salão, Gina e eu decidimos ir para o meu dormitório pegar os galeões.

— Você é péssima, Maxy! — riu.

— Eu disse. Aliás, não sou tão ruim, você roubou! — exclamei, a ruiva riu mais ainda.

— Como que rouba em xadrez bruxo?

— Não sei, mas você roubou.

— Você que não quer admitir que é péssima. — zombou.

— Ei, não sou péssima. Só não sou boa.