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História Propício ao Erro - É só um sanduíche.


Escrita por: bullshift

Notas do Autor


oi gente eu só queria postar no horáRIO ENTÃO NÃO ME ODEIEM
agora sim um capítulo de verdade, parem de jogar hate em mim POXA EU-
espero que gostem, ok? as coisas tão começando a andar agora, hmmmmmm
temos um personagem novo chegando.
ATÉ AS NOTAS FINAIS. boa leitura, boa noite.

Capítulo 10 - É só um sanduíche.


Fanfic / Fanfiction Propício ao Erro - É só um sanduíche.

 

Sentia-se sufocado.

Praticamente corria de um lado para o outro, aceitava tarefas e favores de qualquer um que o pedisse. Jimin estava se enchendo de coisas para fazer porque não queria pensar em um certo alguém, ou em uma certa briga. Sua agenda estava repleta de protestos, manifestações, reuniões (sem o conselho estudantil) e trabalhos do seu curso apenas para que se mantivesse ocupado o suficiente para não pensar. Era errado, talvez, contudo o rosado não ligava. Queria mesmo era ter a cabeça tão cheia ao ponto de viver como se não estivesse preocupado ou mais pensativo que o normal.

Isto é, desde aquela maldita conversa onde ele e Jeongguk falaram demais, sua mente não parava. As frases se repetiam no subconsciente de Jimin só para mostrá-lo o quão infantil estava sendo, batendo boca com um garoto mais novo que si como se ainda estivesse no ensino médio. Todavia, aquela era uma época onde o orgulho de Park falava alto, mais alto do que qualquer outro sentido e o deixava – na opinião de seus amigos – totalmente insuportável.

Começando que o rosado não havia explicado nada para os dois rapazes. Não havia dado um único motivo para estar tão bravo, tão nervoso com Jungkook. E Yoongi e Taehyung apenas sabiam da história até o momento em que saíram da sala de prática, nada além disso.

Ugh. Park queria mesmo era que o Jeon explodisse. Queria esquecer os últimos tempos com ele mais presente em sua vida do que o necessário, para falar a verdade. Jimin preferia deletar tudo o que houve desde o famigerado teste. Desejava sua vida de volta, a vida que escolheu para si e a vida na qual possuía controle.

Logo, pensando nisso, o representante estava se esforçando para não deixar sua relação com seus melhores amigos estranha. Porque ele e Yoongi já haviam discutido após a tal conversa que teve com Jungkook, mas não era seu objetivo. Precisava manter seus amigos próximos, não afastá-los para se sentir ainda pior, não. Então lá estava ele, indo até o pátio externo próximo do refeitório para encontrar Taehyung e o Min. Sentia falta de ambos, mesmo que quando estavam todos juntos o clima ficasse pesado por conta do maldito presidente do conselho.

Queria matar Jeongguk, no final das contas.

— Você demorou. — Yoongi comentou assim que o rosado sentou-se perto do pequeno chafariz que havia ali. Os três se encararam durante algum tempo.

— Terminei agora de organizar o próximo protesto, então… — coçou a nuca de fios tingidos, suspirando. — A culpa não foi minha.

O mais novo entre os três sorriu, passando as mãos grandes nos ombros dos amigos enquanto já sentia o clima estranho voltar. Odiava quando isso acontecia e, por mais infantil que soasse, culpava Jeongguk por isso. Aquele tipo de clima não pairava sobre a amizade desde muito tempo, muito tempo mesmo. Raramente os três discutiam.

— Ninguém falou que a culpa foi sua, Jimin. — o veterano de música respondeu, ríspido. — Pelo menos nisso a culpa não foi sua.

— O que você tá insinuando?

Taehyung revirou os olhos, não aguentava mais ter de aturar duas crianças discutindo sempre que se encontravam.

— Não comecem, por favor. — interrompeu antes que fugisse do controle. — O que o Yoongi quer dizer é que você tem estado estranho desde a conversa com o Jeongguk, hyung. O que houve? Por que você não nos conta?

O rosado abaixou o olhar, brincando com os anéis nos dedos pouco antes de fazer um bico, parecendo uma criança quando contrariada. Não queria falar sobre aquilo, mas já estava começando a ficar chato, afinal, fugia daquele assunto tinha muito tempo.

— Eu só não quero… — respondeu baixo, suspirando. — Não é algo do que eu gosto de lembrar, muito menos falar sobre. Só de pensar eu fico irritado e… Sei lá.

— Mas nós queremos ajudar, Chim. — Yoongi tentou soar mais calmo, queria amolecer o amigo e descobrir logo o que estava acontecendo.

Pressionou os lábios carnudos, ficando pensativo. Deveria parar de enrolar os dois sobre o que havia acontecido, afinal, as coisas não mudariam e deixá-los sem saber de nada apenas afastava-os mais ainda. E tudo o que menos queria era seus amigos longe.

— Ele disse que a culpa era minha, que eu não deveria ter ido até o jantar e que ele não podia fazer nada… Disse que se tivesse falado algo, teria não só me prejudicado como prejudicado a ele mesmo. — deu de ombros, revirando os olhos. — Ainda completou falando que eu não penso nas consequências e que eu sabia onde estava me metendo quando resolvi fazer o teste com ele. Jeongguk é idêntico ao pai! Fez com que eu saísse como o errado sendo que quem não fez nada durante o jantar foi ele.

Assim que terminou de falar, fitou seus amigos que, rapidamente, se olharam. Os semblantes não eram um dos melhores e Yoongi parecia se preparar para falar. Sabia que não gostaria do que ouviria, por isso respirou fundo, tentando relaxar.

— Mas… Você já pensou que.... — ele começou, encarando Jimin que retribuía o olhar. — Ele pode estar certo?

— O que?!

O mais novo interveio no mesmo instante, interrompendo qualquer fala que viesse a seguir ao mesmo tempo com que pedia por silêncio.

— Calma, não é bem assim. — disse alto, vendo ambos o fitando. — O que o Yoongi-hyung quis dizer é que, Chim, você ao menos deixou ele explicar o motivo pelo qual acha que não poderia ter feito nada durante o jantar? Não que eu ache que ele esteja certo, longe disso! Mas é sempre bom ouvir ambos os lados. Então você o deixou se explicar?

Jimin o encarou como quem pede uma tradução para o que foi dito, parecia que Taehyung dizia algo absurdo em outra língua.

— Não, mas…

— Não estou falando que ele está certo, ok? É só que… Ele pode ter um bom motivo para não ter dito nada. — engoliu em seco, vendo o modo assustador que Jimin o encarava. Ele estava extremamente nervoso e Taehyung sentia medo disso. — Tipo, só existiam pessoas preconceituosas por lá. O pai dele estava lá, hyung! Além de ser algo muito maior do que a relação de vocês ou o que vocês significam para a faculdade, sabe? Pessoas muito importantes estavam lá, pense o que seria do jantar se o Junmi tivesse visto Jeongguk te protegendo? Não duvido que ele expulsasse você e até o próprio filho.

Seus olhos rolam até a imagem de Min que, por sua vez, está apenas assentindo ao que o mais novo fala.

— Eu odeio Jeongguk, você sabe. Eu o odeio muito, só que… — deu de ombros, suspirando. — Ele pode ter uma boa explicação.

Naquele instante, Jimin sentiu-se pior do que alguém quando é apunhalado nas costas pelo próprio irmão. Era muito pior. Nossa. Sentia como se estivesse encarando dois amigos do seu mais odiado inimigo ali e, bem, não era uma boa sensação.

Mas isso ocorria por conta do orgulho indomável que sentia. Porque, lá no fundo, Jimin sabia que deveria ter deixado o mais novo se explicar, porém seu ego jamais o permitiu isso. E, se dependesse dele, jamais permitiria também.

Não importava se Jeon possuía uma boa justificativa, não queria perdoá-lo. Até porque parecia idiota a aproximação que acabara tendo dele durante as últimas semanas. O rosado não entendia mais o motivo pelo qual estava tão íntimo do filho do diretor e, sendo sincero, não queria se dar ao luxo de tentar entender.

— Não. — respondeu, simplório. — Ele não estava preocupado comigo, vocês sabem. Ele só estava preocupado com ele. Jeonguk não me ajudou porque ele teria problemas, não eu. Até porque… Eu tive problemas mesmo assim.

Respirou fundo outra vez, sentia seu estômago começar a embolar.

Se recusava a aceitar que seus amigos estavam contra argumentando algo como aquilo, algo como um assunto onde deveriam todos ser contra Jeongguk. E talvez fosse sua rotina agora muito atarefada, mas Jimin sentia-se exausto após aquela conversa. Exausto de tudo que não fosse uma boa música tocando e alguns passos de dança. Precisava fingir que todos aqueles problemas não existiam, então se levantou de onde estava, sorrindo de leve pouco antes de tirar um pirulito do bolso.

— Olha, Chim, nós… — Taehyung tentou falar novamente, vendo o modo como o amigo começara a se comportar.

— Tudo bem, Tae. — interrompeu-o, tirando a embalagem do doce. — Acho não vamos a lugar algum falando sobre isso, então… Eu vou treinar. Até depois.

Antes que os outros dois pudessem falar qualquer coisa, Park começou a marchar para fora do pátio externo outra vez. Sentia-se completamente exausto após aquilo, estava desacreditado e ainda mais puto.

Puto com Jeon Jeongguk.

Apertou de leve a alça da mochila contra os dedos e continuou andando, iria treinar até seu corpo dizer chega e cair na cama, desmaiando. Não podia se esquecer de que seu objetivo principal ali era formar-se e viver feliz fazendo algo que gostava; porque não importava se seus pais estavam insatisfeitos ou se Junmi desejava sua cabeça em uma bandeja de prata, Jimin cumpriria com seu objetivo de qualquer modo.

Subiu as escadas animado, os passos indo quase que automaticamente até a sala de treino que ficava perto de onde Jieun estudava, a namorada do presidente. E, bom, pensando nisso, o rosado começou a devanear outra vez. Porque, bem… Jieun não estava sabendo ainda do que havia rolado entre os dois homens, certo?

Será que Jeon planejava contar? Será que Jieun ficaria brava?

Respirou fundo outra vez, afastando aquelas ideias que não adicionavam em nada na sua vida além de preocupações vazias e agonia. Voltou a prestar atenção no caminho que tomava até a sala de dança quando reparou na luz acesa e uma música (baixa, por conta de a sala ser preparada para isso) tocando ao fundo.

Ficou curioso e torceu os lábios, colando a testa no vidro da porta até encontrar um corpo masculino dançando lá dentro. Oras, ninguém utilizava aquela sala no final da tarde. Que bizarro.

Abriu a porta de madeira lentamente, entrando com o corpo de forma cuidadosa para não chamar a atenção. Logo seus olhos colaram na figura que se balançava de um lado para o outro em um ritmo perfeito e passos impecáveis. Como nunca havia o visto antes? Jimin conhecia todos os alunos de dança daquela instituição!

Seria ele um… Aluno novo?

Jimin estava curioso. Muito.

 

(...)

 

Simplesmente odiava aquele lugar.

As paredes de tons marrons, os quadros e certificados que só comprovavam mais ainda o quanto Seokjin era alguém metódico e sem coração. Encarava o loiro que dava mais atenção para os papéis do que para a sua presença não muito frequente ali e chegava a conclusão de que não fazia ideia do que estava fazendo da vida. Namjoon não fazia ideia do motivo pelo qual insistia naquele relacionamento. Porque relações fracas, instáveis e mentirosas não duravam muito.

E ele sabia bem disso, só não queria aceitar.

— Então, Jin… — começou, coçando a nuca pouco antes de começar a falar. — Acha que nós conseguimos assistir aquela peça que estávamos programando de ver no final de semana?

Sem tirar os olhos da papelada em mãos, ele respondeu:

— Hm, não vai dar, Nam. — coçou um dos olhos. — Preciso terminar uns relatórios e tenho compromissos com a elite durante o sábado.

Como sempre, havia sido trocado. Sorriu triste e assentiu, levantando-se lentamente. Não havia mais o que fazer ali, até porque Kim Seokjin estava claramente sem tempo para si, seu namorado. Quer dizer, apenas os dois sabiam daquele relacionamento, então…

A cada dia que se passava, o de fios roxos ficava ainda mais sem paciência com tudo aquilo. Era um homem quase formado, era inteligente, bonito, engraçado e extremamente intelectual. Por que raios ele se propunha a passar por aquilo?

— Não me entenda mal, ok? — Jin completou assim que viu o semblante entristecido do namorado. — Você sabe, isso é importante.

Sim, Namjoon sabia que era importante. Muito mais do que o relacionamento que os dois mantinham.

Assentiu outra vez, se virando para sair quando sentiu o loiro puxando-o. Os dedos de Jin logo emaranhavam-se nos fios da cor roxa e os lábios se tocavam de forma intensa e lenta. E o de pele mais morena até pensou em aprofundar o toque, afinal, eram raros os momentos em que tinha algum toque mais íntimo com o namorado. Uma de suas mãos foi até a lateral do rosto bonito de Seokjin, contudo, assim que tocou ali, ouviram a maçaneta virar.

Se afastaram num instante e Namjoon manteve o olhar cabisbaixo.

— Hyung, a secretária deve ter misturado nossos documentos e deixou essa papelada na minha mesa, então… — a voz do rapaz que entrava pela porta morreu assim que viu os dois indivíduos dentro da sala. — Eu estou atrapalhando?

Jeongguk estava surpreso.

Tudo bem, era a sala de seu primo, mas… O que o veterano de engenharia mecânica fazia ali?

Lembrava-se dele na festa da república onde fez o teste. Jeon se recordava de vê-lo entrar com Jimin… Eles eram amigos? Então o que ele fazia com o seu primo? Céus, nada fazia sentido.

E para Namjoon também não.

— Eu e o Kim já terminamos. — Jin respondeu rapidamente, se levantando. — Obrigado, Jeongguk.

Deixou os papéis na mesa e viu o arroxeado saindo rapidamente do cômodo. Fitou seu primo como quem busca por uma explicação, mas o loiro nada disse e ao menos esboçou uma reação; Jin parecia não ligar muito, na realidade.

— Quem era ele, hyung? — perguntou, fingindo que não sabia de nada.

O rapaz então alinhou os papéis sobre a mesa, os olhos indo até a porta agora fechada.

— Ninguém, Jeon.

— Tem certeza? — insistiu, estava extremamente desconfiado do que Namjoon fazia ali. — Porque ele…

— Eu já disse. — Jin o interrompeu. — Não é ninguém. Agora, se você me dá licença, tenho algumas coisas para terminar aqui.

Com a mesma velocidade que usou para entrar na sala, saiu. Não era sempre que via seu primo nervoso e sério daquele modo. Jin sempre possuía um ar debochado, engraçado e despreocupado. Por que logo agora estava nervoso?

Dirigiu-se até sua sala, pensativo. Cada dia que passava só trazia mais dúvidas para o presidente que, como se não bastasse, precisava resolver-se com o representante das minorias.

No geral, Jeon estava exausto. Só de pensar no nome de Jimin sua cabeça doía, pelos céus. Queria completa distância daquele rapaz e de tudo que o envolvia, todos os assuntos e acontecimentos. Fechou os olhos e encostou-se em sua cadeira, suspirando fundo ao que tentava relaxar um pouco que fosse. Só queria paz e esclarecimentos, não era pedir muito, certo?

Com essa ideia na cabeça, aceitou o fato de que estava com sono e que merecia, ao menos um pouco, tirar um cochilo. Estava trabalhando desde cedo, além das aulas que ao menos faltava. Não fazia ideia de como suportava tudo, na realidade. E quando o corpo foi se tornando pesado e a mente ia relaxando, a porta abriu.

Talvez não fosse naquela vida que o rapaz conseguiria um momento de paz.

— Finalmente te achei! — Hoseok disse alto, respirando aliviado. — Estou te caçando pelo campus há horas, Kook. Onde você esteve?

— Resolvendo umas coisas, mas agora estou livre. — respondeu sorrindo de leve. — Pelo menos por enquanto.

Seu amigo então se aproximou, fitando o mais novo que estava nitidamente cansado. Desde o jantar, Jeongguk não vinha aparentando estar bem ou saudável, por assim dizer. O moreno estava sempre cansado, irritado, atarefado demais para perceber que praticamente definhava naquela cadeira de couro negra.

— Como você está? — Jung questionou. — Como estão as coisas?

Ele suspirou, se ajeitando no assento à medida que tentava organizar uma frase decente na cabeça. Não havia contado para seu melhor amigo sobre a conversa que tentou ter com Park e, sendo sincero, nem ao menos pretendia contar. Sabia que acabaria ouvindo esporro novamente, sabia que viria outra lição de moral e não aguentava mais.

— Atarefado… — concluiu, sorrindo sem mostrar os dentes. — E você?

— Preocupado com a minha apresentação no evento da faculdade. — encolheu os ombros. — O acidente da festa da república me atrasou nos ensaios, mas… Acho que dou um jeito.

— Com certeza, hyung. — acalmou-o. — Você vai se sair bem, como sempre.

Jung sorriu, sentindo-se um pouco mais motivado após ouvir as palavras do amigo. Em suma, Jeongguk era alguém bem pessimista e com os pés no chão, então ouví-lo incentivar e dizer que tudo daria certo era como um amuleto da sorte.

Então sim, Hoseok se sairia bem.

— Ah, aliás. — Jung bateu na mesa de leve. — Jieun está te procurando. Nos encontramos no campus e ela me perguntou de você. Achei que estivessem se falando, Jungkook…

— Mas nós estamos. — coçou o queixo, pensando sobre o fato de ter muito tempo desde a última vez que conversou ou ao menos viu a garota. — Faz algum tempo que não conversamos, mas isso não quer dizer nada, oras.

Seu amigo o fitou, o olhar de quem julga e se preocupa estava bem aparente no rosto bonito e desenhado de Hoseok. Ele estava sim pensativo sobre o presidente, pois seu amigo não sabia o que fazia e como fazia. Acabava magoando quem não tinha nada a ver e, no particular, esse era o medo de Jung sobre Jieun.

A Lee era uma garota inteligente que sempre apoiou o namorado nas decisões sensatas que teve, além de ser um amor de pessoa e ajudar Hoseok quando ele precisava de alguém e Jeongguk não o escutava. A morena não merecia aquelas mentiras todas, não merecia aquele relacionamento que não a beneficiava.

Bem, nem mesmo Jeon saía ganhando com aquilo.

— Você precisa fazer algo sobre isso, cara. — Hoseok se joga na cadeira bem a sua frente, suspirando. — Não tem nada a ver com o Jimin, mas… Se você acha que o relacionamento já não está mais dando certo, termine. Deixe ela livre, hm?

— Está tudo ótimo, hyung. — respondeu ríspido, coçando os fios castanhos. — Nós só não nos vemos com a mesma frequência que antes e… Nem conversamos. Ok, talvez eu deva falar com ela sobre isso, mas não acho que seja necessário terminar.

Seu amigo então o fitou, mordendo a parte interna das bochechas enquanto pensava. Estava nítido para quem quisesse ver que Jungkook estava numa fase extremamente nervosa da própria vida. Mal pensava, mal agia, apenas ficava lá, borbulhando de raiva.

— Se ela teve de pedir notícias suas para mim, é porque algo está acontecendo. — riu baixinho. — Comunicação é a base de qualquer relacionamento.

— Não deveria ser a lealdade?

Jung riu outra vez, já se levantando e ajeitando as roupas antes de se aproximar da porta.

— Se for mesmo, vocês estão ferrados. — e fechou a porta.

Não estava feliz com o modo com que seu melhor amigo jogava verdades na sua cara como se não fossem nada. Isto é, antes de Jimin, Hoseok tomava muito cuidado com o que falar. Agora… Ele apenas despejava. Por um lado era ruim, pois Jungkook não estava acostumado com aquele tipo de atitude, mas era bom para ele aprender. Porque se não fosse seu amigo a fazer isso, outra pessoa faria.

E ele sabia que se Jung estava sendo ríspido, existia um motivo. O mais velho não era estúpido e debochado a toa, não quando quem recebia as patadas era seu melhor amigo. Ambos tinham ciência de que a razão pela qual Hoseok tratava Jeongguk assim era Jimin.

Precisava resolver aquilo logo.

Contudo, seguiria o conselho de conversar com Jieun. Sabia que a garota merecia explicações, afinal, era uma ótima namorada, sempre foi. Estava ali quando o mais novo precisava e tentava ter toda a paciência do mundo.

Logo Jeon andava até que tranquilo, as mãos nos bolsos da calça social enquanto subia as escadas até o andar onde deveria ser a última aula de sua namorada. Seria bom buscá-la na sala para irem conversando juntos até o dormitório da mesma ou algum lugar para comer; Jeongguk queria fingir que aquele relacionamento ainda possuía salvação.

Todavia, assim que chegou no último andar, ouviu a música baixinha vinda da sala de dança. Seu corpo tremeu. A imagem de Jimin logo tomou conta de sua mente e o presidente chegou a cogitar a ideia de simplesmente ir embora e fingir que estava apenas passeando por ali. Porém, precisava conversar mesmo com a Lee, não poderia enrolar aquele assunto como se ainda estivessem no ensino médio e tudo fosse adiável. Então voltou a andar, os olhos infelizmente vidrados na sala que tanto o recordava quem mais queria esquecer.

E, assim que chegou perto o suficiente, aproximou-se da janela da porta, procurando pela figura que tão bem conhecia.

Mas, talvez, Jeongguk deveria ter passado reto.

Dentro da sala estava Jimin, extremamente sorridente e animado. Ao seu lado estava um rapaz tão alto quanto Jimin, os fios negros e um sorriso encantador enquanto puxava o mais baixo pela mão, repetindo movimentos de dança que eles pareciam ter ensaiado juntos. Quem era aquele? Por que Jimin estava tão feliz perto dele?

A música então foi acabando e as vozes poderiam ser escutadas. O coração de Jeon batia rápido, agitado e assustado. Não estava entendendo nada, mas não gostava da sensação que aquela cena trazia para si.

— Ok, vamos ensaiar mais uma vez! — Jimin disse, risonho.

— Ah, não… — o outro reclamou. — Vamos parar, eu tô implorando!

— Mas nós estamos quase acabando. — o rosado insistiu, indo até o som.

Logo, o rapaz de fios pretos foi até Park, mantinha um semblante fofo enquanto parecia implorar por algo.

— Por favor! Se nós formos agora eu pago um sanduíche.

Jimin o fitou. Havia usado a palavra certa, ele amava sanduíches.

Aquele sanduíche? — riu-se, envergonhado. — Não! Vou ficar te devendo e...

— Ah, Jiminie! É só um sanduíche.

O rosado sorriu abertamente, um sorriso que o deixava brilhante e bonito. Nem ao menos parecia com o garoto que quase matara Jeongguk com o olhar na última vez em que se encontraram. E, pensando inconscientemente nisso, Jeon sentiu-se agoniado. Seu dia já não havia sido bom… Agora, então, queria apenas dormir até que as coisas voltassem a ser boas para si outra vez.

Seus olhos fitavam o semblante animado de Jimin, queria saber quem era aquele rapaz, queria descobrir seu nome.

— Tudo bem então… Taemin.

Então, agora que sabia seu nome, daria um jeito de saber quem era.

 


Notas Finais


OI TAEMIN PODE ENTRAR, SENTA AQUI, QUER UM CHÁ?
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