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História Propício ao Erro - É só Jeon Junmi.


Escrita por: bullshift

Notas do Autor


iai, bebês, tudo bem? eu não tô muito legal mas eu havia prometido que postaria o capítulo na segunda, então já atrasei dois dias e resolvi não passar disso. desculpem qualquer coisa, obrigada pelos favoritos e comentários, juro que respondo assim que possível, ok?! obrigada mesmo.

duas leitoras fazem aniversário hoje, então parabéns, nenês! tudo de bom pra vocês. <3

boa leitura!

Capítulo 22 - É só Jeon Junmi.


Fanfic / Fanfiction Propício ao Erro - É só Jeon Junmi.

Seokjin praticamente hiperventilava dentro do seu escritório.

Ele e Jeongguk estavam juntos, ali, sem trocar palavra alguma. Apenas um desconforto imenso entre eles e muitos pensamentos bagunçados. Isto é, não era para menos, afinal, aquela situação era catastrófica.

Jeongguk? Gay?

Como não percebeu antes? Estava tão óbvio, droga! O modo como ele e Jimin se aproximaram, a aparição do rosado durante o jantar… O discurso de seu primo, a música, o jeito como ele estava diferente. Era tudo tão fodidamente óbvio que o loiro realmente se sentia mal por não ter percebido antes. Poderia ter evitado. Teria afastado os dois antes que… Antes que Jeongguk cometesse o mesmo erro que ele cometeu.

Antes que ele ficasse com outro homem.

— Como você pôde? — perguntou, quase rosnando de puro ódio da situação. — Jeongguk, Jimin é outro homem…

Os olhos escuros do mais novo se ergueram na sua direção, Jeon parecia tão assustado que, céus, era até estranho. Entretanto, não enxergava confusão nele.

— Você não pode contar ao meu pai, Jin… — meio que pediu, falando com um tom de voz manso. — Eu… Isso não é errado. Você sabe disso… Melhor do que ninguém, você me entende, hyung.

Os olhos do loiro finalmente fitaram seu primo diretamente, um semblante sério, um pouco surpreso e principalmente confuso. Do que ele estava falando?

— O que você quer dizer, Jeon? Eu não sou como você.

O moreno, por sua vez, precisou engolir em seco e respirar fundo. Era a primeira vez que enfrentava seu primo, era tão estranho e… Surreal. Meses atrás não se imaginaria ali, enfrentando-o como se não fosse nada. Como se Jeongguk realmente tivesse voz dentro daquela sala tão espaçosa para apenas duas pessoas assustadas.

— Eu sei de tudo, hyung… Sei do Namjoon. — disse, tentando manter a calma. Tinha medo de olhar para seu primo, mas Jin logo o fitou ainda mais profundamente. — Ele me contou e ele está sofrendo, sei que você sofre também. Você não precisa contar ao meu pai, hyung, nós podemos resolver isso juntos, sabe? Você não vai precisar esconder mais e…

Não só o seu coração como o de seu primo também ficou acelerado. Batiam como loucos dentro dos peitos, demonstrando o quão arriscada era aquela conversa. Mais pareciam dois soldados cegos em um campo repleto de minas e, por deus, Jungkook nunca sentiu tanto medo de pisar em um lugar como aquele.

— Pare de falar isso, pare! Eu não sou uma aberração, Jeongguk, não sou nada disso! — bateu na mesa, respirando fundo e logo massageando as têmporas. Precisava manter a calma, mas era tão difícil com um assunto tão delicado. Por que ele estava falando disso? Como ele sabia da existência daquele assunto? — Olha… Eu vou contar ao Junmi. Ele precisa saber o que você está fazendo com ele, comigo, com a faculdade.

Apoiou-se na mesa, respirando fundo. Estava irritado, mas precisava manter a calma e pensar no que faria para não perder nada. Isto é, Jeongguk já seria uma perda grande o suficiente.

Porque faria de tudo para tirá-lo dali.

Em contrapartida, Jeongguk sentia-se magoado. Tudo bem, não esperava que seu primo ou pai entendessem sua situação quando a contasse para eles (caso contasse). Contudo, era certamente decepcionante ver como Jin, no mínimo, não se importava nem um pouco com o que ele sentia por dentro, com a sua confusão e o modo corajoso como estava enfrentando aquilo.

Ele só conseguia se preocupar com dinheiro, faculdade, renome, status...

— E eu, hyung? Eu ao menos sou importante pra vocês?

Sua voz transmitia a mágoa e a decepção que sentia e, bem, Seokjin percebeu isso. Seus olhos fitaram a figura sentada bem em sua frente, mas tudo o que ele conseguia pensar era no quanto Jeongguk estava atrapalhando tudo. Não era para ser daquele jeito, mas talvez pudesse consertar tudo sem ter de levar até Junmi.

Afinal, ele também havia errado quando se envolveu com Namjoon; jamais admitiria que ainda o via. Mas o loiro entendia que não podia deixar aquilo subir sua cabeça. Precisava focar-se nos negócios, no dinheiro, na reputação.

Sentou-se também, massageando a testa antes de ajeitar os botões de sua camisa.

— Jeongguk, você deveria manter distância de pessoas como o Jimin. — usou um tom calmo, não queria assustá-lo. — São uma má influência, você não vê?

Talvez se fizesse seu primo entender que Jimin era ruim, talvez assim tudo voltasse ao que era antes. Seokjin tinha esperança de que pudesse ajeitar tudo, mas era impossível. Principalmente porque Jeongguk entendeu o quanto ele era importante para sua família.

No caso, não era.

E não importaria o quanto falasse o contrário, Jeongguk sabia da verdade. Principalmente por isso ele estava bravo, revoltado. Se sua família realmente não se importava consigo, então, é… Foda-se.

— Eles me fizeram enxergar o que eu realmente sou, hyung. — o moreno respondeu e era quase possível enxergar um sorriso em seu rosto. Mas o semblante assustado e nervoso atrapalhava qualquer vestígio de satisfação. — Não é nada demais, isso não muda quem eu sou dentro do escritório ou nos jantares com professores. Você não deveria ter vergonha, isso é…

— Eu já disse que não sou assim! — interrompeu-o, nervoso.

Mas Jeongguk realmente parecia querer discutir aquele assunto.

— E como você explica Namjoon-hyung? — questionou, estava surpreso com sua própria coragem.

— Ele só… — tentou, desistindo no meio da frase. — Não é da sua conta. Isso é passado.

— Namjoon-hyung queria que você fosse alguém corajoso. Que batesse de frente e assumisse quem é, mas não. Você é covarde assim como eu fui também. Não só sobre isso, hyung, não estamos apenas falando de sexualidade aqui, mas meu pai nunca me ensinou a ser alguém decente que encara os próprios erros e escolhas como algo que molda quem eu sou agora e no futuro. E, pelo visto, ele não te ensinou também. Ele só te ensinou a se esconder, assim como eu me escondi de mim mesmo durante todo esse tempo. Mas é diferente, muito diferente. Eu não quero me esconder mais e eu não vou. Essa faculdade merece algo melhor do que isso, melhor do que você ou ele.

— Não ache que me assusta com discursos moralistas sobre viadagem e Junmi, Jeongguk. Eu ainda vou contar a ele e você vai se arrepender disso.

— Eu duvido, hyung. Duvido mesmo.

Por dentro, Jeongguk se sentia quente. Talvez porque estava sendo a pessoa mais corajosa desde que… Nasceu. Talvez porque sentia que quem falava era realmente Jeon Jeongguk, não uma marionete. Talvez porque o medo do que seu pai faria ainda continuava ali, o fazendo querer voltar atrás e pedir desculpas.

Mas ele sabia que não podia, pois não seria justo. Nem com ele mesmo, nem com Jimin ou nenhum dos seus outros amigos.

Não podia jogar tudo fora por medo de seu pai.

Então… Finalmente teria de enfrentá-lo.

 

...

 

Yoongi finalmente largou seu computador, sorrindo enquanto caminhava até a cama onde Taehyung e Hoseok estavam deitados, juntos, assistindo a algo no celular do mais novo. Fazia algum tempo que não passava tempo genuíno com eles, apesar de ambos sempre estarem em seu quarto, o fazendo companhia.

Contudo, não teve tempo nem de se sentar no colchão, batidas soaram na porta. Olhou preguiçoso para a porta, mas acabou assustado quando alguém forçou a maçaneta. O que estava acontecendo?

— Que porra é…

Uma cabeleira rosa passou com rapidez pela fresta da porta, parando com os olhos arregalados e o celular na mão. Jimin parecia nervoso. Nervoso como nunca viram antes.

— Seokjin… — respirou fundo, não havia ar. Tentava focar sua visão em  algo, mas era impossível. — Seokjin nos viu juntos. Ele descobriu e…

Hoseok rapidamente se levantou. Não sabia o que estava acontecendo, mas julgava que o Park falava de seu melhor amigo. Já estava preocupado, mas Seokjin, Jeongguk e Jimin na mesma frase não poderia significar nada bom.

    — O que? Você está brincando? Jimin…

    Os três se calaram ao ver ele andando de um lado para o outro, a mão na testa enquanto fitava o chão por onde pisava. É, não poderia ser brincadeira, ao menos se parecia com uma. Jimin estava preocupado e os outros rapazes rapidamente ficaram também.

    — Ele e Jeongguk foram em direção ao escritório. — disse, fazendo uma pausa para engolir em seco. — Eu acho que ele vai contar ao Junmi. Ca-cara… O que… Eu não sei o que fazer.

    O mais velho entre os quatro, Min, segurou o rosado pelos ombros e praticamente forçou-o a parar de andar. Seus olhos encontraram com os dele e logo falou:

— Jimin, senta. — Yoongi tentava, empurrando o amigo pelos ombros até a cadeira de seu computador. — Respira…

    — É! Calma… — foi a vez de Taehyung se aproximar do Park, fazendo um carinho leve na coxa dele enquanto se abaixava perto dele. — Onde vocês estavam? Como ele viu vocês juntos?

    O representante tentava respirar fundo, coçando os fios de cabelo e olhando para os lados, completamente pensativo e agoniado. Estava muito preocupado.

— Nós paramos entre as árvores perto do dormitório e… — respirou fundo, procurando pelas palavras na mente confusa. — Eu achei que ninguém veria, tipo, nós acabamos nos beijando porque ele perguntou se eu queria fazer algo mas eu precisava terminar meu relatório e ele… — disse rápido, perdendo o ar então. — Ele… O Seokjin… Nós… Porra… O que eu faço?

Yoongi segurou-o pelos ombros novamente.

— Jimin, respira!

Seu olhar subiu até o de seu amigo, mas não sabia exatamente o que fazer ou o que pensar. Seu corpo estava todo arrepiado só de lembrar-se do modo como Jin os olhava, do jeito como Jeongguk parecia assustado...

— Nós… Yoongi… Nós só estávamos… Não foi nada demais… Eu juro que…

— Chim, respira. Olha pra mim. — Taehyung se levantou, fitando o amigo nos olhos enquanto apoiava as mãos nos braços da cadeira. — Você precisa se acalmar, entendeu? Respira. Por favor, respira!

    — Puta que pariu… — foi a única coisa que Hoseok disse antes colocar a mão na testa, olhando para o nada. — Eu não sei... Junmi vai querer destruir o Jeongguk. Ele realmente foi atrás do Seokjin? Que coragem.

    Yoongi e Taehyung fitaram o namorado, repreendendo-o pelo comentário.

    — Hobi, não tá ajudando…

    — Ah, desculpa! — se aproximou de Jimin, respirando fundo. — Olha, pensa comigo, Chim. É insano o Jeongguk realmente ter ido. Tipo, ele, na visão do pai, agora é uma ameaça a faculdade, ao dinheiro dele e sua reputação. Mas isso também mostra que ele finalmente mudou, de verdade. Encarar o Junmi é tipo encarar o maior medo dele…

    Jimin fitou Hoseok, os lábios mordidos tamanha ansiedade que sentia, seu coração batia rápido e ele pensava no que deveria fazer.

    — Mas ele vai se sair bem, Chim. — Jung voltou a falar. — Querendo ou não, em algum momento isso aconteceria. Tinha que acontecer.

    O rosado tentou, mais uma vez, respirar fundo. É, tinha de acontecer, tinha sim. Precisava colocar na cabeça que aquilo uma hora ou outra acabaria acontecendo e que Jeongguk, sozinho, deveria encarar as consequências com seu pai. Era a sexualidade e liberdade dele, afinal.

    Tocou na mão de Taehyung e apertou. Não entendia exatamente o porquê de estar tão preocupado com Jungkook, mas lá no fundo algo lhe dizia que havia criado certa afeição por ele. Jeon não era tão ruim assim…

        Queria, então, que ele conseguisse resolver aquilo.

E os três rapazes queriam o mesmo. Primeiro porque Jeongguk estava melhorando, ele merecia ser quem era, quem ele queria ser. Segundo porque Jimin estava realmente abalado e não esperavam isso dele. Havia se fechado por tanto tempo que era até mesmo estranho vê-lo genuinamente preocupado com Jungkook, mas era bom.

Yoongi ficava feliz de vê-lo deixando brechas para seus próprios sentimentos.

 

...

 

Jeongguk olhava o relógio no pulso de cinco em cinco segundos. Seu pai não chegava nunca e ele realmente não aguentava mais ter de dividir a sala e o silêncio com seu primo. Era horrível, desconfortável.

Contudo, não sabia exatamente se queria ter aquela conversa com Junmi. Sabia que seria um problema gigantesco e, sinceramente, não estava preparado. Mas… Era naquele momento ou nunca. Precisava ser corajoso, não havia outra opção.

— Seu pai ainda não chegou, você tem tempo de se arrepender dessa bobagem toda. — Jin basicamente resmungou, sentado em sua cadeira com os braços cruzados.

— Eu não me arrependo, Jin. Você quem deveria. — bufou, irritado. Jin acreditava mesmo que conseguiria mudar sua cabeça? — Como acha que o Namjoon-hyung vai ficar com tudo isso?

— Eu… Não me importo.

Era mentira. Mesmo que forçasse toda aquela pose horrenda de um monstro sem cérebro e remorso, Seokjin se importava com Namjoon. Até porque o Kim que cursava engenharia sempre se importou com ele, sendo paciente sobre o fato de não poderem assumir nada ou se encontrarem em locais públicos. Namjoon sempre foi compreensível, além de amigo e alguém maravilhoso num geral.

Se Seokjin não se importasse com ele, então ele realmente não se importaria com ninguém além de si mesmo e, céus, isso era triste.

Porém, ainda queria ser bem sucedido. Tinha seus motivos e fazia suas próprias escolhas, então era óbvio que não seria Jeongguk quem mudaria isso. Já havia sacrificado coisas demais para simplesmente deixar com que seu primo estragasse com tudo por culpa de uma paixonite no representante.

— Então você não se importa de eu contar ao meu pai que você é como eu? — Jeon sorriu, mas, porra, estava muito assustado. Porém sabia que sua única chance seria desestruturando seu primo.

Ele estava aprendendo a jogar, mas se esquecia que muitas vezes Seokjin era o dono do jogo.

— Deveria perguntar ao Namjoon se ele se importa de você contar e, consequentemente, acabar com a imagem dele e a chance de se formar aqui. Você conhece seu pai tão bem quanto eu, Jeongguk, ele não vai perder a oportunidade de tirar todos nós daqui. Seu amigo está incluso. Não ache que a nossa pequena conversa com ele não resultará em você e, principalmente, Jimin, fora daqui.

A pose firme de Jeongguk logo balançou, afinal, sua última vontade era de que seus amigos e principalmente Jimin acabassem prejudicados. Ele estava tentando mudar e levá-los para a expulsão ou algo pior não fazia parte de seus planos.

— Você acha que ele seria capaz de…? — questionou, mas falava consigo mesmo.

Contudo, Seokjin respondeu:

— Tenho certeza. Seu pai não deixaria algo desse nível manchar a imagem da faculdade, Jeon. Jimin vai perder a bolsa, Namjoon também… — deu de ombros, quase sorrindo. — Em pensar que falta pouco para se formarem… Uma pena.

Na verdade, Jin estava blefando. Não expulsariam Jimin ou Namjoon dali, até porque eram ótimos alunos e traziam benefícios a instituição. Além de que seria estranho os dois serem expulsos sem nenhum aviso prévio. Contudo, sabia que se Jeongguk contasse ao seu pai o que Jin fazia ou era, (mesmo que ele não admitisse) todos aqueles anos de trabalho árduo seriam jogados no lixo. Não podia deixar isso acontecer.

Sem contar com o fato de que seu primo, apesar de tudo, ainda era ingênuo. Sabia que Jeongguk não queria prejudicar ninguém, estava nítido no modo como ele se portava como um bom samaritano pronto para sacrificar-se pelos outros.

Jin contava com isso. Jin queria sacrificá-lo.

— Não conte que você me viu com Jimin. — pediu ao primo, sem fitá-lo nos olhos. — Por favor, Jin. Só… Sei lá. Não diga o nome dele.

Era exatamente aquilo que queria ouvir.

— O Sr. Jeon chegou e está esperando os dois na sala principal.

Seokjin queria Jeongguk bem ali, jogando o seu maldito jogo.

Os primos trocaram um olhar antes do mais velho se levantar e caminhar para fora da sala. Jeongguk foi logo após, mas parou na porta quando seu celular começou a tocar.

Verificou no display e era Hoseok, até pensou em não atender, mas sabia que a voz do amigo acabaria o acalmando.

— Oi, hyung.

Mordeu o lábio inferior, estava tão nervoso.

Oi… Jungkook… É o Jimin…

Seu coração estava acelerado e ele não acreditava que poderia acelerar mais até ouvir a voz do Park, no outro lado da linha.

Ficou em silêncio, os olhos levemente arregalados e a mão trêmula segurando o telefone. Jimin estava o ligando? Por que? Pra que?

Onde você está? Tá tudo bem? — como Jeon não respondeu, o rosado voltou a falar. Parecia tão nervoso quanto o presidente.

— Vai ficar tudo bem… — respirou fundo. — Você está com os hyungs?

Você tem certeza, Jeongguk?

Ambos não admitiriam, mas estavam preocupados um com o outro. Era até estranho conversarem daquele modo, principalmente porque não queria deixar nítida toda a preocupação, mas era inevitável. Para Jimin, que ligava do celular de Hoseok; e para Jeongguk, que só conseguia pensar em onde ele estava e se estava seguro.

— É… Tipo isso.

Vá se foder.

Porém, ainda mantinham aquela aura de xingamentos e insultos. Era algo que os caracterizava, mesmo que a relação não fosse a mesma de quando ainda brigavam na sala de reuniões. E, lá no fundo, ouvir Jimin o xingando acabava o deixando aliviado, mais calmo.

— Não se preocupe. Estou indo conversar com o meu pai, talvez… Talvez ele seja compreensível. — respirou fundo, espremendo os lábios finos um no outro. — Nunca se sabe.

Era mentira, ele sabia, mas não queria deixar Jimin ainda mais preocupado. Seu pai não seria compreensível, mas não queria e nem iria envolver o Park naquilo. Era assunto seu, problema seu. Daria um jeito.

Tinha que dar.

E se ele não for compreensível? O que você vai fazer?

— É só Jeon Junmi. O que pode dar errado? — riu, tentando não deixar o clima mais pesado ainda.

Tudo podia dar errado.

Você não respondeu a minha pergunta e isso realmente não ajudou em nada. — Jimin contra argumentou, nervoso. Jungkook estava o deixando impaciente.

— Vai ficar tudo bem, Jimin. Desculpe te envolver nisso. Eu vou resolver tudo, não se preocupe, certo?

Falava rápido, mas era sincero. Realmente sentia muito por envolver o rosado naquilo.

A culpa é meio que minha, na verdade. — foi a vez de Park respirar fundo. — Tipo, eu que fiz o teste com você. Então… Desculpe.

— Não fale merda… A culpa é nossa, lembra? Além de que…

Sua voz morreu, fazendo Jimin franzir o cenho.

O que?

— Eu… Meio que prefiro essa bagunça a ser quem eu era antes. Você abriu os meus olhos, eu sou grato por isso. — sorriu, o que estranhamente fez Jimin sorrir também. Conseguiam ouvir o risinho anasalado um do outro. — Não quero voltar a ficar no escuro, não quero voltar a ser aquele cara ruim.

Park começava a sentir uma espécie de orgulho pelo o que Jeongguk falava. Seu coração acelerava e o sorriso aumentava.

Você não é o seu passado. Esqueça isso.

Jungkook sorriu de novo. Estava mais calmo e, céus, não era a voz de Hoseok ali.

— Não se preocupe, vai ficar tudo bem.

Foi tudo o que conseguiu dizer, mas queria mesmo ter agradecido. Porém, o moreno ainda estava travado em alguns aspectos, principalmente porque era Jimin com quem falava.

Mas, Jeongguk… Mas e se não ficar tudo bem?

Jeongguk olhou para os quadros na parede do escritório de seu primo. Seu coração batia com força, quase doía o peito e sentia uma falta de ar tremenda. Na verdade, não sabia responder àquela pergunta. Não fazia a mínima ideia e… Não queria decepcionar Jimin. Não podia decepcioná-lo, não depois de tudo o que aconteceu.

— Vai ficar, hyung.

Tinha de ficar.

Provavelmente não ficaria, mas Jeongguk queria resolver aquilo sozinho.

O problema era seu e… Talvez não fosse tão ruim assim. Talvez seu pai realmente fosse compreensível ou Seokjin não o contasse tudo o que viu.

Talvez.


Notas Finais




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