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- Obrigada senhor Oh – disse ainda nervosa e me curvei antes de sentar-se no pequeno sofá li perto de sua poltrona.
- Não se preocupe S/n. Não force muito a mente, apenas diga o que lembrar, ok? E como eu já passei algumas informações a respeito sobre o caso para o Sehun, eu irei me retirar no momento – Lay falava já indo em direção à porta – tenho que conversar com a senhorita Myung, ela estava separando as informais antigas e confidenciais do caso.
Após as últimas palavras ditas, percebi que o tal psicólogo ficou bem atento e quando olhei para ele desviou o olhar e mirou o chão, Lay saiu e fechou a porta. Ficamos apenas eu e o psicólogo Sehun naquela sala, isso me deixava ainda mais nervosa.
- Apenas respire fundo e relaxe senhorita S/n. – Sehun disse quebrando o silêncio que dominava segundo antes naquela sala.
- Ok – confirmei com a cabeça e respirei fundo.
O ar nunca foi tão pesado e difícil para entrar em meus pulmões. A minha respiração estava pesada, como se eu estivesse fazendo algum esforço físico.
- Se sentir desconfortável, aflita ou alguma sensação semelhante, me avise na hora, ok?
Apenas assenti ainda com os olhos fechados.
- Então, vamos começar. Primeiro de tudo, relaxe S/n, permaneça com os olhos fechados e pense como se seu corpo fosse uma pena flutuando ao vento.
Assim eu fiz. Incrível como meu corpo estava ficando mais leve gradualmente e minha respiração seguia o mesmo ritmo. Realmente, me sentia uma pena flutuando ao vento.
- Segundo, agora em sua mente, volte na cena do ocorrido. Volte naquela noite S/n. Ok?
Apenas assenti novamente com a cabeça, dessa vez com o movimento mais lento.
- O que vê S/n? Descreva a cena. – escutava sua voz longe, realmente minha mente estava voltando naquela terrível noite.
- B-bom eu vejo – minha voz estava querendo falhar, devido ao nó em minha garganta pela angústia sentida ao lembrar daquilo novamente – estou saindo tarde do expediente. Noite. Árvore. – falava pausadamente as coisas que vinham em minha mente no momento.
- Vá adiante S/n, ande mais um pouco. Agora me diga novamente o que está vendo nesse momento. – sua voz estava cada vez mais longe.
Nessa busca pela memória daquela noite de horror, eu fui andando cada vez mais em minha mente, quase chegando ao mais profundo nível. Isso está me deixando nervosa, ansiosa e angustiada.
- GRITOS. – Falei acelerada, minha boca ficou extremamente seca, meu coração palpitava tanto que parecia que iria saltar e minha respiração estava pesada novamente, puxava o ar e ele não vinha.
- Gritos? De quem S/n? – ele me perguntou ansioso.
- Não sei! De uma senhora! – nessa hora meus pulmões já estavam doendo, assim como meu peito – ASSASSINO! – nessa hora eu gritei pelo pânico que estava a me devorar a qualquer momento.
- Você consegue ver o rosto dele S/n? Me diga, você consegue? Consegue ver seu rosto além do capuz?? – seu tom já estava um pouco mais alto do que antes, e esta pressão me consumia mais ainda.
- NÃO! NÃO! SOCORRO!! – comecei a chorar incessantemente, queria sair daquela cena, mas não conseguia. Estava presa em um pesadelo. – até que ouço uma voz que me tira daquela situação de quase hipnose horripilante.
- S/N! ACORDA! – Kai me sacudiu e consegui através de sua voz me chamando, despertar daquele pesadelo – Quem é você? E está louco? Não force a mente dela assim seu irresponsável – Jongin me abraçou enquanto acariciava meus cabelos, assim me consolando – calma S/n, eu estou aqui, não vai te acontecer nada, ok? – sua voz era serena como uma madrugada fria.
Em seu abraço consegui expulsar todos aqueles sentimentos ruins que estavam me sufocando naquele momento.
- Oh Sehun, eu sou o psicólogo encarregado para ajudar a S/n na busca por pistas e detalhes em sua memória. – percebi o nervosismo em sua fala e ele se afastou rapidamente.
- Que tipo de psicólogo faz isso? Você é cego? Você estava estressando e forçando a mente da garota. – Kai estava com o cenho totalmente franzido, sua raiva exalava pela sua forma de falar com Sehun – eu deveria te prender sabia? Isso é tortura psicológica.
- Me prender? Por ajudar no caso? – seu tom foi meio debochado.
Eu só queria sair dali, não quero lembrar daquela noite. E um mau pressentimento, ainda me rondava, chega meu corpo arrepiava-se por inteiro.
- O que está acontecendo aqui? Alguém me explica? Kai, você não pode participar, está fora do caso e não é um psicólogo que eu saiba – Lay disse abrindo a porta.
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