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História Protective Order - Caí no Banheiro


Escrita por: kate_verona

Notas do Autor


Oi galeraaaaa, desculpa a demora, tava bem tristinha pela demi como vcs sabem, mas como as coisas estão melhorando consegui terminar o cap, além de uma crise de Borderline que me fez ficar trancada no quarto por uns dias.... mas agora to bem e to postando correndo pq to cheia de coisa pra fazer... hueheue bjs boa leitura

Capítulo 15 - Caí no Banheiro


Fanfic / Fanfiction Protective Order - Caí no Banheiro

Capítulo 15: “caí no banheiro”

Point of View, Cassie Moretz.

EU ESTAVA MUITO FUDIDA!

DEMETRIA ESTAVA VINDO PARA CÁ!


 

—não! Não precisa, eu resolvo isso. Ela tá muito ocupada agora e vai ser muito chato eu dando problema para ela agora que acabei de chegar! —quase implorei pedindo ao senhor Ruiz para não telefonar para Demetria.

—não tem como, Cassie. Seu responsável tem que ser avisado. —ele me olhou compreensível antes de olhar os registros. —wow… é ela? —ele sussurrou para mim assim que leu o nome de Demetria na agenda. Concordei engolindo em seco, temendo aquela ligação. Ele suspirou fundo antes de digitar o número.

—Senhorita Lovato? —Perguntou —boa tarde, sou o senhor Ruiz, diretor da Escola Field… —ele deu um sorriso de canto e eu ouvi a voz de Demetria falando rápido e atropelado —calma… está tudo bem sim, nada demais, mas a senhorita poderia comparecer à escola? —esperou alguns segundos do que parecia ser ela fazendo algumas perguntas —tudo bem, um probleminha com Cassie, apenas. Okay, vou esperar. Sim, sim… ela está aqui na minha frente. Okay. —falou por fim, colocando o telefone de volta no gancho e me olhando —ela já está vindo.

—meus pais vem também? —o traste perguntou ao meu lado, e revirei os olhos só com a voz dele.

—acho que seus pais ficariam bem revoltados se eu chamasse eles pela terceira vez esse mês, não é? Vou aliviar para você dessa vez Sanders. Espere aqui e verei o que vou fazer. —senhor Ruiz disse enquanto folheava alguma agenda cheia de anotações.

Se passaram o que pareceu vinte minutos naquela sala, totalmente em silêncio, apenas nossa respiração e o barulho das folhas sendo passadas. Ainda estava tentando entender o que Jimmy estava fazendo ali, mas possivelmente deveria ser alguma ordem da agência para minha proteção e a proibição de paparazzis.

Ouvi batidas na porta e todo meu corpo retesou de nervosismo. Era agora que eu levava uma bronca de Demetria e era tratada como criança?

—licença… —ouvi a voz da mesma ecoar pela sala, e não me atrevi a olhar, levando os dedos até a boca e mordendo meu polegar em nervosismo. Senhor Ruiz se apressou em levantar e apertar as mãos de Demetria por cima da mesa enquanto trocavam palavras simpáticas, e eu a olhei por canto de olho. Porra ela tava linda até agora?!

Ela usava uma camisa social vermelha opaca com uma bolsa cinza pendurada no antebraço, uma calça skinny preta e um scarpin de salto baixo também preto, os cabelos estavam soltos e podia ver que ela usava uma maquiagem fraquinha nos olhos e um batom marrom. Linda como sempre…

Olhei para Sanders que estava do outro lado dela, e o vi de queixo caído a olhando. Percorrendo o corpo dela com os olhos, fechei os punhos e cocei a garganta para chamar sua atenção, e assim que ele olhou indiquei minha mão direita, e ele entendeu perfeitamente a ameaça já que abaixou os olhos e apoiou o queixo na mão.

—boa tarde —Demetria o cumprimentou estendendo a mão para ele com um sorriso simpático, franzindo de leve o cenho ao olhar seu queixo ensanguentado, o mesmo a apertou sem muita cerimônia e educação, e ela rapidamente se virou para mim com o olhar preocupado, passando as costas dos dedos rapidamente em minha bochecha em um carinho agradável, cumprimentou rapidamente Jimmy e o inspetor que estava na sala antes de se sentar ao meu lado. —então, —ela suspirou ao se encostar na cadeira —o que foi que aconteceu? —perguntou e senti seu olhar em minhas costas, mas evitei olhá-la.

—aparentemente uma discussão que resultou em agressão. —senhor Ruiz explicou rapidamente, e mantive meus olhos baixos a todo momento. —pelo o que parece, Sanders a provocou de várias formas, e Cassie, no ápice de estresse, o agrediu. —terminou de dizer, olhei pelo canto dos olhos para Demetria e rapidamente seu olhar encontrou o meu em uma expressão preocupada.

—eu não provoquei ninguém! —Sanders esbravejou esganiçado.

—a imagina… —disse com ironia revirando os olhos —quer que eu repita suas palavras?! Porque eu lembro perfeitamente! —me inclinei na cadeira em direção a cadeira dele, fazendo-o recuar.

—não será necessário, Moretz. Creio que não seria agradável… —senhor Ruiz me olhou, sinalizando levemente Demetria.

—bem, eu devo saber. —Demetria se manifestou, se inclinando para frente na cadeira.

—não, não deve… —Falei de imediato, Demetria se abalava fácil, e eu não a queria mal por causa daquilo. Me virei para ela e me aproximei —confia em mim, tá? —pedi em um sussurro, e ela concordou com um leve aceno de cabeça.

—certo, mas Cassie não pode ser exposta. Trouxemos um termo para a escola… —Lovato se manifestou, desviando o olhar de mim para o senhor Ruiz.

—ela não será, ninguém da escola viu ou tem gravações. E Sanders assinará um documento que assegurará que ele vai manter sigilo, não é mesmo, Sanders? —o diretor o perguntou retoricamente.

—não sei não. —Sanders riu em malícia, e eu e Demetria nos viramos para olhá-lo.

—claro que vai. —Sr Ruiz falou enquanto pegava alguns papéis de uma pasta —devo lembrá-lo que você não deveria estar nessa escola mais, e só abri exceção com algumas exigências, e pelo o que parece você já está passando dessas exigências, não é mesmo. Você já tem 18 anos, Sanders… —ele completou lhe entregando alguns papéis. —assine nas linhas pontilhadas. —disse se virando para nós. —então, está tudo certo. Apenas devo lembrar que esse comportamento não será perdoado novamente, Moretz, e que você deve ficar longe de encrenca se quiser continuar com o nome limpo na mídia, certo?

Concordei sem muito ânimo, abaixando a cabeça.

—senhorita Lovato, muito obrigada por comparecer, é um prazer tê-la aqui, e por favor coloque juízo na cabeça de Cassie e a faça vir para as aulas. Ela é uma aluna exemplar mas quase não comparece às aulas e isso é prejudicial para seu ingresso na faculdade… —falou com pesar, e me segurei para não rir. Faculdade parecia algo tão irreal e distante para mim…

—pode deixar… ela virá sim. —sorriu me olhando e se levantou, apertando a mão do sr Ruiz e dirigindo à Sanders. —perdão por todo esse mal entendido, sr. Sanders, passar bem. —falou simpática, apertando sua mão, ele se limitou a devolver o aperto de mão e virar a cara, infantil igual uma criança. Se ela soubesse o que ele falou…! O encarei por segundos o suficiente para vê-lo olhar para a bunda de Demetria e apertei os punhos entrando na frente de seu olhar, e novamente ele se encolheu com medo. Imbecil! Me despedi do senhor Ruiz e dos que estavam ali antes de seguir Demetria, que me esperava segurando o trinco da porta.

Saímos do local, encontrando o corredor vazio e parando a dois passos da porta.

—o que foi que você fez dessa vez hein, Cassie?! —ela colocou as mãos na cintura e me olhou, não sabia se achava aquela cena sexy, engraçada ou irritante… —por que socou o menino?!

—ah… —revirei os olhos, cruzando os braços —a minha vontade era dar um tiro nele, mas eu só soquei a cara dele. —dei de ombros e ela deu um leve sorriso com aquilo.

—eu deveria tá brigando com você como sua responsável! —ela empurrou meu ombro, sorrindo —e não rindo das suas palhaçadas.

—a responsável por alguém aqui sou eu, né baby?! —falei irônica me referindo a missão, e ela revirou os olhos, ouvi alguém mexer na maçaneta e me apressei em me afastar dali, puxando-a —Vamos sair daqui…

—e por que é que você socou ele? Você ainda não em disse… —perguntou enquanto andávamos lentamente pelo corredor, aproveitando a companhia uma da outra mas sem admitir isso. MEU DEUS!

—ah…—tentei buscar algo para dizer, mas optei por falar a verdade… —ele falou mal de você… —dei de ombros tentando não dar muita ênfase naquele assunto.

—o que?! E você bateu nele por isso? Tenho uma cavalheira que defende minha honra então? —falou brincalhona, enquanto envolvia meu pescoço com o dos braços e me puxava para perto dela, me abraçando de lado.

—claro. Minha missão é te proteger… e isso envolve sua honra também… —sussurrei a olhando, rindo de canto e sentindo seu braço me apertarem ainda mais enquanto andávamos. Ouvi a porta abrir e olhei para trás, vendo Sanders sair pela mesma de cabeça baixa e nos olhar imediatamente, arregalando os olhos, talvez porque meu braço envolvia a cintura de Demetria bem próximo a sua bunda e o fato de eu ter socado a cara dele por falar dela pareciam muito suspeitos… puta merda!

Virei o rosto e continuei andando com Demetria até a porta de saída, onde ela se afastou de mim para pegar a chave do carro dentro da bolsa. Caminhamos até o carro, e viemos para casa em conversas agradáveis e amenas sobre Batman e Cinderella e sobre cãezinhos, não demorou muito para que estivéssemos entrando na garagem de Lovato.

—vou pegar as coisas para trocar esse curativo… —Demetria disse enquanto subia as escadas —prepara algo pra gente comer.—a ouvi gritar do final da escada, já que ela sabia que eu estava na cozinha. Revirei os olhos e fui pegar qualquer coisa pra cozinhar.

Abri o congelador e vasculhei o que tinha ali, achando uma torta de sorvete que me fez ignorar todas as outras embalagens de comida salgada. Coloquei-a sobre a mesa e peguei duas colheres.

Demi apareceu na porta da cozinha enquanto eu abria a embalagem, vindo até meu lado e me olhando com as mãos na cintura.

—Cassie! Não acredito que você pegou sorvete! —falou incrédula.

—o que?! Quero doce. —dei de ombros enfiando a colher na mesma e pegando um pedaço grande de torta.

—percebo… —ela riu pegando uma colher e sentando ao meu lado. —quero também. — respondeu ao me ver olhando-a com a sobrancelha arqueada —ta de TPM é? Que treco doce!—perguntou após comer uma colher, fazendo uma careta.

—devo tá… —dei de ombros, comendo outra colherada que já tinha perdido a conta, ela riu brevemente sussurrando um “vish”.

—porra! —Demetria praguejou enquanto olhava o celular, mostrando a notícia pra mim —já tão especulando coisa do curativo… Olha aqui! Tão falando que eu peguei pesado na noite! —ela falou assustada —MEU DEUS! QUE ISSO?! —ela quase gritou, e eu comecei a rir.

—as pessoas tão pensando que a gente tem um caso, só pode… —ri —Wilmer vai ficar doido!

—elas não tão erradas… —Demetria sussurrou e quase não acreditei na coragem dela.

—O que?! —perguntei entredentes, não acredito que ela tinha falado aquilo!

—nada… falei nada… —tentou disfarçar colocando uma colher enorme de sorvete na boca. —o que vamos falar desse machucado? Olha tem a alternativa que você brigou na festa que fomos também. —ela riu assim como eu.

—liga a câmera aí que vou usar a clássica… —falei rindo, Demetria não tardou em pegar o celular e abrir a câmera frontal.

—oi pessoal, a Cassie tem uma novidade pra vocês… —falou virando a câmera para mim enquanto eu comia a torta, o que fez uma cena muito engraçada, e rimos ao mesmo tempo, meu olhar cruzando com o dela —conta ai Cassie como você fez essa proeza…

—então cuidado quando tomarem banho pra não escorregarem e derrubar a saboneteira de vidro, tá bom galera?! —falei sorrindo e mostrando o curativo e na mesma hora Demi caiu na gargalhada. Que risada maravilhosa…

—é isso pessoal, tchau tchau… —ela ainda ria quando desligou a câmera, e postou no instagram e twitter, se virando pra mim em seguida. —Cassie você é muito besta… —rimos, enquanto nos olhávamos.

Nossa risada foi acabando lentamente, enquanto mantínhamos os olhares fixos, um clima agradável e intrigante pairava entre nós. Demetria olhou meus lábios e fiz o mesmo… eu não conseguia controlar! Nossas respirações estavam mornas e lentas, como se queimássemos por dentro e nossas emoções e instintos gritassem por uma aproximação. E assim fizemos, aproximando nossos rostos lentamente.

—Demi, não faz isso… —pedi em um sussurro enquanto nossos lábios estavam quase colados.

—não parece que você não quer… —seus lábios roçaram nos meus e um arrepio percorreu toda minha coluna, porra, Demetria! Facilita! Ela pousou uma mão sobre minha coxa e mordeu meu lábio inferior com delicadeza, o puxando para ela, e nesse momento meu corpo parecia ter incendiado. Coloquei minha mão em seu maxilar e encaixei nossos lábios, era um beijo lento e sem pressa nenhuma. Nossas línguas se cruzavam com lentidão e maestria, como se fizessem um carinho morno e agradável, e tentei não pensar em outras coisas com aquele movimento da minha língua, pois por mais que aquele beijo fosse lento, o teor sexual dele era muito alto. Porra eu já tava ficando excitada!

Demetria colocou a outra mão entre meu pescoço e minha nuca, juntando mais ainda nossos rostos, minha mão livre foi para sua cintura, apertando ali e puxando ela levemente para mim, nossos lábios não se separaram quando ela levantou e ficou em pé entre minhas pernas, nossas coxas em um atrito lascivo, e percebia que ela tentava insistentemente roçar nossos quadris, mas me mantinha firme com o corpo para trás, pois sabia que uma vez feito aquilo… era quase impossível eu ter autocontrole para ouvir minha razão e parar. CADÊ MINHA RAZÃO?! PARECE QUE ELA NÃO FUNCIONA COM MULHERES GOSTOSAS EM NÍVEL DEMETRIA LOVATO! Que no caso só Demetria chega nesse nível mesmo, não há comparação.

Apertei sua cintura e deixei meu desejo falar mais alto quando desci uma de minhas mão para sua bunda e apertei aquela carne farta e gostosa dali. PORRA QUE COISA MARAVILHOSA! IMAGINA SEM NADA… CASSIE, SE CONTROLA! Ela ofegou entre o beijo e sorri maliciosa para aquilo, eu realmente mexia muito com ela! Não retirei minha mão dali, e a deslizei por alguns segundos até sentir o ar queimar em meus pulmões. Eu simplesmente não queria encarar a realidade de ter dado um beijo proibido e fodidamente delicioso! Mordi seu lábio inferior, e em seguida senti ela passar a ponta da língua por meu lábio, fazendo soltar um suspiro por aquele toque. Não sabia ao certo porque, mas aquilo tinha mexido muito comigo… Não a deixei se afastar de mim, apertando sua bunda outra vez e descendo meus lábios por seu maxilar, até encontrar seu pescoço, ela arfou alto assim que meus lábios tocaram sua pele, distribuindo beijos molhados por sua tez, mordi aquela área e a senti cravar as unhas em meu pescoço, soltei o ar contra sua pele em uma mistura de surpresa e tesão. Não controlei meus instintos quando um de meus dedos foi para o primeiro botão de sua camisa, contornando o mesmo e ensaiando para tirar…

O celular de Demetria tocou, e eu me afastei bruscamente dela, acordando do transe excitante que me encontrava. Lovato assustou e buscou sobre a bancada o celular, atendendo o mesmo. Não esperei ela me olhar de volta antes de sair correndo escada acima… Ouvindo ela xingar ao telefone. O fato era que… eu precisava de um banho frio! Urgente ou voltaria lá e arrancaria aquela blusa de Demetria aos rasgos!

[…]

Já era sete da noite e eu estava sentada na janela do quarto, as pernas para fora, vestindo pijama e com um cigarro quase no final entre os dedos, o friozinho da noite esfriando meu corpo de maneira agradável…

Levei o cigarro até os lábios e traguei o mesmo, terminando-o. Sai da janela e fui escovar os dentes e jogar a bituca de cigarro no lixo. Me joguei na cama e comecei a olhar minhas redes sociais, e tentava a todo custo ignorar completamente a existência de Demetria na casa, mesmo quando ela passava pisando fundo pelo corredor e cantando… Com aquela voz maravilhosa… Coloquei um lado do fone para ouvir música e evitar me concentrar nela cantando, mas deixando um lado para estar atenta à qualquer coisa.

Curti uma foto de Demetria ao lado de Wilmer no instagram, do dia da festa, que sei que ela odiou postar e ainda mais tirar já que me contou como era horrível ter que lidar com ele nos locais. Postei minha foto com Batman e Cinderella e não demorou dez segundos para Demetria curtir… entrei no twitter e coloquei o trecho da música que estava ouvindo…

“And all the roads that lead you there were winding
And all the lights that light the way are blinding “

Dezenas de pessoas continuaram a música nos cometários, e percebi que Demetria havia curtido… okay, stalker… Continuei vendo as redes sociais e após cinco minutos ouço alguém bater à porta, gritei um “entra” com total preguiça de levantar para ir até lá…

—Cassie… —ouvi Demetria me chamar e levantei os olhos do celular ainda desconfiada —vim trocar esse curativo seu, tem que trocar se não vai inflamar… —disse ela enquanto segurava algumas coisas na mão, e demorei alguns segundos para respondê-la pois estava babando naquela visão dela com as coxas de fora com um pijama de short curto e camiseta do Looney tunes.

—ta bom… —suspirei me sentando na cama e a chamando —senta aqui que fica mais confortável pra nós duas… —falei batendo com a mão ao meu lado no colchão. Ela olhou desconfiada por alguns segundos, mas se deu por vencida e sentou ao meu lado, colocou as duas pernas sobre a cama, cruzando-as e se virando para mim, que permanecia de lado, eu vi esse olhar pro meu decote, Demetria!

Fiz careta assim que ela puxou o esparadrapo gigante do curativo, aquilo doía pra um senhor caraleo! Retirou todas as gazes e lavou com soro.

—Nick me deu uma ideia de fazer uma live respondendo perguntas de fãs… —ela começou a dizer e gelei na hora, ao vivo?! Fãs?!

—isso não é meio arriscado? —perguntei incerta, olhando-a passar pomada sobre o machucado.

—ele disse que os fãs tão achando essa história estranha e pensando que… —ela foi deixando a voz morrer nas últimas palavras, enquanto colocava as gazes no ferimento.

—que…? —a incentivei a continuar. Precisava saber das coisas.

—que temos um caso… —ela sussurrou sem me olhar, franzindo o cenho enquanto colocava os esparadrapos sobre meu braço.

—ah… —gaguejei sem saber ao certo porque… aquela possibilidade me deixava nervosa? É isso?! Ah meu Deus! —acho que podemos fazer e esclarecer algumas dúvidas…

—tudo bem, vai ser simples e temos que parecer duas amigas em uma festa do pijama respondendo perguntas… —ela arqueou a sobrancelha pra mim, e rimos daquilo… festa do pijama? Nunca nem tinha ido em uma…

—nunca fui em uma festa do pijama, mas não deve ser tão difícil… —dei de ombros enquanto ela colocava o esparadrapo maior que fechava totalmente o machucado. Ela me olhou instantaneamente, com as sobrancelhas levantadas e parecendo surpresa.

—sério?! —perguntou em um tom estarrecido.

—sim… eu quase não saia da agência até meus 15 anos, e depois que recebi permissão total e independência não fazia questão de sair… —disse pegando o celular e puxando a barra de notificações do mesmo, ignorando as mensagens dali e já vendo Demetria olhar a tela do meu celular, arqueei a sobrancelha para olhá-la.

—entendi… —ela suspirou me olhando e desviando o olhar para as próprias mãos em seguida.

—e aí? Vamos gravar essa live? —comentei colocando o celular na bolsa.

—vamos! —ela se levantou, animada —mas vamos lá pro meu quarto que não tem armas na penteadeira e tem o tripé para o celular… —ela riu apontando a penteadeira que tinha duas pistolas, desviando os olhos para a cômoda e apontando o revólver ali em cima.

—é eu acho melhor… —ri me levantando e a seguindo até seu quarto.

—senta aí… —ela indicou a cabeceira da cama enquanto ia até a escrivaninha e pegava um suporte para celular, encaixando o dela e vindo até a cama, empilhou alguns livros e colocou o minitripé em cima deles, conferindo se estava tudo certo. —está pronta? —falou enquanto virava a câmera frontal para nós e vinha sentar ao meu lado. Ela me olhou e eu concordei, Demetria sorriu antes de se inclinar em direção ao celular, mas parou e me olhou com a sobrancelha arqueada. Voltou a postura ereta e segurou minha blusa na parte do decote, a ponta de seu dedo tocou o vale de meus seios e deslizou pelo mesmo enquanto ela puxava minha blusa para cima, tentei me segurar mas foi involuntário fechar os olhos e soltar o ar pelos lábios. PORRA! O QUE O TOQUE DELA FAZIA COMIGO?! —pronto, não quero meus fãs concentrados nos seus peitos. —ela sorriu sacana e se inclinou outra vez, me olhando —tudo bem aí? —perguntou irônica, e estreitei os olhos para olhá-la —tá bem, vou ligar! —falou rápido antes que eu tivesse tempo de responder alguma coisa.

—Demetria o que… —tentei dizer mas ela levantou a mão e apertou o botão rapidamente, dando início a live. Que sacana! Ela sabia que eu iria querer tirar satisfações e tratou de escapar! Voltou a se sentar ao meu lado abrindo um sorriso enorme para a câmera.

—Oi galera! —acenamos ao mesmo tempo para a câmera, sorrindo —Eu e Cassie viemos aqui responder algumas perguntas de vocês, vamos responder as primeiras que forem aparecendo, okay? —ela falou e olhei para as visualizações e vi como já estavam enormes. —vamos lá, podem mandar. —ela começou a ler as perguntas —“se conhecem a quanto tempo?” —ela me olhou e rimos de imediato tentando inventar uma época. —desde a infância… não sei ao certo mas faz um bom tempo…

—acho que uns dez anos né? —perguntei a olhando —por ai gente, eu era criança e a Demetria —nessa hora ela me olhou pelo fato de tê-la chamado de “Demetria” e isso era algo que só acontecia quando alguém estava brava com ela, tentei disfarçar continuando —a Demi me ajudava em tudo… Ela me ensinou a crescer. —rimos sem nos olhar. Respondemos mais algumas perguntas relacionadas a cor favorita e coisas do tipo sem lê-las antes, e respondíamos no improviso e quando possível na verdade.

—“vocês já ficaram?” —ela leu a pergunta e simplesmente paralisou.

—não! Claro que não! —eu disse rindo, tentando ser o mais convincente possível, Demetria riu de canto, meio nervosa, mas espero que aquilo tenha sido persuasivo. —qual a pior briga que vocês já tiveram? —li e a olhei, Demetria coçou a nuca e sussurrou um “dos papparazzis?” e tenho certeza que não daria para ouvir na live, mas não evitei arregalar os olhos e balançar a cabeça em um “não” —a pior foi há alguns dias, quando Demi brigou com Batman por ter comido minha meia e eu briguei com ela por ter brigado com o Batman…

—ele comeu sua meia! —disse ela, abismada mas rindo.

—mas minha meia que tava no lugar errado… não tem problema não… —dei de ombros. —vamos para a próxima, “quem é a passiva da relação?” —li e comecei a rir descontroladamente, enquanto Demetria parecia incrédula. Ela me olhou e arqueou as sobrancelhas antes de rir também.

—você é muito besta! Olha as perguntas que você ri! Meu Deus! —ela falou entre risadas, dando um tapa fraco em minha coxa, a olhei surpresa e nossos olhares ficaram fixos por alguns, os sorrisos estampados em nossos rostos.

—próxima pergunta! —disse desviando o olhar dela e lendo a pergunta no celular —“quando a Cassie vai gravar um clipe com você, Demi?” Eita —falei surpresa, olhando para Demetria.

—então, quando ela aceitar isso… —riu para mim, que sorriso mais lindo, deuses! Sorri de volta e nossos olhares se fixaram por alguns segundos. —estou tentando convencê-la, galera… vamos ver né. —ela piscou para a câmera, e ri brevemente com aquilo.

—vamos lá, vou ler a próxima pergunta. “Wilmer tem ciúmes da Cassie?” —li e me sobressaltei na hora.

—não! Wilmer adora ela… —Demetria tentou soar convincente.

—não tem porque ter ciúmes, gente… somos amigas! —completei e demos uma risadinha falsa, era horrível manter aquela aparência.

—“pra quem era aquela música no twitter e por que Demi curtiu?” —Demetria leu e fez cara de surpresa, me encarando e esperando a resposta.

—então, a música não era pra ninguém não… e eu gosto mesmo, então é por isso… e Demi curtiu porque… porque sei lá. —eu ri e a olhei esperando uma explicação.

—eu curti porque eu gosto também… —ela deu de ombros rindo, assim como eu, que tentava não cruzar meus olhos com o dela, pois se tornava quase impossível evitar o clima que pairava. Deuses! Aquilo estava cada vez mais complicado. —então gente, é isso, obrigada por estarem aqui com a gente, e adorei muito interagir com vocês. —ela abriu um sorriso enorme, e a olhei sorrindo também —também amamos vocês, pessoal. Até mais! —demos tchau para a câmera antes de Demi se inclinar e desligar a mesma. Tentei evitar não olhar para sua bunda inclinada ao meu lado, mas foi impossível quando ela remexeu a mesma. PORRA! PARA!

—eu to vendo esse olhar… —Demetria comentou enquanto voltava a ficar ao meu lado, subindo de maneira provocante. Para de me provocar, mulher!

—hãn? —me fingi, vendo-a arquear a sobrancelha. —tô olhando nada… —desviei os olhos dela, olhando através da porta da sacada.

—ahan… —ela sussurrou irônica, aproximando seu corpo do meu e se ajoelhando sobre a cama, senti seus seios ao lado de meu rosto mas me contive olhando para a porta de vidro. Ela pegou uma de minhas mãos e virei meu rosto instintivamente para cima, encarando-a. Senti minha mão ser colocada sobre sua bunda e ela fechou os olhos, suspirando. Aquilo era provocação demais até para eu resistir! —diz que você não quer, agora… —falou pressionando a mão contra sua carne, me forçando a apertar aquela área. E não posso negar que adorei aquilo! Simplesmente adorei aquela atitude mas tentava ser racional, o que era impossível naquele momento.

—sabe que não devemos… —sussurrei ainda com a mão ali, atordoada com o momento.

—mas o proibido é tão excitante… —ela deslizou a mão pela lateral de meu rosto, ainda segurando minha mão sobre sua bunda. —tão… —disse me empurrando pelo ombro, me fazendo cair sobre a cama e subindo em cima de mim, tudo tão rápido que só me dei conta quando seu rosto estava próximo do meu e suas pernas uma em cada lado de meu quadril, me prendendo ali. —gostoso… —completou, avançando sobre meus lábios. Ela mordeu meu lábio inferior e o puxou para si, passando a ponta da língua sobre o mesmo em seguida, me fazendo arfar. Agarrei os cabelos de sua nuca, aprofundando o beijo, nossas línguas se enrolavam com pressa e sentia meu corpo arder de desejo. Apertei sua bunda com força e a ouvir arfar contra meus lábios, uma de suas mãos agarrou os cabelos de minha nuca, arranhando meu pescoço, chupei sua língua e senti seu corpo tremer. Tentei inverter as posições, jogando meu peso para cima, mas naquele momento Demetria parecia ter mais força que eu e segurou imediatamente meus dois pulsos, me prendendo contra a cama, e parando de me beijar. —quietinha aí… —sussurrou em meu ouvido, mordendo o lóbulo de minha orelha antes de voltar a me beijar. Tentei resistir mas parecia simplesmente impossível! Mas o fim da minha sanidade foi o momento em que Demetria sentou sobre o meu quadril, e arfamos ao mesmo tempo. Ela começou um rebolado lento e provocante em cima de mim, e senti minha intimidade encharcar como nunca havia antes… gememos ao mesmo tempo no momento em que ela rebolou lentamente, insinuando tudo que queria fazer sem roupa nenhuma… Apertei sua cintura com força e ela continuou a rebolar sobre mim, fazendo meu corpo esquentar como o inferno!

—Demi… —tentei dizer e basicamente gemi já que ela pegou minha mão colocando sobre seus seios, porra! Para pelo amor de Deus! Eu to tentando ser racional aqui! Ela rebolou o quadril, e apertei seus seios em reflexo, fazendo-a gemer manhosa por entre os lábios entreabertos.

Meu cérebro gritava, clamando por um segundo de sanidade, e meu corpo pegava fogo pedindo por um segundo de contato sem todas aquelas roupas. Pela primeira vez eu quase perdia a linha por alguma mulher… e pela primeira vez me vi quase necessitada de toques em mim… o que estava acontecendo comigo?! Muito mais por autoproteção do que por regras, eu retirei minhas mãos de seus seios e segurei sua cintura com firmeza, fazendo-a parar de rebolar e a levantei para que quebrássemos o contato dos quadris (o que estava acabando comigo…)

—para. —falei com firmeza no momento em que ela abriu os olhos e me olhou assustada após eu tê-la levantado de meu quadril. Demetria se apoiou nos joelhos e saiu de cima de mim, sentando ao meu lado, me olhando desentendida. —não podemos… —falei encarando o teto, evitando olhá-la.

—claro que podemos… —ela tocou minha coxa, fazendo meu corpo arrepiar —você me quer tanto quanto eu te quero… —afirmou como se tivesse certeza do que falava.

—vai muito além disso, Demetria. —coloquei o antebraço sobre os olhos, respirando fundo.

—para de fugir disso… eu sinto que você…

—você não entende, não é, Demetria?! —a interrompi, me sentando na cama e a encarando, Lovato abriu e fechou a boca duas vezes, mas se manteve calada, sustentando meu olhar. —você não entende o que vai acontecer se descobrirem o que aconteceu entre a gente… —suspirei —se descobrirem vão me mandar para longe, vou ser afastada e enviada para o outro lado do mundo. Você vai ter que andar com três seguranças para todo lado, vai precisar de uma arma e uma escuta 24 horas por dia… eu sou a melhor agente para essa missão, se eu for afastada é isso que você vai passar… Se envolver com a “missão” é uma das piores coisas para a agência, traz muitos riscos para todos os lados envolvidos… Se descobrirem, é o fim da sua privacidade e da sua vida como conhece, e também é o fim da minha… —suspirei exasperada, observando sua expressão: as sobrancelhas franzidas, os olhos fixos nos meus, e os lábios entreabertos… Como podia ser tão linda?!

Demetria se inclinou levemente em minha direção, tocado minha coxa com a ponta dos dedos mornos.

—não vão descobrir… —sussurrou de modo doce e tão segura que quis acreditar.

—Demetria. —chamei sua atenção —é muito arriscado e não quero que acabe com sua vida… —me levantei da cama, olhando-a.

—eu não vou acabar com minha vida se tiver você ao meu lado… vai ficar só entre nós. Eu prome…

—Demetria, Não! —a interrompi, falando firme e respirando fundo. Tinha que colocar um ponto naquilo ou tudo ia pelo ralo. Demetria agia tanto pela emoção que era perigoso esquecer de tudo e me agarrar no meio da rua enquanto fingíamos ser apenas amigas e ela comprometida com Wilmer… O que é que eu tava falando?!

—Cassie, por favor… —ela tentou pegar minha mão, mas eu dei um passo para trás, colocando a mão na testa em sinal de nervosismo. Para de insistir ou eu não vou aguentar! Que ser humano lindo é esse, Deus?!

—não podemos arriscar sua segurança, assim… eu sinto muito. —completei rápido, virando as costas e saindo do quarto na velocidade da luz. Ai caralho eu tava muito fodida!

Minha cabeça rodava em tantos pensamentos e tranquei a porta do meu quarto me jogando na cama. “Eu não vou acabar com minha vida se tiver você ao meu lado” a Deuses como eu fui chegar nesse ponto de loucura e estragar meu psicológico e minha vida assim?!


 

Point of View, Demi Lovato.

Se tem uma coisa que o dia de hoje não foi, essa coisa foi Calma! Eu ainda tentava entender o que tinha acontecido na escola para Cassie se descontrolar tanto e socar aquele garoto, e ainda tentava entender o nosso beijo na cozinha e como ela estava entregue e disposta a me beijar ali… Mas sem dúvidas o mais estranho era eu ter assumido o controle no segundo beijo e ela simplesmente ter aceitado e curtido, coisa que achava que não iria acontecer… mesmo depois ela tendo me dado um fora quase irremediável, simplesmente não acreditava naquilo, por mais que seu tom de voz possuísse tanta firmeza, eu via que ela queria e que estava inclinada a aceitar.

E nesse momento parecia que eu estava no ápice da minha “bad”, jogada na cama e fuzilando o teto, tentando entender como eu havia chegado naquele ponto de “estar a fim de alguém”… ainda me lembrava das palavras de Cassie quando ela estava bêbada, mas temia que aquilo fosse apenas efeito da bebida ou se a bebida estava deixando-a mais sincera que o habitual… Girei na cama e enfiei a cara no travesseiro, esmurrando o mesmo… Mas que porra! Por que não podia ser mais fácil?! Por que eu não poderia ter conhecido Cassie em um encontro de fãs ou em uma sorveteria e ela ser só realmente uma fã sem ter que zelar pela minha segurança e me proteger de tiros?! AAAAAAAAAAAAA eu vou ficar louca!

Levantei da cama em um pulo e me dirigi para o banheiro, enchi a banheira e joguei um monte de produtos de banho dentro. A espuma já crescia na água morna, e me joguei dentro, sentindo meu corpo relaxar na sensação cálida e afável…

[…]

Passou terça, quarta, quinta, e agora era uma sexta feira de tarde… Quase não via Cassie, e sinceramente acho que ela estava me evitando. Não saia do quarto, chegava e corria direto para se trancar no mesmo. Esperava eu ir tomar banho ou dormir para descer até a cozinha para comer, e ultimamente eu fingia dormir e me trancava no meu próprio quarto apenas para me segurar de que ela desceria para comer algo, a vi no total de cinco vezes quando ocasionalmente estava na sala quando ela chegou, e outras quando cruzei com ela pela casa… mas nada além disso e muito menos uma interação que passasse de três palavras. Estava quase mofando em casa pelo fato de não poder sair sem Cassie, e ela estava tão ocupada (ou apenas me evitando) que nem cogitava a ideia de ir a padaria…

Natasha me ligou, avisando que Cassie deveria ir a agência hoje e por isso chegaria mais tarde, e também teria uma missão para desempenhar que apenas ela conseguiria… E aqui estava eu às nove da noite, roendo as unhas de preocupação por Cassie ainda não ter chegado e Natasha nem ninguém avisado nada sobre… Segurei o celular em mãos, pensando se deveria ou não ligar para Cassie, mas optei por esperar, pois obviamente ela não atenderia se estivesse em missão… pensei em ligar para Natasha, mas talvez soasse desesperada demais.

Deitei no sofá e comecei a mexer no celular, respondendo alguns amigos e depois largando o aparelho sobre o estofado, pegando o controle da TV e ligando a mesma. Comecei a assistir um filme qualquer, que parecia uma comédia romântica totalmente clichê. Tudo que precisava no atual momento, só que não.

A porta abriu em um baque, e quase pulei do sofá de susto, levantei o corpo vendo Cassie entrar a passos rápidos, com o celular nas mãos e o semblante fechado. Como alguém ficava tão sexy toda de roupa preta e colada?!

—Oi, Cassie. —falei sínica. Odiava a indiferença com a qual ela estava me tratando ultimamente. Ela parou em um solavanco no mesmo instante e me olhou com as sobrancelhas arqueadas.

—Oi Demi… Demetria—tratou de corrigir e falar meu nome todo, o que eu particularmente odiava, mas na voz dela ficava fodidamente sexy! —bem, —voltou a olhar para o celular —estou cheia de coisa pra fazer, com licença. —completou acelerando o passo em direção a escada, subindo correndo a mesma.

Não falei nada, e apenas me mantive parada sem saber como reagir aquele “fora”. Cassie simplesmente tacou o “foda-se” para mim, e agora se escondia como se eu tivesse feito algo terrível.

Suspirei, me jogando no sofá outra vez… até quando eu aguentaria aquilo? Eu estava quase em meu limite!

Já fazia mais ou menos uma hora que Cassie estava trancada no quarto, e conseguia ouvi-la falar ao telefone, só não sabia o que era nem me atrevia a me intrometer. Desliguei a televisão e comecei a subir as escadas, totalmente exasperada com tudo… cheguei ao topo no exato momento em que Cassie saia do quarto, me olhou brevemente arregalando os olhos e passando rápido ao meu lado, começando a descer os degraus.

—Cassie… —sussurrei segurando seu pulso, fazendo-a parar. A loira não me olhou, e se manteve imóvel enquanto segurava seu braço. —vamos conversar e voltar como estava antes… eu não…

—Demetria, agora não. Estou ocupada. —me interrompeu, tirando minha mão de seu pulso e descendo as escadas, me ignorando completamente… eu ficaria louca!

Entrei no meu quarto, e apanhei o violão sobre a cama, era o único jeito de me desestressar nesse momento e evitar que eu fosse lá resolver as coisas do meu jeito. Estava tentando ser racional…

Nem vi o tempo passar e só me dei conta que meu estresse havia chegado ao ápice quando meu sangue subiu pelas veias ao ouvir Cassie se despedir de alguém enquanto falava no celular, mas pelo visto era Natasha já que havia sido seca como de costume. Eu simplesmente não aguentava mais o modo como ela estava me tratando e tentava ao máximo me segurar, mas estava tão fora de mim que só vi o momento em que minha mão girou a maçaneta da porta e eu a vi saindo de seu quarto. Nossos olhares se cruzaram instantaneamente e tenho certeza que minhas orbes estavam basicamente faiscando.

Minha razão tinha desaparecido nesse momento, tudo que queria era acabar com aquilo, com aquela palhaçada e aquele comportamento indiferente. Éramos adultas o suficiente para resolver aquilo com um diálogo, mas aparentemente Cassie havia se esquecido disso e preferia resolver com ações! Não pensei em mais nada antes de avançar em sua direção,


 

Point of View, Cassie Moretz.

Já eram três da tarde de sexta-feira, odiava álgebra e estava pra me jogar na janelada sala de aula… em outros tempos, a essas horas eu já procuraria qualquer festa ou bar para encher a cara e possivelmente já teria em mente as pessoas que sairia (ou a quantidade que pegaria na noite, sim, eu era babaca a ponto de estabelecer metas…). Mas atualmente isso era uma realidade bem distante, e eu torcia para qualquer menina daqueles tempos não ter nenhuma lembrança daquelas noites… (assim como eu que não me lembrava de nenhum rosto de nenhuma delas…). Agora eu sou uma pessoa conhecida e estou no meio da mídia, eu devo andar na linha… a missão, meu nome, e o nome e segurança de Demetria estavam em jogo, e eu não podia arriscar isto.

E por falar em Lovato, desde a segunda-feira to fugindo dela como o demônio foge da cruz… e fugir de uma pessoa em sua própria casa era uma das coisas mais difíceis que já tinha feito, e eu to falando bem sério! Correndo para o quarto no momento que pisava em casa, esperando ela ir tomar banho ou dormir para que eu fosse até a cozinha comer algo, inventando desculpas para não sair do quarto e basicamente correndo quando a via. O que fez com que Demetria ficasse presa em casa já que eu não podia acompanhá-la, mas isso não passaria de amanhã, já que tínhamos um evento para ir.

Meu celular vibrou e conferi a mensagem… Natasha.

“Um carro está indo te buscar, vá pela saída dos fundos e venha para a agência.”

“E a Demetria?” perguntei por mensagem.

“tem seguranças lá, precisamos de você para uma missão.” respondeu.

Não respondi, e enfiei o caderno na mochila a tempo do inspetor bater à porta e me chamar. Passei por entre as mesas e saí da sala, ignorando os comentários e acompanhando o inspetor.

—pediram pra te liberar mais cedo, e para evitar papparazzis você vai pelos fundos. —ele disse no mesmo tom rabugento de sempre. Concordei e o acompanhei até a saída, entrando no carro preto parado ali e cumprimentando o agente que estava dirigindo.

Desci do carro quase na porta da agência, colocando o capuz e entrando na mesma, por precaução era melhor me prevenir dos papparazzis. Fui em direção a sala de reuniões, e aquele lugar, antes tão conhecido, já parecia estranho para mim… bati na porta antes de entrar.

—cheguei… —falei fechando a porta atrás de mim. Hector, Natasha e John me olharam, sorrindo brevemente —qual é a missão? —puxei a cadeira próxima a eles e me sentei, colocando os pés sobre a mesa.

—então… —Natasha reclinou-se sore a mesa, pegando alguns papéis na mão e me entregando —você irá entrar na casa dos Coperfield e colocar escutas naquele lugar, além de pegar alguns documentos…

—só isso? —perguntei enquanto olhava as folhas com a localização de onde deveria colocar cada escuta e memorizando as mesmas.

—é perigoso, Cassie… Cuidado. —meu pai disse com o semblante preocupado, e pela primeira vez comecei a notar alguns fios grisalhos em seu cabelo castanho.

—eu sempre tomo… —sorri para ele, tentando tranquilizá-lo. —Hector tudo pronto pra eu não levar um choque de cerca elétrica nem nada do tipo? —perguntei pra ele.

—todas as seguranças desativadas, pode ir tranquila, cabeção. —ele revirou os olhos, rindo brevemente, como se minha pergunta fosse óbvia.

—vamos pegar as armas, Nat? —chamei, já me levantando da cadeira e esperando ela me seguir. Andamos pelo corredor, descemos o elevador e quando já tínhamos andado quase todo o caminho quando Natasha parou subitamente e praguejou por ter esquecido o cartão de acesso… —tudo bem, eu espero na frente da sala… pode ir la buscar. —dei de ombros enquanto via Nat correr pelo corredor, escorei na porta da sala e por hábito comecei a roer as unhas…

—ora ora o que temos aqui?! —uma voz conhecida soou bem perto de mim, e me segurei para não demonstrar susto já que eu não esperava por aquilo, e consegui disfarçar muito bem já que apenas virei minha cabeça para olhar de onde vinha a voz, Maia… —que surpresa agradável.

—pena que não posso dizer o mesmo. —falei normalmente, cruzando os braços sob os seios.

—agora tudo faz sentido pra mim, sabe? —disse ela enquanto se aproximava e parava em minha frente —você não ter mais me dado moral, seu show nas vezes que perguntei quem era ela… poxa agora você é famosa e eu nem posso me gabar!

Essa Maia era louca só pode! A única pessoa que deu Show foi ela quando viu Demetria em meu colo e depois tomando café comigo, show mesmo porque eu nunca devi explicações para ela e muito menos prometi algo sério… para ser exata eu havia deixado bem claro que não teríamos NADA! E se gabar de que? Não tinha nada do que se gabar. Eu tava me segurando para não socar a cara dela.

—achei que tinha ficado bem claro nossa conversa sobre NADA sério. —disse firme, arqueando a sobrancelha para ela —e não há do que se gabar, não é? —falei sínica, e vi que Maia ficou extremamente desconfortável e intimidada com aquilo.

—me trocar justo por aquela drogada sem sal?! —disse Maia de uma maneira tão falsa e nojenta que me segurei para não chutá-la dali (literalmente). —é verdade que ela não tem amor-próprio e tem um monte de corte pelo corpo?! —soou ainda mais nojenta, fazendo de tudo para me irritar, e conseguiu.

Peguei-a pelo colarinho da camiseta polo, a levantando do chão e a colocando contra a parede, encarando-a fixamente, e sabia que eu não estava nada amigável com aquela expressão.

—se falar mais uma vez de Demetria assim, eu terei prazer em quebrar esses teus dentes. Entendido?! —ameacei, falando entredentes.

—defendendo a namoradinha… q fofa. —disse ela quase sem ar, mas ainda debochada. Coragem ela tinha, mas vamos ver se vai ter todos os dentes até o final dessa conversa.

—primeiro que ela é minha missão, e você como futura agente deveria saber que devemos estar com o protegido o tempo todo. Agora saía da minha frente antes que eu quebre todos os dentes da sua boca. —completei a soltando de contra a parede e fazendo sinal para que ela saísse dali, Maia se encolheu e correu pelo corredor até sumir de minhas vistas.

Esperei alguns minutos até Natasha chegar, se desculpando pelo atraso e dizendo que havia perdido a chave de acesso mas que tudo estava certo agora. Peguei algumas armas e comecei a me preparar para a missão, trocando de roupa para uma totalmente preta e justa. Era fácil e eu terminaria rapidinho.

[…]

Vesti a balaclava, conferindo se as armas estavam devidamente encaixadas, tinha que estar preparada para qualquer imprevisto embora não esperasse encontrar ninguém.

—valeu, Hector… —disse assim que ele desligou o alarme, câmeras e a cerca elétrica de alta-tensão.

Escalei o muro pelas ranhuras da parede, o que, para ser sincera, era horrível, mas era o jeito. Pulei dentro do quintal e corri em direção a casa, abrindo a porta com um ferrinho fino e entrando na mesma. Caminhei por toda ela instalando as escutas e fui em direção de onde Natasha me instruiu para pegar alguns documentos. Entrei no escritório e me dirigi ao armário com chave, abrindo o mesmo e pegando uma caixa na parte mais alta, abri a mesma e joguei tudo dentro da mochila que carregava, trocando por papéis falsos para fazer peso, colocando no mesmo lugar em seguida e trancando o armário, saindo do cômodo e correndo para o andar de baixo para sair. Foi só o tempo de chegar ao final da escada para ouvir a porta sendo destrancada, e corri para me esconder próximo a porta dos fundos.

—cara eu não sei. Desde que a Emma se matou as coisas tão complicadas… apesar de nós estarmos em crise, eu gostava dela aqui… —parecia que ele falava ao telefone, e me atentei pra ouvir… Meu Deus ele era muito insensível com a morte da própria esposa! —sim, sim. É eu sei que ela tinha descoberto as falcatruas todas, mas eu ia conseguir fazer ela ficar de boca fechada! —continuou falando. —foda-se, vou desligar! —disse depois de algum tempo em silêncio, e ouvi ele bufar enquanto batia a porta da frente com tudo.

Meu coração palpitava de agonia, e se ele me visse?! O vi passar para a sala ao lado de onde eu estava e depois sair, passando perigosamente próximo de onde eu estava escondida, subindo as escadas em seguida. Soltei o ar em alívio antes de sair correndo para o lado de fora, observei todos os caminhos possíveis para sair dali.

—Hector! Porra eu to aqui e ele chegou! Como vou sair?! —falei através da escuta.

—desculpe, Cassie. Tava com tanto medo que esqueci de te avisar… —ele respondeu com a voz embargada.

—a só esqueceu de avisar o mais importante! Porra! —revirei os olhos mesmo sabendo que ele não veria. —tá, como eu saio daqui?! —perguntei.

—então, vou tentar abrir o portão lateral da casa… o que os empregados entram.—falou enquanto ouvia-o digitar algo no computador.

—ah, não tenha pressa. —disse com ironia.

—Cassie você é um doce de pessoa, eu já disse isso? —respondeu no mesmo tom —vai logo porque você tem menos de um minuto! —foi o que bastou para eu sair correndo e atravessar o quintal escuro na velocidade máxima que minhas pernas aguentavam, abri e fechei o portão, retirando a balaclava e voltando a andar normalmente pela calçada, agradecendo por estar tudo vazio. —as câmeras ainda estão congeladas, vou ligar quando você sair da rua… seu carro está na primeira rua à esquerda…

Andei até onde Hector falou, encontrando o jaguar preto estacionado. Tirei a chave do bolso e entrei no mesmo, jogando a mochila no banco do passageiro juntamente ao meu celular.

—beleza Hector, valeu… —disse enquanto ligava o carro, dando partida. Meu celular vibrou, e olhei para o mesmo, vendo o nome de Kate na tela. Já havia ignorado ela por dias por falta de tempo e agora era uma boa hora, pois realmente precisava conversar com alguém… —ei, eu vou fazer umas coisas e volto para a casa de Demetria mais tarde, vão para lá que eu não to afim de ir até a agência. —falei e tirei a escuta, sem esperar a resposta. Minhas missões, minhas regras.

Peguei o celular e atendi o mesmo enquanto dirigia.

—fala.

—oi, Cassie. Resolveu parar de me ignorar foi? —ouvi ela rir do outro lado.

—estava ocupada… tá em casa? Estou indo aí.

—pra você eu sempre estou… —ouvi sua risada maliciosa.

—tira o cavalinho da chuva que eu não to com paciência nem disposição pra essas coisas. —suspirei —O que queria falar de importante comigo? —fiz uma curva.

—ah… algumas coisas, aqui conversamos. —respondeu.

—beleza. —disse e desliguei, jogando o celular no banco do carona. Não demorou muito para que eu chegasse na casa dela. Peguei o casaco com capuz na mochila (que agora sempre tinha que estar comigo para evitar ser reconhecida) e vesti, me cobrindo com o capuz e descendo no carro.

Antes mesmo de tocar a campainha ela já abriu a porta, entrei rápido ignorando seu abraço, ela veio até mim após fechar a porta.

—oi… —tentou me beijar mas eu virei o rosto, segurando seus ombros.

—não… —suspirei —não to afim.

—então quer dizer que nada é impossível para você não é mesmo, Cassie? —ela riu de canto, se afastando e sentando em um dos sofás, indicando o outro para eu me sentar, o fiz.

—como assim? —perguntei sem entender.

—Demi Lovato? Até ela?! —falou surpresa —quando gemeu o nome dela não imaginei que era literalmente ELA! —ela riu, batendo na própria coxa. Enterrei meu rosto em minhas mãos, praguejando por ter vindo.

—dá licença né, Kate! —revirei os olhos me jogando contra o encosto do sofá. —somos só amigas, você que ouviu coisas! —dei de ombros, fingindo não me importar com aquele assunto.

—ahan… não costumo gemer o nome das minhas amigas, e muito menos transar pensando nelas… —ela deu de ombros.

—eu não… —tentei me explicar —ah vai se fuder! —joguei uma almofada nela.

—e como é morar com ela? —perguntou com um tom malicioso —já posso até imaginar vocês transando em todo canto da casa, em cima dos balcões da cozinha, no tapete da sala…

—SOMOS SÓ AMIGAS! —a interrompi, revirando os olhos e reafirmando aquela ideia. Mas se bem que aquela imagem ia ser bem agradável… CASSIE! PARA!

—ahan, claro. —respondeu irônica. —mas sério, por que está morando com ela?

—ah… —suspirei —é uma longa história. Meu pai foi morar fora do país, e eu fui morar com ela… somos amigas de longa data, mas era segredo nosso. —menti, ninguém além das pessoas envolvidas na missão podiam saber.

—entendi… —Kate me analisava, enquanto eu evitava encará-la, não queria correr o risco de mentir mal, éramos amigas de um bom tempo, e talvez ela percebesse algum deslize. —mas então… —ela se levantou e sentou no meu colo, virei o rosto involuntariamente. —ganho um orgasmo hoje?

—não. Hoje não. —falei a tirando do meu colo e levantando do sofá —nem tão cedo também… —sussurrei. Eu simplesmente não sentia mais nenhum desejo por ela… e pra ser sincera era a primeira vez que não reparava no que ela vestia nem nada relacionado ao seu corpo.

—nem um beijo? —perguntou com voz de choro, fazendo um bico com o lábio inferior, a olhei com os crispados e a expressão tediosa, reafirmando meu “Não” —tá bom… tanto faz —deu de ombros, revirando os olhos —mas isso nada tem haver com Demi, né? Imagina… —usou o tom irônico outra vez, a olhei irritada e ela riu. —senta aí, moça celibatária, vamos conversar… —disse deitando no sofá, me sentei a sua frente e conversamos sobre assuntos aleatórios por algum tempo, tempo o suficiente para eu esquecer de meus problemas e rir um pouco, apesar de tudo, Kate era legal e aceitava muito bem o fato de eu não querer mais nada além de conversas…

—eu tenho que ir… —falei me levantando do sofá, vendo-a se levantar também para me acompanhar até a porta.

—eu posso me gabar por ter dormido com a amiga de Demi Lovato já que vocês são só amigas, né? —deu ênfase no “amiga”, falando a frase em um tom quase irônico.

—você sabe que não. —revirei os olhos, cruzando os braços para ela. Kate riu e concordou. —já vou indo… —falei colocando o capuz.

—juízo, hein… —ela sorriu para mim. —e nada de “Oh, Demi...” muito alto tá? — ela imitou um gemido, em um tom muito constrangedor e cômico. —Ou todo mundo vai saber que vocês se comem, se é que você deixa ela te comer, o que me faz ter uma pontinha de ciúmes já que eu nunca fiz isso. —ela completou pensativa.

—Kate, cala a boca pelo amor de Deus! —revirei os olhos, sentindo uma certa vergonha pela primeira vez em alguma conversa daquele tipo.

—tá não vou te constranger, criança.

—vê se pode, só porque não tá mais me dando já tá me chamando de criança, muito mal agradecida pelos orgasmos que te dei, hein! —brinquei, fazendo-a socar meu ombro. —tá, agora eu tenho que ir! —disse conferindo o horário no celular e guardando-o no bolso outra vez.

—vai lá. —ela me puxou pra um abraço rápido. —conta comigo, beleza? —falou simpática, concordei com um sorriso antes de sair dali, correndo para o carro.

Estacionei em frente a porta de entrada da casa de Demetria (agora basicamente a que eu morava), e entrei, torcendo para não vê-la. Não foi novidade a encontrar no sofá, como era uma das poucas formas de nos vermos ultimamente já que eu tava fugindo dela. Respondi rápido antes de correr escada acima e me esconder dela.

[…]

Odiava tratá-la naquela indiferença, mas estava sendo a única forma de me afastar dela, meu pulso ainda queimava por conta de seu toque a alguns momentos atrás e eu repreendia a mim mesma todas as vezes que sentia vontade de acabar com a distância entre nossos lábios e nossos corpos.

Já havia falado com Hector por telefone, e tinha acabado de falar com Natasha para vir buscar os documentos e nos reunirmos para discutir e analisar os mesmos. Minha garganta queimava, e me amaldiçoava por não ter trago água para o quarto. Eu PRECISAVA beber água! Torci para Demetria estar no quarto e pelo barulho do violão ela ainda estava… Meu Deus ela cantava muito bem! Que voz maravilhosa pelo amor de chessus!

Sai do quarto, e meu corpo paralisou ao ver Demetria abrindo a porta, sua expressão estava séria e seus olhos cruzaram com os mesmos, faiscando, meu corpo arrepiou de imediato diante daquele olhar, e senti meus ossos derreterem, engoli em seco totalmente indefesa diante dela…

Seus passos eram firmes em minha direção e tentei ser rápida para sair de seu caminho e fugir descendo as escadas, mas antes mesmo que meus pés pudessem se mover, sua mão envolveu meu pulso, puxando-me em sua direção e me jogando contra a parede.

—cansei disso! —ela esbravejou antes de me beijar com certa força, seus lábios macios contra os meus pressionados com certa brutalidade, sua língua invadiu minha boca, buscando a minha, senti sua mão em minha nuca, me pressionado contra ela, não aguentei e me rendi aquele beijo, minha língua se enrolou com a sua e envolvi sua cintura com meus braços, arranhando o final da mesma, nossos corpos queimavam e sentia aquele beijo quente como o inferno. Uma de suas mãos apertou minha bunda, fazendo meu corpo alavancar para frente e eu suspirar entre o beijo, mordi seu lábio inferior antes de descer minhas mãos para sua bunda, dando impulso para que ela enrolasse suas pernas em minha cintura, inverti as posições e a coloquei contra a parede, intensificando mais aquele beijo, ela arranhava minha nuca e senti sua mão na borda de minha blusa, tentando tirar a mesma, suspirei entre o beijo, inclinada a permitir… deuses! Como eu queria tocá-la e como queria que ela me tocasse! Meus pulmões começaram a queimar e deixei seus lábios para beijar seu pescoço, ouvindo-a gemer baixo quando apertei mais sua bunda e mordi seu pescoço…


Notas Finais


então não me matem hehehehehe, adoro vcs S2 comentem muito meus amores, adoro ler os comentarios de vcs, não economizem nas palavras S2
Maia sempre embuste...
Kate é legal glr n sintam ciúmes huehue
Demi ativa eita
Genteeee olhem minha outra fic tbm... https://www.spiritfanfiction.com/historia/a-perdicao-de-atena-13791277
Bjs adoro vcs, até já já


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