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História Provar, Comer e Casar - Deliciosa Paixão


Escrita por: Pan_Alban

Capítulo 22 - Deliciosa Paixão


Sakura aos poucos ia caindo em si de que aquilo era real.

Ele subiu as escadas carregando-a no colo e agradecia tê-lo tão forte para sustentá-la, porque ela quase não sentia as forças de suas pernas a cada segundo mais que percebia estar namorando. Com ele.

Subiu as mãos pelos ombros e pescoço dele e escondeu o rosto ali beijando a pele cheirosa e áspera pela barba.

Seu íntimo já sucumbia ao chef Sasuke Uchiha, assim como o coração desgovernado ainda afetado com o que ele havia feito.

Sasuke a desceu ao chão quando chegaram ao segundo andar. Sakura não conseguiu olhar ao redor para conhecer, Sasuke já a segurava pela cintura beijando-a fervorosamente e a puxando com força para perto de ti. Sakura rodeou os braços ao redor do pescoço dele, forçando a nuca masculina com uma necessidade pelo beijo dele sem igual.

Ele a girou entrando no quarto e Sakura riu contra os lábios dele se afastando com um sorriso convidativo em seu rosto. Eles se encararam famintos um pelo outro, ambos sentindo uma leveza maior compartilhando o mesmo pensamento: um pertencia ao outro agora.

Sasuke começou a abrir os botões da camisas branca e fechou a porta com o pé antes de andar até ela. Sakura se afastava de costas o atiçando a pegá-la, a perna aparecendo pela fenda da saia e atraindo-o como um animal faminto. Sentiu chegar até a cama de casal que ficava no meio do quarto, menor que a de Sasuke, mas perfeita para a noite de amor que teriam.

― Assim, ― ela se sentou inclinando o corpo para trás apoiando-se nos cotovelos para vê-lo de camisa aberta dando a visão do peito malhado, o abdômen trincado e o caminho da perdição abaixo de seu umbigo. Mas a expressão dele era a melhor parte, a olhando de cima enquanto passava a língua pelos lábios a saboreando com os olhos. Ele tirava o cinto encarando a perna exposta. ― Você parece Frederico em Chamas da Paixão, antes de ir a guerra.

Sasuke puxou um sorriso com a comparação e se aproximou sem pressa, tirou a camisa aberta e jogou-a por cima da cama antes de se inclinar e segurar a perna dela a elevando até seus lábios.

Sakura jogou a cabeça para trás e abriu a boca suspirando, os olhos se fecharam sentindo os beijos que ele começava perto do joelho e iam subindo junto de uma mão quente.

Sasuke parou os beijos no meio da coxa dela e sorriu quando a ouviu reclamar por mais. Mas ele se ergueu e deslizou a mão pela perna macia até chegar a bunda dela, apertou com vontade vendo os olhos verdes erguerem-se para ele com um brilho enlouquecedor, não havia como segurar a vontade de beijá-la mais uma vez.

Ele deitou sobre ela apoiando o seu peso em um braço enquanto ainda a apalpava e forçava a pélvis dela contra a sua. Beijou-a nos lábio com mais calma, ainda intensamente.

― “Mil homens irei matar para poder retornar para o seu corpo e os seus beijos, amor.” ― ele citou a fala do personagem do livro olhando-a nos olhos, sua voz afetada com as emoções intensas daquela noite e a luxúria que tirava seu juízo. Ela gemeu baixinho arqueando o corpo contra o dele e prendendo os dedos finos em seus cabelos negros.

Ele desceu os beijos pelo pescoço até o decote do cropped, aquele detalhe o fez parar o contato com a pele abaixo da saia dela e desencostar o corpo do dela para tirar a peça pequena e incômoda. Com satisfação viu que ela não usava sutiã, a mão direita arrastou-se pela pele pálida testando a textura macia até encontrar a auréola do seio descoberto, ela mordeu o lábio inferior e ele teve vontade de morder ele mesmo o local. Com os pés, forçou os coturnos que caíram pesados no chão de madeira.

O brilho de sua aliança contrastou com a pele aveludada enquanto acariciava aquela parte suculenta do corpo dela. Puxou um sorriso deslizando a mão para o queixo dela e erguendo o rosto feminino até que ela o olhasse.

― Você é maluquinha, Sakura.

E ela riu afagando os dois lados do rosto dele com carinho, os olhos passando por cada detalhe do rosto masculino com devoção.

― E você um bobo. ― puxou o rosto dele recebendo os lábios dele contra os seus, provando com calma. Suspirou e passou um dedo pelos lábios úmidos e entreabertos dele, uma mão ainda segurando a nuca dele ― Namorados. ― testou a palavra em um sussurro e recebeu os lábios dele num beijo com mais vontade.

Sasuke segurou sua cintura e arrastou seu corpo para cima da cama sem descolar os lábios do beijo afoito que começava a ficar desgovernado com a aproximação dos corpos mais uma vez.

A palavra parecia estranha aos ouvidos dele, mas gostava daquilo. Sakura era sua namorada, sua companheira, e a forma como tudo se sucedeu até chegarem ali não poderia ter sido diferente se tratando dos dois. Fazia parte de sua missão, agora, conquistar aquela mulher todos os dias e deixar ser conquistado abrindo seu coração de uma vez.

A mão dele foi descendo pelos seios, pela barriga e alcançou a fenda no lado da perna, os beijos ainda ferozes quando alcançou a calcinha e teve as pernas dela abertas o recebendo no carinho íntimo na entrada úmida.

E Sakura suspirava, sua respiração tão errática quanto a dele, o peso do corpo tatuado sobre o seu e a pressão em seu íntimo pedindo para que ele a tomasse de uma vez. A calça dele esfregava em sua perna com os movimentos naturais do corpo a masturbando e sentindo os efeitos junto a ela.

― Tire essa calça ― sua voz saiu rouca e falha. As mãos já desciam pelo cós e os lábios beijavam o samurai desenhado no peito forte.

Um gemido saiu dos lábios dela quando ele adentrou o primeiro dedo e soltou um som do fundo da garganta. As pernas apertavam-no entre ela e as mãos puxavam o cabelo liso e negro que escorria por sua pele aos beijos molhados em seu seio. Ouviu o som do zíper da calça e o ajudou a tirar a peça com os pés. Sasuke afastou-se tirando também a cueca. Ele moveu a mão pelo membro ereto a olhando de joelhos na cama. Nela sobrava somente a saia e a calcinha, Sasuke erguia-se completamente nu a frente dela, mas aquilo não parecia um problema para ele. Sasuke largou sua ereção e desceu as mãos pelas coxas descobertas até alcançar as laterais da peça íntima e tirá-la jogando-a no chão.

Sakura respirava fundo, a ansiedade apertando seu ventre e acelerando seu coração. Já haviam transado outras vezes, mas, de certa forma, aquela parecia ser novamente a primeira vez.

Sasuke erguia-se a frente dela com aquele jeito de homem mau encarado que prometia devorá-la completamente apenas com os olhos. Ela olhou as marcas negras dos desenhos no corpo dele, a força por baixo da pele, a beleza descomunal do rosto que a encarava de volta.

Seu coração palpitava louco. Louco por aquele homem.

Queria tê-lo naquele momento, ter seus sentidos serem testados e os dois gemerem juntos conectados física e emocionalmente. Queria-o naquele momento, e Sasuke também.

Ele deitou por cima dela e a girou em um só movimento para cima de si, puxou a nuca dela até os lábios se encontrarem novamente e atiçou o membro ereto contra a umidade entre a saia. Ela sentou sobre ele sem penetração, mexeu-se seu corpo num vai e vem excitante, movendo as suas mãos pela rigidez do peito dele e sentindo as de Sasuke por todo seu corpo até parar em sua bunda a forçando contra ele.

Ela gostava de olhá-lo de cima, de ver o peito desenhado subir e descer num rito desregulado e os olhos puxadinhos e negros completamente envolvidos de paixão.

Sakura desceu o tronco sobre ele e mordeu sua orelha, Sasuke ronronou rouco erguendo a pélvis tentando penetrá-la, mas ela se afastou com um sorriso.

― Você foi mau comigo ― sussurrou voltando a rebolar sobre o membro duro e Sasuke resmungou tentando capturar os lábios dela sobre os seus. Sakura dava um pouco do que ele queria, colando suas testas enquanto as duas mãos massageavam as laterais da cabeça dele, os olhos se encaravam a centímetros e os lábios se tocavam aos poucos, mordendo e sugando o que encontravam.

Ela poderia torturá-lo maiss um pouco, mas ela também estava sendo torturada. Moveu-se contra ele e levantou o membro o posicionando sem usar as mãos. Sasuke apertou sua bunda com vontade e Sakura fechou os olhos deixando um gemido longo e baixo ir saindo quando desceu lentamente o encaixando dentro de si.

― Promete que não vai mais ser grosso comigo? ― a pergunta saiu como um gemido manhoso enquanto se levantava e descia devagar mais uma vez.

― Não. ― Sasuke a respondeu elevando o quadril para se enfiar inteiro dentro dela. ― Você me deixa assim.

― Não estou falando desse grosso. ― ela riu quase o tirando dentro dela e voltando a descer com lentidão até o fim. Sasuke apertava a mandíbula com força enquanto ela rebolava sobre si. ― Agora você é meu namorado, tem que ser bonzinho comigo.

― Eu sou bonzinho ― ele mordeu o lábio inferior dela puxando e elevando o quadril para penetrá-la mais, mas Sakura estava no comando e aquilo estava o deixando maluco de tesão.

Adorava tê-la em cima de si, a forma como movia os quadris e parecia poderosa sobre ele. E ela havia aproveitado para maltratá-lo, aquilo seria sua perdição. Não conseguia ver o ponto de fusão entre os dois por conta da saia que escolheu deixar, apenas sentia seu pênis deslizando dolorosamente lento pela cavidade apertada e molhada. Ela estava controlando e ele não estava preparado para gostar tanto daquilo.

― Não, não. ― ela se sentou e apoiou as mãos sobre o peito, ele já estava inteiro dentro dela e Sakura movia-se para frente e para trás friccionando os sexos e causando um tesão imensurável. ― Você vai ser bonzinho comigo no programa.

― E você vai fazer tudo certo? ― ele perguntou com a respiração entrecortada. Estava sendo um delicioso martirio tê-la brincando daquele jeito, mas não aguentava mais e precisava tomá-la com força.

Forçou as pernas e moveu-se rápido contra ela, Sakura desistiu de movimentar-se e deixou que ele socasse firme embaixo dela, a boca abrindo-se de tesão e os olhos meio fechados focados no nada. Ele a segurava com força, elevando sua ereção com força já pensando na próxima posição, o som da pele se chocando era erótico demais e os seios dela subindo e descendo a cada estocada era um estímulo e tanto para tentar alcançar o ápice do prazer.

― Eu vou… fazer tudo certinho ― prometeu finalizando com um grito quando ele a girou contra a cama e a penetrou surpreendentemente rápido. ― Eu vou…

Então ele seria bonzinho com sua namorada.

 

 

“― Presta atenção! Eu não vou repetir isso de novo! Isso está com gosto de frutas?

― Você mandou eu fazer assim!

― Eu mandei você fazer certo, isso não está certo.

― Então você me ensinou errado, chef.

― Impossível. Você não está…

― Sasuke, vai a merda. “

Ino deu um tapa na própria testa e Temari balançou a cabeça desacreditada. A câmera ia alucinadamente acompanhando os dois trocando farpas e depois voltava para Konohamaru e Naruto que não pareciam tão alto astrais quanto nos outros programas. O que era para ser uma batalha repleta de doçura, estava cheia de acidez.

― Ela passou a semana toda lá no restaurante dele ― Temari acusou completamente pasma com a falta de jeito da Sakura com a receita. Na tela, o chef aparecia gesticulando furiosamente com um pano de prato sujo na mão.

― E você acha que os dois ficaram treinando? ― Ino rolou os olhos com divertimento.

Com um sorriso observava o casal, agora oficial, tendo seus desentendimento culinários. Sakura havia ficado radiante aquela semana inteira, mais de uma vez contou a história quase desastrosa de como foi pedida em namoro. E todas as amigas fingiam não aguentar mais apenas para azucriná-la, mas todas estavam felizes, todas pareciam estar na mesma sincronia do romance aquela semana, somente uma não.

― Temari? Você tá esquisita desde segunda. ― Ino comentou estranhando a careta que a amiga fez. Como se tivesse sido pega no flagra e logo mudando para rabugice.

― Não quero falar sobre isso.

Ino ergueu uma sobrancelha sem entender e Tenten entrou quase dançando na sala com três baldes de pipoca equilibrados nos braços.

― O Shikamaru fez alguma coisa? ― Tenten deu um balde pra cada e sentou-se de pernas cruzadas no próprio sofá, Temari resmungou algo baixo enchendo a boca de pipoca - Perguntei para ele como foi a reunião de vocês e ele ficou off o resto do dia.

― Não aconteceu nada, esqueçam isso. ― Temari quase mostrava os dentes.

Ino espremeu os olhos muito desconfiada, mas não perguntou mais nada. Pelo jeito de Temari, era bem capaz dela sair de lá e ficar sem falar com elas um bom tempo. Entretanto, percebeu que nem no programa Temari prestava atenção depois de cutucada sobre seu estado. Comia a pipoca de forma automática, o olhar distante e um vinco entre as sobrancelhas.

― Neji não está aí hoje, não me interessa assistir ― Tenten estava completamente alheia, quase flutuando. Essa era outra que não parava de falar sobre seu próprio chef.

― E ele te mandou algo? Vão sair de novo? ― Ino perguntou de olho na TV.

― Ainda não ― Tenten resmungou com um bico olhando inutilmente para o celular ― Ele é muito ocupado. Mas, acho que ele gostou de mim.

E ver Tenten insegura não era normal, em lugar algum.  

No começo da semana havia saído com o chef e no outro dia não parou de falar no quanto ele era maravilhoso e lindo, no lugar chique que ele havia levado-a e na timidez que dava vontade de morder. Faltava muitos detalhes que Tenten parecia omitir por alguma razão, mas ninguém se preocupou com isso quando ela afirmava com veemência que havia sido o melhor encontro da vida dela, mesmo que não tenha acabado na cama dele como ela esperava.

― Ok, ― Ino decidiu ignorar as duas e se focou na TV ― Acho que a Sakura vai acabar esganando o namorado com aquele guardanapo nas mãos dele.

Tenten riu concordando e voltou a ser alto astral mandando diversos tuítes com apoio à amiga. Temari concentrou-se na pipoca que comia e no chá gelado que tinha na outra mão, permaneceu quieta enquanto a cozinha parecia pegar fogo. Ino estreitou os olhos na direção da amiga muito interessada no que poderia ter acontecido para Temari se comportar daquele jeito.

 

 

Sakura tentava se concentrar na sobremesa a frente dela e ignorar a existência distrativa de Sasuke ao seu lado. Ele estava tão cheiroso que dava até raiva. Não, não era só o perfume que a deixava com raiva, nem mesmo a vontade maluca de sair logo daquele programa para ir direto para a casa dele no esportivo da amiga que era perseguida pelos paparazzis, ou até mesmo o quase flagra que um rapaz da produção quase deu neles mais cedo enquanto se agarravam no camarim. O que a deixava com raiva de verdade era não conseguir fazer a merda da receita e ainda ter que ouvir que estava fazendo errado quando dava para tirar aquela conclusão sozinha só de olhar.

― Menos de quinze minutos e a pannacotta de Sakura não parece uma pannacotta ― Naruto saiu de perto de Konohamaru e sorriu sacana olhando o gel de framboesa em longe do ponto.

― Vai cuidar do seu pupilo, Naruto ― Sasuke rugiu esquecendo-se completamente de onde estava.

― Oh, temos alguém esquentadinho aqui ― Naruto sorriu para a câmera e piscou antes de trocar de câmera mais uma vez ― E ainda acha que Sakura pode vencer o programa de hoje? Se sim, o que é bem improvável, digite #BdCSakura. Agora, se acha que o Konohamaru tem mais chances, o que vemos claramente que sim, digite #BdCKonohamaru. Pode mandar recados pelo Twitter, vamos adorar lê-los ao vivo.

― Ahn, chef… ― Konohamaru chamou incerto e Naruto arregalou os olhos correndo na direção do pupilo.

― Esquece ele ― Sasuke sussurrou perto. Perto demais. Sakura se sobressaltou, nem havia percebido que prestava atenção na bancada ao lado e nas mãos tinha sua triste e nada boa pannacotta ― Não vai dar tempo de consertar isso. ― Sasuke respirou perto do ouvido dela e Sakura teve que se afastar para não derrubar mais alguma coisa. Ele soltou um breve riso e ergueu os ombros. ― Tente fazer um bom empratamento, pelo menos.

― Você me deixou furiosa hoje ― ela comentou baixo o olhando de canto com um bico. Sasuke arqueou uma sobrancelha e olhou para a bagunça em cima da bancada como se justificasse sua falta de paciência.

― Vou te recompensar depois, o que acha?

Sakura segurou o sorriso entre os lábios. Não poderia dar o braço a torcer àquela altura, mas ele era terrivelmente maravilhoso quando queria.  

― Vou cobrar ― sussurrou de volta dando as costas para ele sorrindo, deu de cara com Naruto a olhando divertido.

― Cinco minutos, Sakura. Já se acertou com seu… chef? ― Sorriu malicioso e Sakura sentiu as bochechas esquentarem.

― Já acabou aí, Naruto? Ou precisa de uma ajudinha da cunh…

― O tempo está acabando! ― Naruto falou por cima da voz de Sasuke abrindo os braços para a câmera. Konohamaru corria atrás dele empratando e ignorando o olhar de poucos amigos que Naruto o lançou à quase menção da cunhada.

Sakura olhou triste para seu prato quando o tempo acabou e teve que levantar os braços para não tocar mais uma vez naquela gororoba de doce. Não havia conseguido e nem precisava olhar o de Konohamaru para saber que perderia aquele dia. Envergonhada, passou os olhos por todos na produção enquanto Naruto falava alegremente sobre os patrocinadores. Ninguém a olhava diretamente e agradecia por aquilo, nunca havia se sentido tão humilhada com um prato tão feio, ainda mais estando na reta final do programa.

― A culpa é toda sua. ― resmungou olhando de canto para Sasuke que olhava para frente com as mãos em frente ao corpo. Ele a olhou erguendo uma sobrancelha em questionamento e ela inflou as bochechas sem olhá-lo.

Sim, a culpa era todinha dele e era por isso que ele havia ficado calmo depois que viu que não havia mais o que fazer com o prato. A culpa era toda de Sasuke porque era ele quem sabia cozinhar ali, ele quem deveria ensinar e ele quem acabava com toda a concentração dela na cozinha de seu restaurante murmurando elogios e promessas em seu ouvido, a beijando no ponto cego das câmeras de segurança e a tocando em cada oportunidade. Não haviam treinado como sempre faziam.

A culpa era toda dele, mas assim que a vitória fosse dada a Konohamaru e o programa acabasse, ela sabia que não estaria com raiva, que teria vontade de rasgar a roupa dele e sentar em seu colo enquanto as mãos dele subiriam por suas coxas, pressionaria sua bunda com força a trazendo para mais perto e…

― Sakura?

Ela teve um sobressalto e sentiu o rosto queimar com o olhar confuso e divertido de Naruto.

― Ahn... Sim? ― Colocou uma mecha inexistente de cabelo atrás da orelha completamente sem jeito. Pelo monitor viu o close que davam em seu rosto e quis morrer com aquilo.

Sasuke se mexeu do lado dela, mas Sakura nem olhou para não ver o sorriso orgulhoso e cretino que ele tinha no canto dos lábios.

― Perguntei qual foi a sua maior dificuldade na prova de hoje. ― Naruto repetiu sorrindo todo cínico.

Sakura engoliu em seco e agora viu a produção toda olhando-a com atenção. Não sabia como o beijo deles ainda não tinha vazado de alguma forma e acreditava que o fator “surpresa” tenha sido o principal aliado por não ter nenhuma foto ou filmagem do momento. Viu, então, Kakashi a olhando sereno e com aqueles olhos caídos de sono que ele sempre tinha, ele moveu a mão para ela responder.

― Ahn ― apertou as mãos em frente ao corpo e pensou muito na pergunta que já ia sendo esquecida. Naruto limpou a garganta arregalando os olhos azuis na direção dela numa pergunta muda se estava tudo bem, mas o pior era Sasuke nem se pronunciar, como se estivesse se divertindo muito com a situação. ― Bom, creio que hoje não era um dia muito bom para mim, chef.

― Todos temos dias ruins ― Naruto levantou as mãos exageradamente deixando seu riso marca registrada ressoar pelo estúdio ― E você, Sasuke? Acha que foi só problema de dia ruim?

― Certamente. Não estávamos sintonizados hoje ― Sasuke soou tranquilo ao lado dela. De visão periférica ela o viu cruzar os braços e relaxar a postura. Sasuke parecia um homem completamente diferente quando dentro de sua dólmã, tanto em aparência física quanto em sua personalidade. ― Mas Sakura conseguiria fazer essa pannacotta em outra ocasião com tranquilidade se tiver um pouco mais de atenção ― Ela apertou os olhos na direção dele e Sasuke a olhou de cima com um meio sorriso mordaz ― A sobremesa é a cara dela: delicada, sofisticada… ― Sakura relaxou a expressão até ele completar apenas mexendo os lábios “Gostosa”.

Sorte a dela que Naruto pediu para Konohamaru levar sua sobremesa para os jurados avaliarem, porque depois daquilo não teria condições de falar mais nada.

 

 

― Oh meu Deus! ― Tenten berrou apontando para a televisão e dando um pulo no sofá ― Ele falou “gostosa”! Eu não acredito!

― Ele falou lentamente, ainda! ― Temari balançava a cabeça enquanto Ino ainda estava boba olhando para a TV. Temari só conseguiu deixar uma risada desacreditada escapar ― Esse cara reclama da exposição, mas parece estar ligando o foda-se.

― Eu amo esse casal ― Ino enxugava a lágrima do olho direito balançando a cabeça sem acreditar. ― A Sakura vai ficar louca, gente.

― O pessoal vai cair em cima. Não sei se vamos… Só um minuto. ― Temari se levantou com o celular vibrando em suas mãos. Ino reparou o rosto da amiga ficando lívido, não sabia se de timidez ou de raiva ao olhar a tela e atender indo para a cozinha.

― Ten ― sussurrou cutucando Tenten com o pé. A morena olhou com ar divertido para Ino, ainda chocada com a audácia do chef Uchiha ― Viu, acho que rolou alguma coisa entre ela e o seu amigo.

― Será? O Shikamaru não é… Como posso dizer? Do tipo da Temari. Pode ser que tenham brigado, acho bem mais provável.

Ino não concordava com aquilo, mas ignorou por hora prestando atenção na amiga que era detonada na TV. Sakura quase se encolhia enquanto provavam a sobremesa dela e nenhum elogio era o bastante para consertar o estrago.

― Tadinha… ― Ino comentou depois de um dos jurados dizer estar sem palavras naquela reta do programa.

Temari voltou quieta e sentou-se pesada no sofá, sem olhar para as amigas, e abraçou o balde de pipoca enfiando várias na boca de uma vez.

― Tadinha uma ova ― Tenten se empertigou enquanto Konohamaru era consagrado vencedor daquela batalha ― Um gostoso chamou ela de gostosa, ela devia ir embora feliz, cozinheira ela não vai ser mesmo.

― Que horror ― Ino ria escandalizada ― Eles estão namorando, Tenten.

― Ah meu amor, enquanto não tiver uma aliança nesse dedinho aqui ― mostrou o anelar da mão direita para Ino ― Eu não vou me fazer de cega e muda.

― Meu Deus. ― Ino deu um tapa na própria testa rindo.

― Ahn, gente ― Temari as chamou e parecia insegura. Tanto Tenten quanto Ino tiraram os olhos da TV para olhar o perfil dela. Temari mordia o lábio inferior e respirou fundo uma vez para tornar a ter aquela expressão de pessoa inatingível ― Eu preciso contar algo senão vou acabar explodindo.

As duas pararam de rir e aguardaram sérias o que ela tinha a dizer. Os olhos verdes de Temari passaram lentamente de uma para outra, as duas desconfiavam que seria algo relacionado ao que aconteceu para deixá-la estranha. Então a espera só ficou ainda mais ansiosa.

― O Nara… Bom… ― ela tampou o rosto com as duas mãos e abafou um gemido frustrado ― Eu dormi com ele e agora não sei o que fazer.

― O quê? ― Tenten berrou e Ino só ergueu as sobrancelhas convencida de que estava certa em suas suposições. ― Como isso aconteceu? Tipo… É o Shikamaru! Por que todo mundo tá transando menos eu?

― Eu não sei como aconteceu, sem perguntas ― Temari estava abalada e Ino voltou a rir com aquilo ― Eu ainda não acredito que fiz aquilo. ― Passou a mão pelo cabelo loiro.

― E era ele no telefone? ― Ino sorriu maliciosa e Temari balançou a cabeça com cara de choro. ― Ok, minhas lindas, vocês não vão sair daqui até me contar exatamente o que aconteceu com cada uma. E pensem, vocês não estão tão na merda quanto Sakura vai estar amanhã de manhã.

― O problema é que eu não sei se não quero ver ele ― Temari suspirou desabafando.

Aquilo era um prato cheio para Ino, tudo o que ela e Gaara precisavam para ter Temari ocupada demais para ser irmã coruja enquanto se divertiam. Seu ruivinho talvez fosse gostar daquilo.

 

 

Sakura acordou primeiro que Sasuke. Estava nua e o braço tatuado de galhos cobria abaixo de seus seios, o corpo quente e rígido dele ressonava calmo em suas costas. Sorriu aconchegando-se mais sobre o travesseiro e os lençóis que tinham o cheiro dele.

Naquela noite tinha descoberto o quão bom era transar depois de uma discussão. Não que tivessem discutido para valer, mas ela estava frustrada por não conseguir fazer o prato e colocou a culpa em Sasuke, ele não negou a culpa e pediu desculpas, mas ela o fez prometer que focariam no programa.

― O próximo será minha especialidade ― ele a abraçou cheirando o pescoço dela e falando sobre o prato da próxima semana que seria seu lombo flambado no uísque doze anos ― Que tal começarmos a treinar?

E treinaram muito como se fazia um bom prato com muito fogo. Ela estava no céu e cada vez que dormiam juntos, mais liberdade ela sentia em fazer o que queria com ele. Sorriu vendo o jaleco novinho sobre uma poltrona e se lembrando do quanto ele ficou maluco quando saiu vestida de médica do banheiro.

O que era aquela sensação boa que sentia estando com ele? Era paixão. Pura e ardente.

O sorriso alargou-se com a consciência da aliança em sua mão direita.

Havia perguntado para as amigas se a decisão de oficializar aquela pegação deles havia sido precipitada, ou precipitados pois ele também estava pronto, mas todas foram categóricas: Não.

O que havia de errado em tentar algo sério? Os dois eram maduros, adultos independentes que não precisavam dar satisfação para ninguém. Não havia mal, não estavam sendo dois malucos, ou talvez estivessem, mas se um dia aquilo passasse ainda ficaria uma boa lembrança. E se ficasse para sempre…

O braço tatuado a apertou contra o peito dele e ela riu um pouco quando o nariz dele roçou por sua pele do pescoço.

― Bom dia ― ela sussurrou fazendo um carinho no braço que a circulava passando os dedos pelas veias saltadas. Aquilo era um detalhe deliciosamente charmoso.

Sasuke ajeitou-se preguiçoso atrás dela e deixou um beijo na pele branca do ombro dela.

― Acordou agora? ― ele sussurrou de volta perto do ouvido dela.

Sakura aconchegou-se no abraço dele tendo em mente que não havia som mais afrodisíaco que a voz de Sasuke quando acabava de acordar.

― Sim. Queria dormir mais ― resmungou manhosa se encostando mais nele e Sasuke esfregou o corpo no dela tocando-a com delicadeza e calma. Sakura fechou os olhos com o carinho e suspirou, ficaria ali para sempre, não havia problema algum para ela.

― Não podemos nos atrasar ― ele deu mais um beijo perto da orelha dela e se levantou. Sakura escondeu o rosto no travesseiro fofo, e dessa vez o motivo não era só por preguiça.

Ela conseguiu ouvir a risada rouca de Sasuke e o barulho da calça jeans sendo colocada. Ela não estava preparada apesar de dizer continuamente que sim durante a semana. Mas não, ela não estava preparada para o que fariam.

― Certeza que não vão precisar de você nos restaurantes? ― ela perguntou mais uma vez com a voz abafada pelo fofinho travesseiro.

― Já me planejei para esse fim de semana ― ele respondeu andando até o banheiro ― Relaxa ― riu de longe e Sakura se encolheu.

Não fazia uma semana que usava aquela aliança e ele a levaria até o sítio dos pais durante o fim de semana inteiro.


 

Sasuke a viu arrumar os óculos de sol pela terceira vez no rosto e olhar para a janela batendo os dedos ao ritmo de Trust do Megadeth. Havia perguntado se ela queria ouvir outra coisa, mas Sakura parecia atordoada desde que entrou no carro rumo ao sítio e negou veementemente. Ela estava nervosa e o heavy metal ajudava a aliviar um pouco da tensão, ele bem sabia daquilo.

Ia cantando baixinho enquanto dirigia. Não transparecia e jamais falaria para ela, mas ele também estava um pouco nervoso, mais ansioso na verdade. Olhou para a sua mão direita no volante e sorriu ao brilho metálico da aliança nova.

― Foi um amigo de Itachi quem as fez ― ele levantou a mão direita e segurou a esquerda dela recebendo a sua atenção. Era um homem de sorte e toda vez que a olhasse iria ter certeza daquilo. Sakura sorriu um pouco olhando para a aliança no dedo dele e depois para ele para que continuasse. Sasuke voltou os olhos para a estrada ― Kakuzo é um ourives que já fez algumas jóias para minha mãe e até a aliança de casamento de Itachi e Konan. Havia mandado um e-mail para ele com o que eu queria e no sábado ele me mandou a foto dos modelos desenhados. Mandei para Ino no mesmo instante. ― ele sorriu e ela riu ao lado dele.

― Você e Ino fazem uma parceria perigosa ― ela comentou olhando a aliança prateada chanfrada idêntica a de Sasuke, a diferença era que a dela tinha uma pequena e delicada pedrinha de brilhante ― Ela é maravilhosa. ― elogiou mais uma vez a jóia em seu dedo e Sasuke se sentiu satisfeito.

― É a primeira vez que uso uma. ― ele comentou vendo a reação dela de perfil. Não foi diferente do que pensou, Sakura arregalou um pouco os olhos e abriu a boca algumas vezes sem dizer nada.

Eles haviam combinado que deveriam conversar sobre tudo para se conhecerem melhor, era difícil para ele se abrir e falar coisas sobre ele de forma espontânea, mas era o certo a se fazer, apesar de deveras incômoda.

― Nunca namorou? ― ela perguntou depois de uns segundos de espanto e Sasuke respirou fundo antes de chegar num assunto que sabia que um dia chegaria. ― Isso parece improvável, praticamente impossível.

― Não seriamente. ― respondeu breve estacionando perto da bomba de combustível para abastecer. Forneceu a quantia que queria de combustível para o frentista e agradeceu por nem ele e nem Sakura terem sido reconhecidos. Ela usava um boné e ele o cabelo amarrado, ambos usavam óculos escuros e aquilo deveria ajudar mesmo a camuflar suas identidades. Logo falaria sobre Mei, sabia que ela tinha essa curiosidade desde que Naruto dissera sobre ter amado uma mesma mulher por tanto tempo, e esperava que ela reagisse bem e não criasse qualquer sentimento de insegurança. Ela esperou em silêncio e atenta até que ele voltasse a dirigir ― Tive duas namoradinhas no ensino médio, nenhuma que passasse de duas semanas quando adulto.

A viu balançar a cabeça lentamente e umedecer os lábios.

― Você foi um rapaz malvado, Sasuke. ― o censurou com humor e ele levantou os ombros com os olhos na estrada. ― Eu tive um namorado no colegial. ― ela disse sorrindo ― tinha aliança e tudo.

― Por que acabou? ― Perguntou sem perceber.

― Conflito de interesses ― ela respondeu simplesmente fazendo o mesmo gesto de erguer os ombros que ele ― Não me lembro muito bem a razão exata, mas eu chorei uma semana inteira. ― ela riu balançando a cabeça. E você?

― Eu era imaturo. E quando Sasori entrou? ― perguntou algo que já havia querido antes. Não se preocupou em pensar se ela queria falar sobre, ele queria saber. Só de pensar naquele cara já fervia uma fúria assassina em Sasuke. A escrotidão em forma de homem era aquele Sasori.

Sakura se mexeu desconfortável e soltou uma lufada de ar pela boca antes de respondê-lo.

― No primeiro ano da faculdade. Ahn… ― ela engoliu em seco pensando e Sasuke aguardou com paciência ― Namoramos firme por um bom tempo, quase três anos. Mas era um namoro estranho, não nos víamos com frequência e eu nunca conheci os amigos ou a família dele, assim como ele nunca mostrou interesse em conhecer a minha. ― Sakura deu um riso nervoso e Sasuke a olhou, sabia que suas feições estavam graves, mas felizmente ela sabia que não era para ela. ― Bom, nós demos um tempo, eu me formei, me especializei e ainda fiquei agarrada a ideia de que ficaríamos juntos novamente. Ele me fez de idiota e disse que eu deveria aprender a cozinhar para casar comigo…

― Filho da puta ― Sasuke soltou entre os dentes de forma baixa, mas Sakura ouviu. Ela concordou com a cabeça deixando um riso desacreditado e ele apertava o volante se lembrando vagamente da postura daquele imbecil com Sakura em seu restaurante. Era inacreditável e deplorável.

― A vó dele era uma ridícula, também. A única que conheci e só sabia botar defeito em tudo o que eu fazia. Bom, ― ela balançou a cabeça como se quisesse espantar aquilo da cabeça e respirou fundo deixando um sorriso despontar ― aí você apareceu para me tirar daquela ilusão.

Sasuke sentiu a chama da raiva abrandar com o tom meigo e pegou a mão dela para deixar um beijo em seu dorso.

Ela não tinha ideia do quanto havia mudado a vida dele, também. Havia o libertado de uma ilusão e trazido calma para uma cabeça que só vivia no limite. Ele não conhecia aquela realidade mais tranquila. Sakura era a sua paz.

― E já que falei do traste, por que não me fala da mulher que amou por dez anos até conhecer “minha amiga loira”? ― Sakura falou cada palavra lentamente e Sasuke a olhou de canto percebendo estar entrando em um caminho perigoso. Havia pouco tempo sim que estavam juntos, não queria arruinar as coisas, mas sendo sincero não havia nada que o deixasse confuso ou qualquer coisa do tipo.

Só precisava ser sincero.

― Mei ― disse o nome olhando para Sakura e logo para a estrada, a sentia muito interessada, continuou ― ela foi a primeira mulher a me fazer cair de quatro, a que me transformou em um homem. Eu tinha 16 anos quando a conheci em uma festa onde ela estava trabalhando de tatuadora. ― a menção ao trabalho de Mei fez Sakura correr os olhos pelos galhos expostos no braço esquerdo. ― Ela nunca me deu uma chance de verdade, ela já sabia que era só uma coisa adolescente, mas a recusa dela batia de frente com o meu orgulho, eu acho ― respondeu erguendo um ombro um tanto incomodado com o silêncio quando ela desligou o rádio. Decidiu continuar ― Fiz o samurai só para ver ela de novo, mostrei uma identidade falsa e ela rasgou na minha frente, mas fez a tatuagem. Mei foi minha única companhia sincera por muito tempo, fora Naruto. ― desabafou esperando que Sakura compreendesse o que ele queria dizer com aquilo.

― Viraram amigos, então? ― ela havia compreendido e Sasuke balançou a cabeça confirmando. ― E como foi quando percebeu que não gostava mais dela?

― Ela sempre soube, como eu falei ― ele a olhou de canto e ela sorriu um pouco ― eu era muito imaturo e ela… bom, digamos que ela é bem mais madura. Aquilo deve ter me impressionado, e nenhuma mulher conseguia se equiparar a Mei.

― Então eu me equiparei? Devo me sentir honrada? ― ela o cortou antes de responder propriamente a pergunta dela.

Sasuke percebeu algo diferente na voz dela mesmo dentro de um pouco de humor, mas não soube interpretar corretamente, só sabia que não era algo bom. Sinceridade ainda era o melhor caminho.

― Não. ― respondeu puxando um sorriso no canto dos lábios e entrando na estradinha de terra ― Não houve nem sequer comparação. Você entrou e eu esqueci o resto. Eu percebi… quero dizer, Mei percebeu que eu estava diferente quando fui fazer o falcão, e na hora ela soube que era você.

― Ela assiste o programa? ― Sakura riu um pouco, mas a falha na voz dela deu a certeza de que ela dissera aquilo para disfarçar algum tipo de emoção. Ele tinha certeza de que dessa vez era boa.

― Assiste e torce por nós. Eu fui lá e Mei não significava mais o mesmo. Acho que ela sempre foi a amiga que eu interpretei de outra forma, talvez uma prima mais velha.

― Queria conhecê-la ― Sakura sussurrou e ele a viu morder o canto do lábio.

― Seria bom.

― E quando você diz “madura” e “mais velha”... Qual a diferença de idade entre vocês? ― Sakura perguntou um pouco mais relaxada, ele percebeu.

E quando pensou na resposta ele riu, agora parecia absurdo e as marcas no rosto da Mei era lembranças constantes de que ela não era a jovenzinha que ele pensava.

― Quinze anos.

― Meu Deus, Sasuke. ― Sakura tampou a boca com uma mão e ele percebeu que ela não queria parecer grosseira, mas era realmente surpreendente se visse de um ponto de vista externo.

Conversando com Sakura, logo após isso, os dois perceberam com riso que Sakura era mais velha que ele, também. Questão de meses, mas a tarja por gostar de mulheres mais velhas já estava colocada sobre a testa dele e ele não se importou com a brincadeira ao vê-la rindo.

Chegaram então a casa dos pais no sítio e viu o olhar encantado de Sakura pelo lugar. O Jipe de Itachi já estava lá e Sasuke viu a mãe aparecer na janela com Konan logo do lado para ver quem havia chegado.

Desceu do carro ignorando a sensação de agito em seu estômago e foi até o porta malas pegar suas coisas e de Sakura. Ela desceu do carro pouco depois e o acompanhou ajudando-o com os pertences. Olhando-a andar ao seu lado, sentia o quanto aquilo combinava, o quanto era certo. Ela só precisava se acalmar e teriam aquelas pequenas férias para viverem como um casal normal.

― Relaxa ― sussurrou tirando os óculos escuros e deixando-os apoiados na cabeça quando a olhou de canto. Sakura segurava a bolsa com força andando ao dele na direção da grande casa branca ― Eles acham que namoramos desde antes da cirurgia do Itachi.

― A gente perdeu tempo, hein? ― ela riu mas não conseguia esconder o nervosismo.

Ele sorriu concordando e seu celular começou a tocar, o nome do Naruto brilhando na tela.

― Diga.

― Onde você está?

― Na casa dos meus pais e só volto na segunda de manhã.

― Sakura está com você?

― Sim. Veio conhecê-los. Por quê? ― Viu os olhos curiosos de Sakura e parou antes de alcançar a porta de entrada para terminar a ligação.

― Cara ― Naruto riu do outro lado da linha. Sasuke enrugou as sobrancelhas estranhando aquilo ― Bom descanso. Um conselho? Mantenha essa merda desligada até segunda.

― O que aconteceu? ― Sasuke já pressentia que algo com seu nome estava rodando por aí só de ver que Naruto o ligava aquela hora. Sakura o cutucou e ele ergueu os ombros indicando não saber também o que se passava.

A porta de entrada se abriu e Mikoto apareceu ao lado de Konan sorrindo. As duas disseram algo que Sasuke não conseguiu prestar atenção esperando Naruto parar de rir e abraçaram Sakura a levando para dentro.

― Não é nada de mais. Sério, eu resolvo as coisas aqui para você. Desliga o celular e deixa os restaurantes comigo por hoje. Vai curtir a namorada…

― Ok. ― suspirou cansado de todo o peso que o programa acrescentava sobre eles. Estava ali e tinha decidido deixar os problemas na cidade. ― Valeu, qualquer coisa pode ligar pro Itachi.

E em Naruto, apesar de ser um idiota, ele confiava sua vida. E atendendo ao conselho do amigo, ele desligou o celular antes de seguir para dentro da casa dos pais.



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