História Ps: I Always Loved You - Três

Os dias seguiram e quando Jeongin deu por si, já era sábado. Ele nem viu a semana passar. Ele nem sentiu a vida seguindo em frente. Ele estava muito preso em tristeza e autossabotagem. Principalmente porque ele se afastou de todo mundo. O que ele falou na cafeteria era verdade e ele nunca tinha falado sobre isso para nenhum de seus amigos.

Jeongin realmente não era muito adepto de festas, porque ele não conhecia mais ninguém de fora de seu grupinho. Se ele ficasse sozinho, no meio de um monte de gente, com toda certeza ele iria embora o mais rápido possível. Só que as coisas estavam mudando. Estando em seu último ano de faculdade, finalmente conseguiu fazer amigos. Não dá pra chamar de amigos, mas pelo menos, ele agora conseguia conversar com outras pessoas.

E seria com essas pessoas que ele iria pra festa. Beomgyu tinha insistido muito e ele só topou, porque ele tinha sido transferido recentemente e ainda não conhecia ninguém. O Choi era animado e muito de bem com a vida. Algo que faltava na vida do Yang ultimamente. Ele tem estado tão triste, que sair de cara é socializar, talvez fosse a melhor solução.

(...)

Jeongin se olhou no espelho e gostou bastante do que viu. Ele usava uma calça jeans preta, com rasgos na coxa e joelho, e a mesma deixava sua bunda em evidência. Sua blusa era branca e tinha um decote em V bem profundo; uma maquiagem simples estava em seus olhos e alguns anéis em sua mão. Ele até que estava bonito.

O moreno apenas pegou a chave de casa, não levaria nada pra rua pelo simples medo de perder tudo. Ele saiu de casa e assim que trancou a porta, ele escutou uma buzina. Ele riu ao ver Beomgyu com metade de seu corpo para fora do carro.

— Jeongin, você tem uma bundinha linda.

O citado olhou na direção do Choi e acabou rindo.

— Você é um idiota.

— Vamos se pegar nessa festa, eu nunca te pedi nada.

Jeongin sentiu suas bochechas vermelhas, mas ignorou e caminhou até o carro. Ele entrou no banco da frente e se virou, encarando Beomgyu, Jaemin e Jisung. O Han sorriu na direção do Yang, que sorriu de volta.

Sim, Jisung tinha se aproximado de Jeongin, que não ligou. Ele era legal e eles sempre tinham assunto para conversar. De alguma forma, isso era bom.

— Onde é essa festa?

— Perto do dormitório do povo de medicina. — Jaemin respondeu. Na Jaemin, ele faz administração e é muito divertido. Seus cabelos rosa, diz muita coisa dele.

— Eles sempre dão as melhores festas, de acordo com o Chan hyung. — Jisung falou animado.

Não demorou muito pra eles chegarem em seu destino. Não dava pra negar que Jeongin estava com medo de ser deixado de lado, mas pretendia se divertir pelo menos um pouco essa noite e esquecer a bagunça que sua vida tinha se tornado. Assim que ele entrou na casa, o Yang quis sair dali correndo. Ele segurou firme na mão de Beomgyu, que sorriu e o puxou até o bar.

A casa estava cheia, muito cheia. Dizem que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço. Aquela festa provava ao contrário. Sim, várias pessoas podiam ocupar o mesmo espaço e ainda dançar até sentir os pés doerem.

— Péssima ideia eu ter vindo. — Jeongin falou e ele sabia que ninguém ia ouvir.

— Vamos beber, Jeongin. — Jaemin falou bem animado.

Ele foi levado até o bar e Beomgyu pegou uma bebida, entregando para o moreno. Ele cheirou a bebida e deu um gole. O gosto era bom, por isso ele bebeu tudo de uma vez só.

— A bebida tá quebrada, não fez efeito.

— Toma, testa esse. — O barman lhe deu outra bebida e essa tinha um gosto bem doce e nem dava pra sentir o álcool.

— Gostei dessa, mas ainda tá quebrada, não senti nada.

Jisung, que estava do lado, só sabia rir.

— Vou testar também.

Jeongin pegou o terceiro copo da bebida doce e bebeu de uma vez, novamente. Ele começou a se sentir estranho, mas quando ele pegou o quarto copo, foi que seu corpo esquentou momentaneamente. Ele não sabia se era fraco pra bebida e naquele momento, ele percebeu que era bem fraco.

— Gyu, vamos dançar. — Ele pediu já pegando o quinto copo.

— Vamos sim.

Jeongin segurava seu copo verde e era puxado por um serelepe Beomgyu. No meio da pista de dança, um cara parou os dois para perguntar qual seria a cor da pulseira que eles iam usar durante a noite. Era vermelha, amarela ou verde. O moreno riu alto, antes e pegar a pulseira verde neon

— Você tem certeza da cor, Jeongin? — Ele praticamente gritou no ouvido do amigo.

— Sim.

Beomgyu deu de ombros e deixou pra lá.

— Se você diz.

Depois disso, Jeongin começou a dançar e o Choi o acompanhou. Os dois só sabiam rir. Não demorou muito para Jaemin se aproximar e se juntar ao grupo de dança. E Jisung veio logo em seguida. As músicas que tocavam, o moreno não conhecia, mas tinham uma batida bem legal e ele estava adorando isso.

Em um certo momento, Jeongin se afastou e voltou ao bar. Ele pegou outra bebida e quando se virou, tinha um cara que ele não conhecia, lhe encarando.

— Tá sozinho?

Jeongin mostrou a pulseira para ele e o estranho sorriu. Depois disso, ele não teve muito o que fazer. O cara puxou ele pela cintura e grudou seus lábios em um beijo um tanto sedento. O moreno meio que ficou sem reação, já tinha muito tempo que ele não ficava com ninguém e naquele momento, ele parecia uma estátua.

Mas não durou muito. Logo ele passou seus braços pelo ombro do mais alto e aprofundou o beijo. Não era ruim, na verdade era muito bom. Um sugava a língua do outro e seu corpo era explorado em lugares que ele gostou. Quando o ósculo chegou ao fim, Jeongin se afastou e ele tentava normalizar sua respiração.

— Obrigado, você beija bem. — Ele se afastou do rapaz e voltou pra pista de dança.

Jeongin voltou a dançar com os meninos enquanto bebia do líquido doce que estava no copo. Em um certo momento, ele avistou Felix, que sorria triste em sua direção. O moreno puxou Beomgyu pela mão, que puxou Jaemin, que puxou Jisung. Ele se recusava a se separar deles.

— Oi, Lix.

Felix abriu os braços e abrigou o amigo ali. Era um abraço caloroso. Ele tinha sentido falta disso.

— Você está bem? — O mais velho perguntou e ele assentiu. — Innie, você tá bêbado?

Jeongin riu.

— Só um pouquinho.

Feliz riu e bagunçou um pouco o cabelo do amigo.

— Se divirta, mas não esquece da gente, ok?

— Pode deixar, Lix.

Ele deixou Felix e voltou pra pista de dança com os amigos. Jeongin sentiu seu coração acelerado e ele estava animado. Mesmo que seu coração estivesse apertadinho, ele ainda queria se divertir e se livrar do sentimento de gostar do melhor amigo.

(...)

Jeongin não sabia mais que horas era e ele já tinha perdido a noção de quantos copos da bebida doce ele já tinha ingerido. Ele nunca tinha se divertido tanto. A pulseira verde em seu pulso, só lhe deu abertura para beijar quem ele quisesse. E foi o que ele fez. Ele perdeu as contas de quantos bocas ele beijou, mas ele tinha se divertido bastante.

O dia já estava quase clareando, quando Jeongin voltou ao bar e recebeu outro copo da bebida doce. Sua vista estava meio turva, mas ele tentava ignorar isso a todo custo. Voltou para perto de Beomgyu e o abraçou de lado, antes deles voltarem a dançar.

— Innie, me dá um beijinho?

Jeongin riu alto. Ele se aproximou do amigo e deixou um selinho em seus lábios. Os dois estavam rindo, quando o Choi o puxou pela cintura e o beijou de verdade. O ósculo era sedento e o moreno esqueceu tudo ao seu redor. Os lábios do Choi eram macios e ele com toda certeza gostaria de repetir.

— E não é que eles ficaram mesmo. — Jisung falou rindo, antes de sentir os lábios de Jaemin nos seus. — Garoto? — O Han se afastou e os dois cairam na gargalhada.

Quando Jeongin e Beomgyu se afastaram, seus lábios estavam inchados e eles dois ofegantes 

— Um beijinho só pra fortalecer a amizade. — Jaemin falou e isso fez os outros rirem.

A festa continuou e Jeongin sempre sendo observado por Hyunjin. O Hwang sentia seu corpo quente e ele estava prestes a surtar. Ele não conseguia crer que o mais baixo era dessa forma. Ele sempre foi super fofo e super de boa.

— Parece que ficar longe de você, depois de três anos de algo incerto deixou ele mais feliz. —Minho observou e Hyunjin o encarou.

— Ele não era feliz comigo?

— Com você? - Seungmin falou. — O Innie vivia triste porque você estava quase sempre dando bolo nele, pra ir pra alguma festa. Ele só cansou e desistiu de esperar por algo que nunca ia vim.

Hyunjin não soube o que responder. Ele sabia que tinha feito muito merda, mas ele não tinha ideia de que tinha deixado seu melhor amigo tão chateado.

— Era só ele falar comigo.

— E você acha que ele não tentou? — Felix começou. — Toda vez que ele ia falar algo, você dizia que não estava pronto pra relacionamento e ele se calava.

Hyunjin sentiu seu coração errar uma batida. Ele não tinha ideia de que era tão escroto.

— Eu sou um merda, mermão.

— Sim, você é. — Changbin concordou.

Os amigos acabaram rindo.

Lá na pista de dança, Jeongin estava terminando de beber seu último copo de bebida doce, antes de Jisung colocar ordem neles e dizer que já era hora de ir embora.

— Não Sung, vamos ficar só mais um pouquinho. — Jeongin pediu e o Han revirou os olhos, rindo.

— Nops, vamos embora.

Ele puxou todo mundo para fora da festa e logo ele conseguiu um táxi. Jisung não tinha ideia de pra onde poderia levá-los, por fim, levou todo mundo pra casa de Jeongin. Ele tinha certeza que o mais novo não iria se importar.

E seria uma noite bem longa para Jisung.