Capítulo 9
27 de setembro 2013
Flashback On
Continuamos andando quando de repente três homens saíram de dentro de um carro preto.
Eu segurei o braço da minha umma e tentei sair dali junto com ela, porém o carro começou a se aproximar assim como os homens e meu coração parecia bater mais rápido a cada segundo, a rua não tinha movimento e tudo tornava mais ruim
Eu só tinha uma chance de salvar minha umma e percebi isso quando um homem a segurou e eu fechei os punhos e dei um soco nele tentei sair correndo com ela, mas um deles me segurou e me jogou longe eu vi um deles se aproximar novamente da minha umma.
Deixe ela em paz! - Gritei me levantando.
Eu ia correr até ela que tentava se soltar gritando por socorro e pedindo que eu fosse embora, porém dois deles me seguraram.
Não se preocupe, não é ela que nós queremos. - Ele sorriu de forma assustadora.
"Aquele sorriso. " Pensei arregalados os olhos.
Eu reconheceria esse sorriso em qualquer lugar, o sorriso que eu nunca esqueci, o sorriso do homem que matou meus pais biológicos
Jimin! - Minha umma gritou desesperada. Foi tudo o que eu ouvi antes de sentir uma dor na cabeça e tudo ficou escuro
..…...………
Abri os olhos com certa dificuldade apesar de não haver muita claridade, olhei em volta a procura de algo que pudesse identificar onde estava. As paredes que concreto, tudo o que havia era uma pequena janela que dava para o que parecia o chão de um quarto, aquela era a única ventilação que havia naquele lugar.
Havia uma porta que obviamente estava trancada, e um vaso no canto daquele lugar, eu estava deitada em um colchão velho, eu ainda me sentia tonto e nada fazia sentido, sentei me levantar e sair dali, porém fui impedido por correntes que prendiam meu pé e foi aí que fiquei muito mais assustado do que já estava.
Ouvi o barulho da porta sendo aberta e me virei vendo um homem entrar e sorrir, seus cabelos escuros, pele clara, ele era forte e alto, vestia uma camiseta preta e uma jaqueta de couro, uma calça da mesma cor. Parecia ter 45 anos e todo o meu corpo estremeceu com sua presença, o medo dentro de mim era evidente.
Onde está minha umma?! - Gritei o vendo rir.
Está morta. - Meus olhos se encheram de lágrimas. - Há muitos anos atrás. Mas acho que se refere a mulher que é sua tia e você a chama de mãe, ela está viva. Possivelmente está desesperada porque o príncipe loirinho dela foi sequestrado.
Deixem ela em paz. - Falei o encarando.
Não queremos ela, nem o seu "pai". - Ele disse me fazendo franzir a testa.
Vi três homens entrarem no cômodo e me encararem sorrindo. Eu os reconheci porque mesmo que eu tentasse esquecer eu nunca consegui. E então encarei novamente o homem à minha frente e fui bombardeado por lembranças horríveis daquele dia tão brutal.
"Vocês mataram meus pais" Pensei fechando os punhos.
O que vocês querem? - Perguntei vendo todos se entreolharem.
Queremos você. - Ele disse sorrindo.
Flashback Off
As palavras de Namjoon ecoavam em minha cabeça, como se fosse uma música irritante que você não consegue esquecer e por isso fica com raiva e eu me sentia assim como se aquelas malditas palavras fossem uma música idiota.
Eu o vi sorrir e sair do meu quarto, tiraram minhas algemas e saíram me deixando sozinho, eu os vi ir para longe e ficaram conversando enquanto eu fiquei sentado em minha cama com os braços cruzados
"De novo não, eu não vou deixar o pesadelo começar de novo" Pensei me jogando na cama
Fechei os olhos e tentei dormir, mas a porta foi aberta e Kai entrou e me virei sentando rapidamente na cama o encarando, ele colocou o remédio no criado mudo e saiu me deixando sozinho.
A Sunmi avisou que você tem que tomar o remédio todo dia. - Kai disse me encarando.
Você sabe que não precisa falar comigo, não é para isso que te pagam. - Falei me deitando novamente.
Eu sei, mas acho que seria legal se fossemos amigos. - Ele disse me fazendo revirar os olhos.
Eu não tenho amigos, não confio em ninguém. - Falei o vendo concordar. - Agora eu quero dormir.
Entendi o recado. - Ele disse voltando a olhar para o corredor.
No outro dia..
Acordei cedo e fui tomar banho, quando voltei arrumei o cabelo e como todas as manhãs fui algemado e levado até o refeitório, tomei meu café sozinho e vi Tae ir para o jardim e eu o segui.
O que você quer? - Taehyung perguntou me encarando.
Eu vou ter um psiquiatra e quero saber quem é. - Falei o vendo concordar. - E eu sei que você sabe de muitas coisas, então pode me ajudar?
Claro. - Tae respondeu sorrindo quadrado. - Acho que sei alguém que pode te ajudar.
Ele pegou meu pulso e eu o puxei vendo ele estranhar. Eu odiava contatos físicos, eles me traziam lembranças de dias brutais, mesmo que eu tentasse esquecer era impossível, meu corpo e minha mente haviam sido marcados, tudo dentro de mim havia mudado quando ele me tomou como se fosse um objeto.
Não toca em mim. - Falei o vendo concordar mesmo confuso.
Só vem comigo então. - Ele disse saindo.
Fomos para uma parte do jardim isolada e vazia, franzi a testa ao ouvir alguém cantando baixinho, sua voz era muito bonita, quando olhei vi uma garota de pele clara, cabelo azul, olhos redondos e claros, eu não sabia se eram azul ou cinza.
O que você quer Taehyung? - Ela perguntou me encarando.
Apresento a você, Billie Eilish, Billie esse é Park Jimin. - Tae nos apresentou.
Ele é o garoto do último quarto, o garoto que se meteu em confusão com Jackson, e tem deixado meu psiquiatra de cabelo branco. Ah claro se o cabelo dele de fato já não estivesse branco. - Ela riu do próprio comentário.
Você é da ala 5 - Falei a vendo concordar.
Mas não veio aqui para isso, então fale logo, o que vocês querem? - Billie perguntou me encarando.
Eu aceitaria uma bebida. - Falei me sentando no chão.
Tá louco? Eu tenho 17 anos, e aqui não tem essas coisas. - Ela disse revirando os olhos.
Aqui não tem nada. - Falei encarando o chão.
Já percebi que seu psiquiatra vai surtar com você, ele é gente boa, mas ele tem um olhar que às vezes é estranho, mas fica tranquilo ele é um gato. - Billie disse vendo Taehyung se sentar ao seu lado. - Eu achei que ele não ia nem voltar a trabalhar depois do acidente.
Você sabe quem é meu psiquiatra? - Perguntei a vendo concordar. - Quem é?
Jimin! - Sunmi gritou se aproximando. - Não some da minha vista isso pode ser perigoso. Temos que ir o Namjoon está chamando a gente, vamos logo.
Eu os encarei e me levantei indo junto com Sunmi, seguimos até a sala do Kim e quando entramos ele me olhou sorrindo, toda aquela alegria e felicidade me irritava, e alguns diriam que era inveja. Parei à sua frente já bufando irritado, deixando claro que não queria estar ali.
Sente-se Jimin. - Ele disse educado.
Estou bem em pé. - Falei cruzando os braços - O que eu fiz dessa vez?
Até onde eu sei nada, e espero que continue assim. - Namjoon disse sorrindo novamente. - Eu te chamei porque quero te apresentar alguém.
Quem? - Perguntei curioso.
Seu psiquiatra. - Ele respondeu.
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