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História Psycho Love - Starting again


Escrita por: Rosas_negras e MzSavelo

Capítulo 5 - Starting again


Alex acariciava os cabelos da loira, delicadamente. Ela estava sentada entre as suas pernas, com as costas no seu peito. Estavam assistindo ao vídeo do casamento, novamente.

- Hoje, quando vi a gravação do meu pai, percebi que não fiz muitas loucuras por você, mas besteiras, eu fiz até demais. - Alex dizia. - Nessa cena... - Apontou pra tela do notebook. - Eu vejo, que você estava plenamente feliz. Eu coloquei o vídeo para lembra-la, de que eu posso fazê-la feliz. E você me deu outra chance. Eu não imaginava. Achei que a tivesse perdido, para sempre. - Beijou a sua bochecha e acariciou sua barriga. - Eu prometo fazê -la feliz, como você foi no dia do nosso casamento, todos os dias, daqui em diante, Pipes. Obrigada, por não desistir da gente.

- Eu não posso desistir. Eu amo você. - Alisou o seu rosto. Alex beijou a sua mão. - Mas, você tem que me prometer uma coisa.

- Qualquer coisa.

- Que nunca mais, irá esconder coisas de mim. - Piper olhava em seus olhos.

- Eu prometo. - Sorriu, beijando-a com carinho. - Te amo.

- Também, te amo. - Envolveu o pescoço da esposa, com os braços.

Assim que os seus lábios se tocaram, ouviram a chuva caindo lá fora. Elas sorriram e continuaram. Piper foi deitada em meio as almofadas. Alex se deitou ao seu lado. Elas ficaram se olhando e trocando carícias, por alguns minutos.

- Eu... - Alex se sentou, de repente. - Vou buscar um guarda chuva, lá na mansão. Você não deve pegar chuva.

- Não podemos passar a noite aqui? - A loira fez bico.

- Até podemos. Você quer? - Alex voltou a se deitar. - Está frio, Piper.

- Sim. Eu quero ficar aqui. A abraçou. - Está ótimo. - Olhou ao redor. - Temos almofadas e cobertores. - Puxou-a para um beijo bem lento e excitante.

Alex tirou a camiseta e as cobriu, com um edredom. Passou a distribuir beijos e mordidinhas no pescoço da loira, sentindo as mão dela passeando por suas costas e barriga. As unhas dela, arranhando a sua pele, causava uns arrepios deliciosos. Desfez o nó do robe, o abriu e apertou os seios dela, por cima da camisola, com gana. Piper gemeu um pouco e sorriu. Ela se colocou por cima do corpo da morena, com uma perna em cada lado da cintura. Alex tirou o seu robe por completo e baixou as alças da camisola, descendo-a até a cintura. Piper se inclinou pra frente, apoiando as mãos no chão, assistindo Alex abocanhar um dos seus seios.

Ela contornava o corpo da loira, com as mãos, delicadamente. Piper puxou-a pelos cabelos, para lhe beijar. Mordeu o lábio da morena e a soltou, se levantando para terminar de tirar a camisola e a calcinha. Voltou a mesma posição, rapidamente. Alex arfou, ao sentir a umidade dela, na sua barriga. Arranhou as suas coxas, fazendo-a sorrir e se esfregar, um pouco. Elas de olhavam, intensamente. Se beijaram, novamente. Piper subiu, deixando o quadril acima da cabeça da morena. Alex agarrou as suas coxas por trás, e começou a lhe chupar.

Os gemidos manhosos da Piper, eram abafados pelos trovões que rasgavam o céu. O frio, agora não as incomodava nem um pouco. Alex apertou o bumbum da Piper e deu um tapinha de leve. Piper gemeu mais alto e mexeu o quadril extasiada, atingindo o orgasmo. Ela voltou a se deitar, e Alex puxou o edredom de volta. Elas se beijaram, devagar, acomodadas nos braços uma da outra.

- A noite vai ser fria. Tem certeza, de que não quer voltar pra mansão? - Alex sussurrava. Depositou beijinhos no ombro da loira, que se virou para encara-la.

- Não quero. - Lhe beijou. Suas mãos tentavam descer o short e a calcinha, da morena. Alex interferiu, retirando de uma vez. - O que eu quero agora, é sentir você. - Dizia baixinho, tocando a sua intimidade.

- Então, tá. - Alex respondeu, em um quase gemido.

Piper ficou por cima, encaixando seu corpo no da esposa. Elas se beijavam, até ficar sem fôlego. Piper passou a lamber e morder vagarosamente o seu pescoço e ombros, enquanto fazia seus corpos roçarem. Desceu até os seios e mordeu um dos mamilos, sorrindo. Alex soltou um palavrão e gemeu. Continuou descendo pelo abdómen, mordendo e lambendo, até chegar ao sexo. Piper chupou forte, cravando as unhas nas coxa da morena. Alex gemia rouca, fazendo a loira sentir necessidade de se tocar. Não demorou muito e Alex atingiu o orgasmo. Piper se sentou no ventre da esposa, sorrindo. Alex suspirou.

- Hm... Que saudades de você. - Sorriu pra loira, acariciando a sua cintura.

- Fazia um tempo, né? - Ela sorria, excitada.

- Tempo demais!

- Sim. Vamos continuar. - Se abaixou, para beija-la. Alex a deitou nas almofadas, se colocando entre as suas pernas.

Após uma grande noite com a Alex, Piper acordou agarrada ao corpo da esposa. A sensação de conforto estava de volta, depois de muito tempo. Olhou pro rosto da morena, que já estava com um sorriso estampado.

- Bom dia, Pipes. - Deu um beijinho na loira.

- Bom dia. - Ela sorriu, um pouco. Alex riu. - O que foi?

- Tem uma pétala de rosa, aqui. - Dizia, tirando a pétala dos cabelos bagunçados, da Piper, se perdendo nos olhos dela, em seguida. - Eu te amo. Estou tão feliz.

- Eu também, te amo. - Se sentou. - Mas, Alex... - Piper fez uma careta.

- O que houve? Você... Está arrependida? - Se sentou, também. Piper a olhou, sem reação. - Está, né? - Alex, de repente, parecia desesperada.

- Eu ia dizer, que quero ir pra mansão, pois estou morrendo de fome. - Sorriu, acariciando o rosto da Alex, onde se formou um sorriso tímido. - Eu não estou arrependida. Amo você. - A beijou, vagarosamente. Então, o estomago da Piper roncou. Elas riram. - Vamos lá. - Começaram a se vestir.

Alex ajudou a Piper, a descer a escada da casa da árvore, com o maior cuidado. Foram de mãos dadas, até a mansão. Elas entraram e se dirigiram direto pra cozinha. Encontraram Diane e o Mark lá, ambos conversavam animadamente, mas pararam, ao ver as duas juntas.

- Me digam, que vocês voltaram. - Diane pediu, tentando conter a animação. Alex e Piper seguiram caladas.

- Por favor? - Mark juntou as mãos.

- Nós voltamos. - Piper anunciou e Alex a abraçou pela cintura, a levantou do chão e girou, recebendo beijos da loira.

- Ela me deu uma segunda chance, para fazê -la a mulher mais feliz do mundo. - Alex dizia, sem parar de girar. Piper que estava sorrindo, parou de repente e fez uma careta. - O que houve? - A morena perguntou, preocupada.

- Me põe no chão. - Piper pediu. Ela saiu correndo em direção ao banheiro mais próximo, assim que Alex a soltou.

- Piper, tá tudo bem? - Alex foi atrás da esposa e a encontrou no meio do corredor, que levava ao banheiro.

- Agora, não. Olha, a bagunça que eu fiz. - Apontou pro chão.

- Tudo bem. O Mark limpa. - Ela sorriu e abraçou a loira.

- Se fosse no meu apartamento, tenho certeza, de que teria chegado ao banheiro, a tempo. - Lamentou.

- Claro, era só ter virado pro outro lado. - Brincou.

- Já disse, que vocês são exagerados. - Piper revirou os olhos. - Desculpa.

- Sem problema. - Colocou uma mecha de cabelo da loira, para trás. - Você está bem?

- Sim. - Suspirou e se afastou, quando a Alex tentou beija-la. - Eu acabei de vomitar. Preciso escovar os meus dentes. E desculpa, novamente.

- Já disse, que não tem problema. - Alex sorriu. Piper foi até o banheiro. - Mark! - Alex voltou pra cozinha.

- Não vou limpar vômito. - O mordomo disse.

- É praticamente água, não tem nem os pedacinhos. - Ela riu.

- Alex, deixa de ser nojenta! - Diane reclamou. Mark revirou os olhos, mas foi. - Seu café da manhã, está na mesa. Cadê a Piper?

- Foi ao banheiro.

- Desculpa, Diane. Eu tentei segurar. - Piper chegou, dizendo. Seu rosto parecia um tomate.

- Não peça desculpas. Quando eu estava grávida da Alex, passei três meses fazendo isso. - Sorriu. - Alex sempre deu trabalho.

- Mãe! - A morena levou a mão ao peito, se fazendo de ofendida. Piper se aproximou e a abraçou.

- Vocês passaram a noite, na casa da árvore? - Diane as olhava.

- Sim. - Alex sorriu, apertando a loira em seus braços.

- Que perigo, Alex! Em cima de uma árvore, em meio aquela chuva toda?

- Pior que eu nem pensei nisso. - Alex olhou pra loira, preocupada.

- Fora que, estava muito frio. - Diane continuou.

- Não estava frio, nos braços da Alex. - Piper disse, sem perceber. Alex mordeu o lábio, vendo a loira ficar vermelha. Diane apenas deu risada. - É... Ainda vamos ao shopping hoje, de novo? - Piper mudou de assunto, indo se sentar a mesa, para comer.

- Claro. - Diane piscou. - Já quero comprar todo o enxoval do meu netinho. Mas, e os seus pais Piper, já souberam?

- Meu Deus... - Só naquele momento, Piper notou que ainda não tinha falado com o pai. - Meus pais precisam saber. - Ela olhou pra morena. - Alex...

- Nem precisa pedir. Já volto. - Alex foi buscar o celular.

- Meu pai, irá amar a notícia. - Piper dizia, pra Diane, enquanto tomava o seu café.

- E a Carol?

- Eu sei, que ela não irá querer me ver, e muito menos o meu bebê. - Sorriu, sem graça. - Só, por ser meu e da Alex. - Suspirou. - Isso dói.

- Eu não entendo a sua mãe. - Diane se aproximou e a abraçou. - Ela deveria querer a sua felicidade, acima de tudo.

- Ela não aceita, a minha felicidade. E não tem mais jeito, ela e a Alex nunca irão se entender. Minha mãe a odeia.

- E a Alex não é de baixar a cabeça. - Diane completou, segurando a mão da loira.

- Exatamente.




3 anos atrás

Alex e Piper estavam juntas, a quase dois anos. A loira estava receosa, em apresentar a namorada pra sua mãe. Apenas o seu pai e o seu irmão, a conheciam. Ela encontrou uma oportunidade e aproveitou. Era um churrasco, na casa dos Chapman, não teria muita gente, só sua avó Celeste, seu irmão e a cunhada, suas amigas Nicky e Lorna e seus pais. Seria um almoço tranquilo, pelo menos era o que ela esperava.

Alex chegou em sua Ferrari, e estacionou-a em frente a casa. Todos viram a sua chegada, pois o churrasco era no jardim. Piper sorriu, já sabia que Alex não viria com um carro menos chamativo. A morena se aproximou, com um lindo sorriso e cumprimentou a todos.

- Bill. - Abraçou o sogro. Demorou, mas havia ganhado a confiança dele.

- Girafa. - Carl gritou e apertou a Alex.

- Ursão. - Ela sorriu, depois de recuperar o fôlego.

- Preparada pra fera? - Nery abraçou a Alex, que ergueu a sobrancelha, com um sorriso de lado.

- Nicky. Lorna. - Ela acenou.

- Vem, Alex. Vamos logo, falar com minha mãe. - Piper respirou fundo e segurou na mão da namorada, levando-a até a mesa do almoço, onde Carol arrumava algumas coisas.

- Mãe... - Chamou, se aproximando. - Essa... é a Alex. - Olhava pra mãe.

- Hum... Aquela sua amiga, não é? - Carol dizia, olhando pra Alex, que encarou a Piper. A loira abaixou a cabeça, já devia imaginar.

- Amiga? - Alex sussurrou, pra Piper.

- É um belo carro esse seu, hein... Gosto que a minha filha, ande com pessoas assim.

- Pessoas assim? - Alex a encarava.

- Sim. Pessoas ricas. Com dinheiro. Pessoas que façam a minha filha abrir os olhos, e ver que classe média, não é vida. - Abaixou a cabeça, por uns segundos. - Se o Bill não tivesse falido, seríamos ricos, ainda. - Deu um meio sorriso.

- Ah... Eu não sei o que dizer. - Alex, realmente, estava perdida ali. Esperava que ela fosse lhe xingar e lhe expulsar. Era para aquilo, que esteve se preparando. E a Piper estava apenas, deixando rolar.

- Espero que o seu futuro marido, aumente a sua riqueza. - Carol dizia. Alex riu e balançou a cabeça.

- Mãe, por favor, para com isso. - Piper pediu. Carol franziu a testa. Alex suspirou, impaciente, fez que ia se afastar, mas Piper segurou a sua mão.

- Piper, o que estou falando, tem sentido. Uma mulher, tem que se casar com um homem rico.

- Mãe, você sabe muito bem, que a Alex é minha namorada! - Piper finalmente falou. O sorriso da Carol se foi, no mesmo momento.

- Sua, o que?

- Minha namorada. Nós estamos juntas a dois anos. - Olhava pra expressão de espanto, no rosto da sua mãe. - Não faça essa cara. Você sempre soube.

- Eu nunca soube! - Ela negou com a cabeça. - Você não pode namorar uma mulher Piper, eu não te criei pra isso. O que as minhas amigas, irão dizer? Já não basta ter uma filha, dona de café?

- Bom... Eu a amo e só faltava você, para ela conhecer. - Sorriu, se sentindo mais leve. Sentiu também, a mão da Alex apertar a sua, delicadamente.

- Seu amor, não vai fazer com que minha vergonha seja menor, Piper! - Carol a encarava, séria.

- Senhora Chapman... - Alex tentou, mas foi interrompida.

- Não! Nem ouse falar comigo. E saia de perto, da minha filha, agora! - Carol pegou a mão da Piper, puxando -a com força.

- Mãe... - Piper começou a chorar.

- Carol, pare com isso! - Bill segurou o braço da esposa. - Olha o que você está fazendo, com a sua filha.

- Eu preferia ver a Piper morta, do que sendo uma lésbica. Eu não vou, ter uma filha lésbica!

- MAS, VOCÊ JÁ TEM! - Piper gritou e então recebeu um tapa estalado, no rosto. Todos se surpreenderam.

- Não envergonhe, o que resta dessa família, Piper! - Apertou o braço da filha.

A cena do tapa, fez com que Alex perdesse o pingo de paciência que tinha. Ela se aproximou da Carol e a fez soltar o braço da loira.

- Presta atenção, eu não vou admitir, que você toque nela de novo!

- Alex... Deixa. - Piper pediu, baixinho, envergonhada.

- Não! - Alex olhava pra Carol, com os olhos cheios de raiva. Olhou ao redor. Todos estavam calados e assustados. - Se alguém aqui, envergonha essa família, é você! Por não prezar pela felicidade, da sua própria filha.

- Sua desprezível! Acha que pode falar assim, comigo? - Carol estava irada. Piper nunca a tinha visto, daquele jeito. - Na minha casa?

- Tanto posso, como estou falando. Nunca mais, ouse tocar na Piper. Eu a amo e ela me ama. Nós estamos felizes. E essa é única coisa, com a qual a senhora deveria se importar.

- Acha, que fará a minha filha feliz? - Sorriu, sarcasticamente. - Eu sei de coisas, sobre você. Todo mundo sabe, quem é Alex Vause. Você se mostra essa mulher forte, mas é fraca.

- Mal a senhora sabe, que eu sou forte por estar ao lado da sua filha, que é maravilhosa.

- Se é tão maravilhosa, leve-a com você, então. - Olhou pra Piper. - Saia da minha casa, e só volte quando estiver com um homem ao seu lado.

- Você não vai expulsa-la, Carol. - Bill interveio. - É a nossa filha!

- Era! - Ela saiu andando. - Eu não quero ver uma peça de roupa sua aqui, até o fim da tarde, Piper.

E então a família se separou, ali. Carl deu as chaves de seu antigo apartamento, para Piper se instalar, pois ela achava cedo, para ir morar com a namorada. A loira fez como a mãe pediu, no fim da tarde, não havia mais nada da Piper, na casa.



- Vamos comprar um berço, que cresce junto com o bebê. - Diane mudou de assunto, vendo que a nora havia ficado introspectiva.

- A Alex estava falando, desse berço. - Sorriu, um pouco. Ela continuava comendo.

- Prontinho, aqui está. - Alex deu o celular pra loira, que se levantou, discou o número do pai e saiu da cozinha.

- Pode falar, Alex. - Bill atendeu, simpático.

- Papai, sou eu.

- Piper, meu amor, como está? Estou com saudades, minha filha.

- Eu também, papai. Já estou bem.

- Estava doente?

- Não, só enjoada. - Ela sorriu.

- Enjoada? Está com alguma virose?

- Sim, enjoada. Mas, não é virose. - Fez suspense.

- Piper, só há dois motivos para uma mulher ficar enjoada, virose ou gravidez. - Ele dizia. - Por favor, não me diga que é a segunda opção. - Ele já estava ficando animado.

- Teremos mais um bebê, na família Chapman. - Ela disse animada. Ouviu o homem comemorar do outro lado.

- Mais um neto. Que felicidade! Espere até a sua mãe saber. É... Desculpa. Eu posso contar pra ela, ou você mesma quer fazer isso?

- Conte, antes que seja tarde. - Sorriu. - Minha loja está crescendo e sou casada com a Alex Vause, há paparazzi atrás de nós, sempre.

- Já até vejo a manchete. "Dona de café com flores, está grávida de seu primeiro filho. Vause Publicit terá seu primeiro herdeiro."

- Nem me fale, o bebê nem nasceu e já terá mais dinheiro, que qualquer um. Nem só pela Alex, mas por mim também. Nunca achei, que o café PoPi daria tanto dinheiro.

- Eu queria falar sobre algo importante, agora. - Ele fez uma pausa, deixando a Piper curiosa. - Se for menino, será Bill Neto, não é?

- Papai... - Ela gargalhou. - Eu acho, que a Alex está pensando em outro.

- Pode mandar ela desistir, eu quero um mini Bill.

Eles continuaram conversando, por mais alguns minutos, mas Bill precisava trabalhar, então se despediram. Piper voltou pra cozinha, com um sorriso enorme, no rosto.

- Sei que o meu sogro reagiu bem, a notícia. - Alex sorria.

- Sim! E ele disse que se for menino, o nome deve ser Bill Neto. - Segurou uma risada.

- No próximo encontro, direi a ele para tirar o cavalinho da chuva. - Alex se levantou da mesa.

- Não seria ruim, amor.

- Não mesmo, Piper. - Diane respondeu. Alex revirou os olhos, balançando a cabeça.

- E o shopping? - A morena perguntou.

- Claro. Vamos nos trocar. - Piper sorriu.

As três subiram e se arrumaram.

- Meu amor, eu tenho que ir lá na nossa casa. - Alex avisou, terminando de se vestir. Piper ia reclamar, mas a morena já foi se justificando. - Preciso ver como a casa ficou, pagar o pessoal e levar as nossas coisas. E também, pedirei pra Gloria dar uma passadinha lá, pra arrumar tudo. - Segurou o rosto da loira.

- Mas, iremos escolher o quartinho. - Lamentou.

- Eu sei. Eu estarei lá. Levará apenas uma hora, Pipes.

- Tudo bem. - Elas se beijaram e desceram, para encontrar a Diane.

Alex deixou as duas no shopping e se foi. Piper e Diane começaram a comprar todos os tipos de roupinhas unissex, andaram por todo o shopping. E como prometido, em uma hora, Alex chegou. Juntas, elas foram escolher o quartinho do bebê. Elas almoçaram e voltaram a fazer compras. Em certo momento, Diane comprou um par de sapatinhos branco e deu pra Piper, aquele gesto a deixou muito emocionada.

Elas deixaram Diane na mansão e foram pra casa. Arrumaram algumas coisas que saíram do lugar, com a reforma. Se sentaram juntas no sofá, cansadas e muito felizes.

- Piper, acho que devíamos comemorar. - Alex disse, beijando o pescoço da loira.

- O que? - A loira se arrepiou.

- Nosso filho, nós duas, o quartinho do nosso bebê. - Apertou o bumbum da loira.

- Devíamos mesmo. - Iniciou um beijo e logo parou. - Mas, estou com dores nos pés. Você poderia fazer uma massagem?

- Quero fazer uma massagem, em outro lugar. - Alex mordeu o lábio.

- Não, não. Minha massagem no pé, primeiro. - Sorriu. Alex revirou os olhos.

- O que eu não faço, por você? - Suspirou e subiu para pegar um hidratante.

Piper ficou na sala, com um sorriso de criança travessa, até escutar o som da campainha. Alex já estava descendo a escada, quando Piper se levantou pra abrir a porta.

- Eu espero, que seja o neutro. - Ela apontou para o hidratante, nas mãos da morena. - Porque se eu sentir cheiro de amora, irei vomitar. - Girou a maçaneta. - E nós não temos um Mark aqui, pra... - Ela encarou a pessoa na porta. - Mãe? - Disse, espantada. Um silêncio estranho, se fez presente.

- Não vai me convidar para entrar? Não foi assim que eduquei você, Piper.

- E a que devemos a honra, da sua ilustre presença? - Alex perguntou, vendo a Piper abrir a porta e Carol entrar.

- Soube que está grávida. - Ela olhava pra filha, ignorando a presença da Alex. - Eu precisava conferir, com meus próprios olhos. - Ela disse, séria. - E pelo que me parece está mesmo. As mulheres da minha família ficam diferentes, cabelos mais brilhosos, pele linda e seu corpo está mais cheio. Realmente, está grávida.

- O papai contou?

- Não. Por que você não me ligou? - A encarou, parecendo chateada. Piper uniu as sobrancelhas.

- Ah... E nós temos uma relação bastante amena, não é? Você nem foi ao meu casamento, mãe. - Ainda estava magoada. Nunca achou, que ela seria capaz, sabendo o quanto aquele dia significava.

- Mas, eu serei a avó, dessa criança.

- Achei que não ligasse, para um bebê que viesse da minha relação com a Alex, que está bem ali e a quem você está ignorando. - Apontava pra morena. Carol a olhou. Alex acenou, com um sorriso.

- Eu não sou obrigada, Piper. - Balançou a cabeça.

- É verdade, Senhora Chapman. Não é obrigada. - Alex se aproximou, das duas. - Mas, lembre-se de que está na nossa casa, e que deve respeito a Piper e a mim. Então, se ofender, estressar, ou machucar a minha esposa, eu não pensarei duas vezes, em expulsa-la daqui. - Esclareceu. Viu Carol travar o maxilar. Então, olhou pra loira. - Estarei no escritório.

- Tá bom. - Alex deu um selinho na Piper. Carol virou o rosto, incomodada.

Depois da saída da Alex, as duas se encaram por um longo tempo, sem nada dizer.

- Quer se sentar? - Piper perguntou.

- Claro. - A expressão dela mudou. Ela se sentou em uma poltrona.

- Vou... Pegar um café. - Disse, se levantando. Ao voltar pra sala com o café, se sentou em um sofá. Elas ficaram em silêncio, novamente.

- Então... - Carol começou, Piper ficou atenta. - Vim aqui para pedir desculpas, a você. Você está grávida e quer mesmo, continuar sua vida ao lado dessa mulher. - Dizia, sem disfarçar o desprezo.

- "Essa mulher..." - Piper fez as aspas com os dedos. - É a minha esposa, mãe! Você sabe o nome dela. Eu até aceito as suas desculpas. Mas, não é só a mim, que a senhora deve pedir.

- Filha, se coloque no meu lugar. - Ela tomou um gole do café. - Te criei tão bem, com o mais caro padrão. Gastei com você, tudo que tinha. Era para você me dar, os maiores orgulhos.

- Eu tentei. Mas, infelizmente, tudo que conquistei não vale nada pra senhora. E com o meu coração... O que eu poderia fazer? - Já tinha lágrimas nos olhos. - Eu amo a Alex, mais que tudo.

- Está bem. Não vamos mais falar do passado, pois só eu sei, como sofri ao te ver partir.

- Você me expulsou!

- Não foi fácil, para nenhuma de nós, Piper. - Ela abaixou a cabeça, por uns instantes. - Falemos do futuro. - Olhou pra filha. - Eu quero estar perto, do meu novo netinho e da mãe dele. Quero dar-lhes atenção.

- A Alex, também é mãe dele.

- O bebê está dentro de você. E nascerá de você, Piper. - Deu de ombros. - Você que é a mãe.

- Não tem jeito. - Suspirou, incomodada.

- Piper, eu só me importo com vocês dois.

- Mas, a Alex é a minha esposa! Isso não vai dar certo. - Fazia gestos com as mãos, nervosa. - Você não pode, simplesmente, fingir que ela não existe.

- Tudo bem. - Ela assentiu. - Eu posso respeitar, a sua escolha de casamento. Eu só quero voltar a fazer parte da sua vida, a partir de hoje. Está bem?

- Okay. Mas, quero que fale com a Alex, também. - Piper disse, seriamente. Carol não respondeu. - Agora, seria ótimo.

- Está bem. - Suspirou. - Chame-a.

Piper foi até o escritório e tentou abrir a porta, mas estava trancada. Estranhou aquilo. Bateu duas vezes e esperou, não demorou muito e a morena abriu a porta. A loira olhou pra dentro e viu o computador desligando.

- Ela já foi embora? - Alex perguntou.

- Não. E ela quer falar com você.

- Quer é? - A olhava, desconfiada.

- Quer. - Assentiu.

- Hm... Você a obrigou, né? Não precisa, Pipes. Obrigada. - Disse, voltando pro escritório.

- Alex, ela está tentando! - Piper entrou, atrás dela. - Tente também, por favor?

- Amor, você sabe como sou e sabe como ela é. Alguém vai se ofender. É sempre assim. - Segurou a sua mão. - Mas, eu fico muito feliz, que estejam se acertando. Muito mesmo. Eu sei, o quanto sente a falta dela.

- Ela veio pra fazer as pazes. Nós vamos recomeçar. - Sorriu. - E é importante pra mim, que vocês se dêem bem, Alex. - Disse, em um tom suplicante.

- O que eu não faço por você? - Sorriu. Elas foram de mãos dadas, até a sala. - Carol. - Alex forçou um sorriso.

- Alex. - Se olharam, por uns instantes. - Acho que, devíamos esquecer as nossas desavenças.

- Hm...

- Hoje, já sou capaz de respeitar, as escolhas da minha filha. Mesmo, que não concorde com elas.

- Ah, tá. - Mantinha um sorriso, no canto da boca.

- Ah... Tente ser menos cínica, por favor! - Carol disparou, impaciente.

- Mas, eu não estou sendo cínica, minha amada sogra. - Alex riu. Piper revirou os olhos.

- Você não diga que eu não tentei, Piper. - Carol olhou pra filha.

- É verdade, Pipes. - Alex concordou com a cabeça. - Deve ter sido o maior sacrifício, da vida dela.

- Vamos parar? - A loira pediu. - Alex, mãe, parem, por favor?

- Tudo bem. Desculpa, meu amor. - Alex beijou a mão da loira. - Desculpe, Carol. E eu aceito, o seu... Pedido de desculpas, esquisito?! - Deu de ombros. - Aceito, pela Piper e pelo meu bebê. - Estendeu a mão.

- Certo. - Ela apertou a mão da Alex.

A campainha tocou e Alex foi atender.

- Oi. - Era o Mendez.

- Oi. - A morena o encarou, desconfiada. - O que foi?

- Onde está a Piper?

- Está ali. Posso saber, o que quer com a minha esposa? - Perguntou, quase que ameaçadoramente.

- Mendez! - Piper o viu, na porta. Ele foi logo entrando, ao ouvir a voz da loira. Alex travou o maxilar e bateu a porta, com força. Ninguém notou. - Óculos novos, hein... - Piper sorria, pra ele.

- Sim. Você curtiu? - Ele sorria, meio bobo.

- Muito legal!

- Que bom. E quem é, essa bela senhora? - Ele pegou na mão da Carol e a beijou.

- Sou Carol Chapman, mãe da Piper.

- Agora já sei, de onde saiu tanta beleza. - Ele sorriu.

- Que galanteador! - Carol, sorria.

- E o que você veio fazer aqui? - Alex interrompeu, a conversa.

- Vim entregar uma correspondência, de vocês, que foi parar na minha caixa. - Ele olhava pra Piper.

- Ah sim... - Piper sorriu, recebendo o envelope. - Obrigada.

- Você estava sumida. Eu bati aqui ontem a tarde e hoje pela manhã, mas ninguém atendeu.

- É que tivemos um problema com o gás e fomos pra casa da minha sogra, enquanto arrumavam tudo. Ainda passamos a manhã inteira, fazendo compras pro bebê. - Sorria. Carol e Alex se entreolharam. Carol estava gostando, do entrosamento. Já Alex, não via o porquê da loira estar dando tanta explicação. Se controlava, para não chuta-lo pra fora dali. Não gostava dele. Não tinha esquecido, aquelas mensagens estranhas, que ele enviou pra loira.

- Que bebê? - Perguntou, confuso.

- Alex e eu teremos um bebê. - Disse, empolgada.

- Você está grávida? - Ele perdeu o sorriso. Alex o observava.

- Sim, dois meses e meio.

- Parabéns. - Ele disse, um pouco sério.

- Obrigada! - Piper disse, docemente.

- É, obrigada pela visita, Mendez. - Alex viu o momento perfeito, para manda-lo embora. Ele lhe olhou, contrariado.

- Então... Eu vou indo, agora. - Disse, finalmente. Alex assentiu.

- Muito educado você, rapaz. - Carol estendeu a mão pra ele. - E bonito, também. Gostei muito de conhece-lo. No que trabalha?

Alex não acreditou, que a Carol o manteria ali.

- Sou dono de uma empresa, que limpa ar-condicionado.

- E mora aqui nesse bairro? Então, deve ser rico. Solteiro?

- Sou, sim. - Ele sorriu.

- Mãe! - Piper reclamou, se sentando no sofá.

- Que foi? - Carol sorriu e olhou pra Alex, que continuava com a cara fechada.

- Foi um prazer conhece-la, Senhora Chapman. - Mendez se despediu. - Tchau, Piper. - Beijou a mão da loira. - Tchau. - Acenou pra Alex, que fez um movimento com a cabeça. Ele se foi.

- Odeio esse cara! - Alex resmungou, se sentando ao lado da esposa. Piper a olhava, com um pequeno sorriso. Então, começou a mexer nos seus cabelos, o que deixou a Alex mais calma.

- Eu preciso ir, Piper. - Carol disse.

- Mas, já? - A loira olhou pra mãe. - Nem mostrei as coisas fofas, que compramos pro bebê.

- Teremos tempo, para ver essas coisas e comprar mais. Mas, agora eu tenho que ir buscar a Alice. - Sorriu, ao falar da neta.

- Tá bom. Dê um beijo nela, por mim.

- Darei. - Se levantou, com a bolsa. - Tchau, filha. Tchau... Alex.

- Tchau, Carol. - A morena a acompanhou, até a porta.

- Al... - Piper chamou. - Eu estou tão feliz!

- Mesmo? Sabe que, nem dá pra perceber. - A morena sorriu, se deitando no sofá, com a cabeça no colo da loira.

- Minha mãe veio aqui, fazer as pazes. - Estava admirada. - Eu não acredito!

- Ela te ama. E eu também. - Sorriu, recebendo um beijinho da loira.

- Também, te amo.

- Agora, quanto aquele Mendez... - Olhava pra loira. - Eu não gosto dele, Piper. Não gosto, do jeito que ele te olha. Não gostei nada, daquelas mensagens. E você viu como ele ficou, quando você disse que teremos um bebê? - Dizia rápido, indignada.

- Ele ficou surpreso, Alex. Normal. - Deu de ombros. - E eu não sei sobre as mensagens. Não li. - Alisava os cabelos negros, da esposa.

- Pipes... Ele dizia coisas estranhas. Não condizem, com o que você me contou. Não sei. - Piper a encarou. - E eu confio em você. Em tudo, que me contou. - Acariciou o seu rosto. - Mas, não gosto dele e não quero, ele próximo da gente.

- Tá. Eu tenho uma novidade pra você... Ele é nosso vizinho. - Riu, um pouco.

- Podíamos nos mudar. - Sugeriu, seriamente.

- Para com isso, Alex!

- Okay! Você já entendeu, Piper. Eu não quero ele perto da gente. Você não deve, ficar falando da nossa vida, pra ele.

- Chega de paranoia. - Mexia nos cabelos da morena. - Esquece o Mendez, amor. É só um vizinho simpático.

- Simpático, só com você! E a sua mãe, adorou ele.

- Ciumenta.

Alex se sentou no sofá, começando a ficar irritada.

- Eu estou falando sério, Piper! - Aumentou o tom de voz, deixando a loira chateada.

- Eu já entendi, Alex! - A encarou. - Você não gosta dele. Mas, quer que eu faça o que?

- Eu já disse. Pare, de falar com ele.

- Tá. - Suspirou. - Não vamos discutir, por favor?

- Não. Não vamos discutir. - Deu um selinho na loira. - Você ainda quer aquela massagem? - Mudou de assunto.

- Agora, mais que antes. - Sorriu.

No dia seguinte, Nicky convidou a Alex para um jogo de basquete, entre amigos, que acontecia mensalmente. Mendez e a sua irmã, estavam envolvidos. Piper se animou, então consequentemente, Alex aceitou.

Alex colocou sua roupa de jogo, que era um short e uma camisa do Chicago Bulls. Piper estava usando um vestido florido. Elas foram pra quadra as dez da manhã, tranquilas e animadas. Chegando lá, avistaram a Lorna com o pequeno Bruce. Nicky conversava com uma mulher de cabelos curtos. Mendez falava com uma asiática, e outras duas pessoas, mas parou, ao ver a Piper. Ele acenou e Alex suspirou, incomodada.

- Amor... - Piper pegou na sua mão. Alex assentiu e relaxou. Elas se aproximaram.

- Olá, Piper.

- Oi, Mendez.

- Alex... - Ele acenou.

- Oi.

- Estávamos combinando aqui e você ficará no time da Nicky. - Ele disse pra morena. - Você vai jogar, Piper?

- Não, não. - A loira riu. - Ficarei sentadinha ali, só assistindo.

- Chegaram! - Lorna disse animada, se aproximando. Ela abraçou a Piper e a Alex. Mendez se afastou. - Piper... Acho que temos muito, o que conversar.

- Temos, mesmo. - Mexeu na barriga. - Mas, só se você me deixar segurar essa coisa fofa. - Apontou pro Bruce.

- Pois não. É todo seu. - Entregou-lhe o bebê. - Eu preciso ir ao banheiro.

- Vai lá. - Piper sorriu.

- Piper e Alex... As novas mamães, do pedaço. - Nicky se aproximou, das duas, que mimavam o seu bebê.

- Sim. - Alex sorriu, abobada.

- Já vamos começar o jogo. Vem! - Nicky saiu andando.

- Já vou. - Alex deu um beijo na loira. - Amor, me assista brilhar.

- Convencida. - Se beijaram mais uma vez. - Não me envergonhe, hein. Dê uma surra neles.

Alex foi apresentada a Poussey e Soso, que eram casadas, conhecidas de Nicky e Lorna. Também a apresentaram a Daya e Bennet e Wanda e O'Neill, que eram vizinhos.

- Vamos jogar. - Boo chegou, com uma bola de basquete, - O time que pegar a bola, escolhe o lado da quadra.

- Como disse antes, Alex está no nosso. Olha o tamanho, dessa mulher. - Nicky dizia.

- E o Mendez, está no nosso. Alturas semelhantes. - Soso sorriu. Mendez e Alex se fuzilaram, com o olhar.

- Será um prazer, ganhar de você. - A morena provocou, fingindo estar brincando.

- Você não me conhece. - Ele disse, no mesmo tom.

- É. Esse é o espirito da coisa. - Poussey deu risada, dos dois. - Então, vão os dois pro centro. - Alex e Mendez o fizeram. Se flexionaram, encaram-se, Boo colocou a bola no meio dos dois e começou a contar. - Um, dois, três. - Poussey jogou a bola pro alto e os dois pularam, esticando as mãos.

Alex conseguiu pegar a bola, seu time, que consistia em Nicky, Bennett e Wanda comemorou e elas escolheram o lado direito. Então, o jogo começou. Lorna e Piper estavam como líderes de torcidas, das suas esposas, com o pequeno Bruce. O bebê gargalhava, ao ver a Lorna brigar com a Nicky, por jogar mal. Piper era só orgulho. Toda vez que Alex fazia uma cesta, apontava pra loira, fazendo um coração com as mãos. Com o jogo empatado, eles resolveram fazer uma pausa, para tomar água.

- Pra minha jogadora. - Piper entregou uma toalha e uma garrafinha de água, pra morena. Alex recebeu e abraçou a loira. - Ah, Alex... - Ela reclamou. - Me solta! Você está toda suada.

- Você não reclama, quando estou suada assim, por outros motivos. - Disse no ouvido da loira, que revirou os olhos. Alex sorriu e lhe beijou.

Poussey e Soso, foram apresentadas a Piper. Elas ficaram conversando por alguns minutos. Piper falou da gravidez e o casal revelou os planos, de ter um bebê, futuramente. A loira ainda falou, com os outros vizinhos, rapidamente. Logo, os times voltaram a quadra. Mendez pegou a bola e correu até o garrafão, buscando o desempate. Mas, quando ele foi arremessar, Alex apareceu na sua frente, impedindo a bola de ir a cesta. Ele havia recebido um toco. O time da Alex começou a gritar, em comemoração ao feito.

- É isso aí, amor! - Piper comemorou, de onde estava.

- Desculpa. - Alex disse pro Mendez, fazendo bico. Ele sorriu, sem graça.

Voltaram ao jogo. Alex em um ânimo só, desempatou o jogo, mas não conseguiam muita vantagem. O placar seguiu acirrado. Logo, faltava poucos minutos para o fim do jogo e estava tudo tranquilo, até Alex entrar em uma disputa de bola com o Mendez. Os dois pularam, pra pegar a bola. A morena perdeu e enquanto voltavam ao chão, o cotovelo do Mendez, atingiu o seu nariz, em cheio. O impacto foi tão forte, que ela caiu no chão. Com a mão no nariz, sentindo o líquido quente sair e uma dor, ela se levantou irada, empurrando o homem.

- Isso foi de propósito. SEU VERME! EU VOU MATAR VOCÊ! - Ela berrou. Todos ficaram assustados. Mendez largou a bola e ficou encarando a Alex, desafiadoramente.

- Você que não sabe jogar. - Ele zombou.

- Cara, me pareceu de propósito, também. - Poussey entrou no meio dos dois, olhando pro Mendez.

- Ah... Cala essa boca! - Ele empurrou-a. Soso reclamou, o Bennett também. - Você nem estava perto da gente, pra ficar fazendo acusações. - Mendez disse.

Alex ainda brava, avançou e o empurrou, então lhe acertou um soco no nariz. Nicky e Poussey, tentaram segura-la. Boo ajudou o irmão a se levantar, do chão. Piper e Lorna correram pra quadra. Elas não tinham visto, o que aconteceu antes daquilo, pois estavam entretidas com o Bruce.

- CALA A BOCA VOCÊ, SEU IDIOTA COVARDE! - Alex tentava se soltar.

- Alex... Fica calma! - Nicky pediu.

- Me solta! - Ela mandou, as outras duas não deram ouvidos. Bennett ainda as ajudou, a tentar controlar a Alex. - EU VOU ACABAR COM ESSE CARA! Você, nunca me desceu. Acha mesmo, que eu não vejo o que você faz? E acha, que eu vou deixar barato?

- Desculpa. - Ele disse, limpando o sangue do nariz, na blusa. - Foi só um acidente, sua louca!

- Vamos embora, George. - Boo pediu e recebeu um empurrão, como resposta.

- AH... EU SOU LOUCA? - Alex estava vermelha, de raiva. - ME SOLTEM!

- Alex! - Piper se aproximou. Se assustou ao ver o rosto da esposa, cheio de sangue. - Mas, o que foi que aconteceu? - Tentou toca-la.

- FOI ELE! Esse babaca! E eu vou MATA-LO. - Continuava, tentando se soltar.

- Que mentirosa! Estávamos apenas em uma disputa. - Mendez disse, um pouco nervoso. - Acredite. Ela é louca!

- CALA ESSA BOCA! VOCÊ SABE MUITO BEM, O QUE ACONTECEU. ASSUME E ME ENCARA AGORA. PORQUE VOCÊ TEM UM PROBLEMA COMIGO. ENTÃO, VAMOS RESOLVER! - Ela se voltou pra Nicky e Bennett, que seguravam os seus braços. - DÁ PRA VOCÊS ME SOLTAREM, PORRA? ME LARGA!

- Alex... Para, por favor. Fica calma. - Piper pediu. - Soltem ela. - Eles a soltaram e se afastaram, um pouco. Mendez também, se afastou. - Vamos embora, tá? Precisamos, cuidar do seu nariz.

- Piper... - Alex continuava olhando pro Mendez. - Ele fez isso de propósito! - Tentava controlar a respiração.

- Eu acredito em você. Mas, fique calma. Olha pra mim. - Pediu. - Alex... - A morena a olhou e Piper examinou o seu nariz. - Você acha que está quebrado? - Perguntou, preocupada.

- Não. - Tocou no nariz e sentiu dor. - Não sei. Acho, que não.

- Tá bom. Vamos pra casa, agora. - Pegou na sua mão. Alex e Piper, seguiram para fora da quadra.

- Onde está o espírito esportivo? - Mendez provocou. Alex parou de andar e o encarou. Piper a puxou pela mão.

- Nunca mais chegue perto da minha casa, ou da minha esposa! - Ela avisou. - Você não sabe, o que eu sou capaz de fazer.

- Isso é uma ameaça? - Ele perguntou.

- Pode apostar, que é!

Piper puxou a morena pela mão e elas voltaram a caminhar. Quando finalmente chegaram em casa, a morena virou a mesinha de centro, quebrando-a. Piper deixou ela descontando sua raiva nos móveis, e foi atrás de gelo e do kit de primeiros socorros. Assim que voltou pra sala, encontrou Alex sentada no chão, com as costas apoiadas no sofá, olhando pro teto.

A loira se sentou de frente, no colo da morena. Elas se olharam. Piper colocou o gelo no nariz dela, escutando os gemidos de dor. Alex ficou encarando-a, esperando que ela dissesse algo. Mas, nada veio.

- Desculpa. - Alex disse.

- Pelo que? - Ela continuava a limpar o nariz da Alex. A morena segurou sua mão.

- Pelo que aconteceu, lá. - Olhava pra loira.

- Parece que não quebrou. - Piper passou o spray no algodão e colocou no nariz da Alex. - Mas, vai ficar roxo. Pra diminuir, você precisa colocar gelo. - Ia se levantar do colo dela.

- Piper... - A impediu de se levantar. Piper suspirou.

- Eu não estou brava, com você. Mas... Preocupada. Você poderia ter se machucado mais. - Colocou as mãos nos ombros da esposa. - Tenho medo, de você se machucar. Ou... De que faça algo do qual vai se arrepender, pra sempre. - Fez uma pausa. - Me assustou, o jeito que você o ameaçou. O jeito que você o olhava.

- Me desculpa? Por favor... Eu...

- Sim. Eu sei, que você está tentando. O jogo, não foi uma boa ideia. - Balançou a cabeça, negativamente. - Mas, serviu pra que eu visse, que você tinha razão, quanto a ele. Ele não é o que eu pensava. Ele até zombou.

- É por sua causa, que ele não gosta de mim. Ele quer você.

- Não quero saber, o porquê. Não me importo. Me importo só com você. - Alisou o seu rosto. - Vamos esquece-lo, agora. - Olhou pra sala, a mesinha de centro quebrada, um vaso despedaçado. Alex beijou o seu pescoço, fazendo-a se arrepiar. - Eu amava aquela mesinha. Era linda. - Piper brincou.

- Eu comprarei outra igual. - Riu e voltou a beija-la.

- Acho bom. - Tocou a ponta do seu nariz. Alex gemeu de dor, depois sorriu.

- Eu te amo!

- Também, te amo. Muito.


Notas Finais


Por hoje é só pessoal :P
Até amanhã :D
Beijokas ;)


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