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História Psycho Love (SaTzu) - Frente a frente com a morte


Escrita por: Satellar

Notas do Autor


Olá meus amoreeeeeees
Desculpem pela demora mas aqui estou novamente!
O tão aguardado capítulo finalmente chegou e vocês vão ter algumas revelações bombásticas ao decorrer dele.
Aproveitem!!!

Capítulo 25 - Frente a frente com a morte


_Não estou entendendo! O que quer dizer com isso?!

_Eles estão por toda parte - a voz do homem estava trêmula e ofegante - me atingiram mas eu consegui escapar, estão atrás de...

De repente houve um ruído esganiçado e o homem não pronunciou nenhuma outra palavra.

Tzuyu tentou encontrar outra frequência disponível mas não obteve sucesso.

Ela abriu a gaveta do criado e retirou de lá sua Magnum e alguns cartuchos. Encaixou-a no coldre e retirou a gaveta por inteira.

Dentro do criado ela recolheu uma granada e a guardou no seu bolso.

_Mas que inferno! - socou o móvel superficialmente quando percebeu que tinha perdido sua faca.

Andou vagarosamente até a porta e a abriu. Colocou a cabeça para fora e encontrou o corredor vazio. O único objetivo que tinha em mente agora era levar Sana para um local seguro. O quarto dela ficava quase no começo do corredor e Tzuyu andou sorrateiramente até lá. Quando aproximou seu punho da maçaneta da porta, ouviu barulho de vários tiros seguidos vindos do andar de baixo. Ela se apressou em abrir a porta mas percebeu que estava trancada pelo lado de dentro. 

“Ótimo era só o que me faltava”

Ela não teve outra escolha a não ser se afastar da porta e se ajoelhar no chão por precaução. Era impossível tirar Sana dali sem fazer barulho.

De repente, ouviu passos de alguém se aproximando.

Tzuyu se escondeu atrás de uma pequena mesa que se encontrava encostada na parede e ficou atenta a mínima movimentação à sua frente.

Ela viu uma, duas, três sombras se aproximando. Ficou aliviada quando viu três seguranças da propriedade discutindo entre si. Seus joelhos começaram a flexionar para cima com o objetivo de revelar sua posição para dar as ordens quando ouviu um dos homens, aparentemente irritado, falar:

_Onde está a Tzuyu?

_Eu não sei! Deve estar no escritório

_Já reviramos tudo lá

_Mas e o quarto dela?

_Fica trancado o tempo todo, é impossível entrar a não ser que alguém tome a iniciativa de explodir a porta

_Teve ter um jeito mais fácil... a Chaeyoung! Se pegarmos ela com certeza a acharemos

_Ela não está aqui, a esperta viajou logo hoje

_Se não botarmos as mãos na Tzuyu logo a chefia vai ficar nervosa...

_A propósito onde ela está? Achei que iria participar da festa

_Não sei, eu realmente espero que ela não dê as caras por aqui, ela me dá medo

_O que vocês estão tagarelando aí?! - uma voz conhecida se destacou, era estranhamente familiar para Tzuyu, mas ela não se lembrava de quem era.

Foi aí então, que ela viu a mulher que havia tentado sequestrá-la a alguns meses atrás andar em passos largos até os seguranças.

Ela esbofetou um deles. O barulho do estalo ecoou por todo corredor. Ele caiu no chão gemendo.

_Onde está seu capitão? 

_Nosso capitão? Porque você sempre tem que dar as ordens assim? Não estamos em um campo de guerra!

Este agora, levara um soco na lateral do rosto.

_Tem razão, se vocês tivessem sido criados no meio da guerra como eu, não seriam tão molengas - ela lançou um olhar de desprezo para os dois homens - Ache-o imediatamente, precisamos acabar logo com isso.

Ela sumiu pelo corredor e os dois seguranças se levantaram, ambos com hematomas nos lugares atingidos.

_O jeito é ir até o quarto dela e arrombar aquela porta

Tzuyu arregalou os olhos e ficou em alerta. Ouvia o barulho de cada passo deles se aproximando e ficando cada vez mais alto. Mais alguns metros e ela seria apanhada.

Eram dois contra um, ela estava totalmente em desvantagem e completamente desprotegida.

Antes mesmo que ela pensasse em alguma estratégia, ouviu-se dois barulhos de tiros seguidos.Tzuyu viu cair em sua frente, os dois seguranças um ao lado do outro, ambos com uma marca de bala no meio da testa.

Ela espiou por cima da mesa e avistou outro segurança ofegante com a testa completamente ensanguentada.

_Hyon! - chamou-o quase em um sussurro.

Para sua sorte o homem a escutou, e ao vê-la, seus olhos se encheram de lágrimas.

_Tzuyu! Tzuyu! Quer dizer, madame!

_Meu deus cale a boca alguém pode nos ouvir!

Ele se juntou a ela, os dois abaixados atrás da pequena mesa.

_O que diabos está acontecendo aqui?!

_F-Foi súbito, eu estava fazendo minha patrulha noturna, quando de repente eu vi gente nossa se atacando!

_Agora tudo está ficando claro, gente da minha própria confiança armou um ataque contra mim

_Também desconfio disso, afinal como eles conseguiriam entrar aqui sem ajuda? É impossível!

_Onde está o Sehun?! Era ele quem deveria estar aqui!

_Eu não o vejo faz muito tempo! Talvez até esteja morto...

_Mas é claro, e as notícias são as melhores...

_Digo isso porque, tem alguns carros estranhos lá fora, a propriedade está enfestada, eles mataram o porteiro, madame, alguém certamente deixou eles entrarem

_Você tem alguma ideia de quem foi?

_Pior que não, tentei arrancar informações de alguns que vi no caminho, mas nada

_Quando você passa a servir uma pessoa há uma extrema lealdade em jogo, me surpreenderia se tivessem falado

_Eu fiz tudo que pude! Tenho uma enorme dívida com você que nunca irei conseguir pagar, m-mas eu faço o que posso

_Você é leal a mim, isso que importa, agora eu tenho que descobrir quem é este maldito traidor

_Pode apostar que eu vou lhe ajudar nisso, assim como sempre me ajudou

Tzuyu assentiu e começou a pensar em um plano, ela precisava sair do lugar com Sana sem serem mortas, e pelas suas contas estava com apenas um aliado contra dezenas. Seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu gritos vindos do andar de baixo:

Achamos mais um! Achamos!”

_Quem será que eles pegaram?! - perguntou Hyon.

_Não sei, vou descobrir

Ela se levantou e Hyon fez menção em segui-la, mas Tzuyu o impediu.

_Fique aqui, a Sana está lá dentro, quero que a proteja

_Mas porque ela está lá?!

_Tivemos uma briga e ela resolveu dormir em outro quarto, agora está trancada e não tenho como tirá-la daí sem avisar a mansão inteira que eu estou aqui

_Ela deve ter um sono bem pesado para não ter ouvido os tiros...

_São os remédios que ela toma toda noite, geralmente a deixam mais sonolenta que o normal

Ouviu-se um grito e em seguida o barulho de vários tiros.

_Agora faça o que eu mandei!

_Mas madame...

_Isto foi uma ordem - disse Tzuyu, seca.

O homem apenas assentiu e a observou desaparecer no final do corredor.

Tzuyu saiu do corredor abaixada, e para sua sorte, o andar de cima estava completamente vazio. Em contrapartida, havia uma grande concentração de pessoas no andar de baixo.

Ela viu cerca de meia dúzia de homens usando vestimentas pretas ao redor da conhecida mulher de cabelos curtos.

Ela parecia estar furiosa, apontava com o dedo para vários lados, até que, saindo das sombras da sala, ela viu Sehun.

_Isto está demorando demais! Se a minha senhora se der o trabalho de...

_Acalme-se Jeongyeon, tudo vai dar certo, só tem um lugar que ela pode estar - Sehun apontou o dedo para cima - é lá que fica o quarto dela, vamos pegá-la

Tzuyu fechou os punhos com força ao ver aquela cena. Ela piscou várias vezes para ter certeza de que o que estava vendo era real.

Todo esse tempo Sehun era o traidor.

_Vi três paspalhos lá em cima, se ela estiver mesmo lá já devem tê-la capturado - rosnou Jeongyeon.

_E onde eles estão?

Todos olharam para cima por um instante.

_Duvido que tenham feito ao menos cócegas nela, eu sei ela ainda está lá. Eu mesmo vou fazer o serviço - Sehun retirou do paletó uma glock e carregou o pente com gosto.

_Não! - Jeongyeon deu um tapa na mão dele derrubando a arma no chão.- Você sabe claramente quais são as ordens! A minha senhora quer Chou Tzuyu viva!

Agora tudo estava claro, sua inimiga havia feito seus próprios homens se voltarem contra si, e agora estava a um passo de conseguir vencê-la.

Tinham invadido seu espaço, desafiado sua soberania e o pior de tudo, a subestimado.

Tzuyu cerrou os dentes e fechou os olhos emergindo em seus pensamentos sobre o que fazer naquele momento tão decisivo.

Ela estava completamente farta disso. 

Iria fazer todos pagarem de qualquer maneira por terem brincado com ela.

Ela pegou a granada do bolso, retirou o pino e se preparou para lançá-la.

                           * * *

Sana acordou assustada após ouvir um estrondo. Os objetos ao seu redor tremeram levemente e um dos quadros caiu da parede. Ela olhou ao seu redor e encontrou o quarto escuro e vazio.

Ela rapidamente se desvencilhou dos cobertores e abriu as persianas dando lhe visão do jardim mergulhado pela escuridão da noite iluminado apenas pela fraca luz prateada vinda da lua.

Ela arregalou os olhos quando viu vários corpos espalhados pela grama.

“O que diabos está acontecendo?”

Ela pensou que poderia estar sonhando ou talvez seria um dos efeitos do remédio mas essa hipótese foi logo descartada quando ouviu mais tiros vindos de fora. Ela abriu a janela colocando metade do corpo para fora em busca da origem do barulho.

Então ela viu, um homem de terno preto acabara de assassinar um jardineiro, e sua expressão de felicidade denunciava sua satisfação em concluir sua tarefa com sucesso.

Onde estava Tzuyu? A mansão estava sendo atacada? Porque não havia sido alertada?

De repente, o homem direcionou seu olhar à ela. Sana estava tão distraída que esqueceu que estava completamente exposta ali. Como imaginava, o homem apontou sua pistola para ela e puxou o gatilho.

O tiro passou por cima da sua cabeça e acertou o vidro que se despedaçou no mesmo instante. Ela se recolheu para dentro e fechou a cortina que rapidamente foi perfurada por vários tiros seguidos.

Ela correu até a cômoda completamente atordoada e começou procurar a chave da porta tão desesperadamente que acabou derrubando vários objetos no processo.

Onde diabos eu deixei aquela maldita chave?!”. Pensou.

Sana sentiu a adrenalina correr pelas suas veias quando a porta foi esburacada com tiros e ficou no mesmo estado que a cortina.

 Eles já estavam aqui.

_Tzuyu?! Você tá aí sua vadia?! - disse uma voz rouca do outro lado da porta. Em seguida, ouviu-se um barulho alto que se repetiu por várias vezes. Estavam tentando arrombar a porta.

_O que você tá fazendo?! - outra voz esbravejou

_Tem alguém aí dentro!

_Espera, como você sabe?! - outra voz se destacou.

_Um cara lá de fora viu uma mulher aqui e me avisou pelo rádio! Imagina se for a Tzuyu! Estamos feitos!

_Mas e se não for? - disse outra voz

Os barulhos cessaram por um momento.

_Tá de brincadeira né?

_Vocês dois ouviram o barulho lá em baixo, acho que deveríamos ver o que é ao invés de perder nosso tempo aqui

_Não, eu tenho certeza! Tinha até um idiota montando guarda aqui, quem mais poderia ser a não ser a Tzuyu?!

Instalou-se um silêncio do lado de fora naquele momento.

_É, vai ver ele tem razão

_Vamos, me ajudem aqui!

Os barulhos recomeçaram e dessa vez se intensificaram mais do que nunca.

Eles estavam quase conseguindo entrar. A cabeça de Sana estava a mil pensando em uma forma de sair de lá viva e se encontrar com Tzuyu, o que naquelas condições parecia impossível. Pelo que havia escutado estavam atrás dela, e naquele momento o arrependimento e a culpa tomou conta de si ao pensar que a ultima vez que se falaram foi para insultarem uma à outra.

Sana rapidamente empurrou a cômoda para a frente da porta a fim de ganhar mais tempo.

Não podia saltar pela janela, era muito alto e corria risco de ter mais furos em seu corpo do que a porta e a cortina juntas. Estava presa e completamente sem saída.

“Pense Sana, pense!”

Mas era tarde demais.

A porta cedeu e vários pedaços da madeira foram espalhados pelo quarto. Pelo que Sana havia percebido, era cerca de cinco homens do lado de fora segurando um objeto que parecia ser uma pá grande de jardinagem.

_Quem é essa aí? - perguntou um deles de olhos fixos em Sana.

_Eu disse! Esse tempo que passamos tentando arrombar essa porta poderíamos ter aproveitado indo atrás da Tzuyu!

_Quer calar a porra da boca?! 

Os dois homens se encararam enfurecidamente por alguns segundos, até que começaram a se tocar onde estavam.

Sana cerrou os dentes e fechou os punhos com força, mas permaneceu imóvel. Só de pensar que tinha gente ali querendo fazer mal a Tzuyu outra vez deixava seus nervos à flor da pele.

_O que fazemos?

_Vamos matá-la, obvio, não podemos deixar ninguém vivo, vamos me ajudem a empurrar

Eles empurraram o móvel e liberaram a passagem sem dificuldades. Sana recuou até bater com as costas na parede. Suas mãos tremiam involuntariamente.

Ao contrário do que esperava, apenas um deles entrou e os outros ficaram do lado de fora apenas observando.

_Oi 

Sana não respondeu.

Ele tirou a arma do bolso e começou a rodopiá-la nos dedos.

_Qual o seu nome?

_Me poupe Rin! Acaba com ela logo, tem alguma coisa rolando lá embaixo! - um de seus pareceiros pronunciou com um certo tom de nervosismo na voz.

_Já estou indo! - ele virou seu rosto novamente para Sana e voltou a repetir: - Qual o seu nome? 

Sana o olhou de forma desafiadora.

_Eu perguntei...- ele encostou o cano da arma na parte inferior do queixo dela. - qual o seu nome?

_M-minatozaki S-Sana

_É japonesa?

_Sim...

_Que coincidência, eu também! - ele olhou para os companheiros - Se liga pessoal, ela é dos nossos!

E assim, um a um, os homens começaram a entrar no quarto.

_Quais são as chances de encontrarmos uma japonesa na Coreia antes de virmos para cá?

_Esquece cara, ela já foi corrompida quando se meteu com esses coreanos malditos

_Tá falando sério? Olha pra esse rostinho, parece um anjo - ele alisou o rosto dela superficialmente e ganhou um rosnado em resposta.

_Rin - disse um deles em tom duro - faça o seu trabalho

_É uma pena - disse ele em um sussurro - se você não tivesse envolvida com a escória eu te levaria daqui

_Escória? - perguntou Sana quase inaudivelmente.

_Me refiro a Chou Tzuyu...mal vejo a hora de ver o que vão fazer com ela quando a encontrarem

_Rin!

_Já vou, já vou

_Eu não vou deixar acontecer, não mais - disse Sana.

_Você o quê?

Nesse exato momento, Rin começou a cuspir sangue e seus olhos se arregalaram. Olhou para baixo e percebeu que uma enorme faca perfurava o seu abdomên. Sana retirou a faca lentamente e elevou o objeto de modo que a lâmina ficasse de frente para seu rosto.

_Está se vendo no reflexo?

Rin olhou para sua própria imagem distorcida na lâmina suja de sangue. Estava mirando sua própria morte.

_Dê lembranças aos meus pais por mim 

Ao dizer isso, Sana enfiou a faca no crânio do rapaz.

Os companheiros olharam a cena com horror, todos pareciam atordoados.

Sana colocou o pé em cima do corpo e retirou a faca do crânio dele com dificuldade. Ao levantar seu olhar, teve a impressão de ter visto uma figura familiar em um canto escuro do quarto. Ela piscou várias vezes e mirou o mesmo lugar novamente confirmando suas suspeitas:

Mark estava lá. 

Ele olhava para ela com um sorriso de satisfação no rosto, e ao mesmo tempo batia palmas como se estivesse parabenizando-a por algo.

Sana não sabia o porquê e nem como conseguiu.

Mas naquele momento, ela sorriu.

Os homens pareciam ter se dado conta e começaram a reagir, alguns avançando para cima dela e outros sacando suas armas.

Sana apertou o cabo da faca com firmeza e avançou até eles com o melhor dos seus sorrisos estampado no rosto e com a sensação de que iria se divertir como nunca havia feito antes.

                           ***

Logo após jogar a granada, Tzuyu aproveitou a confusão dos gritos e a densa fumaça no ar para descer as escadas e ir até seu escritório onde havia deixado seu celular.

Era um plano de última hora e não muito eficiente mas precisava pedir reforços caso contrário não sairia de lá viva.

A parte ruim era que seus olhos lacrimejavam e sentia dificuldade de respirar devido a grande quantidade de fumaça que invadia seus pulmões. Ela sentiu seu corpo se chocar com alguém aqui e ali algumas vezes mas para sua sorte os sobreviventes da explosão estavam atordoados demais para enxergar um palmo à sua frente. Ela entrou em um cômodo às cegas que, depois de recobrar seus sentidos, reconheceu ser a cozinha.

No momento em que entrou no lugar, dois homens entravam pela porta do lado oposto, e se fixaram imediatamente no lugar quando a viram.

Quando Tzuyu percebeu a mão de ambos indo em direção à parte interna do paletó ela imediatamente se jogou no chão e em seguida ouviu um barulho estrondoso de vidros se quebrando atrás dela.

Ela podia jurar que os homens haviam acabado de descarregar um pente inteiro apenas atirando cegamente atrás dela.

Tzuyu se arrastou para a outra lateral da cozinha, se escondendo atrás do balcão e retirando a arma do bolso.

Ela contou até três silenciosamente antes de se levantar subitamente e atingir um deles com um tiro certeiro no peito. Mas logo foi obrigada a se abaixar ao receber outra chuva de tiros. Como havia previsto, aquela barulheira toda havia atraído a atenção de outras pessoas que estava ali por perto, atraindo-as para o lugar do tiroteio. Quando se deu conta, havia de mais 5 homens entrando pela cozinha com armas em punho. Desejou ter outra granada em seu bolso pois aquele parecia o momento perfeito para uma grande explosão.

A troca de tiros foi intensa dos dois lados, apesar de estar em completa desvantagem, Tzuyu conseguiu atingi-los um a um, apesar de que o último tiro de resistência atingiu seu ombro esquerdo. Ela cambaleou e derrubou uma pequena mesa de vidro, grande parte dela se despedaçou e centenas de cacos de vidro se espalharam pelo chão. Tzuyu percebeu uma movimentação entre um pequeno amontoado de corpos que se formou e viu que um deles estava se levantando. Havia um sobrevivente.

Ela mirou diretamente para o homem acabara de se reerguer com a pistola na mão e apertou o gatilho.

Nada aconteceu.

As balas haviam acabado.

Ela se debruçou sobre o pequeno armário ao seu lado tentando focalizar sua visão no homem a sua frente. Seu ombro doía como o inferno, seus olhos ardiam e sua visão estava turva.

Ela esbarrou sem querer em um objeto atrás dela e logo percebeu que era o antigo faqueiro de sua família.

Aquela pareceu ser sua única esperança.

Porém, estava vazio.

Alguém havia roubado o objeto principal e só restava alguns garfos.

Era tudo ou nada.

Ela recolheu um dos objetos restantes e cambaleou para frente. O homem estava em situação igual ou pior. Ele se aproximava lentamente dela, que observava em forma de desafio com uma cara de "quero ver se você consegue chegar até aqui"

Mas ao dar o próximo passo, ele tropeçou em um corpo no chão e caiu, depois disso não se levantou mais.

Tzuyu suspirou aliviada e deu-se o privilégio de deixar suas pernas cederem por um instante, ficando abaixada no chão. Ela rasgou um pedaço do paletó de um dos corpos e amarrou no ombro para estancar o sangramento.

Ela ouviu mais passos do que parecia ser várias pessoas se aproximando, e dessa vez foi Sehun que apareceu na cozinha.

_Que barulheira é ess-

Ele ficou petrificado ao olhar a situação na cozinha: Vários cadáveres no chão, cadeiras reviradas, pratarias destruídas, mesas despedaçadas, sangue por todo lado e Tzuyu abaixada no chão com a mão no ombro e um sorriso presunçoso.

_Você se supera a cada dia - disse ele entredentes.

Ele retirou sua arma do paletó e andou em direção a ela sem desviar o olhar um instante se quer, saltando os corpos um a um.

_Se tentar alguma coisa eu meto uma bala na sua cabeça agora mesmo e foda-se se eu não estou autorizado a fazer isso

Tzuyu permaneceu calada, com os olhos fixos nos pés dele.

Sehun puxou Tzuyu com brutalidade pelas vestes, e ao fazer isso, ela foi com tudo para cima dele com um garfo em mãos. Os reflexos de Sehun não foram rápidos o suficiente para evitar que o objeto fizesse um corte horizontal de raspão em sua bochecha, mas ele conseguiu apertar com força o ombro de Tzuyu no local onde a bala estava alojada, fazendo com que ela se contorcesse de dor deixando o garfo cair.

Em seguida, ela foi golpeada no rosto com algo duro e pesado, seu corpo bateu com força no chão e sentiu um leve gosto de ferro na boca e sua visão ficando cada vez mais turva.

Ouviu uma risada sarcástica que parecia te vindo a quilômetros de distância e em seguida uma dor forte no estômago, logo depois, tudo mergulhou em uma completa escuridão.

                            ***

Tzuyu sentiu ser arrastada por vários metros. Seus braços doíam pois alguém os segurava com muita força. Sentiu um líquido quente escorrer pela lateral do seu rosto. De repente ela foi jogada no chão com brutalidade, tentou se reerguer imediatamente mas algo pesado pressionou suas costas de volta ao chão.

_Nada disso, você tem que permanecer no seu lugar do qual nunca deveria ter saído, que é abaixo de nós - disse Jeongyeon em meio a uma risada.

_O que fazemos agora? -perguntou Sehun alternando seu olhar entre Tzuyu e Jeongyeon.

_Esperamos

Tzuyu sorriu vendo a cena.

_P-Parabéns Sehun, conseguiu o que queria seu traidorzinho de merda?

_Ora, fique calada, não está em posição de falar porcaria nenhuma - Sehun fez menção em avançar mas Jeongyeon o segurou.

_Se controle, seu idiota

_E você...aposto que é o braço direito dela, estou certa? Ah, não! Tá mais pro cachorrinho dela, posso ver a coleira no seu pescoço daqui...

_Acho que não teriamos problemas em fazer um pequeno estrago nesse rostinho atrevivo - Jeongyeon apanhou um taco de basebol que estava em posse de um dos ex-seguranças de Tzuyu e imitou a pose de alguém que estaria prestes a dar uma tacada numa bola de golfe. - vou te fazer pagar por aquele acidente de carro

De repente as portas principais se abriram em um estrondo que ecoou pelo salão principal da mansão.

Tzuyu não pôde enxergar quem havia entrado, apenas escutou o eco de saltos batendo no piso ficando cada vez mais altos.

_Largue isto, Jeongyeon - disse uma voz doce, mas ao mesmo tempo imponente.

A garota prontamente obedeceu largando o objeto no chão e em seguida se ajoelhando.

_Minha senhora, conseguimos cumprir nossa tarefa - ela apontou para Tzuyu que continuava sem poder reerguer a cabeça para olhá-la por alguém estar com um pé nas suas costas. Sehun que estava na sua frente se afastou com um pulo e Tzuyu pode ver um par de saltos pretos com detalhes com pedras preciosas se aproximar. A mulher se ajoelhou e Jeongyeon ficou em pé novamente.

Tzuyu sentiu o peso sob suas costas diminuir e seu queixo foi erguido por uma mão delicada repleta de anéis.

Então ela viu, pela primeira vez o rosto daquela que lhe causara tanta desgraça, aquela que destruira tudo que seu pai levou uma vida inteira para conquistar em tão pouco tempo. O motivo da derrota que tanto temia.

Seus olhos eram castanho escuro.

Rosto angelical.

Cabelos loiros e ondulados nas pontas.

_Finalmente nos encontramos - disse ela 

Apesar do ódio incessante por aquele rosto presunçoso e surpresa contida em seu olhar...

Tzuyu sorriu.

Estava olhando para a pessoa que transformou sua vida em um inferno, ou talvez o próprio diabo. A adrenalina corria em suas veias como uma corrente elétrica, tudo pareceu parar ao seu redor.

_Deixe eu me apresentar - ela aproximou sua boca da orelha de Tzuyu. O perfume de flores de Sakura invadiu suas narinas como uma toxina. Ela sentiu a respiração calma da mulher em sua orelha.

_Meu nome é Hirai Momo, guarde bem este nome, sou a mulher responsável pela sua destruição.


Notas Finais


SENTIRAM O IMPACTO? Bom, confesso que eu senti e tô abalada (sim, eu sinto a mesma coisa que vocês então fiquem sabendo que meu sofrimento é dobrado, ou melhor, triplicado). Foi bem difícil escrever esse capítulo pelo fato de eu estar esperando essa cena acontecer a muito tempo mas finalmente consegui postar glória glória aleluia.
Não tenho previsão para o próximo capítulo mas não desistam de mim eu imploroooooo.
Até o próximo galerinha, beijos!!


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