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História Psychosocial - Zuerst


Escrita por: DarkEvil

Notas do Autor


Hey Hey :3 tudo bem? Bom, é a Telefone Removido2 vez que posto e apago essa fic, espero que agora fique melhor! Boa leitura! <3

Capítulo 1 - Zuerst


Fanfic / Fanfiction Psychosocial - Zuerst

E novamente olhei para a janela, sim, havia algo lá. Eu não me atreveria a ir olhar a criatura que se escondia por trás das sombras. Entretanto, não pude evitar, já não tinha mais nada a perder. Meu eu, minha vida, tudo no que acreditava já havia sido dilacerado há muito tempo...

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Mais uma aula havia se passado. Ao longe pude ouvir o sinal soar. Finalmente estava liberta. Minha definição de liberdade era exatamente isso, ficar livre do que te prende, porém ainda tendo obrigações para manter sua liberdade “em dia”.

O fim das aulas é apenas uma pequena definição disso, mas naquela hora eu agradecia imensamente por aquele estrondoso som significar liberdade.

Para mim a escola era só mais um lugar comum entre as pessoas de minha idade. Só mais um insuportável lugar onde eu passava várias horas do dia com o intuito de ser alguém na vida. Por fim, só mais um lugar que deveria ser pacato. E seria, se não fosse pelos diferentes grupos de corjas ali presentes.

Mesmo sendo uma adolescente de dezessete anos, eu não suportava múltiplas ações de crianças com mais de um metro e cinquenta -pra mim isso é o mínimo que um adolescente normal deve ter- Posso citar claramente minha indignação em relação a suas atitudes na escola, mas uma das que mais me indignavam eram em Fast Foods.
Nada contra os estabelecimentos, até mesmo porque é um lugar onde eu vou regularmente, mas, quando alguns/maioria dos jovens entram nesses locais, se acham superiores, suprassumos, acham que podem desrespeitar funcionários, falar em alto tom, mesmo sabendo que isso prejudica outros clientes, etc.

Esse é o grande problema dessa fase. Mesmo a formação de caráter de um humano ser formado mais ou menos aos oito anos de idade, a adolescência é onde aprendemos a aplicar o nosso caráter e mostrar quem realmente somos para as pessoas a nossa volta.

Eu sempre tive um grande pote mental onde guardava todos os meus “Por quês?” e a única forma de achar uma resposta plausível para eles foi lendo tudo o que encontrava sobre o assunto. Isso talvez não tenha sido uma coisa boa, pois foi lendo que aprendi a ser fria e calculista.

Não que eu fosse uma pessoa antissocial – ao menos eu achava que não, apesar de que a maioria das pessoas a minha volta discordavam – eu tinha um relacionamento instável com as pessoas a minha volta. Elas só me perguntavam o que fosse necessário e eu as respondia de volta, formando um ciclo vicioso de pura falsidade e hipocrisia.

Eu não tinha aquela pessoa que fosse minha confidente, aquela que eu pudesse falar tudo o que eu sentia sem medo de ser julgada, aquela que eu poderia chorar despreocupadamente em seu colo. Eu não precisava de pessoas assim.
Na verdade, responder as pessoas sempre com um grande sorriso no rosto evitava perguntas vis e desnecessárias. O que a maioria delas não entende é que ninguém está REALMENTE interessado no que você sente. Nem eu mesma me interesso nos meus próprios sentimentos. Geralmente não me dou importância à coisas desnecessárias.
Tirada de minhas conclusões pessoais eu me levantei rapidamente, peguei minha mochila de costas, claramente surrada pelo uso abusivo de minha parte – meu egoísmo é presente até mesmo em objetos – e fui andando em direção a minha casa, que era apenas a duas quadras da minha escola, a Milwaukee High School.

Eu andava despreocupadamente. Já se passava das cinco da tarde, mas eu não me importava, não tinha nada para fazer em casa, ficar sozinha me deixava vulnerável a pensamentos que me fazem ter medo de mim mesma.
Em meio a pequenos e lentos passos eu me afogava em pensamentos; em problemas. A meu ver, rua estava vazia, ou ninguém perceberia uma estudante normal, estatura baixa, pele clara e longos cabelos ruivos que contrastavam com seus olhos de cor cinza quase sem vida.

Resolvi parar em uma pequena loja de bolos confeitados. Dias atrás eu havia ganhado alguns cupons para comer a vontade lá e este me parecia o dia adequado para usa-los. A loja ficava entre duas grandes casas de dois andares, sua aparência era boa, tinha as paredes pintadas de rosa claro com as janelas decoradas de branco e várias flores da estação. O lugar em si era pequeno, mas agradável com um estilo sweet lolita. Me sentei em uma mesa no canto da parede que havia do lado de fora do local.

Fiz meu pedido e tentei me lembrar onde eu havia parado meus pensamentos. Não me lembrava. Este era um de meus problemas, excluir as coisas que não consigo resolver. Já estava tão acostumada a fazer isso que acabava os excluindo automaticamente. Esse era apenas um de meus pontos negativos...

Do outro lado da rua ficava um terapeuta juvenil. Sempre me intrigou o fato de acharem que adolescentes não tem problemas. Sim, nós temos, se não tivéssemos, vários psicólogos não teriam como extorquir dinheiro de jovens em busca de paz espiritual.

O problema é que normalmente buscamos a maneira errada de resolvê-los. Eu, por exemplo, me isolava, assim, eu esquecia os problemas, ou ao menos tentava.

Mas eu sabia de onde surgiu essa ideia que fazia adolescentes serem ridicularizados e vilipendiados. É a fonte de minhas críticas, o lugar/pessoa/coisa onde adquiri desprezo pela raça humana: Sociedade. Talvez eu pareça somente mais uma adolescente “problematizadora” que ama discutir e se rebelar. Talvez. Eu só estou cansada de tudo e busco um local para despejar toda minha dor e ódio.

Para o mundo social um problema é o que pode afetar diretamente seu futuro, como reprovar o ano escolar, ser demitido do emprego, tem um salário muito baixo e etc. Mas e o que afeta seu futuro indiretamente? Posso listar vários tópico, baixa autoestima, infantilidade, hipocrisia, depressão, vício em substâncias nocivas, distúrbios psicopatológicos...

Entre a minha lista mental de agressores indiretos ao futuro, eu contenho o iniciador de todas as outras. Depressão.
Eu me recuso a dizer que a causa da minha melancolia foi a perda da minha mãe quando eu tinha apenas sete anos – pois existem aqueles que estão em piores condições (sim, tenho consciência disso).

Desde que me entendo por gente eu vivia com minha mãe e minha irmã. Nunca conheci meu pai, ele nunca foi um fator relevante para mim. Minha mãe sempre foi um tanto quanto doente, trabalhava incessantemente para nos sustentar e ainda assim tínhamos problemas financeiros. Até que um dia ela não resistiu a uma virose e se foi depois de alguns meses lutando. Não é algo que eu goste de lembrar. Mas não é algo que eu queira esquecer. Seu rosto cansado e olheiras beirando o preto, um vestido velho e um sorriso de canto... É a única imagem que me restou dela.
Eu tenho uma boa casa, estudo em uma boa escola, não me falta nada para sobreviver. Eu vivo com minha irmã Elisabeth que me dá muito carinho e cuida de mim, aparentemente não tenho motivos para reclamar – me recuso a chorar por qualquer motivo, me recuso a me importar com opiniões alheias (mesmo que eu acabe me ferindo com comentários desnecessários), me recuso a aceitar que este já é o início do fim e que o mesmo está mais perto do que eu imagino...

Me recuso a aceitar que metade de mim já não existe e a outra metade é VAZIA.

Notas Finais


Então?


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