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História Pure Intentions - Klaroline - Capítulo 4


Escrita por: Klarohead

Notas do Autor


Espero que gostem amoressss e perdoem a demora!!

Capítulo 4 - Capítulo 4


Fanfic / Fanfiction Pure Intentions - Klaroline - Capítulo 4

Conseguiu. Agora já deu para mim.

Sua voz fria, dura e neutra me espantou. Será que ele estava falando sério?

– Você só pode estar de sacanagem! –

disparou a menina, batendo o pé.

Klaus balançou a cabeça e tomou mais um gole do café.

– Você não pode fazer isso comigo. Ontem à noite foi incrível. Você sabe que foi.

Ela estendeu a mão para o braço dele e ele rapidamente se esquivou.

– Eu avisei ontem à noite quando você chegou implorando e tirando a roupa... A única coisa que iria acontecer seria uma noite de sexo. Só isso.

Prestei atenção na menina. Sua expressão era de pura raiva.

Ela abriu a boca para protestar, mas tornou a fechá-la. Com mais uma batida do pé, voltou a passos

firmes para dentro da casa.

Eu não conseguia acreditar no que acabara de ver. Era assim que pessoas daquele tipo se comportavam?

A minha única experiência de relacionamento tinha sido com Tyler. Embora nunca tivéssemos chegado a transar, ele sempre fora cuidadoso e gentil comigo. Aquilo era duro, cruel.

– Então, dormiu bem? – perguntou Klaus como se nada tivesse acontecido.

Eu me obriguei a desviar os olhos da porta pela qual a menina havia saído e o examinei.

O que passara pela cabeça dela para ir para a cama com alguém que

tinha deixado bem claro que não haveria nada além de sexo?

Tudo bem, ele tinha um corpo de causar inveja a modelos... e aqueles seus olhos eram capazes de levar uma garota a fazer loucuras.

Mas ainda assim. Era muito cruel.

– Você faz isso sempre? – perguntei antes de conseguir me conter.

Klaus levantou a sobrancelha.

– O quê? Perguntar às pessoas se elas dormiram bem?

Ele sabia o que eu estava perguntando. Estava desconversando. Não era da minha conta.

Para ele me deixar ficar ali, eu precisava ficar na minha.

Abrir a boca para repreendê-lo não era uma boa ideia.

– Transar com garotas e depois jogá-las fora feito lixo? – retruquei.

Fechei a boca, horrorizada com as palavras que acabara de ouvir ecoar na minha mente. O que eu estava fazendo? Tentando ser posta na rua?

Klaus pousou a xícara na mesa ao seu lado e se sentou. Recostou-se e esticou as pernas compridas. Então tornou a me encarar.

– E você, sempre mete o nariz onde não é chamada? – rebateu.

Eu queria ficar brava com ele. Queria, mas não consegui. Ele tinha razão. Quem era eu para julgá-lo? Nem conhecia aquele cara.

– Não, em geral, não. Desculpe – falei e entrei depressa.

Não queria dar a ele uma chance de me expulsar também. Eu precisava daquela cama debaixo da escada por pelo menos duas semanas.

Comecei a recolher os copos vazios e as garrafas de cerveja.

Aquela casa precisava de uma faxina e eu podia fazer isso antes de sair para procurar emprego.

Só torci para ele não dar festas como aquela todas as noites. Mas, se desse, eu não iria reclamar... e quem sabe?

Depois de algumas noites talvez conseguisse dormir com qualquer barulho.

– Não precisa fazer isso. Lily vem amanhã.

Joguei as garrafas que tinha recolhido na lixeira e olhei para ele. Klaus estava outra vez em pé no vão da porta, olhando para mim.

– Só pensei que poderia ajudar.

Klaus deu um sorriso torto.

– Eu já tenho empregada. Não estou procurando outra, se é isso que esta pensando.

Fiz que não com a cabeça.

– Não, eu sei. Só estava tentando ser prestativa. Você me deixou dormir na sua casa ontem.

Klaus se aproximou e ficou parado em frente à bancada, com os braços cruzados na frente do peito.

– Sobre isso… a gente precisa conversar.

Ai, droga. Lá vem. Uma noite era tudo que eu iria conseguir.

– Está bem – respondi.

Klaus franziu o cenho para mim e senti o ritmo da minha pulsação se acelerar.

Ele não tinha notícias boas para me dar.

– Eu não gosto do seu pai. Ele é um aproveitador. Minha mãe sempre tende a arrumar homens assim. É um talento dela. Mas eu acho que você já sabe isso sobre ele. Então estou curioso: por que você veio pedir a ajuda dele se sabia como ele era?

Minha vontade era responder que não era da conta dele.

Só que o fato de eu precisar da sua ajuda fazia com que fosse.

Eu não podia esperar que ele me deixasse dormir na sua casa sem saber de nada.

Ele merecia saber por que estava me ajudando.

Eu não queria que ele pensasse que eu também era uma aproveitadora.

– Minha mãe acabou de morrer. De câncer. Três anos de tratamento custam caro. A única coisa que tínhamos era a casa que a minha avó nos deixou. Tive que vender a casa e todo o resto para pagar as contas de hospital da minha mãe. Não vejo o meu pai desde que ele nos abandonou, cinco anos atrás. Mas ele agora é o meu único parente. Não tenho mais ninguém a quem pedir ajuda. Preciso de um lugar para ficar até conseguir um emprego e receber alguns salários. Aí vou arrumar a minha própria casa. Minha intenção nunca foi passar muito tempo aqui.

Sabia que o meu pai não iria querer que eu ficasse.

Soltei uma gargalhada dura e insincera.

– Mas jamais imaginei que ele fosse fugir antes de eu chegar.

O olhar firme de Klaus continuava grudado em mim.

Aquelas eram informações que eu preferiria que ninguém soubesse. Costumava conversar com Tyler sobre como o abandono do meu pai me fizera sofrer.

A perda da minha irmã e do meu pai

tinham sido difíceis para mim e para minha mãe.

Aí Tyler precisou de mais e eu não pude ser quem ele precisava que eu fosse. Tinha que cuidar da minha mãe doente.

Havia deixado Tyler livre para sair com outras meninas e se divertir. Eu era só um peso para ele.

Nossa amizade permaneceu intacta, mas eu percebi que o menino que um dia pensara amar tinha sido apenas uma emoção infantil.

– Sinto muito pela sua mãe

disse Klaus, por fim.

– Deve ser duro. Você disse que ela passou três anos doente. Desde que você tinha 16?

Respondi que sim, sem saber muito bem o que mais dizer.

Não queria a pena dele. Só queria um lugar para dormir.

– Você está planejando arrumar um emprego e uma casa para morar

Não era uma pergunta, ele estava só repassando o que eu acabara de dizer. Por isso não respondi nada.

– O quarto debaixo da escada é seu por um mês. Nesse tempo você precisa arrumar um emprego e juntar dinheiro suficiente para alugar um apartamento. Texas não fica muito longe daqui e o custo de vida lá é mais acessível. Se os nossos pais voltarem antes disso, imagino que seu pai poderá ajudar você.

Soltei um suspiro de alívio e engoli o bolo que bloqueava minha garganta.

– Obrigada.

Klaus olhou na direção da despensa que conduzia ao quarto em que eu estava dormindo. Em seguida, tornou a olhar para mim.

– Tenho umas coisas para fazer. Boa sorte na caça ao emprego.

Afastou-se da bancada e foi embora.

Eu não tinha gasolina na picape, mas tinha uma cama e 20 dólares.

Fui depressa até o quarto pegar a minha bolsa e as minhas chaves. Precisava arrumar umemprego o quanto antes.

Debaixo do limpador de para-brisa do meu carro estava preso um bilhete. Peguei o papel e li:

" O tanque está cheio.

Marcel."

Marcel encheu o tanque do meu carro? Senti um calor repentino dentro do peito.

Que gentil. A palavra “aproveitador” dita por Klaus ecoou nos meus ouvidos e percebi que precisaria reembolsar Marcel o mais rápido possível.

Não iria passar por aproveitadora feito o meu pai.

Entrei na picape, dei a partida com facilidade e saí de marcha a ré.

Ainda havia vários carros em frente à casa, embora não tantos quanto na noite anterior.

Todos passaram a noite ali? Estavam lá esse tempo todo? Não tinha visto ninguém de manhã, exceto Klaus e a menina que ele tinha enxotado.

Klaus não era uma pessoa muito simpática, mas era justo; isso eu tinha que admitir.

E também era bem gostoso. Eu só precisava aprender a ignorar esse fato.

Não deveria ser muito difícil. Não imaginava que Klaus fosse ficar perto de mim com muita frequência.

Ele não parecia gostar da minha companhia.

Decidi arrumar um emprego em New Orleans para economizar gasolina, assim poderia sair mais rápido da casa de Klaus.

Tinha encontrado um jornal das redondezas e circulado vários anúncios. Dois eram para vagas de garçonete em restaurantes próximos e fui até lá me candidatar.

Embora tivesse a sensação de que receberia a ligação de um deles ou de ambos, acho que não gostaria de trabalhar em nenhum dos dois.

Se fossem minhas únicas opções, aceitaria. Só que as gorjetas não pareciam ser grande coisa; e você precisa das gorjetas em um emprego desses.

Passei também na farmácia dos arredores para me candidatar ao emprego de caixa, mas a vaga já tinha sido preenchida.

Depois fui ao consultório de um pediatra e me ofereci para o cargo de recepcionista, mas eles queriam experiência, o que eu não tinha.

Circulei um último anúncio, mas deixei para o final porque achava que seria uma vaga muito difícil de conseguir: um cargo de garçonete no country club local.

Pagava sete dólares a mais por hora e as gorjetas seriam bem melhores. Perfeito para o meu plano de me virar sozinha.

Além do mais, o emprego tinha benefícios. Um seguro saúde seria ótimo.

O anúncio pedia para os candidatos se apresentarem na sede administrativa, atrás do pavilhão do campo de golfe. Segui as instruções e parei a minha picape ao lado de um Volvo chique. Ajeitei o retrovisor para dar uma conferida no meu visual.

Ao passar na farmácia, tinha comprado um tubinho de rímel. Só um pouquinho de rímel ajudaria o meu rosto a parecer mais velho.

Passei a mão pelos meus cabelos louro-claros e fiz uma prece rápida para conseguir aquele emprego.


Notas Finais


Comentem oque acharam mores, logo logo tem mais!!!
Beijinhos!


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