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História Pure Intentions - Klaroline - Capitulo 9


Escrita por: Klarohead

Capítulo 9 - Capitulo 9


Fanfic / Fanfiction Pure Intentions - Klaroline - Capitulo 9

No dia seguinte, quando acordei, a casa estava novamente de pernas para o ar.

Dessa vez deixei a bagunça e saí depressa para o trabalho.

Não queria chegar atrasada.

Precisava do emprego mais do que de qualquer outra coisa.

Meu pai ainda não havia ligado para saber onde eu estava e eu tinha quase certeza de que Klaus não comentara nada a meu respeito nem com a sua mãe nem com o meu pai.

E eu, não queria lhe perguntar para não canalizar para mim a raiva que ele tinha do meu pai.

Já havia uma boa chance de Klaus me pedir para ir embora quando eu voltasse para a sua casa no final do dia.

Ele não parecia muito satisfeito comigo ao sair do

meu quarto na noite anterior. E eu tinha retribuído o seu beijo e chupado o seu lábio... Ai, meu Deus, onde eu estava com a cabeça?

Não estava raciocinando. Esse era o problema. Klaus tinha um cheiro e um gosto deliciosos demais.

Eu não consegui me controlar.

E agora era provável que eu fosse encontrar as minhas malas

na varanda quando chegasse em casa. Pelo menos eu tinha dinheiro para

Ficar em um hotel de beira de estrada.

Usando o short e a camisa polo do uniforme, subi os degraus da sede

administrativa até a porta da frente. Tinha que bater o meu ponto e pegar uma chave do carrinho de bebidas.

Darla já estava lá dentro.

Eu começava a pensar que ela morava ali.

Estava sempre lá quando eu saía e quando chegava de manhã.

Mas a mulher parecia um

pequeno tufão e dava medo.

Quando gritava uma ordem para alguém, a pessoa quase batia continência.

Nesse dia, Jenna tinha o cenho franzido para uma menina

que eu nunca tinha visto. Com o dedo apontado, praticamente gritava.

– Você não pode sair com os sócios. Essa é a regra número um. Você assinou os documentos, Elena; sabia quais eram as regras. O Sr. Salvatore veio aqui hoje de manhã cedo me dizer que o pai dele não estava nada contente com o ocorrido. Eu só

tenho três garotas para servir as bebidas. Se não puder confiar que você não vai dormir com os sócios, vou ter que mandá-la embora. Este é o seu último aviso. Entendeu?

A menina concordou.

– Entendi, tia Jenna. Sinto muito – balbuciou ela.

Os longos cabelos castanhos estavam presos em um rabo de cavalo e sua polo azul-bebê exibia seios bem generosos.

Havia também as pernas compridas e bronzeadas e um bumbum bem redondinho. E ela era sobrinha de Jenna.

Que interessante.

O olhar irado de Jenna se moveu em direção ao meu e ela deixou escapar um suspiro de alívio.

– Ah, Caroline, que bom que você chegou. Quem sabe consegue dar um jeito nessa minha sobrinha? Ela está de sobreaviso porque não consegue parar de transar com os sócios durante o expediente. Nós não somos um bordel, somos um country club.

Ela vai trabalhar com você na próxima semana; fique de olho nela. Espero que aprenda alguma coisa com você. O Sr. Salvatore é só elogios quando cita o seu nome.

Está muito satisfeito com o seu trabalho e me pediu para deixar você trabalhar no salão de jantar pelo menos dois dias por semana. No momento estou procurando outra menina para pilotar o carrinho de bebidas, então não posso me dar ao luxo de demitir Elena. – Ela pronunciou o nome da sobrinha com um rosnado e tornou a encará-la com fúria.

A moça baixou a cabeça, envergonhada. Senti pena dela. Deixar Jenna zangada me apavorava. Eu não podia imaginar alguém gritando comigo daquele jeito.

– Sim, senhora – respondi enquanto ela me estendia as chaves do carrinho.

Peguei-as e esperei Elena vir comigo.

– Vá com ela agora, menina. Não fique aí de cara amarrada. Eu deveria ligar

para o seu pai e dizer a ele o que você anda fazendo, mas não tenho coragem de partir o coração do meu irmão. Então vá lá e aprenda alguns valores morais.

Jenna apontou para a porta e eu não esperei mais. Saí apressada e desci os

degraus. Iria pegar o carrinho de bebidas e esperar Elena lá.

– Ei, espere aí – disse a menina atrás de mim. Parei e olhei para ela, que corria para me alcançar. – Desculpe, aquilo lá foi meio brutal. Preferiria que você não tivesse visto nem escutado.

Ela era... simpática.

– Tudo bem.

– A propósito, as pessoas me chamam de Lena, não de Elena. Só o meu pai me chama assim, então a minha tia Jenna faz igual. E você é a famosa Caroline Forbes de quem tanto ouvi falar. – O tom sorridente da sua voz me fez entender que ela não estava sendo irônica.

– Sinto muito se a sua tia me enfiou pela sua goela abaixo.

Olhei rapidamente para ela. Os seus lábios muito vermelhos e carnudos se curvaram em um sorriso.

– Ah, eu não estava me referindo à minha tia. Estava me referindo aos rapazes.

Stefan, principalmente, gosta muito de você. Soube que você causou uma pequena confusão ontem à noite na festa daquela vaca da Bekah. Queria ter presenciado, mas os empregados não são convidados para esse tipo de evento.

Não havia muita coisa para contar. Dei de ombros e, depois de abastecer o carrinho, dei a volta até o lado do motorista.

– Eu fui a essa festa porque estou dormindo debaixo da escada na casa do Klaus até conseguir dinheiro suficiente para me mudar, coisa que deve acontecer muito em breve. Foi um erro. Ele não gostou de eu aparecer. Foi mais ou menos isso.

Lena se deixou cair no banco ao meu lado e cruzou as pernas.

– Não foi nada disso que eu escutei. Damon falou que o Klaus viu Stefan com a mão em você e ficou louco.

– Damon entendeu errado. Acredite em mim. Klaus está pouco ligando para quem põe a mão em mim.

A morena suspirou.

– Ser pobre é uma merda, né? Os caras gatos nunca nos olham a sério. Nós somos só mais uma trepada.

Seria mesmo assim para ela? Será que ela tinha cedido e se transformado na menina que eles descartavam? Era bonita demais para isso. Na minha cidade, os caras babariam por ela.

Eles podiam até não ter milhões de dólares no banco, mas eram caras legais de famílias bacanas.

– Será que não tem nenhum cara gato por aqui que não seja podre de rico? Não é possível que os frequentadores deste clube sejam a única alternativa. Com certeza dá para achar um cara que não vai jogá-la para escanteio no dia seguinte.

Lena franziu o cenho e deu de ombros.

– Sei lá. Eu sempre quis fisgar um milionário, sabe? Levar uma vida de luxo.

Mas estou começando a entender que esse não é o meu destino.

Fui em direção ao primeiro buraco.

– Elena, você é linda. Merece mais do que está recebendo. Comece a procurar homens em outro lugar. Encontre um que não a queira só para transar. Encontre um que a queira e pronto. Só você.

– Caramba, é capaz de eu ter me apaixonado por você também – retrucou ela, provocadora, e deu uma risada.

Levantou os pés até o console enquanto eu me aproximava dos primeiros jogadores da manhã.

Não vi rapazes jovens em lugar nenhum. Eles em geral não era madrugadores. Durante algum tempo, eu não precisaria me preocupar em impedir Elena de fazer sacanagem atrás dos arbustos, ou onde quer que ela estivesse fazendo isso durante o expediente.

Quatro horas mais tarde, quando chegamos ao terceiro buraco pela terceira vez, reconheci Stefan e os seus amigos.

Elena se endireitou no assento e a expressão animada no seu rosto me deixou em alerta total.

Ela parecia um filhote de cachorro

esperando alguém lhe atirar um osso. Se eu não gostasse tanto dela, nem me daria o trabalho de ajudá-la a manter aquele emprego.

Ser a sua babá não fazia parte

das minhas atribuições.

Stefan franziu o cenho ao nos ver encostar o carrinho ao seu lado.

– Por que você está passeando com a Lena? – perguntou no mesmo instante em que paramos.

– Porque ela está ajudando a me impedir de trepar com os seus amigos e deixar você puto. Por que você contou para a tia Jenna? – perguntou ela com um biquinho, cruzando os braços diante dos seios fartos.

Não tive dúvida nenhuma de que todos os caras à nossa volta tinham os olhos grudados naqueles peitões.

– Eu não pedi para ela fazer isso. Pedi para ela promover Caroline, não para colar você nela – falou ele, ríspido, e sacou o celular do bolso.

O que ele estava fazendo?

– Para quem você está ligando? – perguntou Lena em tom de pânico, se endireitando no assento.

– Para Jenna – rosnou ele.

– Não – dissemos Elena e eu ao mesmo tempo.

– Não ligue. Está tudo bem. Eu gostei da Lena. Ela é boa companhia – falei

para ele.

Stefan me observou por um instante, mas não desligou o telefone.

– Jenna, aqui é Stefan. Mudei de ideia. Quero a Caroline no salão quatro dias por semana. Pode usá-la no campo às sextas e sábados, porque o movimento é maior e ela é a melhor que você tem, mas durante o resto do tempo eu a quero no salão.

Sem esperar resposta, ele encerrou a ligação e devolveu o telefone ao bolso do short xadrez engomado.

Em qualquer outra pessoa aquela roupa ficaria ridícula, mas um cara como Stefan conseguia usá-la.

Sua camisa polo branca também estava passada de forma perfeita. Não ficaria espantada se fosse novinha em folha.

– Tia Jenna vai ficar brava. Ela falou para Caroline ser a minha babá pelos próximos quinze dias. Quem vai segurar as minhas rédeas agora? – perguntou Elena com um olhar provocante na direção de Damon.

– Cara, por favor, se você gosta de mim nem que seja só um pouquinho, finja que não viu nada e me deixe levá-la até a sede só por alguns minutos. Por favor – implorou Damon a Stefan, devorando com os olhos a visão de Elena ali sentada com as pernas levemente abertas sobre o console.

O short que usávamos era curto e justo demais para deixar grande coisa à imaginação em uma posição como aquela.

– Não estou nem aí para você, porra. Pode trepar com ela, se quiser. Mas se o papai ficar sabendo outra vez vou ter que mandá-la embora. Ele ficou puto com as reclamações.

Eu sabia que Damon não a defenderia caso ela fosse demitida. Deixaria ela ir embora e partiria para outra. Não havia amor no seu olhar, apenas desejo.

– Elena, não faça isso – pedi baixinho ao seu lado. – Na minha noite de folga a gente sai e vai para algum lugar com caras que valham a pena. Não perca o emprego por causa dele.

Eu falava tão baixo que só Elena conseguia me escutar. Os outros sabiam que eu estava lhe dizendo alguma coisa, mas não sabiam o quê.

Elena virou os olhos para mim e juntou os joelhos.

– Sério? Você sairia comigo para azarar? No meu território?

Respondi que sim e ela abriu um sorriso.

– Fechado. Vamos a um bar de música country. Espero que você tenha as armas.

– Eu sou do Mystic Falls. Tenho as botas, a calça jeans justa e até a pistola – retruquei com uma piscadela.

Ela deu uma sonorosa risada e tirou os pés do console.

– Certo, rapazes, o que vão querer beber? A gente também precisa passar para o próximo buraco – disse ela, saltando do carrinho e indo até a traseira do veículo.

Fui atrás e, juntas, servimos as bebidas e recolhemos o dinheiro.

Damon tentou agarrar a bunda de Elena algumas vezes e cochichar no seu ouvido.

Por fim, ela se virou e sorriu para ele.

– Cansei de ser o seu brinquedinho. Neste fim de semana vou sair com a minha amiga aqui e nós vamos arrumar uns homens de verdade. Do tipo que não tem fundo de investimento, mas calos nas mãos de tanto trabalhar. Tenho a sensação de que eles sabem como fazer uma garota se sentir realmente especial.

Tive que engolir a risada ao ver a expressão chocada de Damon. Liguei o carrinho enquanto Elena tornava a subir ao meu lado.

– Caraca, como foi bom fazer isso. Por onde você andou durante toda a minha vida? – perguntou ela, batendo palma enquanto eu me afastava, sorrindo e acenando para Stefan a caminho do buraco seguinte.

Percorremos o resto do campo, depois paramos para reabastecer. Não houve novos incidentes. Eu sabia que tornaríamos a ver Stefan e os seus amigos, mas tinha fé de que Elena aguentaria firme.

Ela havia falado animadamente sobre todos os assuntos, dos cremes que usava nos cabelos até os últimos sustos envolvendo gravide ocorridos na cidade.

Eu não estava prestando atenção nos sócios junto ao primeiro buraco. Estava dirigindo e tentando me concentrar na falação sem fim de Lena.

O “ai, merda” que falou baixinho chamou a minha atenção.

Olhei para ela, em seguida acompanhei a direção do seu olhar até o casal junto ao primeiro buraco.

Reconheci Klaus na hora. O short amarelo e a polo azul-bebê justa que ele usava pareciam fora de lugar no seu corpo; não combinavam com as

tatuagens que cobriam as suas costas.

Ele era filho de roqueiro e irradiava essa aura mesmo com aquelas roupas de mauricinho golfista.

Ele virou a cabeça e os nossos olhares se cruzaram. Ele não sorriu. Simplesmente olhou para o outro lado como se não me conhecesse. Nenhum reconhecimento. Nada.

– Alerta de vaca – sussurrou Elena.

Tirei os olhos dele para olhar a garota que o acompanhava. Era Rebekah, ou Bekah, como ele a chamava. Sua irmã, aquela de quem ele não gostava de falar.

Sua saia branca minúscula a fazia parecer a caminho de uma partida de tênis. Ela também usava uma polo azul e os seus cachos louros estavam

encimados por uma viseira branca.

– Você não gosta da Rebekah? – perguntei, já sabendo a resposta por causa do seu comentário.

Lena deu uma risada curta.

– Não. E nem você. Você é a principal inimiga dela.

Como assim? Não pude perguntar, porque havíamos acabado de parar a menos de dois metros do tee e do casal de irmãos.

Não tentei olhar para Klaus de novo. Ele não parecia disposto a jogar conversa fora.

– Está de sacanagem. Stefan a contratou? – sibilou Bekah.

– Não comece... – disse Klaus em tom de alerta.

Não tive certeza se ele estava me protegendo ou só tentando impedir uma cena.

De todo modo, aquilo me irritou.

– Posso oferecer uma bebida a vocês? – indaguei com o mesmo sorriso que

dedicava a qualquer outro sócio.

– Pelo menos ela sabe o seu lugar – disse Bekah em tom irônico e debochado.

– Vou querer uma Corona. Com limão, por favor – disse Klaus.

Arrisquei um olhar na sua direção e os nossos olhos se cruzaram por um breve instante antes de ele se virar para Bekah.

– Beba alguma coisa. Está calor – disse ele.

Ela me sorriu com sarcasmo e levou uma das mãos de unhas feitas ao quadril.

– Uma água com gás. Mas enxugue a garrafa, porque eu odeio como fica toda molhada quando sai do cooler.

Elena pôs a mão dentro do cooler e pegou a água. Acho que ela teve medo de eu arremessá-la na cabeça de Bekah.

– Não tenho visto você por aqui, Bekah – disse Elena enquanto enxugava a garrafa

com a toalha que carregávamos justamente para isso.

– Deve ser porque você estava ocupada demais nos arbustos abrindo as pernas para Deus sabe quem em vez de trabalhar – retrucou Bekah.

Cerrei os dentes e abri a tampa da Corona de Klaus. Queria jogar a garrafa naquela cara arrogante e insuportável de Bekah.

– Chega, Bekah – disse Klaus em tom de leve reprimenda.

Ela era o que, filha dele por acaso? Ele agia como se ela tivesse 5 anos, mas ela já era mulher feita.

Entreguei a cerveja para Klaus, tomando cuidado para não olhar para Bekah.

Tinha medo de ter um momento de fraqueza. Em vez disso, meu olhar encontrou o dele quando ele pegou a garrafa.

– Obrigado – agradeceu Klaus enquanto enfiava uma nota no meu bolso. Não tive tempo de reagir, e ele se afastou conduzindo Bekah pelo cotovelo. – Venha, me mostre como você me deixa no chinelo aqui no campo – falou em tom de provocação.

Bekah cutucou o braço dele com o ombro.

– Você vai levar uma surra.

O carinho genuíno em sua voz ao falar com ele me espantou. Era estranho ouvir algo gentil vindo de alguém tão ruim.

– Vamos – sibilou Elena, agarrando o meu braço. Percebi que estava ali parada olhando para os dois.

Assenti e comecei a me virar quando Klaus olhou para mim por cima do ombro.

Um sorrisinho surgiu nos seus lábios e ele logo se dirigiu a Bekah outra vez para lhe dizer que taco usar.

Nosso momento havia passado. Se é que fora mesmo um momento nosso.

Quando estávamos fora do alcance dos seus ouvidos, olhei para Elena.

– Por que você disse aquilo sobre eu ser a principal inimiga dela?

Elena se remexeu no assento.

– Para ser bem sincera, não sei exatamente. Mas Bekah é muito possessiva em relação ao Klaus. Todo mundo sabe disso...

Ela interrompeu a frase no meio e não conseguiu me encarar. Parecia saber de alguma coisa, mas o quê? O que eu estava deixando passar?



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