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História Puro Sangue - Famílias


Escrita por: Rosas_negras

Capítulo 16 - Famílias




Piper escutou a campainha tocar e desceu para atender e ver quem era já que não estava esperando visita e Nicky estava em Lorna, assim que a porta foi aberta a loira viu Alex, Diane e um homem forte e emburrado.

- Oi Piper. - Alex disse sorrindo.

- Oi meu amor. - disse meio assustada.

- Não vai nos convidar para entrar mocinha? - o homem disse em uma voz extremamente grave.

- Claro. - abriu espaço. - Podem se sentir a vontade. Alex podemos conversar?

- Claro. - foram até a cozinha.

- O que é isso? - questionou assim que chegou na cozinha.

- Para te proteger do Conselho, meu pai achou melhor te conhecer.

- E você nem pra me avisar, Alex eu estou de pijama.

- Você está linda e não vamos demorar.

- Tudo bem. - sorriu.

Voltaram para a sala e viram os dois sentados no sofá, Diane simpática e o senhor bem sério.

- Boa noite senhor e senhora Vause. - sentou ao lado da morena de mãos dadas.

- Vamos direto ao ponto. - ele foi rápido.

- Claro. - ficou seria.

- O Conselho foi na casa de Alex hoje e nos julgou, não podemos nos relacionar com humanos por determinado tempo, vou ter que desfazer da minha empresa e por ai por diante.

- Eu sinto muito.

- Alex não quer deslargar de você disse que te ama. - sua expressa não era boa. - E eu prometi a ela ajudar a te proteger. Mas a questão Piper. - ele a olhou nos olhos. - Você ama minha filha?

- Sim, Alex é muito especial.

- E quantos namorados ou namoradas teve antes dela? - ele ia perguntando.

- Três, mas não era amor como sinto por Alex. - e ela respondendo.

- Os seus pais onde estão?

- Faleceram e me deixaram uma grande herança que só posso mexer aos vinte s oito. - começou a apertar a mão de Alex e não piscar.

- Pai. - Alex chamou a atenção do homem que estava fixo em Piper.

- E isso te faz sofrer?

- Não, mais que a perda da minha filha sim. - os olhos da loira estavam cheios de lágrimas.

- E quando foi isso?

- Na faculdade. - estava seria.

- Aluízio. - Diane o chamou.

- Isso te faz sofrer? - ele não ligou para a esposa.

- Muito, era tudo contra mim e eu não queria contato com o pai do bebê.

- Pai, já chega. - Alex estava perdendo a paciência.

- E como a perdeu?

- Larry provocou um acidente. - as lágrimas caíram dos olhos de Piper que continuava a apertar a mão da morena.

- CHEGA, AGORA!!!!! - Alex ordenou.

O homem perdeu o foco e Piper saiu do transe que estava, ela abaixou a cabeça e pensou um pouco.

- Eu preciso... - saiu correndo.

- Vá embora, não preciso da sua ajuda se for pra machuca-lá.

- Ela mente pra você Alex.

- Ela não mente pra mim. - disse seria.

- Sabia do bebê?

- Vá embora. - Alex deixou os dois e foi atrás da loira.

Subiu, foi pro quarto da loira e a viu encolhida chorando. Alex abraçou aquela bolinha e a deixou chorar.

- Eu sinto muito por ele ter feito isso com você. - Piper não disse nada. - As fotos daquele bebê no seu celular é ela. - Piper assentiu. - Eu sinto muito.

Depois de um tempo em silêncio Piper parecia mais calma e relaxada, ela olhou a morena e sorriu meio amarelo.

- Você deve estar cheia de perguntas, não é?

- Realmente, mas a única que me importa agora é se você está bem.

- Eu vou ficar.

- Que bom.

Alex a abraçou. E ficaram em silêncio novamente.

- Larry era o pai do bebê. - disse encostada no peito de Alex, sem olhar pra morena. - Estavamos bêbados e transamos isso gerou nossa filha Aurora, ele estava namorando Polly e não queria nada comigo e muito menos eu com ele, mas tínhamos ela, eu disse que era filha de um aluno do intercâmbio e engoliram. Mas depois de um tempo com a faculdade e as coisas do bebê pedi a Larry ajuda. Ele me negou, disse que me pediu pra tirar e que não me ajudaria em nada, ela tinha dois meses quando sofremos o acidente de carro e ela partiu.

- E como foi isso?

- Ele foi me buscar no hospital da cidade vizinha pois lá as consultas são de graças.

- Eu sei, meu pai que as pagas. - Piper se surpreendeu.

- Eu a coloquei no banco de trás arrumadinha com o cinto de segurança. - fungou. - No caminho de volta nevava e estavamos discutindo eu disse que contaria a Polly se ele não me ajudasse e disse que não cairia na minha chantagem e foi quando o carro derrapou e acertamos um caminhão em cheio, a parte de trás do carro virou pedacinhos e eu fique em coma por dois meses, não pude enterrar minha filha. - deixou uma lágrima cair. - O desgraçado do Larry não teve um arranhão.

- Acha que ele fez de propósito?

- Eu tenho certeza que ele jogou o carro na frente do caminhão, mas eu não consigo me lembrar de nada.


Alex não disse mais nada e ficou em silêncio, Piper dormiu depois de um tempo, a morena a observou e beijou sua testa e saiu pela janela, foi até sua casa onde encontrou os pais discutindo.

- A sua filha ama aquela mulher, não pode usar seus poderes para ficar querendo resposta, ela não vai voltar pra gente sem a Piper ao lado dela, por que elas se amam.

- Eu queria ter certeza desse amor, se ela partir algum dia com um humano qualquer e quebrar o coração de Alex, eu não quero encontrar a Alex como encontrei dois anos depois que Luz morreu, querendo morrer junto e sem se alimentar, eu quero que ela viva Diane.

- Ela está vivendo ao lado daquela mulher, elas se amam e Piper mudou nossa filha.

- Não diga a Alex, mas quando Piper disse sobre a filha eu senti muito sofrimento, muito mesmo. Tem uma ferida aberta nessa história.

- Sim, muito aberta papai.

- Alex... a quanto tempo está ai?

- Alguns minutos. - olhou para baixo. - Eu preciso de você.

- Claro, filha.



Os dois saíram da casa e foram para a estrada, não conversaram os dois permanecia bem sério.

- Alex, pra onde estamos indo?

- Eu quero entender algo.


Chegaram em frente a casa de Larry, era bonita e tinha dois carros na frente, Alex entrou na casa pela porta da frente subiu devagar junto ao pai e foram até um dos quarto onde o casal estava. Alex estalou o dedo no ouvido de Larry e ele acordou.

- Vá para o andar de baixo. - a morena ordenou.

Ele saiu na frente e os vampiros atrás, desceu as escadas e se sentou no sofá que tinha ali. Alex sentou-se em frente a ele, o pai da morena também.

- Faça ele falar. - Alex ordenou.

- O que você quer exatamente Alex? - o pai da morena via que ela estava bem brava.

- Pergunte sobre o bebê primeiro, o dele com Piper.

O vampiro olhou fixo para o homem que o olhou também.

- Seu bebê com Piper, você o queria? - o pai da morena começou.

- Não, nunca quis a criança foi uma noite de bebedeira.

- Pergunte o que ele lembra do acidente de carro que levou a filha de Piper.

- Você tem certeza filha?

- Eu quero respostas desse homem. - olhava pra ele com ódio.

- No dia que você, Piper e o bebê sofreram o acidente o que aconteceu?

- Piper foi levar a menina para a cidade vizinha e eu prometi buscá-la, Piper estava precisando de ajuda financeira, mas eu não queria ajudar uma filha que eu não queria e Polly não podia saber sobre a criança. Foi então que quando voltávamos eu vi.

- O que você viu? - tanto o Aluízio quanto Alex se colocaram para frente para ver a resposta do homem.

- A oportunidade de acabar com aquilo.

- E qual seria? - Alex perguntou.

- Matar as duas.

- Como você iria fazer isso? - perguntou jogando o corpo pra frente.

- Eu vi um caminhão e enquanto discutia com Piper joguei meu carro nele. Depois do acidente Polly soube que eu era o pai do bebê e me perdoou.

- Você sabia que elas poderiam morrer? - Aluízio perguntou sem Alex pedir.

- Sim, eu quis que elas fossem embora da minha vida.

O pai de Alex se levantou de onde estava e segurou Larry pela camisa, olhou nos olhos dele e levantou a mão que tinha suas garras a mostra.

- Um ser igual a você merece morrer, vamos livrar o mundo de um lixo. - o homem disse e Alex segurou sua mão.

- Pai o deixe. - Alex pediu.

O vampiro olhou serio pra filha e não entendeu, soltou Larry e foi para o outro lado da sala.

- Se arrepende pelo menos? - Aluízio dizia com uma voz extremamente raivosa.

- Era o único filho que poderia ter pois Polly não pode me dar um, então eu me arrependo.

Alex segurou o rosto de Larry e o olhou seria, ficou encarando ele por um tempo e disse no ouvido dele.

- Você vai broxar por dois meses. - estava muito brava. - Eu que deveria te matar. - suspirou. - Todas as vezes que Polly pensar em um meio de vocês terem um filho você não vai aceitar, nunca, você dirá a ela que não quer ser pai e nunca quis.

- Eu direi. - ele disse pra Alex.

- Agora volte ao seu quarto. - ele estava subindo as escadas quando Alex o mandou parar. - Você foi pro enterro do bebê?

- Não, Nicky e Lorna que organizaram. - disse por fim e subiu as escadas.

Pai e filha saíram da casa em um silêncio profundo, Aluízio ainda estava chocado com o ato de Larry e Alex parecia triste por Piper.

- Pra onde vai agora?

- Quero fazer algo por Piper.

- Filha, sabia que eu e sua mãe vamos estar ao seu lado em todos os momentos.

- Eu sei papai. - abraçou o vampiro que ficou parado por um tempo e depois abraçou a filha.

- Eu te amo pequena Vause. - ele disse.

Separaram-se e partiram cada um para o seu lado. Alex seguiu até a casa de Lorna onde Nicky estava, foi até o quarto do casal e as viu dormindo juntas. A vampira foi até o lado de Nicky e estalou os dedos a ruiva acordou.

- Lembra-se do dia que enterrou o bebê de Piper?

- Sim, eu me lembro muito bem.

- Pense naquele dia e em tudo e todos que foram ao velório. - Nicky somente fechou os olhos. Alex segurou a mão da menor e pronto estava com a memória. - Obrigada Nicky. - estalou os dedos.

Alex voltou para a casa de Piper e a encontrou dormindo abraçada a um travesseiro, segurou e beijou a mão de Piper. E viu a expressão do rosto da loira mudar.





Piper entrava em uma capela cheia de amigos e parentes, todos estavam de preto, havia uma foto de Aurora, e os pais da loira recebiam apoio, havia varias pessoas e muitas cadeira. O pai de Piper foi até o pupito e começou a falar.

- Hoje infelizmente minha filha não pode estar aqui, mas tenho certeza que as palavras que direi serão as mesmas que ela gostaria de falar. - ele limpou os olhos com um lenço. - Acho que todos sabem que não é da lei da natureza um pai enterrar um filho, muito menos um avô uma neta, mas não sabemos como a vida funciona e as vezes acontece da lei ser inverter, Aurora muito pequena ficou pouco tempo com a gente, mas tenho certeza que esse pouco tempo que ela ficou marcou muitos de nós, e por isso ela nunca será esquecida, minha querida e amada neta será sempre um infinito em nossas memórias. Que ela passo descansar em paz.


O homem saiu de cima do pupito e todos foram para uma salinha do lado onde havia um pequeno caixão branco fechado, Piper foi até ele e chorou, chorou muito sua pequena estava ali, parecia que todos esperavam a loira sair dali para pegarem o caixão. Piper fechou os olhos por um tempo e disse algo inaudível, fez uma cruz com o dedo onde provávelmente estaria a cabecinha do bebê.

- Eu sempre irei te amar minha filha. - chorou mais um pouco e se afastou. O pai de Piper e os outros homens que havia ali levaram o caixãozinho.


Piper ficou até o fim do enterro, todos iam embora enquanto a loira ficava parada em frente ao túmulo, o coração da loira estava em pedaços e suas lágrimas caiam a todo momento. Piper sentiu uma mão em seu ombro.

- Eu estou com você.

- Eu sei Alex.





Piper acordou assustada olhando para os lados procurando algo, foi quando viu ao seu lado na cama Alex com um olhar cabisbaixo. A loira não disse nada, somente abraçou a morena bem apertado.

- Eu sinto muito. - Alex apertou a loira em seus braços, sua voz era melancólica.

- Obrigada. - Piper somente disse isso.


Notas Finais


Por hoje é só pessoal
Até o próximo
Beijokas


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