- Mãe o molho está ótimo.- Eu havia feito o molho de acompanhamento para o peixe se caso o Justin fosse alérgico a camarão, idéia da minha mãe.
- Imagino que sim, agora pode ir se arrumar.- Ela praticamente me expulsou da cozinha. Dei um beijo nela e subi pro meu quarto.
Peguei o celular olhando as horas e percebi que faltava uma hora e meia para o Justin chegar. Sorri ao ver uma mensagem sua que acabara de chegar.
Justin - "Azul ou branca?" " Estou me referindo a camiseta. Rsrsrsr. "
Hope - " Branca. Rsrsrsr "
Justin - Obrigada.
Apenas visualizei sua mensagem e coloquei o celular sobre a cama, indo direto ao banheiro.
Não demorei, aliás minha ansiedade não peito com que eu desfrutace mais daquela água gostosa.
Com a toalha enrolada no corpo, coloquei o vestido encima da cama em seguida escolhendo uma langeri.
Parei por alguns segundos me olhando no espelho somente de roupa íntima. A cicatriz sempre me lembrará que tive mais uma chance para viver, pra amar, pra poder viver uma aventura, bom talvez.
Meu dedo indicador percorreu toda a instenção da cicatriz me causa do calafrios só de lembrar que alguém teve que morder para que eu vivesse.
Peguei o vestido, o tirando do cabide comecei a vesti - lo ele realmente era lindo. Escolhi uma sapatilha preta com alguns detalhes de brilhos e fui até o banheiro começando a me maquear, não seria nada forte, uma base e time seria o suficiente e claro um batom de cor tangerina splash, soltei o meu cabelo e apenas prendi a franja de lado comum pequeno grampo preto.
- Como estou? - perguntei assim que eu apareci na sala.
- Linda minha filha. - Meu pai estava sentado na sua poltrona com um jornal em mãos já arrumado.
- Obrigada papai. - sorri agradecida. - E mamãe? - Ainda se arrumando.
- Ah sim!
Me sentei junto ao meu pai na sala a espera da minha mãe, o que não demorou muito para ela aparecer toda produzida.
- Como estou ? - ela havia feito a mesma pergunta que eu fiz minutos atrás. Sorri pra ela admirada pelo o seu vestido.
- Incrível mãe. - Me levantei indo até ela. - Não é pai ?
- Sim, você está incrível meu amor. - Sorriu.
- Obrigada meus amores. Agora vou voltar pra cozinha.
- Quer ajuda?
- Não precisa, o Justin deve está chegando.
Voltei a me sentar conversando com o meu pai alguns minutos tentando não demosntrar a minha ansiedade, mas ela só piorou quando ouvi o barulho da campainha. Rapidamente olhei para a minha mãe com um sorriso nos lábios.
- Eu atendo. - disse já em direção a porta. Respirei fundo antes de colocar a mão na marceneta e controlar o meu nervosismo em seguida eu a girei abrindo a porta.
Ele era realmente um galã de novela mexicana, talvez até mais. Seu sorriso fez o meu corpo travar e me impedir de dizer alguma coisa.
- Boa noite Hope. - sua voz saiu tão doce e meio nervosa que eu simplesmente sorri.
- Boa...Boa noite Justin.- estendi minha mão o comprimentando. - Entra por favor. - dei espaço e assim ele entrou.
- Aqui! Trouxe o vinho como eu havia dito, espero que goste. - peguei o vinho da sua mão.
- Obrigada. Venha vou te apresentar aos meus pais.
Fomos até até sala onde estavam os meus pais.
- Mãe esse é o Justin e Justin essa é a minha mãe Diane.
- Um prazer conhece - lá senhora Hasting.
- Só Diane por favor. - sorriu- o prazer é todo meu.
- Esse é o meu pai Jorge.
- Que bom que veio jantar conosco, é um prazer conhece - lo. - Meu pai havia se levantando e comprimentando o Justin.
- O prazer é todo meu.
- Olhe pai o que o Justin trouxe, um dos seus favoritos. - mostrei a garrafa de vinho a ele.
- Hum, 1988? Um dos melhores da região.
- Espero que goste. - disse Justin já se sentando ao meu lado.
Ok, e agora? O que devo fazer? Eu estava tão nervosa que não consegui pensar em nada.
- Como você está se sentindo? - perguntou se virando pra mim.
- Eu? - ele assentiu. - Bom, eu estou bem e você?
- Um pouco nervoso, mas devo achar isso normal?
- Acho que sim. - sorri sem jeito.
- Podem ficar conversando vocês dois que eu vou ajudar a minha mulher.- disse meu pai já saindo da sala.
Olhei pro Justin com um sorriso nervoso e ele retribuiu.
- Espero que não seja alérgico a camarão.
- Por sua sorte não sou.
- Ufa! - soltei o ar dos pulmões.
- Me fale de você, quero saber mais da menina que carrega o coração da minha esposa. - ele se ajeitou no sofá ficando completamente de frente para mim.
- Sou péssima nisso. - coloquei uma mecha do cabelo atrás da orelha. - Mas o que você quer saber ?
- Você tem quantos anos?
- 23, quase 24. - sorri.
-ah sim, voce estuda, trabalha? - perguntou me olhando curioso.
- Não, mas agora que consegui o transplante pretendo começar uma faculdade.
- Seria de que?
- Moda. - tampei minha boca com as duas mãos assustada. - Não não, foi um erro quero dizer eu não sei ainda.
-Moda é interessante, Jane fazia moda, ela era praticamente viciada em moda. - Sorriu ao lembrar.
- Moda não é muito o meu estilo.
Ficamos conversando um bom tempo. Descobri que o Justin era diretor de uma das empresas de marketing muito conhecida na Califórnia.
Tinha hora que eu me perdia em seus olhos castanhos claro muito parecido com a cor de mel, ele era impenotizante sem sombras de dúvidas.
Percebi que ele ainda usava sua aliança de casado no dedo, apenas curiosa queria saber o motivo.
- Posso fazer uma pergunta?
- Claro que pode. - disse antes de dar um gole no seu vinho.
- Percebi que você ainda usa a sua aliança, porque?
- Talvez seja um jeito de mante-la por perto.
- Imagino o quão difícil foi e está sendo pra você Justin. - por impulso coloquei minha mão sobre a sua que estava pousada no seu joelho. Notei o sei olhar sobre mim e rapidamente tratei de tira - lá. - Desculpe.
- Não tem problema.
- Desculpe atrapalhar a conversa de vocês, mas o jantar já está pronto. - a voz da minha mãe me tirou do pequeno transe que eu estava.
- Bom, vamos lá?
- Estou faminto.
Caminhamos em direção a pequena sala de jantar onde meu pai já estava no seu lugar. Sorri pro Justin enquanto nós nos sentávamos um de frente para o outro.
Estávamos nos servindo em silêncio, apenas o barulho das nossas respirações e dos talheres se ouvia.
- Filha você não é destra? - minha mãe perguntou olhando para a minha mão que segurava a espátula.
- Não mãe eu sou direita. - falei como se fosse o óbvio,mas aí eu me toquei.
- Estranho. - Ela disse rindo.
- Isso é normal. - Justin disse. - Jane também trocava as vezes era até engraçado.
- Imagino. - ele me olhou e eu acabei sorrindo.
- Então Justin, porque você resolveu querer conhecer a Hope ? - Meu pai perguntou.
- Queria saber quem foi a sortuda que recebeu o coração mais doce que é já conheci.
- Jane deveria ser uma pessoa incrível, pelo o jeito que você fala dela.- falei olhando pra e nu lê.
- E ela era, a ingenuidade dela foi o que me encantou.
- Ela havia nascido com a doença? - minha mãe perguntou olhando pro Justin.
- Não, ela descobriu a doença a um ano atrás, e foi difícil pra ela, mas ela aguentou firme. - ele me olhou. - e você Hope?
- Eu o que? - eu havia me distraído mais uma vez.
- Quando você descobriu que estava doente ?
- Ah, bom foi tudo meio rápido. Eu estava andando na rua com a minha amiga na cidade que eu morava antes de virmos pra cá, e então senti uma dor forte e falta de ar aí questões de segundosegundos eu desmaiei.
- O médico que atendeu disse que uma veia arterial junto com uma parte do coração pararam de funcionar, a única solução foi colocar o cateter. - terminou minha mãe .
- O corpo humano é um mistério. - disse justin.
[...]
- Foi um prazer conhecer a Senhora. - Justin se aproximou da minha mãe se despedindo.
- Espero que volte mais vezes.
-Eu também espero. - ele se virou e se despediu do meu pai.
- Mais uma vez obrigado pelo o vinho.- foi a vez do meu pai dizer algo.
- Não a de que. - ele sorriu. - Bom eu já vou , tenham uma boa noite.
- Eu te levo até lá fora. - disse já com as mãos trêmulas.
Abri a porta e passei em seguida Justin se juntando a mim na pequena escada que havia na entrada.
- Espero que tenha gostado. - cruzei os braços enquanto caminhávamos até o seu carro.
- Foi ótimo o jantar, agora será sua vez de ir jantar lá em casa.
Parei de andar assim que eu ouvi o que ele havia dito. Espera, ele quer que eu vá na sua casa? Mas ele não queria apenas me conhecer e pronto ?
- Hope? Aconteceu alguma coisa? - senti sua mãos na minha cintura e aquilo me causou um arrepio.
- Não, não, esta tudo bem. - sorri.
- Então você aceita jantar lá em casa?
- Claro que sim.
- Ótimo! - Ele sorriu colocando as mãos no bolso da frente da calça. - A lua está com um brilho diferente, não acha ?
- Verdade. - confirmei olhando pro céu. - Tem medo de lobisomem? - admito que essa pergunta saiu sem querer.
- Sim mesmo não existindo, bom eu acho. Deve ser por isso que a lua está assim, brilhosa.
- Deve ter alguém se transformando. - brinquei. - tem alguma coisa de prata dentro do carro?
-Meu Deus! - ele colocou a mão na testa.
- O que foi?
- Esqueci de pegar a minha arma de brinquedo. - Franzi o cenho. - de bolinha de prato. - disse rindo. provavelmente da minha cara.
- Há meu Deus! - Comecei a rir. - Agora que fui entender. - confessei, ele apenas riu balançando a cabeça negando alguma coisa.
Ficamos no silêncio no máximo um minuto.
- Bom, esta tarde pra você ficar aqui fora. - ele deu alguns passos até mim. - Irei combinar com a minha mãe sobre o jantar e te ligo, pode ser?
- Claro, sem problemas.
- Ok então. - ele se aproximou mais colocando uma mão nas minhas costas e dando um abraço e em seguida um beijo na bochecha. - Boa noite Hope.
- Boa noite Justin. - disse o mais normal possível que eu consegui dizer enquanto ele me olhava nos olhos e o seu cheiro nas minhas narinas.
Ele caminhou até o outro lado do carro e antes dele entrar ele sorriu e disse um " tchau" sem som.
Esperei ele ligar o carro e sair do meu campo de visão, me virei e caminhei a porta segurando o chilique que eu estava prestes a dar. O Abraço dele foi algo tão bom, que parecia que euu precisava daquilo o mais rápido possível. Abri a porta e encontrei meus pais na sala.
- Esta tudo bem Hope? - assenti aproximando do meu pai.
- Eu já vou me deitar. - beijei o rosto. - Mãe o jantar estava incrível.
- Obrigada minha filha. - Ela se levantou e me abraçou. - Boa noite.
- Boa noite.
Subi as escadas com os passos lentos e fui assim até chegar no meu quarto. Tirei a sapatilha e em seguida o vestido, aproximei ele do meu rosto em pude sentir o perfume do Justin. Levantei e fui até a cômoda pegando um pijama.
Tudo havia ocorrido tudo bem, até o Justin me tocar e eu sentir aquelas milhares de borboletas no meu estômago loucas pra saírem de tanta vergonha.
Agora eu tinha que me preparar para o jantar na sua casa, o que não seria nada fácil. ficar tão próximo dele depois do que eu senti hoje.
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