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História Púrpura - Jeon Jeongguk - Prológo - I


Escrita por: fairybabi e fadinhababi

Notas do Autor


Boa noite gente 🖤
Queria pedir perdão primeiramente, tinha apagado a primeira postagem de púrpura por motivos de insegurança, falta de confiança em mim mesma e alguns problemas pessoais. Me senti um pouco sob pressão e ter apagado a fic de certa forma aliviou a tensão que estava sentindo.

Desculpem por esse capítulo meio merda, não revisei e sinto que não dei meu máximo nele, mas ainda assim espero muito que gostem.

~

créditos pras gostosas que fizeram as capas!! @StarsKylle que fez a capa da primeira postagem e agora uso como banner, perfeita demais!!! E para a @beckinstale meu amor que fez essa beldade de capa maravilhosa 🖤⚡

playlist pra melhor leitura e sensações: https://open.spotify.com/playlist/13jT7LodA1IxA8wLEZmtza?si=JVuh3iztQle9fvh-ZXL5Jw&dl_branch=1

¡todos os personagens são maiores de idade, essa fanfic não tem a intensão de ofender nenhum dos participantes desta.

— Boa leitura amores, comentem o que acharam ⛓️

Capítulo 1 - Prológo - I


Fanfic / Fanfiction Púrpura - Jeon Jeongguk - Prológo - I

Luxúria


Em tantas vivências, cheguei à conclusão de que a luxúria não é apenas um pecado, é uma moeda de troca. Onde o que se deseja pode ser alcançado com o simples ato de despir-se. E a sedução é a mais valiosa cédula… A luxúria não é apenas um pecado, trata-se de uma arma dos aproveitadores. Que a lábia e esperteza são suas munições, e a fragilidade e inocência, seu alvo.

A luxúria não é apenas um pecado, é destruidor de vidas. Que necessita apenas de um deslize, e o desastre pode ser de certo... irreparável.

Ela é a causadora de outros pecados e é uma catástrofe disfarçada de desejo dentro de nós. Resultado das mais altas ambições. A final: Luxúria não é apenas um pecado.

— Que o meu desejo louco deixe um rastro de luxúria em tua memória, para que teu corpo jamais me esqueça… — Sussurro ao pé do ouvido do rapaz que estivera em terno calor por debaixo dos lençóis de um dos caros motéis de Vegas. Comigo ao seu lado, como desejava.

— Maldição… — Cerra o maxilar, tomado por ódio. — Você é um vadia maldita, saia daqui… — Disse entredentes, arrancando de mim risadas mergulhadas em ironia.

— Poupe-me de seu discursinho fútil. Quisera eu estar tão longe de você a ponto de já não sentir mais seu odor miserável de um perfume barato. — Enojo, colocando champanhe em uma taça e tomando um generoso gole, antes de retornar o olhar ao homem nu em cima da cama king-size. — Nem pra foder você presta. Tem um pau do tamanho do cérebro.

— Como você ousa? — Levantou-se apressado da cama e prontificou-se a vestir sua peça íntima. Vindo em minha direção a passos rápidos e certeiros, agarrando meu pescoço de forma bruta, enquanto ergueu o rosto, autoritário. — Não passa de uma vadia, estúpida! Me usou e abusou de mim apenas para voltar pro colinho do Benjamin e rir de minha cara chamando-me de idiota!

Dou-lhe um estalado tapa na cara, na qual senti nojo de tocar após alguns segundos. Ele vira o rosto de forma súbita e eu o olho com as sobrancelhas erguidas, puxando-o pelo queixo, apertando seu rosto e olhando no fundo de seus olhos. Ato o qual me fez embrulhar o estômago.

— Asco, Christian… Eu sinto asco de você. — Largo seu rosto, empurrando-o para longe de mim.

Ele me olha com as orbes encharcadas em lágrimas e trava o maxilar recusando-se a chorar em minha frente.

— Você não tem onde cair morto. Está falido e acha que não sei, seu verme?! Vive às minhas custas, do dinheiro da minha família.

— Dinheiro sujo!

— Tão sujo quanto essa sua língua? — Sorrio de canto, revirando os olhos e suspirando fundo, enquanto pego minha saia de couro do chão e visto, sem desviar o olhar dele. — Você é um vermezinho que achou que poderia me enganar. Logo eu, Christian? — Soltei gargalhadas zombeteiras — Ai meu Deus você é realmente um homem deplorável!

— Achei que me amava. — Largou então, uma lágrima solitária dentre tantas outras que viriam a seguir.

— Óbvio que não. — Retruco rapidamente — Rostinho bonito não define caráter, Christian. Você é lindo, gostoso pra caralho. Mas não tem um pingo de inteligência nessa merda que você chama de cérebro. Você não tem nada decente a oferecer, é apenas um corpinho bonito… Não tem integridade tampouco moralidade para ter uma mulher como eu em sua vida.

— Que você usou! Me usou até não restar nada! Enquanto eu te amei com todo o meu ser...

— De certo que sim. — Suspiro fundo, procurando meu cropped. — E amou é o caralho. Use o pouco de dignidade que lhe resta e confesse que você desde o princípio, se interessou apenas pela fortuna que carrego no bolso da família De La Roche.

— Violet, como consegue dizer isso, eu… — Me encarou, sonso.

— Você é muito cara de pau, Christian. Eu tenho pena de você. — Visto o cropped e passo a mão nos meus longos fios negros, ajeitando-os. — Você fala de mim o tempo inteiro mas não se olha no espelho não é, docinho? — Meneio a cabeça — Me usou e me fez de idiota quando no fundo estava apenas vivendo às minhas custas. Ainda tem coragem de falar que é dinheiro sujo… Pois para a sua informação seu canalha, foi esse "dinheiro sujo" que limpou sua bunda durante meses de namoro. — Vou até a cama, bagunçando os lençóis à procura de minha bolsa. — Terminei com você semana passada e hoje você teve a audácia de ir até o Cassino atrás de mim. Me teve em uma cama, achando que iria me reconquistar e continuar roubando de mim. Agora sou eu quem novamente mando você ir para a casa do caralho, Chris meu docinho. Agora se não se importa, tenho coisas mais importantes para fazer no Bellagio. 

— Você transou comigo sabendo de tudo isso sua ordinária! Você acaba com o psicológico de qualquer um. Uma puta sem coração, é isso que você é. — Gritou escandaloso. — Fui no Casino at Bellagio pedir para voltar com você e não roubar-te. — Mentiu na cara dura, mantendo a feição sonsa. — Ao contrário de ti, sei o que significa a palavra honestidade.

— Ouse mentir para mim novamente e vai ver a terra virar o inferno em um piscar de olhos seu filho da puta! — Grito rente ao seu rosto, olhando-o vigorosa. Logo fecho os olhos e torno a minha respiração calma. — E da próxima vez que me chamar de vadia, eu vou foder a sua vida de tal forma que vai implorar para nunca ter nascido, seu patife! — cuspo em sua cara, ajeito minha bolsa no ombro e recolho meu salto, saindo descalça do quarto do motel. — E antes de falar em honestidade, vá á merda! — Grito no corredor, atraindo olhares das poucas pessoas que ali estavam 

Desço as escadas e sigo em direção à recepção.

— Boa noite, querida. — Sorri simpática e sem demoras, a loira ao outro lado do balcão me atendeu. — Deixo o quarto cento e dezessete na conta de Christian Weber.

— Oh sim claro! — Sorriu de volta, digitando umas coisas no computador. — De início o Sr.Christian deixou a conta em seu nome, deseja mudar, certo?

— Com toda certeza… — Sorrio sem mostrar os dentes, batucando minhas unhas no balcão de mármore branco. — Ele ainda está lá em cima, então quando descer pode passar um recado para ele? 

— Sim, qual seria o recado? — Pergunta.

— Tem papel e caneta?


"Espero que queime nas profundezas do inferno, Christian. Se voltar a me procurar no Cassino, providencio uma morte lenta e dolorosa para si. E saiba que Benjamín vai odiar que alguém tenha roubado sua preciosa filhinha. Mate e morra para pagar sua dívida com meu pai, ou dentro de noventa dias pode dar adeus ao que você chama de vida."


Dobro o papel e o entrego para a mulher em minha frente.

— Muito obrigada, meu bem. Tenha um ótimo trabalho! — Sorrio e aceno para a mesma.

— Ótima noite para você, senhorita De La Roche!

Saio do local sentindo a brisa do vento chocar-se contra minha pele, bagunçando meus cabelos e dando-me sensação de liberdade.

— Peter! — Chamo por meu motorista que estivera sentado durante uma hora esperando-me. — Estou exausta, por favor me leve de volta para casa… Ah! E antes irei passar no Bellagio para ver como estão as coisas.

— Sim senhora. — Levantou-se rapidamente, andando logo depois de mim, destravando o meu porshe e abrindo a porta dos fundos para mim.

Peter Thompson é como meu babá. Capanga do meu pai contratado apenas para meus fins pessoais. Sempre fui o diamante de Benjamín, um tesouro perdido, jóia rara… Tratada com tanta cautela, como se fosse uma taça de vidro frágil, que pudesse quebrar a qualquer momento.

Meu pai me deu tudo do bom e do melhor, me mimando desde sempre. Tudo que peço, ele faz. Sou como sua princesinha linda e perfeita…

Desde pequena sempre fui tão bela… Rosto tão perfeito e olhos de amêndoa, esverdeados e atraentes. Sempre tirei notas boas, nunca dei trabalho a ninguém. Não fazia escândalos tampouco era mesquinha e metida. Aliás, sempre optei em fazer as coisas no silêncio. E aprendendo com a manipulação de meu pai, tornando-me uma grande Naja, sociopata e manipuladora… Quem quer que fosse um empecilho em meu caminho, seria facilmente esmagado.

Não que eu sempre fosse assim. A Violet que existia até meus seis anos de idade era pura, inocente e demasiadamente educada. Minha mãe, Celeste, me educou da forma mais sensata possível, me tornando um anjo.

Papai sempre foi um viciado, desde a época em que morávamos em Paris. — A família De La Roche é francesa, por sinal. — Faliu a nossa família, manchando o sobrenome extremamente rico de De La Roche. Abandonara minha mãe com uma recém nascida no colo e veio para Vegas em busca de recuperar sua grana.

Anos foram se passando e papai fora ficando com os bolsos cheios de grana até o seu limite. Enfiando-se em jogos de azar. Até que resolveu abrir seu próprio Cassino Clandestino: Casino at Bellagio. Com todo o legado da família posto em cima.

E a riqueza do meu pai, veio junto a decadência de minha mãe, que aos meus seis anos de idade, descobriu um câncer maligno. Com medo de me deixar só em meio aos orfanatos de Paris, minha mãe me despachou para Las Vegas. Vindo então a viver com meu pai… E foi aí que toda a pureza e a aura angelical de uma Violet que um dia existiu, desvaneceu de vez...

— Chegamos, senhorita Violet. — Informou Peter.

Saio de meus devaneios e logo espero que o mesmo abra a porta para eu sair. E assim acontece. Ao pisar na calçada de frente à minha mansão, rodeei a mesma seguindo em direção aos fundos e adentrando uma passagem secreta numa falsa parede de concreto da mansão. Coloco minha digital no local que me pedia a senha, e rapidamente a porta é aberta.

Entro no elevador e sigo para o subterrâneo da casa, chegando no tão famoso Casino at Bellagio. Um cassino clandestino fundado por meu pai. Do qual quem abrisse a boca para a polícia, seria morto no mesmo instante. Pena de quem tentasse…

— Oi tae! — Largo meu salto no canto do bar e deixo minha bolsa em cima do balcão, suspirando e olhando por todo recinto, vendo pessoas elegantes de todos os estilos, jogando e apostando em jogos de azar. Logo acima da grande escadaria que dava em direção às casas de striptease, estava meu pai com suas lindas mulheres ao seu lado, bajulando-o.

Passo meu olhar por todo o ambiente, pousando-os em fios acastanhados de um rapaz que aparenta ter 1,87 de altura e estava a jogar Poker junto a um homem negro de longos fios encaracolados, presos a um coque. Suponho ser Henry, ele é um jogador frequente por essas bandas. Tem um papo cabeça muito bom e é um ótimo companheiro. Jogador de primeira, aliás.

Mas não é esse o ponto mais importante. Eu de fato não sabia quem era o homem tatuado e de longos fios marrons ao lado de Henry. Isso me deixou abundantemente intrigada.

O acastanhados está de costas, o que me permitiu analisar seus ombros largos e tronco definido. Fixo o olhar no que mais me interessa em sua derme, as nádegas extremamente redondinhas e bonitas… Vê-lo nu deve ser a melhor visão que se pode oferecer a um ser humano. Céus...

— Bem vinda de volta, mademoiselle! — Taehyung falou tirando-me de devaneios. Abrindo um enorme sorriso para mim enquanto preparava um whisky para eu beber.

— Eu passei apenas uma hora e meia fora, não exagera. — o olhei de escanteio e ele riu nasalmente — Rolou alguma coisa enquanto estive fora?

— De certo que sim… nada passa despercebido por seus olhos verdes-vivo, Violet. Presumo que já tenha notado a mudança no local apenas pela energia. — Gozou de mim, então rio de sua cara e tomo em mãos o copo com a bebida, dando um gole mínimo, antes de encará-lo diretamente.

— Claro que sim. — Meneio a cabeça. — Quem é o moreno na mesa de Poker jogando ao lado do LeBlanc?

— Ele vive na ala de stripers, é um milagre ele estar por essa área. — Taehyung certa o olhar na direção do rapaz. — Pelo que sei dele, frequenta outros cassinos. Uns mais leves, sabe? Parece que resolveu apostar uma quantidade maior dessa vez, vindo aqui no Bellagio. 

— Coragem. — Falo, encarando a bebida no copo. 

— Eu que o diga… — Suspirou Taehyung, saindo dali e indo atender uma mulher ruiva um pouco mais a minha frente.

Viro-me para o moreno de cabelos longos ao leste do Cassino. Desta vez ele estava defronte a mim, encarando-me de forma profana, enquanto sorria vitorioso por ganhar a partida com Henry.

Tinha suas madeixas jogadas para o lado, piercing no lábio inferior e vários brincos em sua orelha, além das tatuagens subindo por seu pescoço. Estava a usar uma calça preta, colada a suas pernas torneadas, pendurada em seu braço estava um terno preto. Mas como peça de cima, usava uma camisa social branca, com as mangas longas dobradas até o cotovelo e alguns botões abertos, deixando aparente uma parte de seu peitoral, descendo para o abdômen.

Logo seus olhos acastanhados descem por minha derme, invadindo-me e analisando-me por inteiro, logo ergueu um copo de whisky em minha direção, presumo que de uma marca diferente da minha. Ele carregava consigo um olhar predador e sorriso galanteador.

Me faltou o ar por um segundo ao observá-lo com riqueza de detalhes. Foi então que confirmei minha tese...

"A luxúria não é apenas um pecado, é destruidor de vidas. Que necessita apenas de um deslize, e o desastre pode ser de certo... irreparável."


~


Um mês atrás 

Las Vegas — Casino at Bellagio

— 02:45 AM, Domingo.


— Benjamín? — Pergunto por precaução, dando duas batidas na porta com a dobra dos dedos, logo abrindo-a e de esguelha vejo meu progenitor contemplando a vista de seu escritório enquanto fumava um maço de cigarro. — Me chamou?

— Porque se refere a mim pelo nome próprio? E não por "pai" — Pergunta em meio a um sorriso no canto dos lábios, enquanto observava por cima do ombro eu fechar a porta e caminhar até seu lado vagarosamente.

— Costume… Porque? Não gosta que te chame pelo nome? — Questiono olhando para a vista, então ele logo para de me analizar, faz uma pausa e suspira fundo antes de me responder.

— Não.

— Hum, mas então, Benjamín… Porque me chamou? — Ouço-o rir nasalmente, menear a cabeça e tragar seu cigarro ignorando minha rebeldia.

— Porque a pressa? O que estava fazendo antes de vir até aqui?

— A curiosidade irá matar o gatinho a qualquer momento, papai… Ou prefere que eu o chame de Ben? — Meus globos oculares fixaram-se no porte autoritário que o mais velho tem sobre mim.

Benjamín estava usando um terno de grife, alinhado. Sequer um grão de poeira ofuscava sua elegância. Os cabelos grisalhos estavam devidamente penteados para trás.

Meu pai não era nenhum velho asqueroso. Muito pelo contrário, parecia mais um Leonardo DiCaprio versão atualizada, sem querer me gabar. Mas parte de minha beleza veio de si. Não é atoa que vive cheio de mulheres com intenções.

Só não sei se em seu dinheiro, sua beleza, ou pelo simples fato de ser uma grande fonte de grana e popularidade na sociedade nobre. Envolve-se em política e no off dá um de gângster. Relações internacionais de grande valor para seus negócios, tornaria qualquer mulher importante ao olhar dos paparazzis apenas ao apresentar ao presidente dos EUA… Oportunidade como essa realmente não é de se jogar fora.

— Vai continuar fazendo mistério? Peter vai adorar ter uma conversinha comigo, parece que não está fazendo seu trabalho direito, não acha? — Solta a fumaça no ar, sorrindo galanteador logo depois.

Digamos que nossa relação era de amor e ódio devido ao respeito que tinha com ele a todo momento, porém não sou de ficar calada, e o Benjamín adora rotular-me de puta quando faço algo que não é de seu agrado.

— Ora Benjamín… Não massacre o pobre coitado desta maneira. — Formo um bico nos lábios — Ele faz um ótimo trabalho. Apenas não vejo necessidade em lhe contar o que estava a fazer. Assuntos particulares que aliás não lhe dizem respeito, papai.

— Se é assim… — Estala o pescoço e volta a analizar a paisagem. Houve uns três minutos de silêncio, antes dele voltar falar — Jeon Jeongguk.

— Como? — Franzo o cenho, lhe encarando sem entender aonde quer chegar.

— Jeon Jeongguk — Dá uma última tragada no cigarro e solta a fumaça, em seguida anda até sua escrivaninha e apaga seu cigarro em um cinzeiro. — Pode me dar diversos adjetivos, Violet. Mas burro eu não sou. — Coloca as duas mãos nos bolsos da calça, retornando o olhar a mim.

Confesso ter receio daqueles olhos, olhos esses que sabiam cada passo que eu dava mesmo que eu não queira. Me observam e me consomem a todo momento. Se eu sair deste local meu pai sabe, tem pessoas me vigiando a todo momento. Não sou de reclamar até porque ele preza por minha segurança, mas é agonizante.

— Não sei o que quer dizer com isso. O que insinua?

— Sei que está atrás dele. Tem uma semana, aliás. Indo nas baladas que ele costuma frequentar, partindo para uma área que não é a sua, e sabe muito bem que me refiro às stripers. Emma ficará desapontada ao saber que anda se infiltrando em meio as garotas dela apenas para vigiar um homem. — Ergue a sobrancelha esquerda.

— Emma não precisa saber de nada. É minha amiga, mas odeia que se intrometam no trabalho dela, principalmente que mexam com suas putinhas. Parece ter cara de boa moça mas a noite vira uma dona de bordel, é incrível como as aparências enganam, não acha? — afronto-o com o olhar. — Papai… — Sorrio, cínica. — Não vai contar nada, sabe bem disso, não sabe? Vai ficar caladinho e não contará nada à Emma, sim?

Vou dando passos em sua direção, então pego em sua gravata, ajeitando-a em suas vestes, erguendo o olhar para seu rosto.

— Consequências virão, Violet. E eu não quero fazer parte disso. Sabe bem o que deve fazer, não complique as coisas tampouco jogue seus problemas para mim. Pois no fim eu quem resolvo, fico na merda por uma mulher mimada feito você, e aliás você que vem chorar no meu colo por imprudência e falta de responsabilidade, suplicando um perdão que sabe que não vai receber...

— Ingrato! — Travo o maxilar e me afasto de si. — É um ingrato!

— Olha como fala comigo, garota. — Me puxa de forma bruta pelo braço, olhando no fundo dos meus olhos e despejando palavras sujas em minha cara — É banhada a partir da minha miséria erguida em forma de cédulas então ouse levantar a voz para mim novamente e em um piscar de olhos sua luxuosidade acaba e você deixa de ser a Violet gostosona que todos admiram e passa a ser somente uma vadia que vive às custas do pai.

— Aproveite a oportunidade Benjamín enquanto há tempo, vamos lá! — Retruco — Faz questão de me humilhar sempre que pode, mas no fundo está se tremendo todo, temendo minha pouca índole para consigo. — Rio de sua tentativa patética de me intimidar. — Não tenho medo de você, chefão. Me priorizo, sabe que não tenho nada a perder e a qualquer momento posso jogar a toalha e mandar você para a puta que pariu. Posso ferrar mais com a sua vida do que imagina… Ser sua filha não lhe dá o direito de me oprimir de tal forma. — Solto meu braço, brutalmente. — E outra. Sem mim esse seu negócio não seria nada! Quem afunda esses homens ridículos nos jogos sou eu! — Enfatizo. — Eu sou quem faz eles ficarem cheios de dívidas. Então abaixe a bola antes de me chamar de vadia.

Deixo-o sem palavras, o que ergue um lindo sorriso em meu rosto. De certa forma, admito, meu ego infla como nunca.

— Desembucha, o que você queria falar comigo?

— Preciso do Jeon Jeongguk aqui no Bellagio até o mês que vem. — Ele fala rude, mandão. Pegando uma garrafa de vodka que estava em sua mesa e servindo-se em um copo de vidro. 

— Carrega o sobrenome Jeon, essa família tem tanto a esconder… — Passo a língua pelos lábios, ansiosa — Digo, financeiramente. A empresa Jeon é de grande influência lá na Coréia, se não me engano.

— Fez o dever de casa, hum… — Sorriu tomando sua bebida — Bom, o que acontece é que eles criaram filiais aqui nos Estados Unidos: Los Angeles, Chicago City, Washington, New York… Finalmente chegaram à Vegas. E eu preciso desse negócio, Violet. — Me encara — Eu quero a empresa Jeon comendo na minha mão.

— Entendo… — Sorrio travessa.

— Para isso, terá que terminar com aquele rapazinho… Como é o nome dele mesmo?

— Christian? — Franzo o cenho.

— Sim, sim, esse mesmo. — Respirou fundo.

— Mas pai…

— Violet, este homem está roubando de você! Abra o olho, você é como a sugar mommy dele, pelo amor! — Bebericou sua bebida — Ele se aproximou de você apenas para aproveitar de nossa riqueza… E para que consiga algo com Jeon, seu caminho tem que estar livre. Então faça o que tiver que fazer.

— Perfeitamente. — Suspiro com o maxilar travado e os olhos soltando faíscas com o horror que estou tendo à essa conversa.

— Trinta dias, Violet. — Reforça — Jeongguk é herdeiro do negócio da família, se eu tê-lo na palma da mão…

— Terá a empresa na palma da mão, sei bem disso. — Retruco ligeira.

— Pelo que descobriu dele, sabe bem que ele é um ótimo jogador. Mas nunca pôs os pés aqui no Bellagio. — Ele andou em passos vagarosos em minha direção, ergueu meu rosto pelo queixo com o dedo indicador e me encarou com faíscas no olhar. — Eu quero ele aqui no Bellagio. Eu quero dívidas, Violet. Dívidas.

— Sei o que preciso fazer, Benjamín. — Confirmo em um aceno com a cabeça. — Terá seu tesouro em um mês.

Me afasto de si e sigo em direção à porta, mas assim que toco a maçaneta, ouço sua voz questionando-me.

— E só por curiosidade… O que realmente estava fazendo antes de vir? — Meneia a cabeça, mexendo o copo que continha um dedo da bebida.

— Dívidas, papai… Dívidas. — Sussurro audível e sorrio de canto, olhando-o por cima do ombro. 

Benjamín ergue o copo em minha direção, como em um brinde e logo fala convicto:

— Essa é minha garota! 


~


Dias atuais

Las Vegas — Casino at Bellagio

— 23:33 PM, Sexta-feira


Se passou um mês desde minha conversa com Ben, eu olhava para o acastanhado com um enorme sorriso vitorioso no rosto, consegui o que queria. Alcancei meu objetivo. Jeon estava ali, jogando feliz da vida sem saber de absolutamente nada.

Mas minha tarefa não está cem por cento completa, tem muita estrada pela frente mas essa eu vou tirar de letra. Jeongguk é filhinho de papai e tem tudo que quer na hora que quer — Não muito diferente de mim, na verdade — Porém acontece que Jeon é muito ingênuo. Um playboy metido a badboy, conheço bem homens desse estilo.

Já eu tenho a manipulação no sangue, com uma mera transa posso fazê-lo chegar em minha casa com um buquê de flores no dia seguinte. Deveras será mais fácil do que parece, eu mesma irei garantir isso.

O cassino estava esvaziando apesar de ficar aberto durante a noite inteira. Muitos aqui são turistas, bêbados ou apenas traficantes, fazem o que tem que fazer e vão embora. No fim restam somente os viciados, com sangue no olho e grana no bolso. — Às vezes nem tanta, quando já se encontra no fundo do poço. — Não me atrevo a esquecer dos espertalhões, que jogam roubando e acham que ninguém percebe a jogada suja deles. A maioria recebe advertências óbviamente, não suporto gente dessa laia.

Desde que voltei daquele término tosco com o verme do Christian, apenas cheguei no Cassino e me pus a beber. Contudo não exagerei pois tinha ciência de que precisava ficar sóbria para conversar com o jeongguk, o whisky era somente uma dose de coragem diária. 

— Precisa retocar o batom, senhorita… — Uma voz aveludada e rouca me invade o sentido auditivo, juntamente à um odor de tabaco e baunilha, uma essência amadeirada e com um frescor indescritível, perfume masculino mais que perfeito… Poderia reconhecer um Carolina Herrera 212 à quilômetros de distância.

Viro minha cabeça para encontrar seu rosto, capturando o olhar profundo do rapaz ao meu lado. Analiso seu rosto com mais detalhes tendo o privilégio de sentir seu calor mais de perto assim que sorrio e solto uma lufada de ar, passando a olhar diretamente para seus lábios.

Sem sombra de dúvidas me via atraída pelo avermelhar de sua boca e o mar de profundidade descrita em seu olhar, minha perna tremeu e meus pelos se eriçaram quando ele mordeu o canto do lábio inferior tirando-me de eixo e me fazendo suspirar quase que suplicando por um toque seu.

Mais que perfeito, esse miserável causa um efeito filho da puta sobre mim...

Cruzo as pernas tentando esconder minha excitação com tão pouco contato. O desespero começou a tomar conta do meu interior, jurei por um segundo ser borboletas no estômago, descartando em seguida essa opção por achar extremamente patético.

— Andou olhando para os lábios alheios, rapaz? — Respondo após uns trinta segundos de silêncio.

— Não muito diferente de si… Com todo respeito. — Riu, logo recebo a indireta — super direta—, desprendendo meu olhar de sua boca e retornando aos seus olhos.

— Não me contento com pouco, certamente irei olhar para lábios quando me são tão atraentes… Com todo respeito. — Retruco na mesma moeda, voltando minha atenção à minha bebida.

Ouço sua risada rouca e pelo canto do olho observo o mesmo se sentar ao meu lado, chamando Taehyung em seguida, pedindo um licor.

— Desculpe a falta de educação… Jeon Jeongguk. — Estende sua mão para mim, que olho e meneio a cabeça com um leve sorriso de canto e sem cerimônias aperto a mesma com uma certa firmeza, sentindo o calor da sua mão em um toque macio e carregado de segundas intenções.

— Violet De La Roche — Suas orbes pendem sob meu pescoço desnudo e ergue até minha boca. Observando meu nome sair em meio aos meus lábios como música. — É um prazer te conhecer.

— Não sabe o quanto…

O olhar intenso é carregado de malícia. O teu sorriso veste o desejo, o caminhar destila luxúria — Indistinta malemolência — Tua tez morena é a tela da tentação, é o destino dos olhos lascivos, do querer incontido e de fato desavergonhado...


~


Notas Finais


e então? gostaram?
fiquei um tanto desanimada mas enfim, continua? me digam aí!

collab com a delícia da @stigmgguk
https://www.spiritfanfiction.com/historia/omegle--jeon-jeongguk-21767472

até a próxima! 🤟🏻🖤⚡


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