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História Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Tudo é jogos e diversão até que alguém se apaixone


Escrita por: FresadelaLuna

Capítulo 42 - Tudo é jogos e diversão até que alguém se apaixone


Fanfic / Fanfiction Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Tudo é jogos e diversão até que alguém se apaixone

“E quando ele chama

Ele chama a mim, e não a você

Ele vive para o amor, ama suas drogas

Ele ama seu amorzinho também

Mas eu não posso curá-lo

Não posso melhorá-lo

E não posso fazer nada sobre

Seu estranho temperamento

Mas você é incurável

Não posso entrar em seu mundo

Pois você vive em tons de frieza

Seu coração é inquebrável”

 

 

A bala ultrapassou o meu ombro direito, perfurando a cartilagem que juntava os ossos do meu braço com os do restante do meu corpo. Segurando o grito, travei os dentes.

- Você trapaceou! - reclamei.

- Acha mesmo que eu iria atirar em mim, Harley? Ah… Mas que garotinha estúpida.

Com as pernas bambas, o vi agarrar o meu corpo, deitando-o em seu ombro enquanto caminhava para a porta do cômodo.

- Vamos, querida, os casacas negras estão vindo!

 

Batman

 

Tomei  controle do BatWing quando ele fora atingido, mas infelizmente Asa Noturna e eu tivemos que saltar para fora, a duas quadras do prédio.

- Preciso que chame o GCPD para contornar todo o prédio, mas num raio de quinhentos metros, só por precaução, não faço ideia do que pode ter lá dentro, e caso exploda, o edifício é largo o bastante para limitar a explosão a essa distância, assim ninguém sai ferido.

- Certo! - concordou comigo pela primeira vez sem titubear - Mas e você?

- Agora eu tenho certeza que ele está lá.

Corri em direção a oeste.

Havia diversas vigas de aço entorno da fábrica, e um grande portão feito por grades enferrujadas, ele estava escancarada, como se pedisse para que eu entrasse. Meu detector de bombas não conseguiu identificar nenhum indício, tudo estava limpo ou muito bem camuflado, eu não saberia dizer, não havia partículas de cobre para impedir minha conexão, era como se eu tivesse passe livre para entrar. As luzes fosforescente clarearam o terreno baldio que restava do lado de fora da fábrica, como se fosse um enorme campo de futebol e eu fosse o jogador. Não demorou muito para que eu visse a silhueta brilhante ao fundo. Era de se esperar que Selina Kyle, a Mulher Gato, estivesse envolvida nisso. Ela parecia não se importar com a situação, pois a via vir, pulando corda em seu chicote, até parar a minha frente.

- Olá, Batman! - sorriu seu sorriso vermelho.

- Selina!

- Shhh… - pousou o dedo indicador em frente aos lábios - Não fico espalhando sua identidade secreta por aí. - riu.

- Você está com o Coringa!

Ela segurou o chicote com firmeza nas mãos e caminhou até mim com cautela.

- Não é como se eu gostasse da companhia dele, mas é admirável o modo como ele age, não acha?

- Não acredito que estamos falando do mesmo cara. - revidei.

- Ah, sim, estamos, ele abriu os meus olhos!

- Essa não é a Selina!

- Claro que sou!

- É por isso que você estava atacando a Harley, primeiro eu achei estranho porque você era do tipo que não se importava de terminar, mas agora… Agora faz sentido, ele fez alguma coisa com você!

- Eu ainda sou eu! - gritou, batendo no próprio peito.

Ela veio em minha direção, mas eu rapidamente recuei.

- Ah, por favor eu não vou te tocar e arranhar você. - sorriu.

- Eu estou me distanciando porque não quero te machucar.

Ela revirou os olhos e atiçou seu chicote em minha direção, prendendo-o em meu pulso, me puxando para frente. Tentei parar, mas fui impulsionado, me deixando a par de seus olhos claros contra os meus.

- O que ele fez com você, Selina? - perguntei num murmúrio.

- Como eu estava dizendo, eu sou uma mulher e não pode ser tomada como garantia. - disse rapidamente, chutando o meu queixo, me obrigando a cambalear para trás, devido a máscara, o impacto havia sido contido. - A vida é uma cadela, Bat, agora eu também sou! O que é engraçado, porque eu sou uma Gata! HA-HA!

Correndo em minha direção, me desviei, jogando o seu corpo contra uma lata de entulho, fazendo-a estourar uma das unhas de metal da luva.

- Eu já disse que não vou te machucar! - gritei.

- Isso não significa que eu não vou fazer o mesmo com você!

Saltando para longe, correu em minha direção mais uma vez, desta vez, dando uma cambalhota, impedindo que meu golpe na defensiva fosse feito, o que me obrigava a desviar cada vez mais de seus ataques.

- Oh, Bat! Não se contenha, pelas minhas contas eu ainda tenho duas vidas!

Cansado de apenas me defender, consegui acertar meu punho contra o seu rosto, fazendo-a cair para trás. Pude ter certeza que podia ouvir um grunhido vindo de sua boca.

- Como você pode? - me olhou de forma sentida - E-eu sou uma mulher!

- Me desculpe, eu… - andei em sua direção, saindo da defensiva.

Suas pernas deslizaram abaixo das minhas, me jogando para trás. Perdendo o equilíbrio, seu chicote enroscou-se em meu pescoço e ela voou sobre ele, deitando sobre as minhas costas enquanto o puxava com mais força para si, enforcando-me ferozmente. Agarrei o couro, cravando os dedos, tentando puxá-lo para frente.

- Eu sou a Mulher Gato, querido. Então me ouça rugir! - gritou, rindo.

Fiquei de cócoras e me ergui, e continuei repetindo este movimento até que eu conseguisse impulsionar-me totalmente para frente, fazendo-a perder sua força no chicote. Ela caiu no chão de frente para mim e eu a imobilizei, enroscando meus braços em seus ombros.

- Lembro bem disso. - sorriu ela. - Eu disse… "Visco pode ser mortal se você o comer. Mas um beijo... Pode ser ainda mais mortal se você o fizer".

Vi seus lábios diminuírem e virem em minha direção, porém, eu não poderia mais perder meu tempo com ela, não agora que estava tão próximo do Coringa. Com isso, apertei um ponto de pressão em sua clavícula, desacordando-a. Aos fundos já se podia ouvir a sirene tocar, eles poderiam dar conta dela, Asa Noturna viria e a levaria para um hipnólogo, ele saberia a palavra chave para tirá-la desse transe possessivo.

Erguendo-me, andei pelo terreno empoeirado, chegando próximo de onde as luzes não podiam alcançar. Ativei o cabo de aço para cima do prédio, sendo içado quase que instantaneamente, sentindo o ar frio percorrer minha espinha. Era o meu momento de partir.



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