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História Quando as luzes se apagam - Afrodisíaco


Escrita por: PieceWriter

Notas do Autor


História que acabei criando coragem de postar. Espero que gostem.

Capítulo 1 - Afrodisíaco


Olho o relógio de parede do meu quarto pequeno, ainda incomodada. A luz da lua cheia iluminava meu rosto naquele dia de primavera. Me estico na cama e giro o corpo, deixando meus pés tocarem o chão.  Pelos corredores da casa, passo pela porta do quarto da mamãe e por ela estar entreaberta, pude vê-la encolhida na no canto da cama. Soluços evidenciados pelos espasmos fortes que sua figura externava. Me arrasto para longe dali, sentindo meu interior se amargar. Eu estava cansada de meu treinamento ninja diário, mas, principalmente, do choro engasgado de minha mãe, de sua penúria noturna. Eu precisava fazer algo a respeito. Eu vou arrumar um jeito nos unir novamente, mamãe, pensei.

Mesmo aos dezessete, pensava que seria fácil crescer, mas toda aquela sensação de estar cercada por algo que eu não entendia era sufocante, me fazia agonizar internamente, me enervava. Eu estranhava o choro da madrugada da mamãe, mas entendia, hoje, muito mais do que entendia ontem, o motivo por trás de tudo aquilo. Me permitir amadurecer e criar um apego enorme por essa sensação de sair do meu pequeno casulo era estranhamente convidativo. Entender o que os adultos fazem, reconhecer suas manias e assimilá-las era algo que bastava um empurrãozinho para que eu fosse capaz de fazer e me aprofundar.

Viver sem meu pai já era ruim, mas viver de maneira simplista à sombra do que ele foi e deixou para trás era bem pior. Eu era o pequeno gênio Uchiha, um monstrinho que ele havia criado e vinha dar migalhas sentimentais quanto o convinha, vez ou outra. Devido a essa genialidade considerada por mim por tanto tempo inútil, fui capaz de compreender de uma hora para outra, um pouco da situação quando abdiquei do meu sono que já era inconstante devido à penúria de mamãe, algo que, agora tornara-se parte de mim. As noites quentes, confortáveis e agradáveis quase felizes que ela vivia, aconteciam quando papai abria a janela da sala no meio da noite, dando à ela um pouco do que ambos buscavam um no outro, acontecia no momento de união.

Em um momento mais silencioso da noite, era quando ele finalmente aparecia. Invadindo o quarto de mamãe com uma delicadeza quase inimaginável. Saltara da janela com leveza e despreocupação, quase certo de que o que estava a ponto de fazer, fosse o melhor, o que era necessário ser feito. Num breve piscar de olhos de papai, observando calma e atentamente a silhueta ainda coberta da rosada, pude notar quase imperceptível fascínio. O modo como ele anulava qualquer rastro de ira de mamãe, pouco após a mesma tê-lo atacado com unhas e dentes no intuito de feri-lo... Era assustador o ódio, a sede de sangue que ela possuía. Ele, esquivando-se de maneira sutil e furtiva, girou o corpo magro, quase imaculado de mamãe, podendo sentir as costas nuas de mamãe com seu peito forte, os braços imobilizando-a, com um enlace fraco, mas que fora o suficiente para fazê-la expirar profundamente, externando seus dois estados, o de raiva e felicidade.

O corpo perfeito de mamãe era agora arremessado na cama e atacado minutos depois, por olhares vorazes do papai, imagem esta que me marcaria por um bom tempo. Ele era bruto, entretanto parecia saber a força exata que a faria ceder, curvar-se a ele. Ela era rapidamente domada, e isto que parecia lhe agradar. Sua voz escapando por lábios apertados, agora me ensinavam a ouvir algo que jamais pensei me acostumar. Era isto que papai precisava para manter-se por perto? Por que meu corpo não se move e corre dali?, questiono, ainda sem conseguir respirar, ou fechar os olhos.

A esta altura, o moreno já não possuía roupas, expondo novamente aquela coisa imensa, rígida e voltada agora ao centro de minha mãe, que protelava por mais carícias e ,embora a mesma demonstrasse visível embargo pelas migalhas de toques que ele lhe dera,  cedia fácil demais, ao que me parece. Algumas questões voavam pela minha cabeça. Meu corpo ainda se arrepiava quando os barulhos que suas bocas reproduziam chegavam aos meus ouvidos. Eram sequenciais, profundos, pesados, difíceis. Eu praticamente os emitia eu mesma.

Me protegia de meus impulsos com meus próprios braços, me forçando a ficar um pouco mais, me forçando a entender como aquilo poderia me proporcionar sensação tão diferente. Não era ruim, esse era o problema. A intensidade do barulho de seus corpos se roçando em posições comprometedoras, o deleite em seus rostos me deixavam envergonhada. Eu mesma talvez não estivesse pronta para entender que bem poderia fazer toda aquela brutalidade carnal faria aos dois. Outra questão deveras pertinente seria: por que a cada dia que passa fica mais difícil abandonar a fresta da porta do quarto dos meus pais?

Fecho a porta de meu quarto com um aperto no coração, meu rosto arde, estou tonta, mas por mais que eu sinta tudo isso, simultaneamente, relembro, vividamente, seus rostos colados, os efeitos de suas ações em formas de gemidos, agarrões, mordidas... Lembro do rosto do papai,  que, hoje mais bruto do que o normal, parecia encarar toda aquela situação de coito tão levianamente, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Sua pele branca, levemente rosada, normalmente, hoje, esbanjava neutralidade, tonalidade próxima ao normal, o olhar focado eu todos os cantos do corpo de minha mãe, quase como se quisesse provar alguma coisa. Ainda assim, havia deleite em suas expressões.

Me jogo na cama, ouvindo seus gemidos abafados ecoarem dentro da minha cabeça, culminando em algo que eu jamais poderia, naquele momento, explicar a mim mesma, ou qualquer outra pessoa que adentrasse aquele quarto: Eu havia me urinado toda. Talvez o momento mais comprometedor da minha vida. Eu era pega de surpresa, novamente, pela inexperiência. Eu senti medo das recentes cenas?

Tirei minhas roupas, buscando desesperadamente meu hobby, para poder me banhar e tirar qualquer vestígio de que aquele dramático momento poderia ter acontecido. Foi então que me deparei com algo diferente do imaginado. O líquido que simplesmente não parava de escorrer por minha intimidade, não continha cheiro forte, era espesso, levemente pegajoso, que gerava determinada sensibilidade à minha região quando tocada. Quanto mais eu esfregava para recolher mais daquilo com meus dedos, mais minhas bochechas queimavam e mais tontura eu sentia. Eu caí para trás, sentada. Aquele me lembrava muito o que transbordara da intimidade de minha mãe, a cada toque firme de meu pai em seus braços, rosto, seus cabelos... Eu me sentia, assustadoramente, mais mulher.

Correndo do visível descontrole emocional, parti para o banheiro, apertando com força meus olhos, para que não caísse em tentação de encontrar corpos pelados se enroscando no quarto ao lado. Eu poderia estar me viciando em assistir àquilo, sem perceber. No entanto, quanto mais eu buscava fugir daquela necessidade, mais meu corpo se arrepiava, o roupão afrouxava e eu sabia que correria riscos, caso vigiasse o ato dos dois com descuido. Inevitavelmente, me pego à espreita, sentindo aquele cheiro que se assemelhava ao que brotava de mim novamente ao mirá-los por pouco tempo. A força que o corpo de Sasuke empregava para que se forçasse dentro da frágil figura de minha mãe, eu podia senti-la. Seus olhos concentrados nas investidas, nas marcas que ele deixara no corpo franzino, que pendia cada vez mais de seu busto no lençol de seda desgrenhado. Os cabelos negros repletos de suor grudavam na pele branca, gerando o contraste, situação parecida com a de mamãe.

Era dada a largada para meu inferno mental, e me sentia cada vez mais gelada, pois o roupão escorregava por minha pele, a cruel sensação de insatisfação em minhas partes baixas, geravam confusão em minha mente. Eu precisava deixar aquele lugar, mas, no momento em que girei os calcanhares, ouvi sua voz rouca, baixa e suave falar:

- Eu sei que você está aí, Sarada. Apareça.

Foi aí que meu desespero me fez ter a brilhante ideia de tentar correr, o laço do roupão me fez tropeçar e na tentativa de arranjar apoio, me segurei na porta, por fim caindo para dentro do ambiente quente, inebriante. Os dois puseram-se de pé, à minha frente. Meu corpo estava quase que completamente nu, já que a queda fez o roupão deslizar por meu corpo. Minha pequena figura se encostou na porta, repleta de vergonha. Eu roçava as pernas uma na outra, na tentativa de sentir firmeza em ficar de pé. Pude sentir os olhos analíticos dele sobre meus seios descendo até a parte que me faria corar bruscamente, a qual não parava de umedecer. Mamãe, o encarava e me olhava, protetora e cúmplice. Sentia que ela me defenderia independente do que acontecesse e, muito embora não houvesse muito o que ser dito, parecia estar pensando em qualquer coisa que pudesse usar como argumento a meu favor.

- Era isso que você queria ver? Está satisfeita? Certas coisas você simplesmente não entenderia, qual é o seu problema? - indagou nebuloso, fitando minhas pernas sendo arranhadas por minhas unhas que buscavam esconder a vergonhosa prova de que algo não estaria normal comigo.

Ele se senta e seu pênis encosta em seu umbigo, completamente ereto. Eu fraquejo outra vez ao encará-lo.

- Então, que seja.

Ele agarra a rosada pela cintura, fazendo-a encaixar na rocha entre suas pernas. Repetidas vezes, com força e rapidez, para cima e para baixo, expondo com clareza para mim sua região completamente molhada, somada ao olhar vago de minha mãe, que buscava esconder seu prazer, mas falhava miseravelmente toda vez que ele se inseria por completo em seu interior. Eu podia sentir a cama mexendo-se a cada investida, os gemidos mudaram agora, ele parecia inspirado, revigorado, e eu me escorregava para o chão, assistindo atentamente, pensando entender um pouco mais daquilo, agora com meu corpo. Cada toque meu na intenção de esconder qualquer rastro de prazer, se tornava aliado do mesmo, eu era a minha própria inimiga. Começo a suar, minhas têmporas e costas ensopadas. Eu estava enlouquecendo, com leve fadiga. Pouco a pouco, me habituava àquilo. Até que, novamente ele se retira bruscamente dela. Eu me encolho, encarando-o fixamente.

Ele vem até mim num pulo, subindo-me com suas mãos melecadas em meu rosto, que o obedeço cegamente. Posso sentir a quentura de seu falo próximo à minha barriga, enquanto sinto meus lábios colarem-se, inúmeras vezes em protesto ao meu corpo que se desmontava em frente àquilo. Ele abaixou seu olhar ao meu encontro, os ônix negros me encaravam atentamente. Esse teria sido o mais próximo que eu já havia me sentido dele. E não era ruim, muito pelo contrário, sua aura forte, aliada a seu hálito em meu rosto, me faziam entender um pouco do que mamãe sentia. Ele me abraça forte e posso sentir seu coração bater mais forte, sinto a pulsação de seu falo me pressionando, sinto também meu gemido baixo quando trocamos fluídos. Era surreal tamanho embargo. O moreno pede desculpas e se prepara para se vestir, quando eu corro em sua direção e nos uno pelas mãos dadas, pai, mãe e filha.

- Fique! - imploro, mordendo os lábios ao ver uma uma expressão contorcendo em pura insatisfação em seu rosto glorioso - Não vá embora de novo... - Posso sentir o corpo de mamãe tremer, tendo plena ciência de que talvez eu tenha interrompido o momento mais feliz de sua vida, naquela semana. Era de minha responsabilidade manter aquela família unida, dado que nem mesmo a rosada ou o moreno chegavam num consenso. Eu precisava pensar rápido.

Sou arrancada de meus devaneios com o seu corpo virando-se em minha direção, jogando meus cabelos suados para trás. Ele termina seu gesto de carícia dando um beijo demorado em minha testa, me olhando com pesar. Posso sentir a pressão se instaurar naquele ambiente, o ar me faltou quando, sem pensar puxei seu rosto de volta para mais perto, quando o moreno estava prestes a afastar-se de mim.

Nos alinhando na mesma altura quando o trouxe para baixo, o encaro novamente daquele mesmo jeito constrangedor de antes. Ele se afasta mesmo assim, me tocando o ombro, da maneira mais paternal que pôde, movimento este que levaria um pouco mais de sua compostura consigo. O pouco de roupão que se mantivera grudado em minha pele graças ao suor, deslizara completamente até a cama. Agora eu me encontrava na mesma situação de ambos: suada, confusa e molhada. Este segundo detalhe o faria retomar a fagulha de consciência que parecia lhe restar, após um longo período analisar a rigidez em meus seios e minha pele arrepiada, pouco depois minha região que ele rapidamente desviaria o olhar. Eu acompanhei seus olhos por cada canto de mim que ele percorrera silenciosamente.

- Isto é um erro. Sakura, cuide dela está bem?

Ele buscava se esquivar de suas próprias reações, ou mesmo as minhas, mas era uma luta tão grande para ele, quanto era para mim.

- Não! Se você odeia esta família, saiba que meu ódio por você é muito maior - minha mãe arregala os olhos, e tenta me acalmar, fitando nervosamente as costas do moreno. - E mesmo assim, mesmo assim, eu sinto que agora, algo nos une. Você, assim como eu, não pode ignorar isto, pode? - Falo, abrindo as pernas vagarosamente, expondo minha intimidade completamente umedecida, algo que, para mim, simbolizaria que eu me encontrava na mesma situação de minha mãe.

O Uchiha se vira para mim, engolindo em seco ao se deparar mais uma vez com algo que parecia lhe perturbar, causando-lhe reações.

- E se mesmo assim, você continua não se importando com esta família, vá. Como o covarde que você é!

Meu grito parecia ter preenchido seus ouvidos como um estrondo, tal que lhe fez retomar o controle da situação com um sorriso vitorioso, sabe-se lá porque. O mais velho contorna a cama, ainda sem dizer nada, me pegando por trás, beijando minhas costas ruidosamente, sendo auxiliado por minha mãe, que parecia acompanhá-lo no que ele quisesse fazer comigo. A rosada joga meus cabelos de lado para que ele possa ter mais de meu pescoço livre para me tocar ali. Meus olhos pesam mais e mais.

- Nunca poderia ignorar isto aqui, você sabe. Já que você é tão geniosa e espertinha, entende muito bem o que isso significa, ou ao menos o seu corpo sabe.

Sasuke me toca meu centro, dedilhando os cantos superiores daquela região, fazendo-me corar e me retorcer um bocado. Conforme os seus dedos me puxavam mais para perto, sua língua era a responsável por arrancar de mim qualquer rastro de hesitação ao invadir minha orelha uma ou duas vezes. Outro sentimento assumia o lugar de emoções que me enfraqueceram minutos atrás, o sorriso de minha mãe para mim ao esfregar minhas bochechas com os dedos polegares me fez sentir acolhida, completa. Seus lábios quentes e amorosos me amoleceram de novo.  Aos poucos eu massageava a sua boca e a sugava com vontade, sendo correspondida com sua língua pedindo passagem. A medida que papai me ajeitava na cama aos beijos com mamãe, eu refletia sobre ter ansiado por isso há um bom tempo, sendo para assisti-los ou para ter esta oportunidade de compartilhar tal momento de alegria e certa de que haveriam outros mais, sibilei:

- Juntos para sempre.   
 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Comentem.


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