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História Quando fala o amor - A verdade ou o que queremos acreditar?


Escrita por: LittleFlower22

Notas do Autor


Eu demorei muito para "tomar coragem" em retomar essa história. Confesso que ainda tenho um sentimento enorme de vergonha por ter "abandonado" algo que me dediquei com tanto carinho.

Talvez alguém veja o que estou escrevendo aqui como uma mera desculpa, preferiria que realmente fosse, mas abrindo o meu coração pra vocês foram tempos muito obscuros.

Minha jornada foi muito longa até aqui e tenho plena consciência que terei um caminho a percorrer que possivelmente dure toda minha vida.

Depressão, Ansiedade, TOC, Automutilação, tentativa de suicídio....vocês não tem ideia o quanto foi difícil chegar até aqui após tudo isso. Foram tempos que para mim parecem borrados na minha memória, uma fuga da dor como meu terapeuta me diz, a mais pura verdade.

Quem passou e passa por situações assim, ou quem tem alguém próximo que esteja passando por isso vai sentir ainda mais a fundo o que estou falando. Quando a dor da sua alma é tão sufocante que a gente não consegue fazer coisas mínimas que gostava tanto como ler, fazer unha, ouvir música e escrever.

Hoje consigo falar abertamente sobre tudo, nossa...quantas trocas de medicamentos, quantas sessões com o psiquiatra, com o terapeuta, bom...não quero continuar aborrecendo vocês com a minha história mas a você que está lendo, passando por isso, por favor procure ajuda. A terapia sim salva pessoas, ela vem me salvando a cada dia.

Vamos por fim a nossa história.

Capítulo 42 - A verdade ou o que queremos acreditar?


Fanfic / Fanfiction Quando fala o amor - A verdade ou o que queremos acreditar?

Os inspetores Miguel e Paolo chegaram ao Hospital Universitario La Paz acompanhados de dois policiais com uma ordem de prisão em mãos. Particularmente Miguel estava "empolgado" com essa prisão, afinal não era qualquer dia que uma celebridade como Álvaro  era preso e ele tinha certeza que isso valeria uma promoção em sua carreira.

Ao chegarem no andar onde Itziar estava internada o grupo avistou Álvaro junto a algumas pessoas que o acompanhavam. O Inspetor Miguel reconheceu o outro ator Pedro sendo um dos presentes.

- Álvaro Antônio Garcia, você está sendo preso pelo suposto envolvimento na sabotagem do carro que Itziar Ituño Martinez dirigia. Um mandado de prisão foi expedido pelo Juiz, por favor nos acompanhe até a delegacia para as devidas averiguações.

Quando Álvaro viu os inspetores e os policiais se aproximarem ele sentiu que teria problemas.

- Baseado em que eu estou sendo preso senhores?

-Baseado em uma prova concreta que identificamos Sr Garcia. - o tom de voz do inspetor Miguel era impaciente.

- Eu jamais faria algum mal a mi mujer  e nada nem ninguém no mundo vai fazer eu sair de perto dela nesse momento.

Enquanto a situação se desenrolava Pedro entrava em contato com um advogado indicado pelo seu assessor. Os pais de Álvaro e Itziar batiam boca com o grupo tentando impedir qualquer tentativa de que Álvaro fosse preso. A confusão na saleta próximo a UTI era tão grande que o grupo foi encaminhado a uma das salas reservadas usadas pelos médicos.

- Se o Sr. não vier amigavelmente conosco teremos de usar a força Sr. Garcia.

- Eu respeito a lei inspetor Miguel mas eu não vou deixar mi mujer sozinha de forma alguma, se querem me prender me prendam, mas somente depois que Itziar se recuperar. Antes disso terão de me matar para conseguirem me tirar daqui.

- Você me obrigou a fazer isso, por favor algeme o senhor Garcia. - Miguel apontou aos policiais. O inspetor Paolo acompanhava tudo em silêncio sentindo que a situação estava fora de controle.

- Ei Ei...se colocando na frente Pedro interferia. - Álvaro não está se recusando a prestar esclarecimentos, mas ele apenas está pedindo que sua mulher se recupere primeiro antes de ir até a delegacia.

A discussão prosseguia acalorada e estava difícil para os dois policiais e os dois inspetores controlarem o grupo, o uso de armas de fogo em um hospital causaria um pânico desnecessário e eles tentavam evitar ao máximo essa alternativa, mas era evidente que a paciência do grupo estava se esgotando.

Abrindo a porta da sala um homem com características marcantes e olhar aguçado interrompeu a discussão que se desenrolava.

-Boa tarde senhores, eu sou o Dr Marco Vázquez advogado criminalista. - Vim a pedido do Sr. Pedro Alonso para ajudar no caso do Álvaro Garcia que a partir deste momento passa a ser o meu cliente. - Gostaria de ver a ordem de prisão e entender baseado em que evidências meu cliente está sendo preso.

Após ouvir as justificativas dos inspetores, Dr Vázquez foi enfático em sua explanação. - Meu cliente não possui antecedentes, é réu primário, possui residência e emprego fixo na Espanha, não foi encontrado na suposta cena do crime, não possui conforme histórico de vocês evidências de contato com armas de fogo. - Sendo assim os senhores deveriam saber mais do que ninguém que a justificativa para um mandado prévio de prisão é refutável. "Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória", a prisão sem pena, também denominada prisão cautelar, processual ou provisória constitui uma exceção. Art. 5º, LVII da Constituição Federal. - Sei que deve ser tentador prender uma pessoa famosa não é mesmo senhores mas neste caso isso não vai acontecer. Irei com vocês para acompanhar a documentação levantada e conversarei com o Juiz Herrera, tenho certeza que ele não teve acesso correto a todo o histórico do caso para ter expedido essa ordem de prisão temporária. - Vamos senhores, meu cliente não sairá desse hospital.

O rosto do inspetor Miguel parecia que iria explodir de tão vermelho que estava mas o "maldito advogado" como ele ruminava em seus pensamentos era muito bom, eles não tinham mais nada que fazer ali. - Nos acompanhe então Dr  Vázquez, irei compartilhar contigo o inquérito levantado até agora.

- Você me salvou hermanito

-Ninguém tenta fazer mal ao meu irmãozinho, nem o cojones da polícia. - Agora irmãonzinho por favor se acalme, Itziar precisa muito de ti.

 

 


Notas Finais


O art. 5º, LVII da Constituição Federal é uma lei da constituição brasileira mas me baseei nele para incluir na história.

Gratidão a você que ainda continua aqui e aqueles que chegarem agora. Prometo a vocês que lerei aos poucos as mensagens que recebi e tentarei responder todas tbm.


Até sábado.


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