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História Quando Faltam as Palavras - Spideypool - Você me tem por completo


Escrita por: 3366B

Notas do Autor


Oiiii

Gente bloqueio criativo, total. Eu escrevi e apeguei o capítulo umas três vezes.
Mas enfim saiu. Elê não tem muita informação sobre o andamento da história. Mas eu gostei mesmo assim.

Capítulo 17 - Você me tem por completo


Wade entrou no seu quarto, depois de deixar Peter num quarto de visitas próximo ao que eles acomodaram Harry. 
Ele decidiu tomar um longo banho, depois de todo aquele dia, tentando descansar o corpo e a mente na banheira.
A tensão e o medo que tinham sentido deixando o corpo, como o vapor que ia deixando a água quente, para se acumular no teto, deixando o banheiro inteiro nebuloso. 
Por mais que tudo tinha terminado bem, ou seja todo mundo estivesse vivo, Wade tinha matado um homem, e tinha visto Peter quase morrer, e isso não era algo que se apaga da mente. 
E agora ali, sozinho, e seguro, o peso de tudo aquilo começava a fazer sentido em sua cabeça. 
Ele abraçou os joelhos, chorando baixo. Deixando as lágrimas caírem e pingarem sobre a água que ele praticamente imergia. 

Ele ouviu ao longe alguém bater na porta do quarto e entrar sussurrando seu nome. 
Levantou o rosto exatamente ao mesmo tempo que Peter adentrou a suíte. 

- Eu não conseguia dormir. 
E dizendo isso ele assimilou que o rosto molhado podia esconder as lagrimas, mas os olhos inchados não mentiam. Então ele se aproximou. Não perguntou porque, era claro o porque, quando estavam perto um fazia o papel da fortaleza do outro, mas ao se verem sozinhos, eles eram obrigados a enfrentar seus próprios demônios, e isso eles ainda não se sentiam capazes disso. 
Ele abraçou Wade sentando na beirada da banheira, deixando o rosto de Wade encharcar a camiseta que usava. 
Wade continuou chorando, se sentindo aconchegado sobre o peito do garoto. 
- Por que Peter, por que você assumiu tudo?  Fui eu que atirei, eu deveria pagar por isso. 
Peter beijou sua cabeça, deixando as lágrimas correrem pelos seus olhos também. 
- Eu fiz um confusão tão grande na sua vida, e você tava disposto a tanta coisa, não achei que era justo, você salvou a minha vida, e eu não to só falando de hoje, Wade, ter você na minha vida me salvou tantas vezes que eu não consigo nem contar, eu pensava em você nos momentos mais difíceis e tinha esperança, e eu queria sonhar e viver quando pensava em você, e isso me dava forças. Talvez tenha sido egoísta Wade, mas eu não sobreviveria se você fosse tirado de mim. Então eu simplesmente não podia deixar você levar a culpa. A Domino me disse que te aconselhou não falar nada, pq nessa altura do processo poderia ser mais prejudicial do que benéfico. Eu deveria ter medido o quanto isso te afetaria. Você me perdoa por ter sido negligente? Não por ter feito o que eu fiz, pq eu faria de qualquer forma, mas por não ter se preocupado com você, te ouvido e acolhido, como você sempre fez comigo. 

Wade olhou nos olhos de Peter, um sorriso triste despontando dos seus lábios
- Você não pode Peter Parker, não pode vir aqui, e apaziguar minha raiva por você ter assumido tudo, sendo cada vez mais mártir, de além de assumir a culpa, se preocupar em como isso me afeta. Eu me sinto um lixo por ter ficado bravo. 

As palavras eram doces e suaves, e Peter sorriu de volta as palavras de Wade. 
- Eu vou ser inocentado, vou conseguir a guarda do meu irmão, arrumar um emprego e fazer uma terapia, e você Wade Wilson, vai fazer uma maldita terapia também, vai parar de carregar a culpa do mundo nas costas, e vai sair porta a fora pra o que tem de bom no mundo.

Wade se aconchegou melhor no colo de Peter, sentido os dedos do garoto acariciando suas costas, geladas, pelo vento frio que batia sobre a água morna que escorria por ela. 
- Quando o processo terminar, eu quero cozinhar pra você, quero fazer um jantar, você aceita? 

Peter respondeu sério. 
- Não Wade, cozinhar, você cozinha pra Vanessa, pra mim, você coloca um maldito terno e me leva pra um restaurante. 
Os dois riram e Peter continuou
- Eu sei o que tá fazendo Wade, você quer evitar sair e lidar com as pessoas, mas não vai escapar disso, não quando vamos comemorar que não serei preso a vida inteira por homicídio. 
Wade balançou a cabeça tentando tirar aquelas ideias, não queria pensar nisso agora. Então tentou mudar de assunto. 
Pegou a toalha e enrolou envolta da cintura enquanto saía da banheira e do colo de Peter, sentindo o corpo e a alma enrijecerem ao mesmo tempo, sentindo falta do calor que fora retirado repentinamente. 
- Harry dormiu bem? 

Wade pegou a camiseta que tinha separado para ele e passou para Peter trocar a sua que estava encharcada, o garoto pegou a camiseta, deixando seus dedos esbarrarem na mão de Wade o fazendo sentir pequenas fagulhas do calor anterior. 
Peter trocou a camiseta enquanto respondia. 
- Ele dificilmente tem problemas pra dormir hoje em dia. Quando eu vim pra cá ele acordava o tempo todo. 

Wade colocou uma bermuda folgada por baixo da toalha se livrando dela em seguida, evitando Peter de ver suas intimidades, e isso fez Peter rir. 
- Wade eu já vi esse seu corpo muitas vezes, por que ficar escondendo? 

Wade também riu encarando Peter
- Sei lá, também não sei! Só pareceu errado. 

Peter olhou pra ele sério. 
- Você acha errado eu estar aqui? Quer dizer, se você sentir que eu estou invadindo sua privacida...

Ele não terminou de falar, Wade caminhou até ele, sem saber como continuar aquela conversa, com todo o peso do dia cobrando seu restinho de sanidade, ele só queria sentir o gosto de Peter, só queria que ele entendesse que ele só tinha usado as palavras erradas, e que, na dificuldade das certas, mostrar seu sentimento cabia perfeitamente. 
Então ele colocou uma mão sobre a nuca de Peter puxando a cabeça do garoto pra si, enquanto a outra mão, puxava a cintura, colando os corpos. 
E então aquele calor aconchegante tomou os dois dos pés a cabeça, aquela certeza e Fortaleza que sentiam um no outro. 
Quando os lábios tocaram eles sentiram como se choques percorressem suas veias, os despertando para o que estava acontecendo. 
Peter queria dizer que foi pego de surpresa, mas era como se seu corpo sempre estivesse preparado para um beijo de Wade, então quando ele percebeu ser puxado, ele se permitiu sentir o toque dos dedos sobre sua cintura, o aconchego sobre os cabelos, e os lábios que grudavam sobre os seus como se alguém tivesse passado cola. 
Ele fechou os olhos e partiu a boca em um suspiro, deixando a língua do mais velho adentra-lá. 
Wade explorava a boca de Peter, deixando aquele gosto do garoto marcá-lo completamente, ele não sabia quando teria coragem de fazer aquilo novamente, então se permitiu ser urgente, apaixonado e carinhoso. 
O beijo era lento, molhado e calmo, transmitindo exatamente o que queriam que o outro sentisse. E quando o beijo terminou foi porque o ar acabou e eles precisaram descolar, não sem dificuldade, os lábios para respirar. 
Ainda segurando o rosto de Peter muito perto do seu, Wade encostou as testas, fechando os olhos, aproveitando cada milésimo de segundo daquele momento. 
- Baby boy, não há nada em mim, que seja proibido pra você, nada! Você me tem por completo! Você me ouviu? Por completo. 

Peter abraçou Wade apertado. 
- Wade, me desculpa por essas coisas que eu falo. 

Wade deixou um beijo na sua bochecha e Peter apoiou a cabeça no seu ombro pedindo carinho. 
Wade começou a acariciar sua nuca, enquanto falava. 
- Por que tanta insegurança Peter? 

Peter ficou em silêncio, enquanto eles iam até o quarto, e Wade sentava sobre a cama, chamando Peter para deitar sobre seu colo. 
Assim que Peter se acomodou, Wade começou acariciar seu cabelo enquanto Peter respondia. 
- É difícil acreditar, que um cara como você, possa querer algo com alguém como eu - Wade fez menção de interromper, mas Peter colocou a mão sobre sua boca divertidamente impedindo- você pode ter o mundo Wade, e vai ter, e quando descobrir isso, não sei qual será meu papel na sua vida. Eu tô acostumado a ser rejeitado, quer dizer, eu não faço a mínima ideia de quem é meu pai, minha mãe está viva, mas é como se não estivesse, a única pessoa que não me rejeitou foi tia May, mas ela já está velha, e faz anos que não tenho notícias dela...

A voz embargou e os olhos encheram de lágrimas, a ponto de Peter não conseguir continuar. 

Wade o apertou sobre o colo, e beijou sua testa carinhosamente antes de falar:
- Petey, você é incrível, e eu espero que um dia, e não longe, eu posso me enxergar sobre a sua perspectiva e você possa se enxergar com a minha. Nesse dia, seremos imbatível, e nada será capaz de nos deter. 
Peter se acomodou melhor limpando as próprias lágrimas e Wade aproveitou pra perguntar 
- Aonde mora sua tia May, Peter? 
- Numa cidade a algumas horas daqui. Você iria adorar ela. 
Wade deitou na cama, e Peter se arrastou para seu peito, se sentindo protegido o suficiente pra deixar o sono tomá-lo. 
- Corrigindo Peter, eu VOU adorar conhecer ela.


Notas Finais


Gente eu inseri um personagem no capítulo anterior, na verdade ele foi mencionado, e um eu inseri nesse com uma menção muito mais clara.
E eles aparecerão em breve.
Vc já sabem quem são?

Bjo


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