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História Quando fecho meus olhos - Kopfkino.



Notas do Autor


Oiê, mozis!
Essa one foi escrita para o Desafio Inefável, que foi simplesmente incrível, cuja ideia era escolher uma palavra em outra língua que não tem exatamente uma tradução, uma palavra única. A minha foi "Kopfkino", e o significado está bem ali embaixo hihi A capa lindíssima foi feita pela @adoniss e a betagem foi por conta da @muselicious <3
Eu amei escrever essa one! Espero que gostem também :3
Boa leitura!

OBS: SASUKE E HINATA TÊM 18 ANOS NO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO!

Capítulo 1 - Kopfkino.


Kopfkino
            alemão 

Quando de repente, sem aviso nem lugar certo, tua mente vai embora e os pensamentos parecem começar a dirigir um filme próprio, desligado completamente da realidade.

 

QUANDO FECHO MEUS OLHOS

 

Eu sempre tive esses lapsos, sabe? Quando você repentinamente perde a noção da realidade e parte para o mundo da imaginação. Em um segundo, a vida acontece na sua frente; as pessoas ao seu redor, o professor explicando uma matéria, ou simplesmente a tela do celular brilhando em seu rosto. Mas no outro… Você experimenta as mais diversas sensações que sua mente pode proporcionar.

Isso começou quando eu ainda não tinha noção nem para me entender por gente. Eu ficava me lembrando das últimas vezes que havia brincado ou dos desenhos animados que assistia – tudo passava como filme diante de meus olhos. Mamãe dizia que eu era criativa, que eu tinha a mente muito fértil e provavelmente seria uma artista quando crescesse. E papai… bom, papai falava que era falta de atenção e que algumas boas palmadas resolveriam.

Por causa dessa repressão dele, que dizia sempre que eu precisava parar de criancice, passei a me controlar o máximo possível a fim de acabar com os lapsos mentais. E funcionou. A partir dos meus onze até os dezessete anos, mais ou menos, privei minha mente de me desligar do mundo real e me levar ao mundo imaginário. Passei a prestar mais atenção nos professores, a estudar melhor, a interagir mais com a realidade. Entretanto, não parecia ser eu mesma. Era como se alguma coisa faltasse dentro de mim, um pedaço meu… Esse período etéreo da minha vida passou incrivelmente rápido com um misto de apatia e sensações vazias.

Até eu conhecer ele.

Uchiha Sasuke.

Um garoto alto para a idade, de cabelos e olhos tão escuros quanto o céu sem estrelas, provido de uma personalidade quieta e observadora. Ele havia sido transferido de outra escola no final do nosso segundo ano e foi de certa forma impossível ignorar a presença daquele ser. Não que Sasuke fizesse esforço para ser notado, ele simplesmente chamava a atenção por onde passava. Principalmente a minha.

Nunca estive muito interessada no sexo oposto, nem no mesmo que o meu, inclusive cheguei a cogitar ser assexual – provavelmente fruto daquela apatia extrema. Entretanto, alguma coisa em Sasuke me hipnotizava e me atraía com uma força jamais conhecida. Quando nossos olhares se cruzaram pela primeira vez, meu coração acelerou e pareceu que uma chama se acendeu dentro de mim, pois meu corpo passou a queimar toda vez que o via.

Foi então que meus momentos de fuga da realidade voltaram. Eu tinha certeza que Sasuke tivera grande participação nisso, porque me provocava tantas sensações diferentes e intensas. Começou durante uma aula de história nacional, enquanto o professor Iruka falava sem parar sobre algo que eu não dava a mínima. Apoiei o queixo na mão e minha mente voou, voou para longe e passei a fantasiar sobre meu primeiro beijo.

Meu primeiro beijo com Sasuke.

Como poderia ser? Eu gostaria que fosse repleto de emoções, como se eu vivenciasse algo diferente e completamente novo; que fosse intenso e me fizesse flutuar. Onde poderia ocorrer? No pátio ou na entrada da escola, na sala de aula depois que todos os outros tivessem ido embora, em uma sorveteria depois de um ou dois picolés de fruta – seria um beijo gelado e bem doce –, ou quem sabe pudesse acontecer em alguma das festas bimestrais? Eu não sabia nem se iria acontecer ou se eu tinha alguma chance, apenas sonhava e imaginava as mil e uma possibilidades.

Eu passava aulas e aulas nas nuvens enquanto idealizava momentos com Uchiha Sasuke. Os beijos passaram a toques mais quentes; eu queria a mão grande dele explorando meu corpo e apertando a minha carne. Como conseguia pensar naquelas coisas se nunca havia passado por nada daquilo antes? Eu podia inclusive sentir cada toque, cada sensação que aqueles pensamentos me proporcionavam, como se fosse uma realidade paralela. E talvez tenha sido por isso que eu acabei ficando cada vez mais presa no estupor.

Cansei de ser chamada a atenção pelos professores, que me viam como uma aluna exemplar anteriormente e passaram a se decepcionar quando parei de mantê-los em foco. Minhas notas diminuíram alguns décimos, mas nada gritante a ponto de chamarem meus pais para uma conversa. Sinceramente, eu não ligava nem um pouco para aqueles números, eu só queria sentir Uchiha Sasuke.

Com o passar dos dias, nossos olhares começaram a se cruzar com mais frequência, eu corava menos quando isso acontecia, embora meu coração continuasse a bater loucamente dentro do peito. Permanecia quente, muito quente. E o tempo passou, eu continuava observando distante, sonhando alto; até que uma vez ele sorriu, e então eu soube – eu simplesmente sentia – que era recíproco.

Três meses depois da transferência de Sasuke para a minha escola, eu descobri que nenhuma das minhas alternativas estava certa, não completamente. A que chegou mais perto foi aquela que sugeria uma festa, só que não foi uma das bimestrais da escola; e sim a de aniversário de Naruto – um garoto loiro da nossa sala que eu conhecia desde sempre e que se tornou melhor amigo do Uchiha.

Na noite da festa, fiquei receosa se deveria ir ou não, mas Ino – como melhor, insistente e única verdadeira amiga – me convenceu. Foi a melhor decisão que tomei, pois quando a festa se encontrava no fim e quase todos já tinham ido embora, as pessoas que sobraram decidiram jogar verdade ou desafio com incentivo do anfitrião. Como eu estava um pouco bêbada, aceitei; caso contrário, jamais teria me enfiado na brincadeira.

Usamos uma garrafa de vodka vazia e começamos. Naruto desafiou Sakura a beijá-lo, nada muito difícil para uma garota atrevida e cheia de autoestima como ela. Ino respondeu com uma gargalhada à pergunta de Gaara sobre sua virgindade, algo que seria invasivo se não viesse do próprio namorado. Depois, Kiba foi desafiado por Lee a dar um selinho em Shino, o Inuzuka riu e o beijo que rolou foi muito mais do que um simples colar de lábios. Todos aplaudiram e assoviaram para os dois, que não pararam de se beijar até que alguém gritou que precisávamos voltar ao jogo.

Quando Naruto girou a garrafa e a boca parou virada para mim, com o fundo virado para Ino, minhas mãos começaram a suar imediatamente, porque ela era a única que sabia dos meus deslizes mentais em relação a Sasuke. E eu tinha plena consciência do que ela era capaz de fazer quanto a isso.

— Verdade ou desafio? — ela questinou, seu sorriso de canto me deixando mais nervosa.

Mordi o lábio interior, olhei de relance para Sasuke e desviei o olhar no mesmo instante ao constatar que ele me encarava de volta.

— Desafio. — A palavra deslizou pela boca sem minha permissão e o sorriso dela aumentou.

— Pois eu te desafio a ficar dentro do armário de casacos com o Sasuke por no mínimo dez minutos — finalizou, seu sorriso triunfante me provocando.

 Faltou pouco para meu coração atravessar a garganta e eu vomitá-lo todinho na frente dos meus amigos. Olhei para o Uchiha, ele sustentava um sorriso de lado deveras malicioso, o qual retribuí com o resquício de uma audácia desconhecida por mim.

— Eu aceito.

Me levantei no instante da fala e Sasuke repetiu o movimento. Um silêncio estranho nos acompanhava desde Ino me perguntando qual escolha eu faria e permaneceu assim até que nós estivéssemos dentro do armário. Sozinhos.

Estava escuro lá, mas não me importei de procurar um interruptor para acender a luz, muito menos Sasuke. Escutei-o girar a chave, o que me impressionou; afinal, quem coloca tranca em um armário de casacos? Não importava, na verdade, porque o que eu queria estava bem na minha frente.

Tudo continuava silencioso tanto lá fora quanto entre nós dois. Só conseguia escutar o som da respiração dele, algo que durou segundos até Sasuke dar uma risadinha e dizer:

— Demorou muito, huh? — A pergunta veio grave e como ondas até meus ouvidos, fazendo um arrepio atravessar minha nuca.

Eu queria responder: sim, demorou demais; mas não tinha voz devido a tamanho nervosismo.  Ele se aproximou e senti cada passo que dava para mais perto de mim. As mãos quentes alcançaram meu pescoço, seus longos dedos se demoraram na minha pele, o local ficou tão quente que poderiam facilmente encontrar marcas de queimadura depois. Os polegares contornaram minha mandíbula, Sasuke tinha seu rosto a centímetros do meu; e tudo o que eu mais queria era que essa distância fosse zero.

Levei minhas mãos aos pulsos dele, prendendo os dedos em volta da pele quente. No instante seguinte o Uchiha colou os lábios nos meus, acabando com aqueles centímetros, como se meu gesto tivesse sido sua deixa. Fechei os olhos, subi as mãos pelos braços daquele garoto que não deixava minha mente em paz, sentindo os músculos definidos por cima da blusa de manga comprida. Ele desceu uma mão para minha nuca e a outra permaneceu na lateral do meu rosto, nossos movimentos durando segundos até inclinarmos nossos rostos e a língua morna procurar pela minha.

Meu coração acelerou e me postei nas pontas dos pés para alcançá-lo melhor, levando as mãos em definitivo para os cabelos negros e, agora eu podia constatar, muito macios. Comecei a ver faíscas atrás das pálpebras conforme meu corpo se esquentava com o aprofundamento do beijo; aquela chama crescia dentro de mim, se apoderando do meu ser.

Sasuke enfiou os dedos nos meus cabelos e os prendeu com força moderada, o gesto permitiu um arrepio atravessar os ombros e enrijecer meus mamilos. A língua dele na minha em uma carícia longa e excitante; as mordidinhas que ele dava no meu lábio inferior; o modo como puxava minha cabeça para trás de leve para me dominar; todas as sensações gostosas demais que ele me proporcionou dentro daquele armário de casacos naquela noite… Ah, todas aquelas sensações me fizeram – e ainda fazem – delirar.

Nós ficamos muito mais do que dez minutos no cubículo apertado nos beijando em meio aos casacos e ao breu; nos sentindo, nos conhecendo sem trocar palavras. Do lado de fora, pareceu tudo muito quieto durante todo o tempo e só saímos porque Naruto bateu na porta para nos tirar de lá. Todos tinham ido embora após uma ou duas rodadas a mais, aparentemente o jogo perdeu a graça ao perceberem que nós não sairíamos do armário tão cedo.

Ele me levou para casa e finalmente tivemos a oportunidade de conversar em vez de trocar saliva. Durante o trajeto, tive a segunda descoberta da noite: a gargalhada de Sasuke era incrivelmente gostosa, um fato extraordinário visto que o garoto quase não ria. Nos divertimos muito aquela noite e, com ela, eu teria material suficiente para sonhar acordada pelo resto da vida.

Uchiha Sasuke já mexia com meu âmago; entretanto, a partir daquela noite, ele passou a ser minha perdição. Se eu já me desligava durante as aulas antes, passei a ver e rever aqueles beijos em frente aos meus olhos até depois que os professores tinham liberado a turma toda. Antes de nós começarmos a ficar, era Ino quem me cutucava ou chacoalhava até acordar; contudo, desistiu e passou o cargo para Sasuke. Então, ele me despertava com um beijo, como a bela adormecida – ou bela acordada, no meu caso.

Todas as minhas fantasias se tornaram realidade, eu não poderia ansiar por nada melhor. Nos beijamos em todos os lugares – principalmente nas salas de aula –, e me deparei com surpresa ao perceber a dor de dente que me acometia ao beijá-lo depois de um picolé ou sorvete. Na entrada da escola, infelizmente no pátio não seria possível devido à grande exposição; em festas bimestrais, com muita música e bebida; na minha casa, na casa dele e em todos os cômodos possíveis.

Nossa relação avançou devagar, aproveitávamos todo o tempo disponível e, nos momentos em que desfrutava da companhia de Sasuke, eu não caía em transe imaginário. Afinal, não havia motivos para tal se o meu maior desejo estava ao meu lado, ou a minha frente; ou atrás, embaixo, em cima… Fosse como fosse, estando com ele, eu não precisava de imaginação.

O que eu mais gostava de lembrar e de usar como distração durante as aulas no final do terceiro ano eram os momentos tórridos que desfrutamos no decorrer daqueles meses. Depois da primeira vez, as segundas, terceiras e quartas aconteceram com muito mais facilidade. Sasuke me proporcionou o ensejo de conhecer diversas sensações inesperadas, diferentes, intensas. E eu descobri que gostava demais de tê-lo dentro de mim; entrando, saindo, deslizando, se afundando.

Ele tinha a capacidade de me deixar molhada só com um olhar e um sorriso ladino. Não sei se por eu conseguir imaginá-lo fazendo tudo o que queria comigo e aquilo me preparava automaticamente para o que viria; ou se aquele brilho me hipnotizava tanto a ponto de me deixar subordinada aos seus desejos em segundos. Talvez fossem as duas hipóteses ao mesmo tempo. Eu apenas tinha a consciência de que queria Sasuke e de que queria ser dele também.

A minha posição preferida – e pensar nela durante a aula de matemática se tornou incrível – era ficar de joelhos, apoiando o corpo com os cotovelos enquanto ele puxava meu cabelo longo para manter minha coluna na posição certa. Sua outra mão sempre  segurando firmemente meu quadril, os dedos apertando minha pele quente pelo desejo, e o pau se enterrando na minha boceta. Definitivamente, imaginar-nos transando era um espetáculo muito mais interessante do que a aula de matemática.

 Eu adorava quando Sasuke apoiava a mão no meu rosto e repousava o polegar sobre meus lábios, sabendo que eu o chuparia logo em seguida. Nessas horas, ele dizia palavras chulas para mim e eu conseguia escutá-lo sussurrando em meu ouvido ao imaginar a cena. Naquele momento, isso só era possível porque eu já havia experimentado antes. Eu não estava mais rodeada por falsas sensações proporcionadas pelos meus lapsos mentais, Uchiha Sasuke me apresentou a todas, uma de cada vez.

As únicas vezes que pude vislumbrar seu rosto corado fora comigo de joelhos a sua frente, chupando o pau grosso e gostoso. Um dos poucos momentos que eu conseguia dominá-lo, que eu conseguia tê-lo quase implorando por mais. Dar prazer a ele era meu prazer também, perdi as contas de quanto eu o imaginei nu em minha frente durante a aula de geografia ou química, mandando que eu mamasse mais, que eu chupasse, engolisse, lambesse, deslizasse minha língua pelo seu pau até ele gozar.

Lembrar seus lábios entreabertos, os olhos negros brilhosos, o modo como lançava a cabeça para trás e eu conseguia ver o contorno marcado da mandíbula quadrada e o pomo de adão… Lembrar-me de cada movimento que ele fazia quando estava prestes a gozar, segurando meus cabelos com força moderada, ditando o ritmo para que pudesse chegar ao ápice só com o calor dos meus lábios e o movimento da minha língua…

Ah… Aquilo me fazia-

— Senhorita Hyuuga? — A voz de Kakashi entrou em meus ouvidos e eu despertei. Pisquei algumas vezes e olhei ao meu redor, alguns alunos me olhavam de volta, o que fez meu rosto corar.

— S-sim...? — engasguei ao dizer, ajeitando a postura.

— Está tudo bem? — ele perguntou e eu fingi arrumar algumas folhas de fichário sobre a mesa.

Meu corpo queimava, gotinhas de suor escorriam pelas minha têmporas, certamente meu rosto estava vermelho – e não era pela vergonha. As coisas que eu imaginava nos minutos anteriores me deixaram naquele estado, conseguia sentir meu baixo ventre cáustico e a calcinha molhada.

— E-estou sim — respondi com dificuldade.

— Muito bem. Preste atenção na aula, sim? Esse assunto cairá na prova de semana que vem. — E eu só balancei a cabeça positivamente.

Respirei fundo e olhei ao redor. Ino tampava o próprio rosto devido à vergonha alheia, bom, eu conseguia entender o lado dela. Mordi o lábio inferior quando meus olhos encontraram os negros de Sasuke, ele sabia o que eu estivera pensando antes e sustentava aquele sorrisinho de lado no rosto. Sorri de volta, mas voltei a morder a boca em um sinal provocativo.

Eu só queria mesmo voltar para a realidade se fosse para encontrar os lábios dele em beijos longos e sôfregos e ser refém daquelas mãos quentes.

As mãos que eu adorava quando davam tapas na minha bunda.

Olhei para frente e voltei a fingir prestar atenção na aula de matemática.


Notas Finais


hehehhe
pois é, gente.
parece que eu finalmente desenferrujei do hentai (emoji de luazinha)
espero que tenham gostado dessa one, digam o que acharam nos comentários hihi <3
ah, me sigam no instagram! @gatitamatsushita (ou, se perferir, tem o link no meu perfil!)
um beijão e até a próxima! :3


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