História Quando for tarde demais - Os primeiros passos

Lily estava fazendo café da manhã especial para seus filhos, era o aniversário de 7 anos dos meninos e eles teriam um bolo no final da tarde e James havia prometido aos meninos que jogariam Quadribol. E ela sorriu a visão dos seus filhos descendo animadamente as escadas e quando ambos se sentaram à mesa ela colocou o prato de panquecas e calda de chocolate a frente deles.

Will começou a empilhar imediatamente as panquecas em seu prato, mas Harry ficou parado encarando a comida.

— Coma Harry, fiz panquecas pra vocês dois, sei que vocês amam.

— Eu estou sem fome. – Harry disse de forma desanimada.

— Harry se é você não comer não jogará Quadribol. – James disse por trás do jornal que estava lendo. – Harry só suspirou e pegou uma panqueca colocou muito chocolate.

— Harry! – Lily olhou para o prato entupido de calda. – Com essa quantidade de chocolate você não sentirá o gosto das panquecas. – e com isso retirou parte da calda do prato do menino. – Os Weasleys chegarão em meia hora, comam pra poderem ir brincar. – Lily começou a comer não notando a hesitação de Harry ao comer. Nem 5 minutos depois uma coruja de celeiro entrou pela Janela e entregou a Lily uma carta e esperou.

O sorriso de Lily morreu ao ler seu conteúdo e hesitantemente ela chamou a atenção dos ocupantes da mesa.

— Meninos eu sinto muito, mas conseguimos uma consulta de última hora e precisaremos ir agora.

— Mas mãe, papai prometeu jogar Quadribol com a gente! – Choramingou William.

— Sem problema, podemos levar vassouras e jogar depois. – James disse sorrindo para seu herdeiro.

— Eu também vou? – Harry perguntou, a esperança tingia sua voz, porém somente olhando o sorriso de seu pai deixando o rosto ele já sabia a resposta – Vou chamar tio Sev. – E saiu de ombros baixos da mesa, porém, antes de eu passar pelo limiar da porta James o chamou – Filho quando voltarmos podemos comemorar seu aniversário e jogar Quadribol. – Harry só deu de ombros e foi direto para a lareira.

Ele, em vez de fazer uma chamada, foi direto ao seu tio, ainda era cedo, oito horas talvez, mas ele sabia que seu tio estava no laboratório. Então ele desceu a escada que levaria ao porão/laboratório, e bateu à porta que foi aberta rapidamente. Severus só o olhou nos olhos por um tempo antes de pegá-lo no colo e se dirigiu à cozinha depositando a criança chorosa na cadeira. Indo aos armários e pegando o material, ele começou a fazer o café da manhã preferido de Harry que era omelete de queijo com presunto e suco de laranja.

A criança nada falou e comeu devagar, as lágrimas ainda desciam de seu rosto enquanto Severus o observava. Depois de comerem, Harry viu seu tio indo até a sala e voltando com dois pequenos envelopes. Ao abrir o primeiro o menino de imediato deixou de chorar e sorriu, ainda que um sorriso pequeno e meio sem graça, porém ao abrir o segundo o grito de felicidade soou de forma que poderia ser ouvido, se não fosse pelas proteções, do outro lado da rua.

Harry adorava criaturas mágicas, mas nunca havia indo a um zoológico trouxa e por tanto essa seria a primeira parada do dia, já a segunda parada seria também na Londres trouxa, porém seria em um observatório. Harry gostava de aprender e sua mais nova fascinação eram as estrelas, ele de alguma forma descobriu que algumas runas, seu vício anterior, funcionava em alinhamento com certas constelações, porém as constelações envolviam mais do que seu interesse por runas.

Severus ensinou a Harry sobre poções desde os 4 anos. Obviamente ele só dava a criança água e corante, mas Harry sempre o observou e então quando aprendeu a ler seu primeiro interesse foi em poções. Ele começou a pensar em tudo o que poderia melhorar uma poção. Quando a criança atingiu a idade de 6 ele começou a passar o material do primeiro ano de Hogwarts, um ano depois ele já tinha todo o conteúdo da terceira série pronta. Severus também o ensinou outras matérias, como matemática, línguas, porém Harry tinha uma paixão imensa por poções e defesa. Ele tentou ensinar transfiguração ao menino também, só que o mesmo não gostava, ele não insistiu muito uma vez que Severus também não era muito bom.

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Harry voltou a mansão Potter para trocar de roupas só para descobrir que sua família tinha ido sem falar nada. Ao abrir a porta de seu quarto ele olhou para a montanha de presentes em cima da cama, porém os ignorou e foi ao armário pegar roupas trouxas. Não haviam se passado nem 20 minutos e já estava de volta, Severus deu um meio sorriso e saíram para sua primeira aventura do dia.

O zoológico era exatamente como Harry esperava, ele achava um tanto triste as criaturas presas, porém sabia que muitas era vítimas de tráfico e por tanto eram cuidadas. A maior surpresa e preocupação por parte de Severus, a enorme cobra Boa Constrictor e Harry tiveram uma conversa interessante, não que alguém diferente de Harry entendesse, mas só o fato de Harry entender a cobrar era preocupante, mas no momento ele resolveu deixar de lado e comprar um sorvete.

Sua próxima parada foi em um museu que ficava a frente do observatório, o museu possuía fotos de expedições espaciais, pedras de meteoritos entre outras coisas. Já no observatório era possível observar as estrelas tanto pela tela de computador quanto pelo gigantesco telescópio que existia.

Harry descrevia animadamente o que via para Severus, tão animado que chamou atenção de um senhor muito enrugado e de vestes que ficava frente a frente com Dumbledore no quesito estranheza. O velho era obviamente um mago e Severus sentiu sua magia o rondando e por tanto segurou a varinha o mais firme o possível.

Harry se é assustou ao ser puxado de repente para as costas de Severus e olhando para cima ele viu a varinha de seu tio encostada em um homem que em muito parecia com Dumbledore, talvez exceto pelos grandes olhos verdes como o de Harry. O homem sorria como se a situação toda fosse divertida.

— Severus Snape certo? – o homem nunca deixou de sorrir – o mais jovem mago pocionista do mundo. Nicolau Flamel – o homem entendeu a mão em cumprimento, mãos essas que só forram apertadas depois que Severus se recuperou do choque. O homem velho então se ajoelhou e olhou pra Harry – E você, pequeno entusiasta de astronomia, quem é?

— Harry Potter senhor – disse apertando a mão que também lhe foi oferecida.

— A muito não vejo um Jovem com tanto entusiasmo pelo estudo das estrelas, o que te deixa tão excitado nelas?

— Não é exatamente nelas que tenho interesse – Flamel levantou a sobrancelha em questionamento então Harry continuou – Runas são influenciadas por alinhamentos estelares e por movimentos da terra e dependendo disso posso ter uma aplicação de runas em poções. – O jovem Potter terminou sua fala com um olhar sonhador.

Nicolau então se levantou, de forma impressionante para um senhor de idade e sorriu.

— Há uma lanchonete aqui perto e ouvi que eles têm uma bebida de sorvete incrível podemos lanchar lá enquanto conversamos.

Com isso o velho homem vestido com uma túnica púrpura com pequenos triângulos dourados foi seguido.

Quando for tarde de mais eles perceberão que perderam os primeiros passos