Willian estava além de irritado com o seu melhor amigo. A raiva que estava sentindo do outro garoto estava além de palavras. Durante as duas ultimas semanas o garoto só chegava perto dele para gritar o quão ruim Harry é, e ele estava ficando muito puto com tudo isso. Harry e ele foram criados separados por culpa dos seus pais idiotas, o vínculo de gêmeos foi esticado e eles só entenderam o quão perigoso foi isso, quando o vínculo voltou a se restabelecer. E era por isso que ele estava puto.
- Ele não deveria está aqui! – Gritou Ron. Em parte ele estava certo, afinal era o salão comunal da grifinoria, mas desde que Harry os estava ajudando com algumas matérias, ninguém estava se incomodado com o uniforme verde e prata do seu gêmeo. Suspirando ele se levantou e puxou Ron por para o quarto deles.
- Você quer que eu pare de falar com Harry certo? – Questionou ao menino ruivo que imediatamente concordou. – Tudo bem, eu farei isso. – Deu um sorriso duro – porém você terá que parar de falar com todos os seus irmãos.
- O que?
- Você quer que eu me afaste da minha família então eu exijo que você se afaste da sua família.
- Você não pode estar falando sério – Gritou o menino – Meus irmãos não são maus. Eles são grifinórios.
- Eu estou falando muito sério – A porta se abriu atrás deles, mas nenhum dos dois deu atenção a isso – Você quer que eu me afaste do meu irmão gêmeo. Você entende o que está me pedindo? Você entende o quanto machuca a nos dois? Meus pais idiotas nos separaram e separaram nosso vínculo e você quer ajudar a destruir o pouco que estamos reconstruindo? Se você não pode entender meu laço com Harry então você não pode ser meu amigo e se quiser nossa amizade de novo você terá que aceitar meu gêmeo. – Dito isso Will virou-se para a porta e deu de cara com seu gêmeo e os gêmeos Weasley. Ele e Harry saíram e deixaram os gêmeos ruivos para trás, pois sabia que apenas eles poderiam compreender o vínculo e talvez colocar algo na cabeça dura de Ron.
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- Você sente falta dele – Harry disse se sentando ao lado de seu irmão que parecia triste olhando para Ronald troll Weasley.
- Eu acho que é mais como estar acostumado a algo e não ter mais aquilo. – Disse Will suspirando – Nós conversamos ontem. Eu achei que depois de dois meses ele iria finalmente entender. – Sacudiu a cabeça – Ele era meu melhor amigo, vou senti sua falta, mas se ele, que tem sete irmãos, não pode entender o significado de família então e melhor me afastar. – Suspirou – Que foi?
- Onde foi meu irmãozão cabeça de vento? – Harry olhava para Will como se ele fosse uma criatura estranha. – Acho que o feitiço de atrofiação cerebral está perdendo o efeito sobre você.
- A casa da Sonserina deve o contra feitiço – Completou Draco entrando na brincadeira e Will deu uma cotovelada nas costelas de Harry.
- Hey! – Harry soltou um leve gemido e esfregou as costelas – Recebi cartas hoje. – disse mudando de assunto. – Até quando vai ficar sem falar com eles?
- Até eles entenderem a grande burrada que fizeram. – Will disse teimosamente. Harry deu um sorriso de lado e jogou um braço por cima dos ombros de seu irmão.
- Will, Will, Will eles são grifinórios com cérebro atrofiado, você tem fazê-los se corroer de culpa e depois conseguir algo que quer para eles acharem que você os perdôo.
- Você é malévolo
- Acho que a palavra é maquiavélico - Harry se endireitou – Podemos aproveitar e conseguir aquela viajem ao Arzebaijão – Will olhou para Harry sabendo muito bem o que ele queria dizer com viajem ao Arzebaijão e que em nada tinha haver com o país.
- Eles não disseram que é perigoso?
- E é exatamente por isso que devemos fazer toda a viajem de culpa.
- Por que eu tenho certeza que vocês não estão falando de viajem. – Disse Theo Nott e ambos os gêmeos sorriram.
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Harry estava na parte leste do castelo, próximo a torre da Grifinória, pouco antes do toque de recolher de todos. O seu mapa estava indo muito bem, obrigada e os quadros estavam ajudando com as passagens secretas. Por estar próximo ao horário de se recolher, ele não esperava ninguém por perto, mas claro que sua sorte não era boa, principalmente quando ele foi empurrado para a parede e sentiu seus óculos de descanso quebrar junto com seu nariz e obviamente sentiu sua magia reagir e jogar seu atacante longe.
Pegando sua varinha, ele conjurou um patrono não corpóreo e enviou uma mensagem para seu pai que chegou cerca de cinco minutos depois.
- O que aconteceu? – Questionou enquanto consertava seu nariz e óculos
- Alguém me atacou por trás, não vi quem foi, mas o joguei pela escada. – Severus então o entregou um lenço para colocar no nariz sangrando e foi atrás do atacante, só para encontrar Ronald Weasley desmaiado. Jogando um feitiço viu que o menino estava com uma concussão e o tornozelo torcido.
- Harry venha. – Severus levitou o menino desmaiado enquanto guiava Harry pelas escadas até a enfermaria no primeiro andar.
- O que aconteceu? – Questionou Poppy assim que passaram pelas enormes portas da enfermaria.
- Esse imbecil me atacou – Disse Harry, mas tudo o que saiu foi um “ene imecil me amacou” uma vez que seu nariz ainda sangrava.
- O senhor Weasley decidiu que é uma boa idéia atacar alguém por trás.
- Esses garotos! – Exclamou com raiva – Harry continue pressionado o nariz e Severus, chame Minerva, por favor? – Ambos fizeram o que lhes foi dito enquanto a enfermeira verificava o menino desmaiado. Poucos minutos foi o que levou para a chefe dos leões acompanhada do diretor chegar.
- Posso ouvir a história? – Questionou sério o diretor
- Weasley atacou Harry por trás e a magia de Harry o defendeu jogando o menino escada a cima. – disse Severus com raiva olhando para o diretor. Ele tinha visto aquele olhar antes, foi o mesmo olhar que recebeu quando Black quase o matou quando o enviou até a casa dos gritos.
- A magia dele atacou? – Repetiu o velho – Então ele não tem controle da magia.
- Eu tenho seu velho estúpido – disse Harry, mas claramente agora que a enfermeira fez o sangue parar de fluir.
- Então atacou o senhor Weasley por vontade própria?
- Você não vai jogar nele a culpa por ter se defendido – Disse Severus retirando o olhar do diretor do menino para o homem – O senhor o Weasley o atacou e ele se defendeu do leão estúpido – disse apontando para o menino desmaiado – vai ficar em detenção por um mês.
- E eu concordo com ele – disse Minerva finalmente falando – O que pensa que está fazendo Albus?
- Ele quer arranjar alguma forma de trazer os Potter ou o Lord Peverell para ele. – disse Harry e ele pode ver que era a verdade uma vez que ouve uma leve empalidecida no velho. – Não se preocupe, vou enviar uma carta a ele, tenho certeza que ele ainda pode conseguir aquela vaga em Ilvermorny como ele queria. – O velho nada falou, apenas deu meia volta e saiu da enfermaria.
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Sua cabeça doía, suas costas doíam, seu pé doía ainda pior. O que aconteceu? Ele abriu os olhos e ainda estava escuro, mas podia ver que em breve o sol iria surgir e então veio a memória, aquela cobra escorregadia iria pagar por isso.
- Você está com dor? – Harry Potter questionou ao seu lado
- Você! – gritou – sua cobra traiçoeira!
- Você me ataca por trás e eu sou traiçoeiro? Muito corajoso de sua parte Weasley.
- Onde está madame Ponfrey? – questionou ao invés de discutir com o outro menino.
- Ela foi até meu pai e me pediu que te entregasse isso – Harry apontou para a mesinha a qual tinha uma poção. Ele se esticou para pegar mas o outro menino puxou para longe.
- Me dê isso! – gritou fazendo com que sua cabeça doesse mais
- Eu vou – O menino foi até o final de sua cama e se sentou – mas antes vamos conversar. Por que você faz aquilo?
- Você fez o meu melhor amigo brigar comigo.
- Você é mais estúpido do que pensei, ainda bem que meu irmão se livrou de você.
- Ele só brigou comigo por sua causa. – Ele suspirou e Ronny não entendeu por que parecia triste.
- Seus irmãos te falaram sobre o vínculo de gêmeos?
- Eles só estão brincando comigo – aquilo não tinha como ser verdade.
- Eles não estavam – Então a cobra demoníaca dos infernos apertou seu pé que doía e ele gritou, sentindo o conteúdo de seu estômago voltar ele fez um imenso esforço para se afastar dele e logo em seguida a poção foi jogada em sua boca e o alívio foi instantâneo. – Você sentiu isso? O alívio? Foi isso o que eu e Will sentimos quando nos voltamos há ficar mais tempo juntos. Mas, ao contrário do alívio imediato que você sentiu, em nós dois ainda dói, e vai ser assim por um tempo, por um longo tempo.
- Isso é mentira! – gritou – Isso é besteira, você que está fazendo alguma coisa com ele, você é uma cobra escorregadia e ruim.
- Fico triste por você, meu irmão apesar de ser meio lerdo é uma boa pessoa e você está perdendo isso por que é um idiota cego – ele sacudiu a cabeça – Mas fico feliz por meu irmão que está tirando uma pessoa egoísta da vida dele. – então ele saiu e Ronny queria socá-lo novamente, claro que essa vontade ficou pior quando Will entrou na sala e ficou abraçado com Harry e nem perguntou com ele estava. Ambos dormiram sobre o olhar irado do ruivo.
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Era a ultima aula antes do feriado de páscoa Harry e Will guardaram os materiais e limparam as bancadas de poções, enquanto aguardavam o final da aula. Dez minutos, foi o que demorou para a aula acabar e todos saírem da sala deixando os gêmeos Potter com o temido professor de Poções.
- Você tem certeza que quer fazer isso? – Questionou Severus ao seu filho.
- Sim, Tom, dentro do Limite, confia em mim.
- E se esse limite for ultrapassado? – Will perguntou e a preocupação era palpável.
- Quem recusa chocolates? – Harry riu – Vamos lá.
Cinco minutos foi o que demorou um convite e uma aceitação serem feitas e quando for tarde de mais eles perceberam que às vezes nem sempre o que parece certo, é de fato certo.
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