Narrating de Sakura:
Meu coração disparou, minha respiração parou aos velos parados nos observando sem compreender o que estava acontecendo. Fitei meus amados irmãos e por um momento desejei que isso tudo fosse um sonho... Eles iriam sofrer tanto quando soubesse que esta pessoa na realidade era o nosso pai, que nos abandonou e agora voltou.
Olhei meus meninos e não conseguir segurar as lágrimas, o olhar preocupado deles sobre mim partia meu coração.
Olhei para a pessoa que nos abandonou, era difícil de acreditar que ele era meu pai:
— Sakura o que está acontecendo aqui. – Sasuke estava apreensivo, caminhou para meu lado colocando a mão sobre meu ombro.
Minha cabeça estava girando, não conseguia raciocinar direito... Não sabia o que fazer e nem o que dizer naquele momento, eu apenas conseguia pensar em como meus irmãos iriam sofrer com tudo isso, e tentar achar uma maneira de amenizar a dor deles:
— Sayuri, Yuriko, Eduarda... Será que vocês podem nos da licença por enquanto.
— Mas m-
— Agora não é o momento para protesto, depois conversamos. – Ordenei sem rodeios, era inevitável não contar para eles o que estavam acontecendo, mas tentaria amenizar a dor.
Sem mais questionamento eles se retiraram do comado, ficando apenas eu, Sasuke e Fubuki... Meu pai.
Sasuke me olhava de maneira preocupada, Fubuki estava receoso:
— Sakura o que está acontecendo aqui? Quem é esse homem?
— Esse – Olhei nos orbes escuros do Sasuke, que mostrava preocupação. – Esse é meu pai.
— Mas ele não t-
O Uchiha arregalou os olhos por causa da minha revelação:
— Sim... Aparentemente surgiu do nada, mas não deixa de ser meu pai que me abandonou, a mim e aos meus irmãos.
—Foi para manter você e seus irmãos a salvo, eu não queria ter deixado vocês para trás, mas não tive outra escolha.
— Como assim? – Sasuke perguntou confuso e meio que preocupado. – Escutei você dizendo que o acidente de Sakura não foi proposital. Foi uma tentativa de assassinato?
— Infelizmente.
— O que isso tem haver de você ter nos abandonado? – perguntei mais calma.
— Antes de qualquer coisa é melhor sentar, o que tenho para contar e longo. – Sem protesta eu sentei, Sasuke ficou do meu lado segurando minha mão.
Olhei para ele, o Uchiha me lançou um olhar de compaixão, dizendo que estava do meu lado a qualquer custo:
— Quando estava na adolescência me casei com uma mulher chamada Dani, não foi um casamento de amor, porém de negocio. Meu pai queria aumentar o lucro da família Haruno que estava a beira da falecia então propôs esse casamento, ele sabia que a filha mais nova da família Akasuna gostava de mim, então aproveitou essa chance. – Ele me olhou, seu olhar estava repleto de incertezas. – Mas eu não gostava dela, estava apaixonada por outra garota... Sua mãe, que era apenas uma pessoa simples. Eu não queria casar com a Dani, mas não tinha escolha. Meu pai era muito influente e não negaria esforços para que o casamento acontecesse, seria capaz até de matar.
Passou a mão pelo cabelo ao soltar um longo suspiro... Prestava atenção em cada palavra que ele dizia, estava difícil eu me conter diante de tudo que estava acontecendo comigo:
— Então eu me casei e alguns anos se passaram, mas eu não conseguir se feliz ao lado da Dani, eu não conseguir esquecer a Mebuki. Quando estava terminando minha faculdade de direito eu a reencontrei novamente e não conseguir mais me conter. – Ele abriu um sorriso triste nos lábios. – Sabia que o que estava fazendo era errado, mas eu amava de mais.
— Então se tornaram amantes? – O Uchiha segurava minhas mãos.
— Sim... Mas eu não pretendia levar isso adiante, pretendia acabar tudo com Dani para ficar com a Mebuki.
— E o que mudou?
— Dani engravidou. – soltou um suspiro pesado. – As coisas ficavam cada vez mais complicada, depois que minha filha nasceu eu me afastei da Mebuki, pensava que nunca mais ia vela e mais alguns anos se passaram, minha filha já estava com sete quando voltei a reencontra sua mãe, e mesmo com todo esse tempo separados eu a amava profundamente, e mesmo não querendo trair minha esposa novamente eu fraquejei... Foi apenas uma noite, uma única noite.
Ele fez uma pausa, parecia esta sendo difícil relembrar tudo o que havia acontecido entre ele e minha falecida mãe:
— Foi então que você foi concebida... Naquela noite Mebuki engravidou e eu me vi num beco sem saída, então entramos em dois relacionamentos, duas famílias diferente.
— Bigamia... Isso não é crime?
— Sim, você poderia ser preso por burlar a lei. – Indagou meu namorado olhando Fubuki. – Como conseguiu se safar dessa?
— Não sei... No começo foi complicado viver com duas famílias diferentes, mas com o passar dos anos as coisas iam se normalizando.
— Então o que deu errado?
— Dani descobriu tudo, Sakura. – Suspirou. – Eu pensava que conhecia a mulher com quem tinha me casado, mas eu estava errado... Eu sei que não agir certo com ela, mas Dani era uma pessoa muito vingativa, ela não se importava com os outros apenas com sigo mesma.
— Era?
— Ela morreu, mas antes envenenou nossa filha contra mim, contra sua mãe e contra você e seus irmãos.
— Como assim?
— Ela mesmo se envenenou, e fez com que isso parecesse nossa culpa, fez minha filha acreditar que a culpa de tudo era minha e da minha outra família, e por isso ela quer vingança.
— A morte da minha mãe, meu quase acidente... Isso tudo foi causada por sua outra filha? – Questionei ligando os pontos. – Ela que nos matar?
Estava atordoada com tanta informação... Passei a mão pela face para retirar o excesso de lágrimas que li estava. Não dava para acreditar que minha mãe foi assassinada, meu pai apareceu e minha irmã desconhecida estava querendo me matar e aos meus irmãos:
— Qual o nome dela?
— De quem?
— Da sua outra filha, minha irmã. – Ele parecia meio relutante ao falar, lançou um olhar para mim e depois para o Uchiha, e por um breve segundo ele o olhou de uma tal forma que eu não conseguia diferenciar.
— Daniela.
Narrating de Yuriko:
— Eles estão demorando muito lá dentro. – Sayuri comentou se jogando no sofá.
— Tia Sakura estava muito aflita quando entramos no escritório.
— E chorando. – Acrescentei andando de um lado para o outro. – O que será que está acontecendo?
— Para de ficar andando de um lado para o outro Yuriko, sei que está preocupado, mas ficar assim não vai adiantar nada. – Indagou minha namorada que estava me observando.
— Não tem como! O que eu quero saber o que aquele homem quer com minha irmã, virão como estava o clima pesado no escritório?
— Eu percebi. – Indagou Sayuri se sentando no sofá. – Eu também estou preocupado, mas como Eduarda disse, não adianta nada você ficar andando de um lado para o outro.
— Estão vindo. – Indagou Eduarda olhando a porta da biblioteca se abrindo.
Os observei enquanto caminhavam em nossa direção, minha irmã estava com o olhar baixo, Sasuke estava do lado dela segurando sua mãe, já o homem misterioso estava com um olhar preocupado:
— Crianças, precisamos conversa. – Minha irmã falou levantando o olhar, pude notar que seus olhos estavam muito vermelhos e inchados. – Sasuke, você e Eduarda podem nos deixar sozinhos.
— Qualquer coisa é só me chamar. – Falou indo até a filha, os dois saíram do comado.
Ela pediu para que eu e Sayuri sentassem, o homem misterioso se sentou do lado dela:
— O que está acontecendo? Para que todo esse mistério?- Sayuri questionou estranhando o comportamento dela.
— O que eu tenho para falar é um pouco complicado. – Ela começou meio sem jeito. – Eu preferia não contar o que está acontecendo para vocês, mas não posso negar o direito á vocês saber sobre isso.
— Sobre o que? Vá direto ao ponto e não fiquem enrolando. – Disse notando o nervosismo dela.
— Essa pessoa aqui... Ele é, ele é nosso pai. – Minha irmã disse quase como um sussurro, mas deu para entender perfeitamente.
— O que?
— Hã?
— Não estou entendendo, como assim meu pai? – Questionei intrigado, ela estava querendo fazer algum tipo de brincadeira comigo?
Como assim ele era meu pai?
Não é possível!
O que ele estaria fazendo aqui depois de nos ter abandonado?
— Yuriko, eu sei que é difícil de aceitar, mas é a verdade... Eu-
— Você não tem que explicar nada, e sim ele. – A cortei seriamente. – E ele que tem que esclarecer as coisas por aqui.
— Mas-
— Yuriko está certo, é ele que nos deve explicação e não você. – Sayuri a cortou, pude notar que sua voz saiu meio falha. – Então, o que você pretende nos dizer? Por que voltou agora?
— Eu me arrependi... Sei que o que fiz não foi certo, mas falar de motivos é um meio de achar desculpas. Só quero reconquistar o que deixei para trás... Eu errei como pai, mas peso que me deem uma segunda chance.
— E o que mais? Quero saber a historia e não metade dela.
— Quando eu estava na...
Narrating de Sakura:
— Você está bem. – Sasuke sentou na cama me abraçando. – Você está pensativa.
— Estou confusa.
— Não é para menos, você descobriu que a porte de sua mãe foi proposital, você e seus irmãos correm risco e seu pai está de volta, tirando que tem uma irmã.
— Os meninos, eles estão distantes depois de saber disso tudo.
— Você fez o certo.
—Eu sei, mas eles deveriam saber realmente o que aconteceu, não parte dela. – Soltei um longo suspiro pesado.
— Ameniza as coisas foi a melhor coisa que você poderia te feito. – Ele me olhou nos olhos. – Eles não precisavam saber que a mãe foi morta e que a meia irmã estava querendo matar vocês, eles são apenas crianças... Então deixe Sayuri e Yuriko acreditarem que o pai dele os deixou por causa de uma mulher.
— Você está certo. Obrigada por está comigo, eu te amo.
—Também de amo, virgem Maria.
— Palhaço, eu não sou mais virgem.
— Mas conseguir fazer você ri. – Foi só então que percebi que era verdade, o que me fez alarga mais o sorriso.
— Você é incrível, por isso te amo... Muito!
— Bom, que tal agente deitar e ficar agarradinhos namorando um pouquinho, garanto que te faço esquecer o mundo rapidinho.
— Convencido hein. – Abrir um sorriso nos meus lábios. – Eu topo.
— Então se me permite madame. – Ele se aproximou de mim de vagar.
Sasuke colocou seus lábios nos meus iniciando um beijo calmo, aos poucos ele aprofundava o beijo. Por mais que eu beijasse ele eu não me cansava, dos lábios quentes e molhados colado nos meus, do sabor e principalmente do desejo que ele sente por mim.
Sasuke me empurrou de vagar para cama, ficando por cima de mim... Então finalmente nos amamos.
Narrating de Daniela:
— O que você fez?
— O que tinha que te feito a muito tempo. Daniela, já basta.
— Você não entende o que eu passei. – Ralhei enfurecida. – Você matou minha mãe, destruiu minha família.
— Eu não a matei. – Gritou com raiva. – Sua mãe era uma doente homicida, ela se matou para arma esse cirquinho todo, você não vê?
—Não venha sujar a imagem da minha mãe, ela foi uma boa pessoa você a destruiu, foi você que brincou com os seus sentimentos dela, foi você que causou tanta dor e sofrimento a ela, foi você que a matou, PAI!
— Dani te manipulou e colocou você contra mim, contra seus irmãos-
— Meios irmãos. – Esclareci o encarando com raiva. – Você não tinha o direito de contar a eles sobre mim.
— Você está ficando como sua mãe, está enlouquecendo aos poucos minha filha, está perdendo a sanidade das coisas.
— Não me chame de filha. – Gritei. – Você não tem esse direito, você nos abandonou, a mim e a minha mãe... Não foi fácil saber que fui rejeitada pelo meu próprio pai. – Não conseguia mais me conter, lágrimas grossas deslizavam pela minha face.
Tudo que eu sentir naquela noite no qual minha mãe morreu veio a tona, era tão difícil lembrar de tudo, tão doloroso e torturante. Ainda me lembro da minha mãe no leito de morte, de como ela chorava:
— Onde você estava, onde estava quando minha mãe estava no leito da morte? Eu era uma criança, e estava sozinha quando minha mãe morreu, você não estava lá, não me confortou com palavras doces e muito menos me deu o ombro para chorar.
— Eu sinto muito, eu n-
— Você nunca soube, porque você não estava lá, e sim com a sua outra família.
— Daniela, ainda da tempo de voltar a trás minha filha, ainda não é tarde.
— Pra mim já é... Você já tirou tudo de mim.
— Você construiu uma família, mas os abandonou por causa da vingança.
— Isso não tem nada haver.
— Ainda á tempo de mudar, ainda não é tarde. Mas já fique avisada, eu não deixarei você machuca-los. – Ele caminhou em direção da morta.
— O que exatamente você contou a eles?
— Não se preocupe, contei apenas o necessário... Não quero farda-los a mais sofrimentos. – Ele olhou para trás, me encarando. – Como eu disse antes, ainda há tempo de você voltar a trás, nem tudo está acabado... Você tem uma filha linda que pensa que a mãe morreu, já o marido não sei se há possibilidade de recuperá-lo, Daniela Uchiha.
Ao termina de falar ele se retirou do local, me deixando sozinha.
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