POV NARRADOR
O homem em torno dos seus 50 anos, andava apressado pelo longo corredor, chegando então ao um grande escritório.
- Espero que tenha sido algo muito importante para eu ter sido chamado até aqui! – Pigarreia adentrando no local.
- Prefeito! – Um homem com os fios de cabelos perfeitamente alinhados o cumprimenta cordialmente.
- Qual a emergência dessa vez? Eu estou com pressa, a minha mulher...
- Prefeito, o maior shopping da cidade está em quarentena. – Uma mulher levanta do banco exibindo em seu tablete imagens.
- O que? – Franze o cenho.
O outro homem decide se pronunciar – Não sabemos a principal causa disso, mas achamos que um vírus ou algo do tipo espalhou-se pelo local, fazendo com que as pessoas agissem de modo estranho.
- E?
- Continuando... As imagens enviadas deixaram obvias o quanto essas pessoas que foram infectados começassem a... A...
- Não estou entendendo vá direto ao ponto. – Bufa impaciente.
- Começassem a atacar umas as outras, como se fossem canibais... Olhe essas imagens enviadas. – Suas mãos de fato tremiam – O que está ocorrendo... Essas imagens não podem chegar à mídia, temos que trabalhar para que isso se resolva o mais rápido possível.
O prefeito massageia as têmporas – Quero esse lugar totalmente lacrado, fechado, ninguém dentro dele poderá sair, e ninguém fora dele poderá entrar, entre em contato com o governador.
- Talvez iremos precisar também do exercito, todo precaução deve ser tomada. Irão cercar todo o shopping.
- Faça o necessário... Se tivermos que botar esse shopping para baixo, assim faremos...
- - - - -
A porta do elevador se abre.
Henry: Finalmente, finalmente... – Fecha os olhos, aspirando o ar.
Evan: Não acho que seja um momento para comemorar... Não sabemos se esse lugar está livre deles – Olhava atentamente cada local visível daquele ambiente. As lâmpadas do estacionamento continuavam acesas emitindo luz branca – O local pelo jeito continua intacto.
Lucy: Só vamos descansar agora, por favor... – Seus ombros caem, se rendendo ao cansaço e exaustão.
Zac olha para Evan suplicando com o olhar.
Evan: Certo. – Acena positivamente – Fiquem por aqui enquanto eu e o Nicholas iremos atrás dessa entrada para o esgoto.
Jerry: Eu vou com vocês!
Evan: Não! Você está com o tornozelo quebrado, é melhor ficar por aqui, nós vamos tomar o maior cuidado possível.
Henry: Tome cuidado, certo? – Abraça Nicholas pela cintura, enterrando a cabeça em seu peitoral.
Nicholas: Você vive me falando isso... – Sorri – Irei tomar, prometo... – Baixa a cabeça tomando os lábios de Henry em um beijo cuidadoso e caloroso. Henry o aperta mais, não queria deixar Nicholas ir – Meu amor...
Henry: Tá bom, tá bom... – O solta, mas não largando a sua mão.
Rebecca: Escutaram isso? – Se afasta dos outros, olhando ao redor. Capta mais uma voz um som de buzina de carro.
O som foi se repetindo cada vez mais.
Evan: Está vindo de lá. – Aponta para frente.
Zac: Acho melhor ficarmos aqui... – Responde medroso.
Henry: Não, pode ser alguém pedindo por ajuda, vamos lá. – Anda a frente, em direção ao som.
Mesmo com um pé atrás, os outros o seguiram.
O som invadia os seus ouvidos, ficando cada vez mais forte enquanto se aproximavam.
Henry: Ali! Ali! – Aponta para o carro preto de onde provinha o som.
Nicholas: Henry espere... – Seu namorado não perdera tempo, sendo o primeiro a chegar perto do carro.
A janela do carro se abre, uma moça põe a cabeça para fora – Oh meu deus, muito obrigado. – Agradece, em seguida abre a porta do carro de modo desesperado e desajeitado – Que bom que me ouviram, já não sabia mais o que fazer.
Rebecca: Você está bem? Foi mordida? – Pensava que antes era melhor se prevenir. Se aquela moça estivesse mordida infelizmente não poderia ajuda-la.
- Sim, não fui mordida, estou ótima, me chamo Helena... Pensava que não iria achar ninguém mais que fosse vivo ou que não fossem uma daquelas coisas. – Seus olhos marejam, seu medo era de poder nunca mais sair dali.
Henry: Certo Helena, precisa de alguma ajuda? Quer se juntar a nós? – Via o estado daquela moça, queria transparecer tranquilidade para que ela se acalmasse um pouco.
- E como preciso... O meu irmão está no carro, ele perdeu muito sangue. – Um soluço se escapa.
Nicholas: Ele foi mordido?
- Não, não... Graças a deus não. Ele acabou se acidentando enquanto tentávamos fugir de algumas daquelas coisas... – Deixou de tentar controlar o seu choro – Foi horrível, assustador... – Seus fios bagunçados se espalhavam pela testa - Eu vi o meu marido se morto por um deles... Eu... Eu...
Henry: Estamos aqui, vamos ajuda-la. – A abraça, a moça imediatamente retribui desesperada e necessitada.
- Obrigada, muito obrigada. – Agradece – Por favor, ajudem o meu irmão.
Rebecca: Deixe-me vê-lo. – A moça com as mãos tremula abre a porta traseira do carro.
Um grosso pano cobria um garoto de cabelos castanhos. Deitado o mesmo se remexe fazendo esforço para se sentar no banco – Helen... – Sua voz sai falhada.
- Oi meu querido, eu encontrei ajuda. – Sorri amavelmente para o garoto, se aproxima acariciando o seu rosto.
Rebecca: Quantos anos ele tem?
- 15, ele só tem apenas 15 anos... – Se afasta do banco, para assim os outros poderem o visualizar.
O garoto olhava amedrontado para todos ali, seus olhos também castanhos mostrava visivelmente o seu medo.
Rebecca: Qual é o seu nome? – Tenta transparecer o mais natural e calma possível, o garoto parecia se assustar com qualquer olhar dirigido a si.
- Nick.
Ouvir aquele nome foi como se um soco tivesse sido dado em seu estomago.
Rebecca: Certo Nick. – Tenta manter a pose de antes – Você me deixa ver sua ferida. Pode confiar em mim, ok?
- Claro, aqui. – O garoto se aproxima estendendo o seu braço. Rebecca puxa para cima a manga da camisa, podendo visualizar um grande e profundo corte em seu braço – Nossa.
Henry: Quero ver! – Curioso se aproxima. Seus olhos em seguida se arregalam – Infectou?
Rebecca: Quanto ele está com essa ferida? – Pergunta a irmã.
- Umas duas horas, mais ou menos... Eu tentei amarrar com um pano para estancar o sangramento, mas não adiantou muito. Foi profundo demais. – Aperta as duas mãos juntas.
Henry: Não temos nada aqui que possa ajuda-lo... – Direciona os seus olhos para o garoto.
Nicholas: No meu carro tem uma maleta de primeiros socorros – Se pronuncia pondo a sua presença – Mas ele está estacionado um pouco distante daqui.
- Tem como ir busca-lo? – A moça pergunta em expectativa.
Nicholas: Posso imaginar o quanto é desesperador ver uma pessoa que você ama sofrer. – Olha para Henry dando um sorriso discreto – Posso sim buscar.
Jerry: Pode ser arriscado.
Nicholas: Não me importo, temos armas aqui para nos defender.
- Eu vou com você! – A mulher diz determinada, faria tudo para salvar o seu irmão – Ele está fraco, perdeu sangue demais...
Rebecca: Você tem certeza?
- Sim. – Volta para o banco do carro, estalando um beijo na cabeça do mais novo – Eu já volto, certo? Irei buscar alguns medicamentos para melhorar a sua ferida, ok?
- Por favor, não me deixe sozinho por muito tempo.
Rebecca: Você não está sozinho, nós agora estamos com você e sua irmã. – Sorri positivamente para o garoto.
- Ouviu só? – A irmã diz – Não precisa nem se preocupar, eu estarei de voltar quando menos imaginar.
Nick acena com a cabeça.
Nicholas: Sabe usar uma arma? – Pergunta para Helena.
- Meu marido era policial. – Diz pegando na arma a carregando – Usar não é um problema.
Nicholas: Ótimo. – Olha para Evan – Proteja a todos.
Evan: Estou aqui para isso. – No fundo estava com medo do que pudesse acontecer, mas tentava ao máximo não transparecer isso.
Nicholas: Só me siga. – Diz a Helena, que o acompanha de lado.
Henry com o coração nas mãos observava os dois se afastarem cada vez mais .
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