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História Quarentena - Capítulo Doze


Escrita por: KookJung

Notas do Autor


Quase um ano que a fic ficou em hiatus, mas com o Haloween se aproximando eu decidi retornar e terminá-la. Esse será o penúltimo capítulo da fic, então boa leitura

Capítulo 12 - Capítulo Doze


Fanfic / Fanfiction Quarentena - Capítulo Doze

POV NARRADOR.

O silêncio durante o caminho tornou-se exaustivo e assustador.

Helena olhava a todo o momento para trás.

A arma em sua mão tremia involuntariamente. Suas veias saltavam pelo evidente medo.

Nicholas por sua boa visão periférica conseguia manter-se atento a qualquer movimento, mesmo que mínimo fosse.

Um audível barulho de vidro se partindo deixou os dois totalmente atentos.

- Shi... – Em uma mensagem muda pede para que Helena ficasse parada em seu lugar. A mesma obedece, tremula da cabeça aos pés – Vem. – A passos cautelosos os dois vão andando a adiante. Nicholas já estava com a arma carregada, caso um deles aparecesse.

- Qual o seu carro? – Helena pergunta sussurrando.

- O preto, último à esquerda. – A moça acena de forma positiva apressando seus passos, chegando enfim ao carro que continha os medicamentes que levaria ao seu irmão.

Abre a porta do carona vasculhando em todos os lugares possíveis.

Não encontra a caixa de primeiros socorros.

- Meu deus! – Respira profundamente – Onde está? A caixa, por favor, me diga. – Suplica em completo desespero. Não temia a sua vida como antes, seu irmão menor era o seu foco principal. Faria de tudo para salvá-lo e tirá-lo o mais rápido possível do shopping.

- Porta malas. – Sussurra audível para a mulher que em segundos rodeia o carro e puxa a porta para cima.

Suspira aliviada e agradece aos deuses por finalmente encontrar algo que pudesse ajudar o seu irmão machucado.

Pega a pequena caixa branca com enorme cuidado e volta a fechar a porta.

- Vamo...

- Espera! – Nicholas se põe a sua frente apontando a arma para frente.

Helena aperta a caixa entre os braços, estes que tremiam constantemente e afasta-se andando para trás até bater suas costas contra o carro.

- Helena entre no carro! – Ao grito de Nicholas, a moça abre a porta detrás esperando Nicholas entrar.

- Vem!

O rapaz dispara de sua arma um tiro no corpo a sua frente.

Seu corpo automaticamente vira-se correndo até jogá-lo dentro do carro fechando a porta em seguida.

Mãos cheias de sangue batem contra os vidros do carro, os dois jovens dentro dele olham-se perdidos e totalmente encurralados.

O som estava atraindo cada vez mais deles.

As batidas e socos contra as janelas de vidro tornavam-se mais fortes e pesadas.

- N-nicholas...

- Calma. – O rapaz coça as têmporas – Os vidros são resistentes, eles não irão conseguir quebrar.

- Precisamos sair daqui. – Diz exasperada.

- Eu sei.

Minutos se passam, e dentro do automóvel os dois tentavam desenrolar algo plano para fugir da enrascada em que se meterem.

Um já gritava com o outro em busca de uma saída.

- O meu irmão está ferido! Eu não posso ficar mais aqui!

- Ah, então vamos ficar dentro do carro e morrer antes de poder salvar o seu irmão!

- Isso é loucura, lá fora está cheio deles. – Seu rosto é tomado por uma grande angústia e frustação.

- Pensei que se preocupasse com o seu irmão! – Despeja em cima de si.

- Eu me preocupo! – Dita, sem mais fôlego para continuar discutindo.

- Então faça o que eu peço. – Diz mais calmo, na tentativa de amenizar a situação agravante em que se encontravam – Eu irei distraí-los, enquanto isso você irá abrir a porta do carro e sair, eu dou um jeito de chegar a você, mas faça o que eu peço.

Helena assua o nariz, e a contragosto decide acatar o pedido feito.

- Ok. – Aperta com mais força a caixa contra si, vira para o lado oposto do carro abrindo lentamente a porta e a fechando com cautela.

Com o corpo totalmente agachado para não ser vista, Helena a passos curtos e cuidadosos move-se para longe do carro em que Nicholas ainda estava.

Não sabia qual era o plano do rapaz, mas que estava funcionando, estava.

Com mais alguns metros de distância Helena avista a sua frente um corpo ensanguentado estirado ao chão.

Leva a outra mão à boca, pressionando fortemente para não emitir nenhum som.

Sem escapatória alguma, pisa em uma poça de sangue ao lado do cadáver, tendo que se escorar ao carro ao lado para não cair.

Alguns poucos metros atrás vinha Nicholas, andando como um felino de quatro patas.

Um leve sorriso era visível em seu rosto.

Helena para em seu canto, olhando para trás e suspirando aliviada por não estar mais sozinha.

- O que você fez? – Pergunta antes de voltar a andar agachada, com o outro em seu enlaço.

- Liguei o som do carro. – Diz ao guardar a arma dentro de sua calça – Isso pareceu distrai-los, nem notaram quando joguei algumas moedas contra o chão.

- Afinal que coisas são essas? Como tudo isso aconteceu? – Pergunta pensativa – Tudo estava normal e de uma hora para outra eu me vejo encurralada, em quarentena... Presa sem poder sair desse lugar horrendo.

- Também não sei... Talvez zumbis... Mortos vivos... – Diz pensativo – Se alimentam de carne humana...

- Nunca fui de acreditar nessas coisas, mas diante de tudo isso, eu não duvido de mais de nada.

- Você estava aqui quando tudo isso aconteceu? No estacionamento

- Estava numa joalheria, comprando um presente para minha mãe – Cessa os passos para massagear o rosto – Ela iria completar 60 anos. – Diz chorosa – Não sei mais se ela está bem ou segura. – Baixa o tom.

- Como assim? – Pergunta de forma espontânea – Você acha que isso aconteceu não só aqui? Acha que outros que outros lugares podem estar... – Engole a seco.

- Você acha? – Suas narinas fugam.

- Eu espero que não. – Diz sério.

- - - - - - - - - - - -

 

- Cadê eles? – Henry rói as unhas da mão andando de um lado para o outro. Já se passaram minutos e nenhuma aparição dos dois.

Estava com medo. 

Temia por sua vida e principalmente a de Nicholas. Faria tudo para salvá-lo, até mesmo por a sua vida em risco.

Zac volta a descruzar os braços, fixando os seus olhos em uma mancha de sangue no chão.

Aquilo estranhamente chamara a sua atenção.

- Zac. – Evan circula os seus ombros, abraçando-lhe protetoramente por trás. Estava tão ansioso quanto o mesmo. Apenas queria protegê-lo de tudo.

O menor vira-se entre os braços ao redor do seu corpo, e afunda o rosto contra o peitoral alheio.

- E se eles não voltarem? – Engole a seco.

- Eles vão voltar. – Afirma.

- E se eles não voltaram? – Volta a perguntar com mais firmeza dessa vez, olhando tristemente para cima.

- Se eles não voltarem... – Sua fala falha ao não saber o que responder – Seguiremos em frente. – Responde com visível incerteza.

O que garantia que todos sairiam vivos?

Rebecca atenta à conversa alheia volta a sua atenção para o corpo adormecido do adolescente.

Mesmo não o conhecendo bem, sentia-se uma inútil por estar parada, vendo cada vez mais o corpo do garoto enfraquecer.

Alisa os seus cabelos revoltos acordando sem intenção alguma o jovem.

- Como se sente?

- Não dói mais tanto quanto antes, mas me sinto mais fraco. – Desabafa fazendo esforço para se sentar no banco do carro – Tem água?

- Aqui, beba tudo se quiser. – Estende a garrafa d’água para o garoto que recusa em seguida.

- Mas e vocês?

- Você necessita mais do que nós, além de que está ferido, precisa beber muita água. – Ainda contrariado, o garoto aceita de bom grado bebendo todo o líquido em segundos.

Sentados ao chão com as costas escoradas contra o carro, Lucy e Jerry trocavam algumas palavras em relação à fuga do lugar.

Lucy já tinha algumas ideias que vagavam por sua mente.

- É o seguinte, pessoal. – Levanta-se chamando atenção de todos para si – Eu e o Jerry discutimos sobre como iremos encontrar essa entrada para o esgoto, que como todos vocês sabem está em algum lugar desse estacionamento. - Todos os outros acenam em concordância – Sou eu, Jerry, Henry, Rebecca, Evan, Zac... – Olha ao redor procurando por mais alguém – O garoto ali... A Helena e o Nicholas.

- No total nove pessoas. – Jerry decide continuar – Achamos que seria melhor se nos separássemos em grupos para achar mais rápido a entrada para o esgoto.

- Mas para isso iremos esperar o Nicholas chegar, não é? – Questiona com receio.

- O problema são eles não virem, Henry. – Jerry lamentava, mas não havia mais alternativa.

- Eles virão, tenho certeza. – Zac sorri fraco para o outro.

- Eu irei atrás deles...

- Não é necessário. – Henry é surpreendido por um par de braços que o rodeiam por completo.

- Nicholas. – Afunda seu rosto no peito do outro – Eu não aguentava mais esperar.

- Conseguiram a maleta? – Rebecca pergunta de forma imediata.

- Sim, está aqui. – Helena mostra-lhe o pequeno kit de primeiros socorros – É o bastante para ajudar o meu irmão?

- É o que veremos. – Dita pedindo espaço para cuidar do menor.

Nick encosta suas costas ao banco do carro resmungando pela dor em seu braço machucado.

- Calminha. – Rebecca sorrir de forma a confortá-lo – Isso aqui irá limpar a ferida, ok?

O garoto acena positivamente, vendo em seguida o seu braço ser enfaixado.

- Como se sente? – Passa o seu polegar pelo rosto juvenil.

- Sede. – Aponta para a boca.

- Oh querido, toma. – Helena aproxima-se dando a garrada d’água – Encontrei no chão do meu carro.

 

- - - - - - - -

 

Nicholas: Qual o plano? – Pergunta quando todos já estavam reunidos.

Jerry: Dividir-nos em grupos para encontrar a entrada para o esgoto.

Helena: Espera! – Cessa a conversa por um instante – Quando fomos buscar o kit de primeiros socorros eu avistei uma entrada aberta no chão, não sei se era exatamente a entrada para o esgoto... Eu suponho que alguém já tenha usado ela, deixando aberta para que qualquer um pudesse passar.

Evan: Quanta inteligência! –Diz sarcástico – Essa tal pessoa não se ligou que essas coisas pudessem entrar por lá também?
 

Nicholas leva às mãos a cabeça fechando fortemente os olhos.

Henry: O que foi?

Helena: Mas tem um, porém... – Diz hesitante.

Lucy: Que seria?

Nicholas: Saímos de lá e está cheio de zumbis... Mortos-vivos, tanto faz.

Helena: Teríamos que passar por eles... Sem sermos notados.

Jerry checa então a munição que os salvaria de possíveis ataques. Evan mesmo a contragosto faz o mesmo, carregando a sua arma e checando se a mesma ainda funcionava.

Helena ajuda o seu irmão a se por de pé, um pouco mais forte e com disposição para andar.

- Consegue correr? – Helena pergunta segurando-o fortemente em suas mãos.

- Sim. – Afirma.

- Me prometa que independente de qualquer coisa você estará disposto sempre a colocar a sua segurança em primeiro lugar? – Suas mãos soam ao fazer tal pergunta, seu irmão precisaria estar preparado caso pudesse perdê-la.

- Por que isso, Helena? – Suspira nervoso. Seu rosto se contorce em uma expressão medrosa.

- Só me prometa. – Pede novamente

- Prometo, e você promete não me deixar?

Helena suspira ruidosamente.

- Eu prometo, meu irmão.


Notas Finais


Até a próxima semana


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