Hotel da senhorita Byun.
Seul, Coreia do Sul.
Fevereiro de 2019.
Baekhyun poderia ter motivos para estar desconfortável com sua situação atual. Afinal, estava escancaradamente ficando com um garoto quase vinte anos mais novo. Mas, apesar de isso não ser visto muito bem — tanto por ser mais novo quanto por ser um homem —, não era algo que o incomodava. Não a grosso modo, não observando a situação na posição que estava: gostando fodidamente dos amassos que davam quase todos os dias. Talvez fosse gerar uma dor de cabeça futura, mas, para ser sincero, estava guardando bem seu amigo de entre as pernas e isso era o suficiente por ora. Além de Chanyeol estar na mesma sintonia. Não parecia querer algo sério agora, nem lhe comprava por isso.
Sentia vontade de rir toda vez que se lembrava de como chegaram naquele ponto. Era engraçado, sem dúvidas, afinal, qual a probabilidade de você começar um relacionamento com alguém que disse que você tem um pau pequeno? E ainda usou isso de ameaça para sair em vantagem? Convenhamos, Baekhyun não tinha nada que temer, sua fama não era em vão, mas a perspicácia alheia o deixou intrigado — e depois o mostrou que, mesmo que tamanho não fosse documento, estava muito bem, obrigada. Depois do episódio do elevador, o rapaz de quase dois metros apareceu para ter as informações que tanto queria. Baekhyun não conseguiu tanta coisa assim, não estava com aquele caso e havia sido sincero sobre isso, contudo o ajudou.
Espalhafatoso como era, Chanyeol o abraçou de todo jeito, quase amassando seu delicioso pão recheado que comprou enquanto fingia não o esperar, agradecendo mil vezes por não ter ignorado seu pedido. Baekhyun pediu para que não ousasse aparecer no departamento mais, porém nem sabia se ficou tão satisfeito assim quando ele realmente não apareceu. Achou que não toparia mais com o garoto, embora ele fosse hóspede de sua tia.
E achou totalmente errado. Não sabia se era algo do tal destino ou piada da vida, mas em uma noite cerca de duas semanas depois do ocorrido no elevador, o encontrou de novo. Não no departamento, não no quarto 408.
Era um sábado, estava particularmente exausto da semana toda e de lidar com o caso que a equipe tinha em mãos. Estava pronto para meter o pé do departamento e, no máximo, ver se tinha sorte de Chanmi responder suas mensagens para foderem até que seu corpo pedisse uma boa dormida. Mas, antes de se livrar do sobretudo preto e do coldre preso ao peito, Jongin entrou no vestiário, chamando sua atenção. Ele estava mais cheiroso, provavelmente havia colocado perfume recentemente, os cabelos bem arrumados, com os fios lisos presos enquanto alguns caíam sobre o rosto, e livre de qualquer coisa que o intitulava oficial. Baekhyun ergueu a sobrancelha, questionando-o em silêncio.
— As meninas irão para uma casa em Gangnam, fui convidado. Topa tomar umas? — Baekhyun riu soprado, se livrando do sobretudo pesado, do coldre, ficando apenas com a camisa de linho cinza escuro.
— Não sei, estou cansado, essa semana mal dormi com a porra desse caso — dizia, dobrando o sobretudo e guardando-o na mochila. Jongin se aproximou, se encostando no armário ao lado do seu como quem não quisesse nada, mas querendo. E Baekhyun sabia que não era pouco.
— Ninguém dormiu e elas estão animadíssimas para encher a cara, não acredito que você vai ficar fora dessa. — Jongin nunca fora muito solícito com Baekhyun, muito menos tinha aquela empatia pelo líder da equipe. Contudo, o detetive sempre reparou algo a mais quando conversavam sozinhos. Era um tom mais ameno, como um gato arisco se acalmando com a atenção de seu dono. Talvez fosse uma boa ideia cair na pilha dele agora, afinal, Chanmi deveria estar com alguém e não daria bola para sua vontade nem tão cedo.
— Você paga a primeira rodada — murmurou erguendo a sobrancelha, mantendo o clima que estava sendo criado. Jongin sorriu de lado. — E se reclamar, paga outra coisa também. — Baekhyun abriu um sorriso maior, desabotoando os pulsos da camisa social para que a prendesse na altura dos cotovelos. Seus músculos ficavam lindamente ressaltados quando fazia isso, e o relógio caro no pulso causava umas coisas gostosas no estômago de Jongin.
— Posso começar a reclamar agora, então? — brincou, olhando Baekhyun da cabeça aos pés.
A tensão não durou, Baekhyun ainda estava sóbrio o bastante para fazê-la durar também. Mas quem a rompeu fora Joohyun, a mulher de expressões sérias e cabelos escuros que trabalhava na equipe de Seulgi. Apesar de sempre vê-la concentrada no trabalho, ou desgostosa com alguma atitude, dessa vez ela pareceu nitidamente mais relaxada, e poderia até enxergar a sombra de um sorriso nos lábios pintados. A presença repentina fora para chamá-lo, pois elas já estavam saindo.
Não demoraram tanto assim para chegar ao endereço, Baekhyun seguindo o carro preto, pilotando a moto grande. Não pretendia beber muito e ficar por tanto tempo, então, apesar de afirmar veemente que dirigir bêbado é errado e perigoso, seu plano era ir para casa sozinho, com sua queridinha.
A casa noturna estava sendo inaugurada — ou reinaugurada, algo que justificasse a quantidade de gente — e Baekhyun excitado para tomar o primeiro gole de álcool e sentir o corpo todo relaxar. Não contava realmente em avistar alguém conhecido além das pessoas do departamento. Conhecia bastante gente, sobretudo não muitas que curtiam casas noturnas. Até se assustou um pouco quando reconheceu o rosto no meio das luzes, e riu quando notou que ele estava com um casaco grande caído dos ombros largos, e um copo vermelho em mãos.
Quando o viu pela primeira vez, o garoto conversava com outro rapaz e parecia bem interessado no assunto, Baekhyun não quis se aproximar enquanto isso. Minutos se passaram, o detetive já havia virado a primeira garrafa de cerveja e quase caído na tentação de competir com Seulgi e Joohyun por quantos shots conseguiam virar, quando notou Chanyeol sozinho, próximo ao bar, pedindo mais uma dose do que estava bebendo. O sorriso já estava fácil — não que fosse tão difícil assim, pelo pouco que Baekhyun percebeu — e ele notoriamente estava menos tenso.
Com uma súbita curiosidade para saber se aquela falta de tensão era por ele ter conseguido fazer algo com as informações que recebeu, e fingindo descaradamente que era apenas com esse interesse mesmo, Baekhyun pediu mais uma garrafa de cerveja e passou os dedos pelos cabelos acobreados antes de se aproximar. Era o tipo de homem que não precisava de muito para chamar atenção de alguém, e seu perfume era tão único que fez Chanyeol erguer a sobrancelha antes de olhar para o lado e se dar conta da presença.
— Menores de idade podem vir pra esses lugares? — questionou Baekhyun, tentando manter uma carranca séria, mas o olhar era divertido e fez o garoto rir, pegando o copo servido e bebendo um gole considerável.
— Vou começar a acreditar realmente que você é algum tipo de maníaco atrás de mim. — Chanyeol se aproximou um pouco mais para poder falar em um tom que Baekhyun escutasse e não precisasse gritar. O detetive curvou os lábios para baixo, balançando a cabeça como se estivesse ponderando.
— Realmente, eu teria a mesma dúvida — falou quase sussurrando, com vontade de que ele chegasse mais perto para ouvir e pudesse sentir o calor do corpo maior e o cheiro da pele ligeiramente suada.
Chanyeol sorriu de um jeito bonito. Não tímido ou para ser engraçado, mas bonito. Prendendo a atenção de Baekhyun por segundos que pareceram eternidade, e o deixando um pouco constrangido pelo tempo que encarou os lábios cheinhos. O que estava dando em Baekhyun? Provavelmente era efeito da cerveja, que nem tinha passado da terceira garrafa ainda, mas podemos fingir que era pelo álcool.
— Então, conseguiu usar o que eu te dei? — perguntou para render a conversa, estava se sentindo confortável perto do garoto de quase dois metros de altura usando um casaco onde nem era tão frio assim. Chanyeol dessa vez não ouviu, e arregalou os olhos redondos para questionar Baekhyun. Fora a vez do Byun se achegar mais, e as bochechas se tocaram quando aproximou o rosto da orelha de Chanyeol. — As informações. Fez bom proveito? — O garoto assentiu, não se afastando, atraído pela quentura do corpo de Baekhyun e a respiração dele contra seu pescoço.
— Fiz. Obrigado por aquilo, me ajudou bastante — sussurrou, ousando só um pouquinho ao aproximar mais o resto do corpo, se sentindo ansioso.
Não conhecia Baekhyun, mas ele era um homem bonito e tão másculo que fazia seus ossos doerem. Gostava disso, gostava muito. E estava se sentindo atraído por ele naquele momento. Culparia a bebida, já que estava um pouquinho alto para o início da noite e feliz por ter conseguido arrancar um “bom trabalho” com a preliminar de sua pesquisa. Baekhyun riu soprado, percebendo a aproximação, sentindo o corpo maior mais próximo. Arrastou a ponta do nariz pelo pescoço de Chanyeol, fechando os olhos e tentando não se inebriar com o cheiro.
— Você praticamente me obrigou a isso. — Sorriu, fazendo de novo, sorrindo satisfeito com a reação de Chanyeol: um suspiro. O garoto afastou um pouco o rosto, buscando o olhar de Baekhyun com o seu. A iluminação não era muita, e a pele do detetive tomava tons coloridos por causa das luzes vez ou outra tocando-a.
Não deram um passo para se afastar. Se Baekhyun não quisesse, ele teria se afastado. Se Chanyeol não tivesse à vontade, ele não teria descido o olhar para analisar o mais velho de baixo para cima. Lembrou do corpo dele sem aquelas roupas caras, e manteve-se em dúvida se tinha ficado mais mexido quando o viu pelado ou coberto daquele jeito, com um relógio caro no pulso, a blusa ligeiramente justa no peito e as coxas marcadas pela calça social.
— Fiquei com medo que revelasse meu segredo — murmurou com o rosto próximo ao de Chanyeol, sorrindo ladino quando ele parou o olhar na direção do seu quadril. O volume chamava atenção, pelo menos a do garoto, que sabia o que estava escondido por ali.
— Mas… mas você disse que não é nada pequeno, então essa não é uma desculpa para ter me ajudado — disse um tanto afetado, desviando o olhar e ignorando o calor nas bochechas e orelhas ao tomar um gole da bebida forte.
— E você viu. — No outro dia Baekhyun esqueceria daquilo, mas naquele momento, pensou que seria bom ir para casa pelo menos com uns beijos no bolso. E a ideia de trocá-los com aquele garoto bonito não o desagradava. — Achou pequeno? — perguntou com um tom brincalhão, mas o sorriso nos lábios finos era sacana. Chanyeol prendeu a respiração por algum tempo.
Havia aceitado o convite de Minseok para conhecer aquela boate em Gangnam apenas para desestressar do trabalho duro da semana toda com aquele projeto. E agora estava pensando em paus. Mais especificamente, no pau de Baekhyun, o cara que estava lhe dando mole, e claramente excitado para fazer algo mais que uma conversinha. Ah, Chanyeol viu sim. Viu e nunca mais tirou a imagem da cabeça. E, não, não era pequeno e queria essa constatação quando ele tivesse duro, lhe abrindo devagar, com aquele homem gostoso olhando o estrago que estava causando.
Puta que pariu. Chanyeol sentiu as pernas tremerem, e Baekhyun percebeu que estava afetando o estudante de jornalismo, por isso levou a mão até a cintura dele, os dedos afundando no casaco até tocar no corpo, apertando de um jeito possessivo e gostoso. Chanyeol não ousou olhar para o rosto de Baekhyun, não quando suas bochechas estavam pegando fogo; bebeu o resto do líquido no copo, apontando para o barman e para o seu próprio copo, pedindo mais. Depois de sentir a vodca descer queimando com um leve gosto adocicado do morango, foi que virou e olhou no rosto do detetive. Baekhyun tomou mais da cerveja, lambendo os lábios molhados sem desviar o olhar do rapaz mais novo.
— Eu não vi direito — respondeu simplista, erguendo o ombro e quase parecendo tão inocente quanto deveria ser para a idade. — Acho que eu deveria ter que observar de novo, mais de perto, algo assim. — Baekhyun gargalhou, sutilmente anulando a distância dos corpos. Chanyeol sorria, um pouco sem jeito, mas gostando de como a conversa estava seguindo.
— Eu posso te mostrar, se quiser — murmurou quando o rosto voltou a se aproximar do outro.
Estavam tão próximos agora, que Baekhyun podia sentir o hálito quente de Chanyeol bater em sua bochecha, revelando a aproximação perigosa. Os sorrisos morreram devagar, quando a concentração para com cada mínimo mover alheio se tornou importante. Os dedos de Baekhyun estavam firmes na cintura de Chanyeol, mantendo os quadris próximos. Apesar de ser um pouco mais baixo, não era problema, talvez a solução, pois era praticamente escondido pelo corpo maior e tinha aquele encaixe gostoso dos corpos.
Chanyeol não tinha filtro quando queria mesmo alguma coisa e estava com a cabeça mergulhada numa sensação gostosa causada pelo álcool. E aquela provocação descarada só o deixava ansioso, e um pouco envergonhado porque já estava sentindo o corpo ter reações nada legais comparado a presença de um cara mais maduro. Enfiou os dedos grossos nos cabelos de cor bonita de Baekhyun, sem muita delicadeza, sem tanto jeito, puxando-o para colar as bocas. Fora um tanto surpreendido, pois o detetive parecia esperar por isso, envolvendo seus lábios em um beijo quente logo de primeira, sem toque carinhoso antes ou preliminar para levá-los até as línguas roçando uma na outra.
Tinha sido o primeiro beijo, e, silenciosamente, quando afastou a boca e percebeu os lábios de Chanyeol vermelhos, confessou para si mesmo que não conseguiria ficar muito tempo sem beijá-lo de novo. Prova disso, foi encostar as costas no balcão para ele ficar de frente para si, praticamente tirando-lhe a visão da pista mais movimentada. Não era interessante, de qualquer forma. Muito mais interessante era o garoto lhe encurralar com os braços apoiados no balcão, o corpo grande colado ao seu, e a boca esfomeada na sua em um beijo profundo e completamente despudorado.
Nunca que iria confirmar isso se perguntassem, mas viciou na pegada, em como ele comandava o beijo, e ainda se derretia com suas mãos tocando-o por baixo do casaco grande.
Ficaram na troca de beijos por um bom tempo, só paravam para apreciar o estrago que estavam fazendo ou para colocar para dentro mais um pouco de álcool e acabar saboreando um novo beijo. Até as ereções estarem bem mais que evidentes, atiçando o garoto a enfiar a mão entre os corpos e finalmente sentir o caralho de Baekhyun duro e pulsando — por sua causa. Não estava tão bêbado para colocar a culpa nisso, mas colocaria, quando fosse deitar e pensar que ficou com um cara bem mais velho, que mal conhecia e ainda podia ser um louco atrás de si. Gemeu muito satisfeito por sentir o pau duro em seus dedos e, porra, Baekhyun estava longe de ser pequeno.
Era completamente injusto se lembrar do boquete que Chanyeol pagou, enquanto esperava pela comida chinesa que ele gostava. Se sentia um pervertido com aquele garoto, começando por ter o arrastado para um canto da boate, descartando os banheiros cheios, para que ele experimentasse o que atiçou. Chanyeol fez, caiu de joelhos mesmo que minutos depois estivesse com eles doloridos. Nem ligou, nem para isso nem para onde estavam — não era lá o canto mais adequado, mas estavam afastados, e a movimentação era insignificante, quase sem nenhuma iluminação que revelasse o ato pecaminoso. Pelo menos tirou a prova dos nove e confirmou que estava super errado ao ameaçar Baekhyun com aquele argumento fajuto.
E sim muito certo em passar um bom tempo com a boca ao redor do pau dele, mesmo ficando com a mandíbula dolorida depois. Chanyeol agradeceu a Minseok por levá-lo para conhecer Gangnam, ignorando que ficou com o detetive na cabeça pela semana toda, até tomar coragem e ir atrás — ou foram juntos um atrás do outro? Nem Baekhyun nem Chanyeol saberia direito explicar, mas se reencontraram e o resultado do segundo encontro, depois do terceiro, quarto… era Baekhyun com três potes de comida chinesa pilotando em direção ao hotel de sua tia.
Depois daquele ocorrido na boate, que rendeu umas boas horas de amasso, Baekhyun ignorou toda possível motivação de ir àquele lugar. O mais correto era dizer que o motivo se tornou sem valor nenhum, e pensando assim, Jongin tinha vários motivos para ficar cada vez mais carrasco consigo. Não que necessitasse de alguma consideração, afinal o ex-policial era um rapaz bonito que terminou a noite com pelo menos duas bocas fazendo um estrago nele, contudo, se o moreno começou a noite com a intenção de acabar na cama com Baekhyun, talvez o detetive tivesse merecido o “vai se foder, Baekhyun” como bom dia, na manhã da segunda-feira.
Apesar dos apesares, a fugida para pegar um garoto de dois metros de altura que endeusava seu pau com aquela boca bonitinha sempre que possível, deu naquilo: Baekhyun deitado na cama do quarto 408, usando apenas a cueca escura e a camisa social aberta, traçando uma das caixas que trouxe enquanto assistia uma série qualquer no aplicativo da Netflix no celular. Sua tia provavelmente o arrancaria quarto abaixo se o visse por ali daquele jeito, afinal, estava no quarto de um hóspede, achando que era dono do lugar — para não pensar que ele estava prestes a foder o rapaz gentil. Mas, Baekhyun tinha boa lábia, e umas notas na mão do garoto da tecnologia, que sempre esquecia o nome, para que ele liberasse a chave.
Não costumava pensar tanto assim no que fazia. Sempre fora desapegado, como seus próprios pais. Porém, mentiria se não dissesse que sentia uma pontada de receio com o que estava fazendo Chanyeol. Não havia prometido nada, nem jurado amor eterno, e desde o começo de tudo, tentou deixar nítido que eram apenas isso, ficantes, o passatempo um do outro. Não se incomodava, e Chanyeol parecia estar muito bem resolvido para lidar com uma situação onde o sentimento poderia ser unilateral. Porém, era impossível não pensar que alguém poderia sair machucado daquela história, e para ser sincero, Baekhyun sabia que não seria ele.
Chanyeol era novo, estava caminhando para os vinte e um anos, quase vinte anos mais novo que o próprio Baekhyun. Provavelmente, teve um ou dois relacionamentos que exigiu um pouco mais de maturidade emocional. Enquanto Baekhyun por muito pouco não se casou e já tinha perdido as contas de quantos rolos tinha se metido. Ele estava na época boa da faculdade, aproveitando o quanto podia antes de se chocar de verdade com a vida adulta.
Largou o kuàizi na caixinha, mirando um ponto qualquer na cama não tão grande e bem arrumada. Fazer aquilo era certo? Bom, legalmente, não havia problemas. Moralmente, talvez tivesse um peso maior. Mas, não ligava tanto para isso. Estava muito bem e curtindo como Chanyeol. Não adianta, para bem da verdade, morrer antes do tiro, e Baekhyun estava longe de se sacrificar por algo do tipo.
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Chanyeol sentiu um friozinho na barriga quando pôs os pés no lobby do hotel da senhorita Byun. Mais especificamente quando pediu a chave do quarto ao garoto da tecnologia, que descobriu se chamar Sehun — ele era bastante legal, apesar de não conversar tanto. O rapaz de rosto afilado procurou uma desculpa sobre não estar com a chave, e apontou disfarçadamente para o quarto, sussurrando “tem alguém te esperando lá”, fazendo o estômago de Chanyeol afundar de vez. Poderia ser várias pessoas, mas sua mente foi inundada por uma única possibilidade: Baekhyun.
Droga, se sentia tão ansioso agora. Não que já não ficasse com a mínima chance de ficarem outra vez, só que não conseguia simplesmente apagar essa excitação do seu corpo quando se tratava do detetive. Não tinha explicação plausível para o corpo ficar todo arrepiado e o suor escorrer pela nuca. Era só muita vontade e uma insegurança sem cabimento, que não teve tanto quando estava com a boca ao redor do pau dele em um canto de uma boate de Gangnam.
O pior de tudo era que não estava sozinho, exatamente porque não esperava aquilo. Ele não havia ligado nem mandado mensagem. Se fosse ele, pensou consigo enquanto subia as escadas, junto a Kim Minseok, que tagarelava sem parar sobre alguma coisa que aconteceu no dia longo que tiveram.
Deveria mesmo estar dando atenção ao que ele dizia porque não estava sendo fácil se manter naquela cidade em busca de uma bolsa para estudar em outro país. Tinha aceitado a oportunidade, mas seu tempo era precioso para fazer acontecer, pois cedo ou tarde voltaria para Ulsan e teria que ter o projeto em mãos a ser aprovado ou não por sua faculdade.
Contudo, estava com a cabeça longe e não conseguia retomar a concentração. Sentia tanta vontade de ficar com Baekhyun todos os dias que o corpo chega doía. Sem exageros, e parecia coisa de outro mundo por nunca ter sentido isso com ninguém. Era tão bom, e tão diferente do que já viveu. Além de inesperado. Apesar de não estar dando atenção a Minseok, pelo menos estava pensando em como se livrar dele para que pudesse ficar sozinho com o carinha gostoso que invadiu seu quarto.
De novo.
A porta do quarto não estava trancada. Abriu apenas uma brecha para descobrir primeiro quem estava lá dentro. Era óbvio que seria aquele maldito, e o pior, ele estava praticamente pelado em cima da sua cama. Chanyeol quis chorar, se ajoelhar e agradecer a Deus por ter colocado um homem tão maravilhoso de lindo em sua vida. Ele lhe lançou um sorrisinho, deixando o bowl da comida chinesa de lado para colocar o braço debaixo da cabeça, curvando uma das pernas e ficando de um jeito muito atraente aos olhos de Chanyeol. O estudante sentiu as pernas tremerem, sem querer abrindo um pouco mais a porta e dando espaço para um Minseok curioso se esticar por cima do seu ombro para ver o motivo de não ter entrado.
— Finalmente você vai deixar de ser um porre porque vai ficar com o policial gostoso de novo! — exclamou o rapaz de olhos puxados e rosto fofinho, mais alto do que o recomendado para o que ele queria dizer.
Chanyeol ficou vermelho no mesmo instante e Baekhyun riu. Fechando a porta atrás de si, o Park encarou Minseok, choramingando e afastando ele de si.
— Hyung! — O repreendeu com um tom meio choroso. Céus, como queria se jogar em cima de Baekhyun e ficar a noite toda cavalgando nele… — Não fala essas coisas assim, meu Deus! — Minseok deu aquele sorrisinho sugestivo, balançando as sobrancelhas.
— Não menti. — Deu de ombros.
— Eu não sabia que ele ia aparecer, então você, sabe… — Chanyeol não quis gaguejar, mas foi quase impossível. Estava com a imagem do Baekhyun de cueca em sua cama, lhe esperando. Não sabia nem como estava conseguindo ficar de pé.
— Já sei, já sei. — Ergueu a mão na frente do rosto de Chanyeol, impedindo que ele continuasse falando. Revirou os olhos, fingindo desgostar de ser dispensado. — Você me fez andar para um senhor caralho para me enxotar por causa de um pau. Grande amigo, Park Chanyeol.
— Eu não sabia que ele ia vir! — A voz esganiçada revelava o quanto estava afetado, e Minseok riu da situação do amigo: bochechas quentes, sobrancelhas juntas e a mão na maçaneta da porta de cor estranha, pronto para entrar no quarto e não sair nem tão cedo.
— Hm. Só perdoo se me contar os detalhes depois — ameaçou sem vergonha na cara, se afastando com um sorriso amarelo ao que Chanyeol revirou os olhos e lhe deu as costas.
Nem de longe poderia fazer aquilo porque a finalidade de Minseok ir consigo era para discutirem sobre a próxima etapa do projeto, coisa que ficaria impossível na casa da tia dele. Mas, não pensou em nada disso ao entrar no quarto, sem ficar com os olhos sobre Baekhyun porque era demais para digerir em pouco tempo. Trancou a porta, tirando a mochila das costas e deixando-a jogada em frente a madeira — inconscientemente querendo que ninguém ousasse abri-la dali por diante. Se livrou do casaco, ficando apenas com a camisa de manga curta que deixava bem mais nítido sua magreza.
Baekhyun achava adorável a forma como ele tentava fugir de seus olhos, muito diferente de como estava um pouco mais ousado na boate. Mas, isso acontecia só naqueles instantes antes de fazê-lo pegar fogo, percebeu. Pois Chanyeol não era bobinho, longe disso. Ele só ficava envergonhado até o primeiro contato. Se ajeitou um pouco para pegar o saco deixado sobre a mesa de cabeceira. Tirando uma caixinha e abrindo.
— Trouxe comida chinesa pra gente — disse com aquela voz grossinha, que fazia um estrago em Chanyeol mesmo que ele não estivesse dizendo nada demais. — Está uma delícia. — Sorriu, observando o garoto sentar na cama para se livrar dos tênis e se acomodar mais confortavelmente no colchão, de frente para Baekhyun.
Finalmente olhou direito para o detetive, ganindo baixinho em contestação por ele estar tão lindo daquele jeito, com os cabelos ainda arrumadinhos, a camisa social aberta e só de cueca. E ainda teve todo aquele carinho para comprar comida — diferente, pois já havia dito que amava comer comidas diferentes! — e esperar para que chegasse. Aquilo era uma surpresa? Era adorável, e deixava Chanyeol um tanto confuso entre ficar todo caidinho e com tesão. Por enquanto, a certeza era de que estava mesmo com fome.
— Você nem me avisou que viria — murmurou, pegando o bowl e gemendo baixinho de satisfação ao sentir o cheiro da comida. Se esticou para pegar os kuàizi de dentro da sacola, tirando-o da embalagem e comendo a primeira porção. Jogou a cabeça para trás, soltando barulhos de satisfação que fizeram Baekhyun rir.
— Quis fazer uma surpresa. — Levou a mão até a perna de Chanyeol, fazendo carinho na altura do joelho. O garoto sentiu o estômago dar cambalhotas, e ignorou que era pelo carinho, colocando a culpa na comida gostosa.
— Gostei da surpresa, principalmente disso aqui — disse e balançou o pote, sorrindo pela cara de indignação fingida do detetive.
— E eu achando que ia abalar você estando de cueca na sua cama, tsc. — Estalou a língua, sem parar de fazer carinho na perna de Chanyeol, divertindo-o com o jeito que sempre levava as conversas que tinham.
Era confortável estar com Baekhyun, quase como um alívio para o peso que carregava nas costas com o projeto da faculdade. Limpou os cantos da boca com os dedos, deixando os palitinhos dentro do bowl para apoiar a mão ao lado de Baekhyun e se esticar sobre ele, dando-o um selinho demorado. Não afastou o rosto, ficou por um tempinho olhando-o de perto, até ele selar mais uma vez as bocas.
— Obrigado, estava sem ideia do que comer hoje. — Voltou a posição de antes, comendo com toda vontade que tinha. Estava maravilhoso para sua barriga esfomeada.
— De barriga vazia ninguém aguenta pensar em nada, garoto — aconselhou-o, pegando uma das latinhas de refrigerante, mais especificamente o de pêssego, e abrindo-o para tomar um generoso gole. — Como anda o projeto? Acho que atrapalhei algo importante dele hoje, certo? — Riu soprado junto a Chanyeol, que assentiu.
— Só íamos discutir algumas coisas, nada que não posso deixar pra amanhã.
— Ei, eu não quero te atrapalhar, posso voltar outro dia se quiser, Chanyeol — disse um pouco mais sério, sentando-se na cama, vendo-o terminar de comer. O garoto bufou, comprimindo os lábios. Só faltou revirar os olhos.
— Você invade meu quarto, traz comida gostosa, está deitado na cama que durmo, só de cueca, todo gostoso, e agora vem com esse papo de ir embora? — Chanyeol se ajeitou para ficar no colo de Baekhyun, com uma perna de cada lado das dele, deixando o bowl sobre a mesa de cabeceira e roubando a latinha de refrigerante para tomar o resto. — Eu deveria expulsar você daqui pra deixar de se fazer de bonzinho, porque eu sei que você não é! — Baekhyun riu soprado, levando as mãos para os quadris de Chanyeol e puxando-o mais para perto. — E seria injusto comigo que estava mesmo querendo beijar você. — Deixando a latinha de lado, Chanyeol apoiou as mãos grandes na barriga de Baekhyun, lambendo os lábios e aproximando o rosto do outro.
— Isso é um pouquinho egoísta — murmurou fazendo uma careta, enfiando as mãos dentro da camisa de Chanyeol.
— Foda-se, o que importa é que eu comi e agora vou te beijar. — Roubou um selinho de Baekhyun, admirando o sorriso bonito e encarando-o de volta.
— Vai? — Sugou o lábio inferior de Chanyeol devagar, forçando-o sobre seu colo. O estudante suspirou, abrindo um daqueles sorrisos bonitos que fazia o pau de Baekhyun pulsar e o coração acelerar. Ele só balançou a cabeça, confirmando, e segurou o rosto de Baekhyun com uma das mãos, juntando as bocas em seguida.
Que seus pais nunca soubessem do que fez naqueles dias, estando em Seul com a única finalidade de conseguir o que queria em sua vida estudantil. Talvez eles ficassem decepcionados, mas Chanyeol não se arrependia nem um segundo de beijar Baekhyun, de provocá-lo como se não soubesse dos riscos de sempre fazer aquilo e aprofundar um desejo inegável. Gostava de sua boca na dele, gostava de como as mãos quentes sempre buscavam por sua pele para que sentisse, por meio de carícias e apertos, que ele não conseguia se controlar também.
Não deveria fazer aquilo por vários motivos, mas fazia e era gratificante quando deitava a cabeça no travesseiro e se lembrava de como era gostoso ficar com Baekhyun. Não era muito de pensar no amanhã, não quando estava ganhando no jogo da vida, então não se massacrava numa culpa que não iria levá-lo a lugar algum.
Abraçou Baekhyun pelos ombros largos, colando mais seu corpo no dele em meio ao beijo lento e profundo. As mãos do detetive acariciavam suas costas, subindo a camisa até a altura do peito. Chanyeol suspirou, mordiscando o lábio inferior de Baekhyun e puxando para descontar o tesão que começava a incomodar no baixo-ventre. O detetive sabia que era sensível para toques desse tipo, principalmente vindo dele pelo simples fato de não conseguir ficar menos entregue com apenas alguns beijos, e mesmo assim ele usava o polegar para acariciar seu mamilo, fazendo arrepios passarem pela pele de Chanyeol e acabarem o deixando com uma ereção rapidinho. Rebolou devagar, testando o atrito dos corpos. Fazer aquilo era tão bom que repetiu sem pensar duas vezes, arrancando um sorriso de Baekhyun em meio ao beijo.
— Assim eu não consigo me controlar — sussurrou com a voz rouca, fazendo Chanyeol sorrir com os olhos fechados, sem parar de mover os quadris sutilmente, gostando da reação que estava tendo: Baekhyun ficando duro.
Buscou a boca do detetive para um beijo rápido e molhado, dando uma pausa com o lábio inferior entre os dentes, grunhindo baixinho com o aperto em seu quadril.
— Me deixa tomar um banho — murmurou entre suspiros, sem nem conseguir pensar direito. Era incrível como ficava afetado rapidamente com o carinho de Baekhyun e os beijos quentes que trocavam. Ele soltou um muxoxo descontente com seu pedido, descendo beijos por sua mandíbula até o pescoço, onde aspirou o cheiro ligeiramente doce do perfume gastado. — Baekhyun… — gemeu, apertando-o no abraço e forçando mais ainda sua bunda no pau entre suas pernas. — Juro que vai ser rápido.
— Shh, podemos fazer diferente — sussurrou com a boca próximo a orelha de Chanyeol, mordiscando o lóbulo e sorrindo quando o garoto estremeceu, surpreso com o ato. Pegando jeito e segurando-o pelo quadril, se ajeitou para deitar Chanyeol na cama, ficando por cima, entre as pernas longas. Subiu os beijos novamente, selando a boca cheinha. — Você me deixou atiçado demais pra me fazer esperar, bebê. — Seu tom era sacana, como o sorrisinho que tinha no rosto, olhando Chanyeol de cima, encarando-o morder o lábio com força e abrir um pouco mais as pernas para lhe acomodar melhor.
— Eu não fiz nada — disse tão inocente que Baekhyun quase parou tudo que fazia, mas o brilho furtivo no olhar o fez esfregar seu quadril no de Chanyeol, consequentemente fazendo ele sentir o quanto estava duro. Chanyeol sorriu, suspirando baixinho e olhando em direção ao resultado de sua provocação. — Não quero só brincar de se esfregar, Byun. — Enfiou os dedos nos cabelos de Baekhyun, puxando de levinho e forçando o quadril para cima, buscando mais contato.
Por ora, Baekhyun ignorou as reclamações de Chanyeol. Ele só era um garoto ansioso e guloso para chegar aos finalmentes. Baekhyun gostava de provocá-lo e mostrar outras formas de sentir prazer. Além de não estar muito sóbrio para pensar direitinho, queria fazê-lo se aliviar da ereção que tinha nas pernas, pois sabia que ele ia acabar se desfazendo dela no banho. Beijou-o no queixo, o coração martelando no peito com o sorrisinho dele. As mãos grandes se enfiaram por dentro da camisa social para alisar suas costas e sua bunda, causando aquele arrepio gostoso na pele, fazendo o pau pulsar dentro da cueca, necessitando de algum mínimo alívio que fosse.
Ergueu o tronco, sorrindo com o muxoxo insatisfeito de Chanyeol por ter se afastado repentinamente, mas foi por uma boa causa. Desabotoou a calça jeans que o mais novo vestia, puxando apenas ela para baixo, tendo que sair do meio das pernas dele para que ela fosse parar no chão. O volume estava ali, descaradamente, mostrando para Baekhyun que, apesar de vir com papinho de tomar banho, queria alívio imediatamente. Encarou Chanyeol, que tinha os cabelos espalhados na cama e caindo sobre a testa. As bochechas estavam coradas, tanto pelo calor que tomava conta do quarto quanto pela excitação. Baekhyun sorriu, enchendo a mão da ereção alheia, ainda coberta pela cueca cinza e apertando, fazendo Chanyeol tremer e sufocar um gemido na garganta.
— Não? E por que está assim, hum? — perguntou-o com o tom ameno, como se estivesse relatando algo óbvio. Riu enquanto Chanyeol lutava contra a vontade de abrir as pernas e implorar para ele dar um jeito naquilo de uma vez por todas.
Odiava o tanto que era fraco estando com Baekhyun e o quanto ele tinha autocontrole suficiente para foder com seu corpo em mil sensações diferentes de prazer, mesmo que o pau estivesse esticando o tecido da cueca, mostrando sem vergonha nenhuma que estava duro, excitado, por sua causa. Baekhyun passou a massagear a ereção de Chanyeol, dedicado, se ajeitando e sentando sobre as coxas nuas para ficar por cima outra vez.
— Você vai gostar — sussurrou, apoiando a mão livre do lado da cabeça de Chanyeol, ficando com o rosto próximo ao dele, percebendo a respiração ficar cada vez mais afetada com sua carícia. — Promete não fazer muito barulho? — O Park olhou nos olhos pequenos de Baekhyun, admirando por um tempinho, antes de engolir em seco e assentir. — Bom garoto — disse baixinho, encarando a boca cheinha antes de beijá-la, enfiando a mão dentro da cueca de Chanyeol para massagear o pau dele sem o impedimento do tecido.
O estudante arfou com o contato, as mãos indo de encontro a nuca de Baekhyun para que ele não se afastasse e cessasse o beijo. Gostava como ele beijava, como o envolvia, como as bocas se encaixavam. Impossível não soltar barulhinhos satisfeitos e buscar por mais contato do corpo todo definido e bonito.
Se prestassem atenção, notariam o movimento no corredor. Era óbvio pelo horário, início de noite. Qualquer um poderia ouvir alguma coisa se passasse pela porta do quarto 408, e todas as vezes que acabavam nos amassos naquela cama ou no chão, tinha que se controlar para não gemer como sentia vontade. Era quase impossível, mas tentava. E se sentia satisfeito todas as vezes, acabava exausto sobre os lençóis, e ainda recebia um carinho nos cabelos para acalmar os ânimos.
Baekhyun manteve o carinho até perceber Chanyeol começar a se descontrolar, molhando seus dedos e a barriga, se preparando para um orgasmo impossível de inibir. Fora quando afastou as bocas, um fio de saliva juntando os lábios até selar os de Chanyeol de novo. O mais novo aproveitou do time que Baekhyun lhe deu para se acalmar um pouquinho e tirar a camisa social que ele ainda vestia, empurrando-a pelos ombros largos para poder tocar livremente as costas malhadas. Puxou-o para mais um beijo, as línguas se encontrando antes dos lábios, o barulho do relógio no pulso de Baekhyun quando ele segurou sua cintura com força ao que tentou se esfregar, lembrando-lhe cruelmente do quanto achava sexy o jeito que ele se vestia.
O beijo era molhado, mais quente que os outros, e tinha provocações que faziam Baekhyun molhar mais ainda a própria cueca. Se apoiou com o cotovelo e a mão na cama, mal separando as bocas com a distância quase nula entre os rostos e o resto do corpo. Roçou devagar a pélvis na de Chanyeol, só para sentir se estavam como queria, com os paus juntos para que começasse a mover os quadris, como fez logo em seguida. Chanyeol entreabriu os lábios em um gemido mudo, fechando os olhos e suspirando satisfeito com o contato das intimidades.
— Baek — chamou, mesmo que não quisesse falar nada, só estava ficando perdido na bolha que se formava ao redor deles dois, centralizando a excitação nos corpos que pegavam fogo.
Fechou os olhos cheios de lágrimas, se perdendo com as mãos grandes pelo corpo de Baekhyun ao passo que o detetive investia o quadril contra o seu, esfregando os paus apertado, causando um estrago irreparável em Chanyeol. Era uma sensação crescente, e o fazia ficar perdido nela rapidamente. Baekhyun, por sua vez, gostava do que via. Ficava com o corpo a ponto de entrar em combustão, tão excitado e sensível, que se tornava impossível não melar Chanyeol de pré-gozo.
Arrastou a ponta do nariz pela bochecha do garoto que se contorcia de prazer debaixo do seu corpo, tendo espaço para enfiar o rosto no pescoço dele e sentir o perfume usado, mas gostoso junto ao cheiro da própria pele. Beijou cada pedacinho que alcançou, tentando não deixar tantas marcas, mas era uma tarefa difícil demais para ser cumprida antes de tentar várias vezes e não conseguir. Arrastou língua pela jugular até a orelha, mordiscando o lóbulo e colando sua boca ali para gemer só para ele ouvir.
Chanyeol revirou os olhos, arqueando um pouco as costas e choramingando alto demais para quem estava fazendo algo proibido em um quarto de hotel. Baekhyun sorriu, sussurrando um pedindo para ele não fazer barulho, mas estava tão aéreo que não conseguia parar de suspirar alto, gemendo vez ou outra. Baekhyun levou a mão até a boca de Chanyeol, impedindo que o barulho saísse mais alto e diminuiu o ritmo dos movimentos, vendo-o abrir os olhos marejados com a sobrancelhas juntas.
— Não faz barulho, bebê — sussurrou com aquela voz rouca, fazendo Chanyeol amolecer todo abaixo de si e choramingar pelo ritmo de antes. A mão grande se enfiou dentro de sua cueca, enchendo-se da carne da nádega esquerda e apertando, forçando Baekhyun a voltar com a mesma força e rapidez com que se esfregava. O detetive distribuiu beijos pelo rosto de Chanyeol, carinhoso, mas os dedos apertavam as bochechas e se continuavam mantendo-o calado. — Quer gozar? — Chanyeol assentiu rapidamente, fincando as unhas em sua bunda. Os paus mal estavam cobertos, mas a ideia de fazer aquilo sem estar totalmente nu era alucinante. — Fecha os olhos e só sente — soprou, voltando a enfiar o rosto no pescoço de Chanyeol, mas, dessa vez, não rogando suas ações, usou a língua, os lábios e os dentes para fazê-lo perder o juízo, além de voltar com os movimentos mais cadenciados.
Chanyeol nunca havia se drogado, apenas bebia, e isso se restringia a quando saia com amigos. Nunca ficou realmente bêbado, mas o que estava sentindo, era algo parecido com o êxtase desses momentos. Sua mente estava nublada, fechou os olhos e buscou apenas sentir — a boca de Baekhyun queimando sobre sua pele, a saliva molhando a palma da mão em sua boca, seu pau sendo esfregado com vontade contra o do Byun.
Se perdeu no próprio prazer, ou melhor, no prazer que compartilhavam. Baekhyun também não tinha mais forças nenhuma para controlar seu orgasmo, e o tempo que teve fora apenas para levantar a camisa de Chanyeol, prendendo-a com a mão firme na altura do peito. Ergueu o tronco sem parar com os movimentos, descontando o deleite por aquilo segurando com força no tecido e com a mão sobre a boca alheia. Chanyeol semicerrou os olhos, os cílios úmidos, encarando Baekhyun em cima do seu colo, com os cabelos bagunçados, suado, as veias dos braços saltadas pela força e o abdome trincado pelos movimentos insistentes.
Subiu as unhas curtas pelas costas do detetive, seu corpo tremendo com o espasmo forte, jogando a cabeça para trás quando finalmente conseguiu alcançar o que queria. Baekhyun também não demorou muito, diminuindo os movimentos quando os jatos de porra molharam a barriga lisinha de Chanyeol, se juntando ao estrago que ele fez também, mordendo o lábio com força para não fazer nenhum barulho.
Poderia começar tudo de novo, se tivesse forças, quando sentiu Baekhyun gozando em sua barriga. Juntou as sobrancelhas, tentando se livrar daquela dormência que vem imediatamente após um puta orgasmo daqueles. Alisou o braço de Baekhyun para ele tirar a mão de sua boca, e ele o fez, sorrindo em sua direção, o peitoral subindo e descendo com a respiração ainda descompassada. Ele também soltou sua camisa, ajeitando a cueca na linha do quadril antes de sair de cima de suas coxas, deitando do lado de Chanyeol, mas com a cabeça na direção dos pés dele. Fechou os olhos, respirando fundo, tentando acalmar o coração acelerado e a respiração louca.
Chanyeol, por sua vez, passou as costas da mão sobre a boca para limpar os rastros de saliva, tirando a camisa e usando-a para limpar a sujeira em sua barriga. Também ajeitou a cueca, deixando a camisa no chão e sentando na cama, o corpo todo mole, pedindo só um tempinho a mais deitado ali, se possível recebendo algum carinho de Baekhyun. Mordeu o lábio inferior, observando-o deitado, com os olhos fechados e a respiração mais calma que antes.
Mesmo com o passar do tempo, Chanyeol nunca soube lidar com o que Baekhyun o fazia sentir intensamente. Demorou para perceber que era amor, e quando percebeu, parecia ser tarde demais. Mas, naquele momento, uma das incontáveis lembranças no quarto 408, só gostava de estar perto e de tê-lo o tocando de qualquer maneira que fosse, porque isso fazia sua cabeça ficar no lugar e não se preocupar com futuro nenhum, nem mesmo o deles dois.
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