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História Quarto 515 - Coma o Elefante (Uma mordida por vez)


Escrita por: Fehnn

Notas do Autor


Olá pessoas lindas do meu coração, tudo bem? Mais um capítulo, mas CALMA! Não tem ninguém comendo elefantes aqui! KKKK
O título é uma referência à musica Eat the Elephant, de A Perfect Circle, e eu vou explicar um pouco sobre isso.
Bem, Coma o Elefante (uma mordida por vez) é uma metáfora, onde o Elefante são os problemas, e comê-lo é a tarefa (impossível a primeira vista, mas pode ser feita se você der uma mordida por vez). As mordidas são os passos para resolver os problemas. O título do capítulo é esse justamente por tratar desse conflito interno com nossa querida Liana. Mas leiam para entender melhor (sem spoilers aqui UHSAUSHU)
Obrigada e boa leitura!

Capítulo 4 - Coma o Elefante (Uma mordida por vez)


Liana despertou no dia seguinte com um pulo. Sentia-se ainda mais cansada que o dia anterior. Sua cabeça não doía, mas seus olhos pesavam. Os cabelos emaranhados caíam-lhe sobre a face. Afastou-o dos olhos e ainda assim enxergava tudo embaçado; a claridade os feria. Custou a mantê-los abertos. Coçou-os lentamente.

A noite anterior não passava agora de uma vaga lembrança, um borrão em sua memória. Não conseguia distinguir se fora real ou fruto de alguma alucinação causada pelo remédio; afinal, não sabia o que havia ingerido.

Mas a única questão que a intrigava era sobre o garoto. Seria ele real?

Finalmente seus olhos se acostumaram à claridade e Liana tirou suas mãos dele. E então lá estava ele, sentado na escrivaninha, “olhando-a” fixamente. Liana se encolheu, o coração já acelerado. Não disse nada por algum tempo, apenas observou-o de volta.

―Eu... não quero brigar. ― disse ela por fim. Tentava manter a voz firme, mas havia medo em suas palavras.

―Não vim para machuca-la. ― disse ele calmamente, quase inexpressivo.

―O que... o que aconteceu?

O garoto voltou ao habitual silêncio. Liana aguardou e voltou a pensar que talvez fosse fruto de sua imaginação. Sentiu como se ele fosse alguém criado por ela para responder a perguntas que ela mesma sabia as respostas. Havia lido alguns livros que diziam que aquela era uma reação natural para algumas pessoas em condições estressantes, como a dela.

―Seu organismo deve ter rejeitado e, portanto, retardado o efeito do remédio. ― disse ele pacientemente. ―Normalmente, quem o toma perde a consciência logo em seguida. Em alguns casos... é letal.

―Que remédio era aquele? ― perguntou Liana ainda encolhida, a respiração descompassada.

Cada fibra de seu ser dizia-lhe para parar, para ignorá-lo. Aquela situação não era lógica, não poderia ser. Mas Liana não se conteve. Ela precisava de respostas.

―Ninguém sabe ao certo. Só se sabe que é feito para entorpece-la. Bagunça sua mente, inibe seus sentidos, seus reflexos... a deixa vulnerável.

―Por que não me... disse antes?

―Eu tentei.

Um silêncio pesado recaiu enquanto Liana processava aquelas palavras. Sim, ele havia aparecido mais cedo no dia anterior, mas ela estava apavorada demais para dar-lhe uma chance de falar. Suspirou. Um conflito interno se estabelecia dentro de sua mente enquanto lutava para digerir toda a situação.

―Então... eu... não delirei. Você é mesmo... real.

―Isso depende do ponto de vista. ― disse ele indiferente.

Liana ajustou-se na cama e voltou a observa-lo. Ainda estava um pouco zonza, os sentidos embaralhados.

―Quem é você? ― perguntou quase suplicante.

­―Sou Dean. Dean Evan.

Liana recuou um pouco ao ouvir a resposta, mais surpresa que assustada. Milhões de perguntas surgiram, mas ela não conseguiu realizar nenhuma. Todas as palavras se embaralharam e depois perderam-se. Estava eufórica, o coração acelerado. Estava curiosa.

Dean, por outro lado, parecia não sentir nada.

―Pode... me dizer como entrou aqui?

Dean ergueu uma sobrancelha.

―Por favor.

―Eu... diria que estou aqui a mais tempo do que consigo me lembrar. ― ele murmurou.

―Como assim?

―Você saberá quando chegar a hora. Mas será que estará pronta para a verdade?

E após dizer-lhe isso Dean voltou ao seu silêncio, limitando-se a “observa-la”. Logo em seguida a porta se abriu e uma enfermeira entrou. Liana sentiu um calafrio; olhava desesperadamente para Dean, que continuou sentado ali, a mente distante. Olhou em seguida para a enfermeira, que a olhava de volta, esperando que se levantasse. O cheiro de rosas estava presente, mas ela não pareceu nota-lo.

Pareceu não notar Dean também.

―Você quer que eu te carregue também? ― perguntou irônica.

Liana mais uma vez conteve-se. Levantou-se lentamente, agarrou o estojo sobre a escrivaninha e seguiu a enfermeira para fora do quarto, sob o “olhar” de Dean.

Ambas desceram os lances de escada chegando rapidamente ao pátio, seguindo para o banheiro. O vapor quente envolveu Liana assim que ela adentrou o local ― abafado, com alguns chuveiros e vasos dispostos no recinto, separados por uma tímida parede. Em uma das extremidades havia uma grande pia com suas torneiras presas à parede. Liana sentiu-se incomodada, pois já havia uma certa quantidade de garotas a tomarem banho ali; no entanto, pareceu não ser notada por nenhuma delas. Seria estranho para ela ter sua privacidade compartilhada, mas não havia o que fazer. Despiu-se e entrou de baixo de um chuveiro desocupado.

Durante o banho presenciou um ou outro conflito, cessados instantaneamente pelas enfermeiras. Encolheu-se de medo, estava apavorada. Terminou o banho o mais rápido que pôde, vestiu uma nova muda de roupas limpas e deixou o banheiro aliviada.

Voltou para o quarto, deixou o estojo sobre a escrivaninha e sentou-se na cama. A enfermeira que a acompanhava mediu sua temperatura e sua pressão, e julgou que Liana estava bem e não precisava de nenhum medicamento. Ela deixou o quarto e Liana ficou ali, aérea, fitando o chão.

Sua mente viajava para longe, voltando mais de uma vez para aquela noite. Sentia o ar se esvair todas as vezes que a imagem de sua mãe vinha à mente. Seus olhos se enchiam de lágrimas, mas ela não conseguia derrama-las e aquilo a frustrava. Sentia seus ombros doerem, sua garganta se fechar; sentia sua cabeça latejar. Aquilo a consumia; a empurrava para uma espiral de sentimentos e pensamentos ruins.

E ela não sabia como sair.

Não muito depois, a enfermeira voltou ao quarto, despertando-a do transe. Era hora do café.

As duas foram até o refeitório, que já se encontrava cheio. Garotos e garotas, quase todos com a mesma faixa etária de Liana, estavam distribuídos nas mesas. Liana pegou uma bandeja e procurou por uma mesa vazia. Encontrou uma próxima à porta que levava para o pátio e ali sentou. Seu estômago roncou quando olhou para a comida ― duas fatias de pão integral, uma maçã e leite. Não era seu cardápio favorito da vida, mas devorou o pão em segundos. Em seguida, abocanhou a maçã com voracidade. Enquanto comia, uma garota ruiva aproximou-se lentamente, trazendo consigo sua bandeja.

―Posso... posso me sentar aqui? ― perguntou tímida.

―Não me importo. ― Liana respondeu sem tirar sua concentração da maçã, agora pela metade.

A garota então sentou-se e começou a comer em silêncio. Liana notou que ela estava um pouco assustada, talvez fosse pelo modo como ela estava comendo. Então a ruiva pegou sua maçã e a colocou na bandeja de Liana.

Confusa, Liana a encarou.

―Você... parece estar com fome. Pode ficar.

Sem graça, Liana terminou sua maçã e colocou o resto sobre a bandeja.

―Não... não precisa. Eu estou bem. Obrigada.

Não parecia haver maldade na garota. Tinha um ar inocente, gentil. Fora a primeira pessoa em dias a se preocupar com Liana.

―Eu... me chamo Valentina. ― ela sorriu ― E você?

 ―Liana.

Sua resposta soou mais seca do que deveria. Valentina virou o rosto extremamente ruborizado.

―Você... não é muito de falar, não é?

―Depende do dia.

Valentina ficou em silêncio, visivelmente constrangida. Parecia não estar há muito tempo ali. Então Liana percebeu que o que estava fazendo não era justo. Tudo o que Valentina fizera foi tentar ajuda-la, e em troca, estava sendo rude com ela. Estava sendo difícil, mas Valentina não tinha culpa de seus problemas. Respirou fundo.

―Eu... sinto muito. ― disse Liana ― Não é nada com você. Só estou... tendo um dia péssimo. De uma semana terrível.

―Seria impossível não ter, não é? Em um local como esse... ― disse observando o refeitório ― Você está há quanto tempo aqui?

―Há um dia. ― murmurou Liana ― E você?

―Há alguns meses. ― pausou enquanto bebia o leite.

―Você... não me parece perigosa. Por que está aqui?

―Eu tentei... tentei me matar. ― disse massageando os pulsos e em seguida escondendo-os debaixo da mesa ― Disseram... que sou um perigo para mim mesma. Que estaria melhor aqui.

Liana sentiu uma onda de ódio preenche-la.

―Foram seus pais que lhe disseram isso? ― perguntou amargamente.

―Sei que fizeram o que achavam certo. ― disse Valentina melancólica. Liana percebeu que nem ela acreditava muito nas próprias palavras. ― E você? Por que está aqui?

―Acredite, você não vai querer saber. ― disse entre um gole e outro de leite.

―Tente. ― Valentina sorriu.

Liana suspirou.

―Estou aqui porque meu pai achou mais fácil assim. Ele também acha que sou perigosa, mas para o mundo. ― as palavras agora saíam mecanicamente ― Quando eu... só tentei me defender. Eles invadiram minha casa, mataram minha mãe. E eu os matei. Torturei. ― ergueu uma sobrancelha ― E não me arrependo.

Os olhos de Valentina cresceram, ela ficou paralisada. Assusta-la não estava nos planos de Liana. Sentiu-se frustrada ao ver que Valentina recuou um pouco. Talvez agora também a veria como uma... louca.

―Eu... não vou machuca-la, não precisa... ter medo.

―Estou impressionada. ― ela murmurou ― Por que não a condenaram?

―Eu também queria saber. ― disse Liana irritada ­― A morte... seria um destino melhor que esse.

―Você acha? ― Valentina ergueu uma sobrancelha.

―Você não?

Valentina suspirou.

―As coisas são difíceis na maior parte do tempo. ― disse triste ― Meus dias são um verdadeiro inferno aqui. ― apontou para a cabeça ― Mas ainda existe... algo... que não me deixa desistir. Talvez... essa seja sua segunda chance. Você não acha?

Liana ficou em silêncio. Observou o céu pela janela ― estava cinzento, encoberto por nuvens carregadas. O sol se escondia atrás delas, e parecia uma tarefa impossível seus raios as atravessarem. Ainda assim, eles alcançavam o refeitório, iluminando-o suavemente. O dia estava agradável.

―Acredita mesmo nisso? ― perguntou por fim.

―Para ser honesta, não o tempo todo. ― disse Valentina ― Mas às vezes a vida nos surpreende, e nem sempre é de um modo ruim. Você só precisa... ter certeza de que estará lá para ver. ― ela ficou desconcertada ao ver a expressão confusa de Liana ― Eu sei, parece loucura vindo de uma pessoa que atentou contra a própria vida. Mas sabe... hoje acredito nessas palavras porque fiz uma nova amiga. ― sorriu.

E pela primeira vez em dias, Liana também sorriu. Era engraçado como mesmo sem muitas esperanças, Valentina conseguia manter-se otimista. Suas palavras ecoaram por um tempo na mente de Liana, enquanto as duas permaneciam ali, em completo silêncio.  Sentiu-se um pouco boba por achar que Valentina se afastaria ao saber de seus crimes, e ficou surpresa ― e envergonhada ― ao ver que a julgara errado. Também estava feliz por fazer uma nova amiga, mas não disse nada.

O silêncio foi quebrado pelas enfermeiras que levavam os internos para o pátio. Liana e Valentina saíram do refeitório e sentaram-se em um banco próximo à porta, enquanto os outros internos espalhavam-se pelo local; alguns caminhando sem rumo, outros sentando-se às poucas mesas e em outros bancos de cimento espalhados por ali. Apenas duas enfermeiras vigiavam o local, um número baixo levando em consideração o número de internos.

Liana ficou triste ao ver muitos deles perdidos, dementes, falando consigo mesmos. Poucos pareciam preservar sua sanidade mental, e poucos socializavam.

―É... sempre assim? ― perguntou.

―Sim. ― Valentina suspirou igualmente triste ― Desde que cheguei aqui, não fizeram nada além de me encher de remédios. Nunca conversei com um... psiquiatra... ―pausou. Parecia aérea, desconfortável. ― E espero que... ninguém tenha feito o mesmo.

Liana a encarou quando as palavras de Valentina se perderam. Estava confusa quanto ao que ela queria dizer. Então notou que seus olhos estavam fixos à frente, mas parecia não ver nada. Sua boca estava entreaberta, sua mente parecia estar muito distante. Começou a balançar os pés freneticamente, as mãos apertando as roupas. E assim ficou por um tempo, preocupando Liana.

―Valentina? Você... está bem?

―Hã? Sim. Me... perdoe. ― ela sorriu despertando do transe. ―Sobre... o que falávamos?

―Sobre o hospital. ― Liana murmurou assustada com a situação.

―Ah, sim. Sim, é claro, o hospital. Bem eu... acho que esse lugar só piora a situação. ― continuou Valentina após um curto tempo de pausa ― As enfermeiras também não ajudam. Por elas, todos nós poderíamos nos matar. Chegam a ser tão sádicas quanto o dr. Collins.

―Dr. Collins? Quem é ele?

Valentina abaixou o tom de voz e se aproximou de Liana.

―Ele é o responsável pela instalação. Sempre sabe o que está acontecendo. Eu ouvi algumas garotas dizerem que alguém o mantém informado. Você sabe, muitos já tentaram fugir daqui. Mas ele sempre os pegou. E os puniu da pior forma possível, é claro. Eu nunca vi, mas é o que dizem. 

―Um traidor entre nós.

―Sim. Mas ninguém sabe quem é.

Ficaram em silêncio mais uma vez. Aquele lugar possuía uma atmosfera pesada, sombria, e Liana sentia-se cada vez mais incomodada. Estava prestes a perguntar sobre o corredor proibido do refeitório quando um dos internos começou a chocar-se contra o gradeado que cercava o pátio. Uma das enfermeiras correu e o retirou, ensanguentado, dali. Liana observou que alguns liam ou coloriam livros, alguns brigavam e outros estavam dopados demais para fazer qualquer coisa. As enfermeiras conversavam e riam, e davam cigarros para qualquer um que pedisse. A situação deixava Liana nervosa.

O quadro mudou quando uma terceira enfermeira chegou. Ela encarou as duas que estavam ali, e finalmente elas recolheram os internos. Liana voltou para o quarto.

Ficou ali até a hora do almoço. Voltou para o refeitório e sentou-se novamente com Valentina. As duas conversaram sobre coisas que gostavam de fazer, músicas que gostavam de ouvir, comidas que gostavam de comer. Liana não quis quebrar o clima com suas dúvidas sobre o hospital, ainda mais depois de ver a reação que o assunto causava em Valentina. Haveria outros momentos para isso.

Em seguida, foi levada novamente ao banheiro e depois voltou para o quarto, onde passou as horas seguintes sentada em sua cama, olhando para o nada. Estava cansada, e sentia-se ainda pior quando se lembrava de que aquele era o primeiro dia dos anos que passaria ali. Todas as vezes que se lembrava do tempo que lhe restava naquele lugar sentia a boca secar. Balançava os pés freneticamente, sentia-se incomodada; mas não conseguia sequer levantar da cama. Todos aqueles problemas a consumiam, a enfraqueciam. Sair dali parecia uma tarefa impossível, penosa.

Balançou a cabeça negativamente, com força. Precisava focar em um medo e um problema por vez. Não podia gastar energia remoendo-se. Precisava encarar os fatos, enfrenta-los, para enfim, resolve-los. E passou algum tempo pensando sobre isso.

Olhava para a porta quando sentiu cheiro de rosas. Olhou para o lado e viu Dean parado em frente à janela. Sentiu seu coração acelerar ainda mais, mas dessa vez não sentiu medo.

―Há uma coisa que você precisa saber. ― disse ele. Havia certa urgência em sua voz ―Alguém virá busca-la dentro de alguns minutos.

Liana continuou em silêncio apenas ouvindo. Assentiu com a cabeça para que ele continuasse.

―Levante-se e vá até aquele lugar. ― apontou para o espaço vago entre a cama e a parede da porta.

Liana fez o que Dean lhe pedira, mesmo sem entender realmente porque estava fazendo aquilo.

―Procure na parte inferior uma pequena abertura. É uma parede falsa. ― disse ele.

Liana começou a tatear a parede lentamente, até encontrar uma fresta tímida, quase imperceptível a olho nu. Retirou a parte da parede. Era como um cofre raso, não era possível guardar quase nada ali. Mas havia uma faca ― velha, coberta de sangue seco, e não parecia estar muito afiada. Liana olhou para Dean aguardando novas instruções. Não sabia ao certo se deveria, ainda não sabia se ele era real. Mas o que tinha a perder?

―Leve-a. E use quando necessário.

Liana pegou a faca e a escondeu por baixo da roupa. Voltou a parte falsa da parede e levantou-se com cuidado, para não se ferir com a arma sob as vestes. E então olhou para cima e seu coração gelou. Esquecera-se completamente da câmera.

―Não se preocupe. ― disse Dean ao notar o medo de Liana. ― Esse ponto é cego. Não podem ver nada abaixo da câmera. Além disso, todas são desligadas à meia noite.

Liana suspirou aliviada. Caminhou lentamente até a cama e sentou-se receosa. Olhou para Dean com certo medo.

―E agora? ― perguntou.

―Agora espere.

Aqueles foram os minutos mais longos da vida de Liana ― pelo menos alguns deles. A tensão a dominava, suas mãos suavam. Ela balançava os pés agitadamente, olhava para frente quase hipnotizada. Dean, no entanto, permanecia calmo. Liana começou a se perguntar porque ele a estaria ajudando, e o que aconteceria quando saísse do quarto, por que precisaria daquela faca. Sentiu um pressentimento ruim ao pensar as possibilidades, que só aumentou quando ela notou que havia um homem trajado em um jaleco branco parado à sua porta.

Olhou desesperada para a janela, mas Dean já não estava mais ali.

―Liana Brown? ― perguntou o homem.

―S-sim?

―Por favor, siga-me.  

Liana levantou-se e caminhou até a porta. Deu uma última olhada no quarto ― Dean estava sentado em sua cama. Ele assentiu com a cabeça e Liana entendeu o recado.

Desconfiada, ela deixou o quarto.



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