História Quarto Quarenta e Oito - VINTE E SETE - Primeira Surra

Eu senti o meu corpo gelar, era como se as portas ou o espirito da Elza estivesse me rodeando no exato momento em que olho o meu celular, desbloqueado, e com uma conversa aberta, ok, se um tapa dele no estado normal já doía pra cacete com raiva deveria ser um pouco mais forte, mais forte aquilo não tinha como.

- E então? – Ele me olha sério levantando uma das sobrancelhas – Vai me responder ou o gato comeu a sua língua Amber?!

Eu permaneço calada, não como forma de afronta-lo porém por não ter absolutamente nada a dizer, eu não tinha noção do que ele era capaz de fazer, na verdade, eu nem conseguia pensar em nada nessa situação, ele levanta as duas sobrancelhas rapidamente como se estivesse me dando mais uma chance para que eu abrisse a porra da boca, e adivinha quem ficou calada?

- Eu achei que tinha sido claro em relação a sua submissão a mim Amber, principalmente em relação a sua leald.

- Íamos jantar Justin – Olha quem eu estou tentando enganar, oh céus Amber fica calada – Jan-tar.

- Eu não nasci ontem Amber, acho que está muito grandinha para brincar de vadia uh? – Ele se aproxima a mim mantendo o seu ar pesado ao meu redor, oh Elza, congela ele, nunca pedi nada.

- Bom, acho que você está se enganando, a pessoa que você diz brincar de ser vadia estava ajoelhada na sua sala hoje de manhã.

- Oh Amber, vamos, a Kristen é profissional, você só está começando nesse ramo. – Ele passa o polegar em meu queixo mantendo o olhar superior a mim.

Eu acerto um tapa em seu rosto, daqueles que estalam e chegam fazer a mão formigar, foi impulso sim porém foi proposital por pura raiva, eu escuto o meu celular vibrar na bancada o qual o Justin havia deixado, suas mãos permaneciam fechadas em punho de tal forma que suas veias chegavam a saltar, apenas o ignoro com pura audácia e atendo a chamada do Peter o respondendo sobre atropelos que ligaria mais tarde e não poderia falar no momento.

Não chego a terminar a chamada quando sinto as suas mãos enrolarem em meus cabelos, as mesmas me puxam para perto do seu corpo, ele sussurra algumas palavras contra os meus ouvidos porém as mesmas são em vão tamanho a dor que sinto em minha cabeça, cravo as minhas unhas na pele da sua mão com toda a força que tinha e assim que consigo me separar o olho com a as porras das lágrimas inundando os meus olhos, eu grito o quanto o odeio, xingo dos nomes que vinha pela minha cabeça e gesticulava com as mãos em pura raiva.

- EU NÃO PASSEI TODOS ESSES MESES APANHANDO DE VOCÊ PARA VER AQUELA VADIA OCUPAR O MEU ESPAÇO NÃO!

Eu gritava coisas sem nexo, palavras as quais denunciavam a minha raiva e ciúmes nitidamente, eu acerto outro tapa, dois para ser mais específica, e esses sim foram por puro impulso. Não demora para que a dor de um de seus tapas anestesie em meu rosto, em questões de segundos eu já estava sem roupas e sendo açoitada por seu cinto, aquilo ardia feito brasa, minhas costas, bunda, pernas, e um deles acerta a minha bochecha, eu sentia o vergão se formar e o local inchar a cada segundo, ele grita açoitando a minha coxa mais uma vez e logo agarra os meus cabelos novamente levando o meu rosto próximo ao dele.

- Eu vi todas as suas fodas no escritório com ele Amber, no banheiro, eu assisti aquilo morrendo de raiva por ter te dado a minha confiança vagabunda! – Ele aperta a mãos me fazendo gritar por dor – Eu quero que você suba, sem choro, e me espere naquele caralho de quarto nua.

- Sim senhor.

E é tudo o que eu consigo dizer.