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História Quarto Quarenta e Oito - QUATRO - Boa Noite, Senhorita


Escrita por: SweetNightmaree

Capítulo 5 - QUATRO - Boa Noite, Senhorita


Do you like the way I flick my tongue or nah? - Or Nah



Eu entro no quarto notando agora algumas gravatas, um tanto gastas, em cima da cama, arqueio levemente as sobrancelhas e então volto ao meu trabalho pondo o balde de gelo em cima do frigobar e a garrafa de champanhe dentro do mesmo.


- Você já sangrou? – Ele quebra o silêncio de nossas vozes no quarto, apenas o olho sem entender a pergunta, como assim se já sangrei?!


- Você já sangrou? – Pergunta novamente enquanto pegava o champanhe a minha frente e o abre enchendo até o meio uma taça.


- Mulheres sangram todos os meses, se isso for a resposta. – Passo o pano úmido na bancada onde havia varias marcas de taças.


- Não esse sangue, você ainda é virgem? – Que tipo de pergunta era essa? Ele queria o meu corpo nu agora? Era isso?


- Não seria mais fácil fazer uma pergunta direta e simples? – Rebato a pergunta com outra e o vejo mudar a expressão sacana por uma expressão séria, fiz mal?


- Eu te faço as perguntas Amber – Ele soa autoritário fazendo minha espinha se arrepiar inteira – Você ainda é virgem?


- Não.


Além do problema com a atenção eu tenho um com respostas sobre “pressão”, então qualquer resposta que eu desse deduraria o que eu sentia, e no momento puro calafrios percorrendo todo o meu corpo fazendo com que todos os meus pelos se eriçarem.


Ele arqueia a sobrancelha esquerda pondo um sorriso de canto minimalístico enquanto se aproximava a mim com as chaves da porta rodando sobre os dedos, lembro me bem dessa cena na noite anterior, não deixaria que ele brincasse comigo como ontem.


- Amber... – Ele pergunta pelo meu sobrenome.


- Scott


Ele caminhava lentamente pelo quarto em direção a cama, a qual em sua cabeceira carregava quatro argolas um tanto grande, uma em cada extremidade, cama rústica, eu acho. A chave é deixada no meio da cama, ele volta a colocar o pequeno sorriso dos lábios e mantém os olhos a maior parte do tempo sobre mim, ele arqueia mais uma vez a sobrancelha, um breve gesto de convite para que eu pegasse a chave, uma pena que ele não tinha trancado a porta e eu havia lembrado.


Eu sorrio um tanto vitoriosa ao rodar a maçaneta tirando a prova dos nove sobre a minha percepção, mas nunca é bom cantar vitória antes do tempo e minha prova dos nove foi justamente tirada com ela. Sinto a mão áspera e fria envolver o meu braço direito enquanto sua outra mão trabalhava em “calar minha boca” a tapando com certa força, meu corpo é prensado na parede tendo o dele por detrás de mim, até que a situação não estava tãããão ruim assim, convenhamos.


- Eu te faço querer ficar tão rápido quanto você imagina Amber – Ele sussurra rouco contra o meu ouvido, podendo sentir seu hálito quente esbarrar em minha pele – Te faço querer voltar todas as noites.


Eu não seria fácil a me entregar, não para querer fazer cu doce, ele com certeza não estava sóbrio mas estava em perfeito estado para excitar uma mulher que estivesse sedenta de relações sexuais, ele abaixa as minhas mãos enquanto o escuto estralar a língua no céu da boca.


Um tecido macio entra em contato com as minhas mãos, não era a calça dele, sua calça era jeans, era áspera, sinto um nó apertar as mesmas, unindo umas as outras me fazendo arregalar os olhos e tentar livrar as minhas mãos imediatamente, ele se afasta de mim me dando a liberdade para que eu ande pelo quarto na tentativa de fugir dele, não dava em nada, o observo por uma pequena pedra de gelo na boca, ouvindo o estalar de suas chupadas ecoarem pelo quarto, eu com certeza acharia sexy aquele momento se eu não estivesse presa. Ele me puxa pelo nó da gravata me fazendo tropeçar entre alguns passo mas me mantenho em pé, o gelo em seus lábios são direcionados ao meu pescoço onde molha o local até a região da minha clavícula, eu queria aquilo pelo momento e não queria por medo.


- Te quero bem vestida amanhã, tons azulados me excitam, me surpreenda. – Ele sussurra mais uma vez contra o meu ouvido logo desata o nó me fazendo arfar contra vontade própria. – Bom turno.


Ele pega a toalha em cima da cama e se dirige para o banheiro fechando a porta logo em seguida, eu demoro para raciocinar o que tinha acontecido apenas acordo dos pensamentos quando escuto o barulho da ducha ligada, pego a taça suja e a garrafa vazia logo saio do quarto ainda com todos aqueles arrepios e sons que ecoaram em meu ouvido, descarto a garrafa e deixo a taça na pia logo a lavo brevemente a usando para beber logo em seguida, aquilo não era real, não podia ser, eu não tinha vestidos azuis.


- Viu algum fantasma? – A Margarett pergunta entrando na cozinha – De morena você está branca Amber, aconteceu algo?


Nego com a cabeça, mentindo que eu havia tido uma queda de pressão, eu não era apta a mentiras mas sempre as usava quando precisava escapar de uma situação aos meus olhos que me deixavam encurralada.


- Te vi entrar no Quarto Quarenta e Oito.


- Ele precisava de uma bebida – A corto antes que começasse a falar e aponto a garrafa de champanhe vazia.


- Notei que também demorou para sair, aconteceu algo? – Diz ela parecer interessada.


- Precisei trocar os forros, havia caído champanhe – Olha a mentirinha – O acho metido de mais, o quarto é dele e ainda sim solicita e exige a atenção do hotel. – Isso era verdade.


- Bom, não tenho o que opinar – Graças – Preciso ir, bom turno.





Agradeço por ela não ter que dividir o turno comigo e me dirijo a recepção onde me sento na cadeira quase caindo de sono, mas a cada ruído eu despertava em um susto, principalmente quando a porta do elevador se abriu e ouvi passos contra o chão de porcelanato branco do hotel, se eu estivesse dormindo com certeza eu não sentiria o bilhete que havia sido posto próximo ao meu braço, o desembrulho várias vezes revirando os olhos por sempre encontrar um papel em branco até que chegue ao final contendo uma frase até educada para quem havia me prendido: Boa noite, senhorita.



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