1. Spirit Fanfics >
  2. Quase impossível >
  3. Pegar uma praia?

História Quase impossível - Pegar uma praia?


Escrita por: C-Cam

Notas do Autor


Acabei de postar mas já to ansiosa pra dar continuidade. kkkk Espero que gostem e boa leitura. <3

Capítulo 4 - Pegar uma praia?


Fanfic / Fanfiction Quase impossível - Pegar uma praia?

POV Amarilis

Chegando próximo a onde estava começando, havia um homem de roupa toda preta cobrado das pessoas para poderem chegar mais perto. 

 

-Loira, eu tenho 15 conto no bolso e a entrada é 10. Eu não sabia que encontraria alguém então não posso ser um cavalheiro e lhe oferecer de pagar o ingresso mas.. -Eu o interrompo.

 

-Bruno, fica tranquilo. Eu pago pra gente. -Entrego uma nota de 50 ao moço de preto. 

 

-Você não tem uma nota de 20? -Ele é grosso comigo. 

 

-Boa noite, senhor? Tudo bem? Não, eu não tenho trocado, somente essa nota de 50. O senhor pode ficar com o troco, só me deixa entrar com meu amigo. -Sorrio bem irônica. 

 

-Tá doida, loira? É 30 conto. -O Bruno fica espantado. -Da logo o troco dela ou a gente vai entrar de graça. -Ele parece bem nervoso. 

 

-Tá bom, podem entrar. -O homem me devolve o dinheiro e nos deixa entrar. 

 

-Ufa, ainda economizei 15 conto. Você é firmeza. -O Bruno da um tapa em meu ombro. 

 

Quando eu percebo, estou no meio de um monte de jovens maloqueiros gritando quando um xinga o outro melhor, isso é incrível. Eram dois caras em cima de um banco de praça, um som muito bom correndo e eles rimando, era como uma competição de quem consegue ofender mais o outro, eu nunca vi nada do tipo. 

 

-Quem ganhar, ganha o que? -Grito no ouvido do Bruno. 

 

-Dinheiro, loira. -Ele grita no meu ouvido sem tirar os olhos dos meninos. 

 

-Então eles ganham dinheiro pra xingar alguém? Que máximo! -Sorrio. 

 

-Não é tão fácil quanto parece não, loira. Mas é o jeito que eu mais gosto de ganhar dinheiro. Semana que vem é eu que vou batalhar, se você quiser vir me ver... Eu vou ficar feliz. 

 

-Vamos ver se você merecerá o prazer da minha companhia. 

 

A música abaixou e votamos em quem venceria, o vencedor do prêmio foi o amigo do Bruno, um tal de Bidu. Olhei no relógio e já eram 3:30 da manhã. 

 

-Vamos beber, o vencedor tá com 400 pau. -O moreno balança suas notas no ar. 

 

-Parabéns, irmão! Você foi mil grau e mereceu. -O Bruno o abraça. 

 

-Orra Lupa, seu incentivo foi muito importante pra mim em cada batalha. Obrigada irmão. -Ele parece emocionado. 

 

-Parabéns, Bidu. Você arrasou mesmo com aquele cara. -Eu falo e todos ficam me olhando.

 

-E a loira ai entende de rap? -O tal de Fael disse pra mim. 

 

-Não, mas entendo de coisas boas. Eu sou jornalista. -Sorrio me sentando junto a eles no banco da praça. 

 

-Por isso a loirona tá toda no glamour. Cheirosa, bonitona, de salto.. Onde você deu essa sorte, Lupa? -O Cabral diz. 

 

-Eu encontrei ela no posto e ofereci, não sei como a doida aceitou um convite desse maloqueiro. -Todos rimos. 

 

-Eu tava afim de fazer uma obra de caridade, sabe? -Rimos ainda mais. 

 

-Quer, loira? -O Fael me oferece uma garrafa de um liquido que parece vinho. 

 

-Cantinho do vale.. O que é isso? -Respondo colocando em minha boca. -Isso é gostoso! -Fico surpresa. 

 

-É vinho, loira. -o Bidu diz. -E foi 4 reais, você acredita?

 

-Mentira??? Eu comprei um vinho agora e paguei 140 reais e eu acho que esse aqui é até mais gostoso e... -O Bruno me interrompe. 

 

-Loira, cadê o seu vinho? Você tava com uma garrafa de vinho quando eu te vi. -Ele começa a olhar para os lados procurando. 

 

-Ah... Eu devo ter perdido kkkk Não tem problema, esse aqui é mais gostoso. -Dou mais uma golada na garrafa e todos rimos. 

 

Lá estou eu, toda fina e elegante em um banco de praça com 4 rapazes de periferia, bebendo um vinho de 4 reais e dando boas risadas, confesso que não me divirto e dou tanta risada assim nem com minhas amigas. Eles são muito engraçados e se zoam o tempo todo, esse vinho "Cantinho do Vale" é muito gostoso e acho que bebi uma garrafa sozinha enquanto conversávamos. 

 

-Vamos queimar um, você quer, loira? -O Fael diz pra mim. 

 

-Queimar o que? -Todos riem de mim. 

 

-Queimar um verdinho, loira. Fogo na babilônia, fumar um beck, maconha... -O Bidu fala e todos riem mais ainda. 

 

-Ah, não. -Respondo sem graça. -Nunca fiz essas coisas, beber esse vinho esquisito já foi o auge da minha noite... -Olho meu relógio e já são quase 5 da manhã. -Acho melhor eu ir.. -Me levanto.

 

-Loira, calma. Se a questão for o beck a gente não fuma. Mas o papo tá tão legal, fica aqui com a gente. -O Bruno segura meu braço. 

 

-Meninos, foi muito legal e divertido passar essa noite com vocês. Foi realmente muito bom e diferente de tudo que eu já vivi. -Olho para o Bruno. -Mas está tarde, eu tenho que ir pra casa se não eu vou virar a noite aqui com vocês. Mas prometo, que sábado que vem, venho ver o Bruno batalhar e nós teremos a parte 2, ok? Quem sabe até eu experimente queimar um com vocês. -Todos rimos.

 

-Você é firmeza, loira. Curti você, é patricinha mas é gente fina. Vai pela sombra. -O Fael se despede e da um beijo em meu rosto. 

 

-Você é dahora memo, pode voltar várias vezes que se não for convidada do Lupa é convidada nossa. -O Cabral diz e também beija meu rosto.

 

-Valeu memo por prestigiar minha vitória. Você é firmeza, loira, volta sempre que aqui na casa você é bem vinda. -O Bidu me beija também. 

 

-Eu voltarei se vocês prometerem a recepção ser tão boa quanto, viu? -Rimos. -Obrigada e já vou indo. 

 

-Espera, vou te levar para pedir o uber... -O Bruno vem atrás de mim e seguimos até o canto mais afastado da praça.

 

-Você se divertiu, acho que está me devendo alguma coisa, né? -O Bruno sorri enquanto me vê mexendo no celular. 

 

Foi totalmente por impulso mas eu o agarrei completamente. Minhas mãos foram em volta do seu pescoço e as suas em volta da minha cintura, nos encaixávamos tão bem de uma forma que eu nunca vivenciei. Nossas línguas pareciam ter sido feitas uma para a outra e infelizmente a falta de ar veio, fazendo com que tivéssemos que nos separar daquele beijo delicioso com um selinho e ambos bem ofegantes. 

 

-Isso foi melhor que o prêmio combinado, loira. -Ele permanece com as mãos na minha cintura e me da um selinho demorado. 

 

-Amarilis Bulgatti Cortez. Esse é o meu nome. Todos me chamam de Lis, mas confesso que também gostei de você me chamando de loira. -Sorrio e acaricio sua nuca careca. 

 

-Amarilis... Que nome bonito. Eu me chamo Bruno Costa Rodrigues. É nome de pobre mesmo. -Rimos. -Eu gostei de você, loira. É a patricinha mais maloqueira que eu já vi. Nunca vi se adaptar tão rápido a favelado quanto você se adaptou hoje. -

 

Ele acaricia meu rosto e me olha como se fosse uma criança olhando o Papai Noel. 

 

-Eu gostei do seu nome. Vou te chamar de Bruno, Lupa eu vou deixar pros outros... Eu me diverti de verdade, Bruno. Eu sai de casa completamente sem imaginar que 5 horas da manhã eu teria bebido esse vinho barato, conhecido um monte de favelado e ouvindo rap, e a pior parte: eu gostei. -Demos uma gargalhada. 

 

-Espero te ver de novo. Será que o destino vai juntar a gente mais uma vez? 

 

-Se ele não juntar,  nós mesmo fazemos. Anota meu telefone ai. 

 

Sim, eu sei, Amarilis, você é cafajeste e não passa seu telefone pra ninguém e não vai pra casa sem dormir com um homem. Eu sei, eu sei... Mas o que eu estou sentindo é diferente, é como se eu realmente quisesse vê-lo novamente, quisesse dar motivo pra ele querer me ver. Se eu transar com ele hoje, acabou o encanto, o interesse, a curiosidade, eu quero que ele queira e eu não sei porque quero tanto, mas estou indo embora pensando quando será que eu vou ver esse menino de novo. 

 

-Estou esperando, pode falar. -Quando vejo, estava pensando enquanto ele está com a tela do celular aberta esperando. 

 

-É 21 985794392. -O beijo novamente ao ver que meu uber está a 1 minuto. 

 

-Agora que eu não vou deixar você ir embora. -Ele agarra minha cintura ainda mais forte. 

 

-Eu voltar só depende de você. -Me afasto e entro no uber, caralho, acho que to apaixonada. 

 

Fui olhando a janela até chegar em casa e pensando em tudo que rolou. Eu achei aqueles meninos tão legais e tão diferentes da minha realidade. Era estranho estar em um lugar com cheiro de maconha e cc, pessoas de roupas sujas e surradas, sem se importar com seu cabelo desarrumado ou se sua roupa tem um furo, gente de verdade, sem futilidade. 

Costumo frequentar lugares com cheiro de perfume importado, carros de luxo na porta com pessoas de roupas de grife, na qual nem dançam para não suar e estragar a perfeição. Não vou ser hipócrita de dizer que não gosto dos meus passeios, mas conhecer o outro lado do mundo, foi muito bom pra mim. Eu sou uma idiota, vim o caminho inteiro pensando nisso e o safado nem ao menos me mandou uma mensagem confirmando o número. Por isso eu não gosto de passar meu número, rola essa expectativa de que a pessoa vai te chamar e isso gera uma agonia desnecessária. 

 

Tomei meu banho, deitei nos meus macios lençóis e já são quase 7 horas da manhã, custo até dormir e acordo com a luz do sol em meu rosto e vejo, já são 12h. Olho meu celular e não tem nem uma mensagem se quer dele, só das minhas amigas histéricas. 

 

Grupo: as 4 mosqueteiras <3

Aninha: Ai, essa noite foi muito boa, só faltou você, Lis!

Bia: Simmm, a comemoração foi sem a razão dela, mas foi tão legal, você fez falta.

Quel: amiga, como foi sua noite? a gente nem se preocupa como vc está e já vamos falando, conta pra gente

Lis: *audio* ai, meninas, eu tava esperando uber lá no posto e apareceu um cara super zé droguinha dando em cima de mim, ai eu dei trela e ele ficou super surpreso com minha atitude. ai ele me chamou pra gente ir numa coisa que chama batalha de rima, era uma praça cheia de favelado fumando maconha e cantando rap, gente, eu juro, foi muito legal, queria vocês lá comigo

Bia: então pra sair com a gente você perdeu o clima e pra sair com um bonitão você tinha? safada

Aninha: é, ainda fala que queria a gente lá, sua falsa 

Lis: gente é sério, eu queria vocês lá. eu me diverti muito e dei tanta risada, bebi um vinho que custa 4 reais a garrafa vcs acreditam? 

Quel: que delicia, economizar eu gosto. pegou o bofe pelo menos? 

Lis: na hora de ir embora eu beijei ele, já era 5 horas da manhã quando eu sai de lá

Bia: só beijou? não teve motel chique com garrafa de vinho? 

Lis: eu falei que ele era favelado, gente kkkk ele tinha 15 conto no bolso, eu que fui pagar o ingresso dele

Aninha: jesus amado, essa altura do campeonato a Lis fazendo caridade

Lis: é sério gente... foi incrível e mal vejo a hora de vê-lo de novo

Quel: vc tá zoando né? vc só sai com príncipe rico e agora que encontrou um pé rapado vc quer ver ele de novo? vc teve ter dedo podre

Bia: enquanto os ricos compra o mundo pra vc, vc quer um que anda com 15 conto no bolso? até eu ando com mais e eu sou uma mera secretária 

Lis: gente.. eu quero mas acho que ele não quer, eu dei meu telefone pra ele e até agora ele não mandou uma mensagem

Aninha: agora vc endoidou de vez. pq vc passou o telefone pra um pobretão? 

Quel: vc tá ficando louca só pode, ainda choramingando que o pobre n te ligou, deve nem ter créditos

Lis: gente, para, eu to chateada de verdade. se vocês vão ficar me zoando, então podem falar sozinhas. 

 

Jogo meu celular pro lado e me levanto. Vou fazer uma caminhada, uma academia.. Já sei! Vou fazer uma faxina. Olho em volta e está tudo limpo. Droga. Decido assistir TV  e fazer minhas unhas em casa, sem ir ao salão dessa vez. Estou assistindo enquanto faço as unhas e ouço meu celular vibrar, vou ignorar, não quero mais ver essas idiotas falando do Bruno. A vibração permanece e me incomoda, vou colocar no silencioso e quando olho, é ligação de número desconhecido, decido atender.

 

Bruno: Oi loira, tudo bem? 

Eu ouço aquela voz e me sinto suspirar. Era ele.

Lis: Oi Bruno, tudo sim e você? 

Bruno: Tudo sim... Você é pilantra, passou o último número errado. Sorte sua que eu sou brasileiro e não desisto, fiquei tentando até acertar. 

Lis: Eu passei tudo certo, você que deve ter marcado errado. *rimos*

Bruno: O dia tá lindo, eu acabei de sair do trampo, que tal nois pegar uma praia? 

Lis: Pegar uma praia? O que é isso? 

Bruno: kkkkk você é engraçada, loira. Vamos na praia, tomar um sol, dar um tibum no mar, conversar, dar risada, que tal? Eu só tenho compromisso mais tarde, por enquanto pode me alugar que eu sou todo seu. 

Lis: então tudo bem, me encontra na frente do edifício Coacher daqui meia hora, tudo bem?

Bruno: ah, firmeza, eu vou lá em casa trocar de roupa e pegar a bike para chegar ai rápido tá? 

Lis: vem de uber, eu pago

Bruno: não, loira, não precisa, eu vou magrela. esse é o prédio que você mora? 

Lis: É sim, você deixa sua bicicleta aqui tá bom? Eu vou arrumar minhas coisas, até já já. 

 

Ufa! Finalmente ele me ligou. O problema não sou eu. Vou ao banheiro e faço uma maquiagem leve, pra ele não assustar de me ver sem. Coloco um biquíni preto e uma camisa branca e um short jeans por cima pra não ficar andando sem roupa.

 

Peguei uma bolsa de praia e coloquei carteira, óculos de sol, creme bronzeador, toalha, protetor solar, creme pro cabelo... acho que foi tudo. Calcei uma havaiana branca e fui descendo para espera-lo. Passou muito tempo e nada dele aparecer, decido ir até a praia e esperar ele pegando uma cor já. Peguei uma água de coco e me ajeitei em cima da toalha para tomar sol, mandei uma mensagem avisando ao mesmo que estaria em frente a uma barraca de água de coco o esperando.

Quando o vi chegar ele estava... lindo. Comecei a rir enquanto o olhava, e confesso que vi alegria em seus olhos de me ver também. 

 


Notas Finais


Vou tentar postar de novo amanhã. Espero que tenham gostado, meu instagram é @carollcamarossi para quem quiser conversar. <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...