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História Quase Sem Querer (Capítulos Extras) - Aniversário


Escrita por: princetri

Capítulo 5 - Aniversário


Fanfic / Fanfiction Quase Sem Querer (Capítulos Extras) - Aniversário

Lauren POV



 Hoje é aniversário da Camila, 44 anos, o tempo parece passar voando, quanto mais eu tento segurá-lo, mas ele corre de mim, e sempre com agilidade. 


 Nesses últimos oito anos, nossa vida anda bem agitada, Camila abriu sua agência, e já na inauguração foi um grande sucesso, simplesmente por ter como dona "a ex super modelo Camila Cabello", a festa de abertura foi a melhor festa que fui na minha vida, e olhe que já fui a muitas festas, mas ver todos os meus amigos ali, e Camila com um sorriso de orelha a orelha, me fez transbordar felicidade. Hoje em dia a "Camren Models" (sim, Camila nomeou a agência com a junção dos nossos nomes, achei brega, mas quem sou eu pra ir contra uma vontade da minha esposa) é uma das mais conceituadas da Europa, em menos de 2 anos Camila recuperou todo dinheiro investido, eu não esperava menos dela. Camila acompanha o máximo possível dos trâmites da agência de perto, ela costuma dizer que a empresa tem um princípio inegociável: o bem estar geral, tanto dos funcionários como dos modelos, ela sempre usa sua antiga agência como exemplo, o quanto eles eram carrascos e o quanto colocavam os lucros acima da saúde emocional e física dos agenciados, tais denúncias do mundo da moda, fez o nome dela voltar a correr pelas revistas. A agência dela é uma das mais procuradas, do lucro, Camila sempre distinta 70% para ONG's, ela diz que montou a agência pra trazer dignidade para o máximo de modelos possíveis, e trazer o assunto pra mídia, porque quem sabe com uma comoção geral, as coisas mudem não só na agência dela, mas em todas as outras, sendo assim, ela ver o lucro apenas como efeito colateral, e resolveu ajudar os menos afortunados com ele. Há 3 anos, passamos por um momento muito delicado, a Sinu, mãe da minha esposa, faleceu, os dias que se sucederam a sua morte foram totalmente pesados, o que confortou o coração das irmãs, foi o tempo de felicidade que a mãe passou nos últimos anos, quando Camila abriu a agência, ela veio morar conosco, ela era modelo antes de engravidar da Camila, então tinha muita paixão pela área, ela trabalhava na agência ao lado da filha com os olhos cheios de felicidade, confesso que acabei me apegando a ela nesse meio tempo, depois da morte dos gêmeos, ela passou a me tratar bem, então não foi difícil gostar dela, eu senti muito sua partida. 


— Laur, me ajuda aqui. - Normani chamou da porta. 


 Saí da cozinha e fui até ela.


— Deixa eu carregar. - Falei tirando o bolo da sua mão. — Cadê as outras?


— Se perderam. - Respondeu impaciente. — Agora me diz como uma pessoa se perde em Londres, Lauren?


 Me deixei rir.


— Paciência mulher, são humanas, não têm o senso de localização como nós. - Fui até a mesa posicionada perto da lareira e coloquei o bolo em cima.


 Ela está se referindo a Lindsay Morgan, uma das modelos da Camren Models que acabou virando amiga pessoal da minha esposa, e também a Eliza Taylor, dona de uma das ONG's que Camila ajuda financeiramente. 


— Tudo que mais tenho é paciência. - Normani disse olhando em volta. 


 E eu fiz o mesmo, olhei em volta, ela está me ajudando a preparar a surpresa pra Camila, ajudou na decoração, na compra dos bolos, ajudou até a enrolar a Camila pra ela não descobrir. Embora Normani passe anos dentro da Floresta do Dean, ela sabe andar perfeitamente pela cidade, ela é até mais desenrolada do que eu, que passo todos os meus dias por aqui, como por exemplo, quase surtei pra achar uma loja de bolos, e ela achou em 5 minutos. 


— Você acha que ela vai gostar? - Perguntei preocupada. 


— Sim, tá lindo. - Respondeu e se aproximou, parando bem na minha frente, e segurando minha mão. — Obrigada por me deixar participar desse momento. 


— Eu quem agradeço sua ajuda. - Puxei ela pra um abraço. — Eu te amo muito, e a Camila nem se fala.


 Normani sorriu feliz.


— Pensar que eu era idiota o suficiente pra destratar ela por ser humana, tenho vontade de me auto socar. - Disse com graça. 


— Nem me lembra, péssimos tempos Mani, péssimos tempos. - Me afastei indo até a mesa.


— Você mandou mensagem para todos os amigos dela direitinho? Avisou que era surpresa?


 Me virei pra Mani outra vez.


— Sim, tudo certinho, e… - Travei. — Puta merda!


— O que foi?


— A Mia, eu esqueci da Mia! 


 Normani bufou.


— Cacete, Laur! Como você se esquece dela?


— Cacete mesmo. - Peguei a chave do meu carro. — Eu vou busca-la, você fica aí, esperando a Dinah e a Emma chegarem com os doces. 


 Normani rolou os olhos. 


— Esqueci que aquela traidora também vem. 


 Soltei uma risada alta antes de passar pela porta, com certeza ela está se referindo a Dinah, elas se separaram, continuam amigas, mas Normani está brava desde que ela veio morar aqui em Londres, e isso faz uns 10 meses, eu amei a Dinah aqui, claro, mas a Normani está muito puta. Entrei no meu carro e sai pelas ruas cheias, agora deve ser umas 17h, Camila chega da agência às 18h, espero que dê tempo de resolvermos tudo. Dirigi o mais rápido que pude até Bexley, com certeza vou receber umas boas multas de trânsito, mas preciso chegar em casa com a Mia, antes da Camila. Chegando em frente a casa já conhecida por mim, bati na porta e esperei, uma voz lá dentro mandou Mia ver quem é, e um sorriso já surgiu no meu rosto. Quando a garota me viu, arregalou os olhos e pulou nos meus braços.


— Eu não lembrava que hoje era dia de me ver. - Disse animada segurando meu rosto entre as mãos. — O final de semana chegou?


— Não senhora, mas hoje é aniversário da Camz, e quero levar você pra comemoração comigo. - Passei pela porta ainda carregando ela nos braços. — O que você acha?


— Eu acho incrível, eu não sabia que era aniversário dela, por que ninguém me disse?


 Eu ri e coloquei ela no chão, não deu tempo de responder, porque a mãe dela surgiu olhando pra gente. 


— Oi, Abigail. - Falei simpática.


— Oi, Lauren. - Se aproximou e me deu um rápido abraço. — Aconteceu alguma coisa? Cadê Camila?


— Tá tudo bem, ela tá na agência. - Cocei a cabeça, eu esqueci de avisar antes de vir, no mínimo deselegante. — Não sei se ela chegou a comentar, mas hoje é aniversário dela. 


— Nossa, sério? Ela não falou nada, vou mandar uma mensagem pra ela, e comprar alguma lembrancinha. - Disse a mulher com certa urgência. 


— A mensagem ela vai ficar bem feliz, mas não precisa comprar nada, ela não se importa com essas coisas, eu vim aqui pra convidar vocês pra comemoração que vamos fazer hoje lá na nossa casa.


— Eita! - Abigail olhou pra trás, mais especificamente pra Mia. — Eu não posso ir, minha mãe vem jantar aqui em casa hoje, e a comida já está no fogo. 


— Ahh não, mamãe. - Mia contestou.


 Abigail olhou pra filha e depois pra mim.


— Meu amor, eu não posso ir. - Se abaixou perto da filha. — Provavelmente a casa vai estar cheia, e elas não podem ficar correndo atrás de você. 


— Hã… na verdade, se você não se importa, isso não será problema. - Falei.


— Tem certeza? É um dia especial, e querendo ou não uma criança perturba.


— Eu não perturbo. - Mia se defendeu, o que me fez rir antes de responder sua mãe. 


— Tenho sim, vá terminar de preparar a janta de vocês, que eu mesma arrumo ela, pode ser?


— Claro. - Ficou de pé. — Fiquei à vontade.


 Fui em direção ao quarto da Mia e Abigail foi para a cozinha. Mia tem 6 anos, é a criaturinha mais linda e fofa que surgiu nas nossas vidas, tem os cabelos compridos e castanhos, magricela, e os olhos verdes igual o da sua mãe, Abigail. Ela entrou na nossa vida há aproximadamente 10 meses, Camila quem a conheceu primeiro, em uma situação bem complicada, Abigail, que era casada, estava em situação de rua com a filha, depois de ter sido expulsa de casa pelo marido, a mãe não pode abrigar-lá, por causa do pai, que não fala com a mesma desde sua gravidez precoce. Certo dia, saindo da agência, Camila encontrou ambas, e como sempre, com as mãos em seu coração, ela quis saber o que se passava na vida daquela mãe e sua filha, e ela chegou lá em casa com as duas, de primeira achei estranho, mas logo me compadeci juntamente com ela, essa casa que moram, foi presente da Camila, que também arrumou um emprego pra Abigail na ONG da Eliza, desde então, Camila é totalmente apegada a Mia, tanto que todo final de semana a menina vai pra nossa casa, costumamos brincar que temos a guarda compartilhada, nós ficamos felizes por aproveitar um pouco daquele doce criança, e Abigail fica feliz por ter um tempo livre pra si, afinal ela só tem 23 anos, uma jovem ainda, com todos os desejos de curtir a vida.

 

 Quando eu estava terminando de arrumar a Mia, Abigail surgiu no quarto, pra me ajudar a preparar a mochila da menina, hoje é sexta, então agora ela só volta na segunda-feira pra casa da mãe. Devido a hora saímos às pressas de lá, Mia reclamou por não ter comprado um presente pra tia Camila, o que me fez rir, se não fosse tão tarde eu iria parar pra ela comprar algo, mas já estamos em cima da hora. Assim que chegamos a garota foi para seu quarto guardar a mochila, e eu fui cumprimentar os convidados já presentes, a casa tá lotada, deve ter umas 20 pessoas aqui já, e olhe que só convidei os mais próximos..


— Finalmente você chegou. - Emma disse e me puxou pelo braço até a cozinha.


— O que houve?


— A Sofia me ligou, ela ainda tá na agência com a Camila, e disse que ela entrou em uma reunião de última hora, e que não sabe a hora que ela vai sair.


— Puta merda. - Puxei meu celular do bolso. — Você viu o Arlo e a Spot no meio dessa gente toda? Tenho medo deles se assustarem e fugir.


 Procurei o número da Camila na agenda e coloquei pra chamar. 


— Eu coloquei eles no quarto de vocês, de fato estavam bem estressados pelo barulho. 


— Obrigada. - Dei um beijo no rosto da minha amiga. — Você é incrível. 


 Ela apenas sorriu e voltou pra sala. O número de Camila chamou até cair na caixa postal, mas continuei insistindo até ela atender, e quando ela fez isso, me tranquei na despensa, pra ela não ouvir o barulho do ambiente, 


— Amor, estou em uma reunião. - Foi a primeira coisa que ela disse.


— Essa hora, Camz? Eu estou esperando você faz um tempão. 


— Foi de última hora, podemos conversar em casa? - Perguntou apressada, com certeza ela está doida pra desligar. 


— Não, quero você aqui em 20 minutos.


— Mas Lauren, eu…


— Camz, não é justo, além de você ir trabalhar no dia de hoje, que eu queria ficar o dia inteiro na sua cola, ainda vai chegar tarde? Quero te aproveitar um pouco, poxa. - Falei com meu melhor tom dramático.


— Hã… tá bom, 40 minutos eu chego.


— 30 minutos e não se fala mais nisso.


 Ela bufou do outro lado.


— Tá, tá bom então. - Ouvi uma porta se abrindo. — Te amo, e pede uma janta, estou morrendo de fome. 


— Pode deixar.


 Quando Camila encerrou a ligação eu fui pra sala, procurei Dinah com os olhos, e encontrei ela perto da lareira, conversando com a Mani, ou melhor, pelas caras, estão brigando.


— Posso saber o motivo do estresse aqui? - Perguntei abraçando Dinah por trás e apoiando o queixo em seu ombro. 


— Normani que fica me xingando toda hora. - Respondeu irritada.


— Claro, você veio morar na cidade e me deixou. - Normani replicou tão irritada quanto Dinah.


— Você não quis vir!

 

 Tive vontade de rir, mas respeitei o momento. 


— Eu acho que o problema de vocês é a falta de bons orgasmos. - Falei provocativa.


 Dinah eletrocutou o próprio corpo, o que me fez pular e dar um grito, todos do ambiente olharam pra mim sem entender, sorri pra eles sem graça.


— Quando essa casa esvaziar, eu vou te quebrar na porrada! - Ameacei Dinah passando as mãos nos meus braços. 


— Aceito, 1h de soco sem perder a amizade, meu sonho. 


 Não tive tempo de dar uma resposta, porque Mia surgiu entre a gente, e tivemos que mudar de assunto. Conversei com algumas pessoas, para disfarçar o atraso da Camila,  eu não sou tão sociável quanto ela, então é muito mais difícil pra mim, mas eu acho que me saí bem. No momento são 18:42, Sofia me ligou dizendo que em no máximo 5 minutos elas chegam, apaguei as luzes e pedi silêncio pra todos, eu fiquei com Mia e Mani ao meu lado, ouvi o carro entrando na garagem, e as vozes das irmãs cada vez mais próxima da porta.



Camila POV


 

 Quando abri a porta da minha casa, estranhei o escuro, levei a mão até o interruptor, e quando a clarão tomou o ambiente, quase deixei um grito escapar, pela quantidade de pessoas começando a cantar parabéns, levei minha mão até a boca, assustada e surpresa. 


— Mas…? - Olhei para todas as pessoas do ambiente e para a decoração. — Eu não acredito.


 Lauren veio até mim, e me guiou até a mesa onde tem um bolo enorme e lindo, com uma única vela em cima, ela acendeu, e voltou a bater palmas, assim como os outros, eu estou morrendo de vergonha, mas também muito feliz, quando deu a hora apaguei a vela com um único sopro, e meus amigos vieram me abraçar. Minha vontade é abraçar a Lauren, mas sei que vou me demorar, então abracei todos e deixei ela e Mia por último, depois de muitas felicitações eu consegui ir até elas duas que me esperavam ansiosas.


— Oi, meus amores. - Dei um selinho na Lauren e peguei Mia no braço. — Estou me sentindo enganada, faz tempo que planeja isso? - Perguntei pra Lauren, abraçando ela, Mia aproveitou e nos abraçou também, o que me fez sorrir.


— Sim, consegui graças a Mani, estava ficando louca. - Respondeu. — Você gostou?


— Eu amei, está tudo perfeito, eu te amo muito. 


— Ei, não vai chorar. - Lauren disse e secou meus olhos lacrimejados. — Que bom que gostou, eu também amo você. 


— Sempre e sempre. - Mia disse animada.


 Eu e Lauren caímos na risada, a gente sempre diz isso, e a garota parece ter aprendido. 


— Quer dizer que vamos ter uma noite a mais com você? - Perguntei fazendo cócegas na garota nos meus braços. 


— Simmmmmmmmmm! 


 Fiquei mais alguns minutos ali, mas logo fui solicitada pela Eliza, uma grande amiga que ganhei nos últimos anos. 



Lauren POV



 Nunca achei que uma festa em casa para poucas pessoas me deixaria tão cansada, agora é por volta das 1h da madrugada, e finalmente o último convidado acabou de sair, deixei meu corpo cair no sofá, sem me importar com a bagunça nele. Emma e Sofia também estão jogadas no outro sofá, Camila foi levar Mia para a cama, e Mani sumiu misteriosamente no meio da festa, ela ia dormir aqui em casa, mas levando em conta que ela sumiu junto com Dinah, com certeza foi pra casa dela, torço todos os dias pra elas voltarem, não tem o menor sentido pra mim elas separadas. 


— Eiiii! - Falei e joguei uma almofada em Emma e Sofia. — Parem de se beijar na minha frente, suas nojentas.


 Elas simplesmente me ignoraram e continuaram, se eu não estivesse tão cansada iria puxar elas pelas pernas. Vi Camila aparecer na sala e um sorriso me surgiu.


— Vem cá. - Falei abrindo meus braços e ela veio. — Como você está? - Perguntei acomodando ela ao meu lado no sofá.


— Cansada. - Falou antes de deixar a cabeça repousar no meu peito. — Acho que não tenho mais idade pra festas. - Disse com graça. 


— Se você não tem, imagine eu, com meus mais de 200 anos. - Falei. 


 Camila riu.


— Vamos ter que fingir que o tempo nos afeta da mesma maneira? - Me olhou.


 Rolei os olhos.


— Droga! - Juntei nossos lábios. — Você sempre tem bons argumentos. 


— Não só argumentos. - Sorriu de lado.


 Eu ia responder, mas ela voltou a juntar nossos lábios, dessa vez em um beijo mais intenso, que infelizmente não durou muito, porque fomos acertadas com uma almofada.


— Parem! - Emma disse. — Que nojentas. 


 Olhei pra ela e mostrei o dedo.


— Mal educada! - Reclamou. 


 Ficamos as quatros ali na sala por um bom tempo, apenas caídas nos sofás, hora conversamos as quatros, depois o assunto se tornava algo mais pessoal do casal, depois beijos, almofadadas, conversas, beijos, ameaças, beijos, conversas, conversas, conversas. Fomos deitar por volta das 6h da manhã, o dia já raiava lá fora, em dias como esses, a felicidade em meu coração se sobressaia ao meu cansaço, e como sempre, meu único desejo era eternizar esses momentos, eu olhava pra tudo com extrema dedicação e entrega, pra fixar tudo na minha memória, infinitamente. 



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