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História Quebrando as normas - Capítulo 1


Escrita por: FJupiter24

Notas do Autor


Olá leitores, esse é o capítulo de hoje, bom proveito!

Boa leitura!

Capítulo 3 - Capítulo 1


William Franz e Phillipe Moran. Dois caras, dois vizinhos, dois aventureiros, dois amigos desde pequenos, nascidos em berço de ouro no mesmo ano, tendo um deles apenas 3 meses de diferença. Estiveram juntos desde que suas mães se encontraram na frente da creche e por coincidência também eram vizinhos.

A partir daí passaram a frequentar a mesma escola, ensino médio e faculdade, quando pequenos pediram para seus pais os ajudarem a construir uma casa da árvore que ficava de frente para suas janelas deixando seus quartos conectados por uma ponte, para que eles não precisassem ter que ir por um longo caminho caso queiram brincar juntos. Foi assim seus pais viraram amigos.

Cada um sabia muito bem do que o outro gostava e não gostava, as manias os defeitos e aprenderam a conviver com isso, viviam brigando por motivos bobos, ficavam dias sem se falar, mas durante esse tempo se torturavam porque queriam comentar algo um com o outro e no fim acabavam reatando a amizade. E quem mais “sofria” com essa pequena separação era o Will, já que ele sempre achava que foi sua culpa por isso acontecer.

Mas apesar de crescerem juntos, compartilhando de tudo, tinha personalidades muito diferentes. O Will era extrovertido, querido por todos, têm vários amigos, consegue convencer facilmente as pessoas, todas as garotas queriam ficar com ele e sabia se divertir em boates. Um verdadeiro playboy, não? Mas o Phil era diferente, introvertido, não falava muito, só falava quando se dirigiam a ele, algumas pessoas tinham medo dele por causa do seu cabelo grande caindo pelos seus olhos e os fazendo ter um olhar assustador, mas bastava ganhar intimidade e ele mostrava sua verdadeira face.

Alguém que reclama de tudo, dá sua opinião até mesmo da cor do esmalte da sua unha, conta sobre a sua vida, é sarcástico e mostra quase todas as expressões que consegue fazer, mas, apesar de todos os seus defeitos, quem se aproxima não consegue se afastar, como se ele tivesse um magnetismo invisível que atrai as pessoas. Só tinha um momento em que as pessoas passavam a admirá-lo mesmo não sendo íntimos: quando era chamado para jogar basquete.

Por ser muito competitivo e não aceitar perder, dava tudo de si nos jogos e deixava seu rosto a amostra, deixando todas as garotas e garotos admirados pela sua beleza masculina. Só havia uma pessoa que conseguia jogar de igual para igual com ele e era o Will.

Atualmente, eles estão com 26 anos, prestes a fazer 27, e por seres descendentes de grandes empresários, é de se esperar que sejam forçados a se casa com alguém do mesmo nível econômico. Mas nenhum dos dois pensaria que esse tão esperado dia de virar noivo de alguém que mal conhece chegaria para um deles tão de repente quanto descobriram que o buraco que tem no cabo da panela é para se colocar a colher que está usando.

 

Foi no dia em que Will conseguiu fechar o contrato com mais um cliente de alta conta bancária e, para comemorar, decidiu fazer como sempre faz: com garotas, bebidas alcoólicas e seu amigo encarando uma tela do notebook enquanto apenas fica ao seu lado.

— Philll, desliga isso, te chamei para comemorar! — reclamou levantando um copo com bebida e tentando chamar a atenção do amigo.

— Desculpe, mas não posso. Eu disse que não podia vir, mas você insistiu... — respondeu rapidamente digitando um e-mail longo.

Will ficou incomodado, havia chamado seu amigo para se divertir, mas sempre que eram apenas os dois ele não conseguia se divertir por não ter toda a atenção do amigo. Era perceptível que pela quantidade de bebidas que tomou, seu corpo já estava entrando em modo sonolento, Phil notou essa diferença, se levantou e foi, contra a vontade do amigo, fechar a conta.

Quando ele fica bêbado é semelhante a uma criança malcriada, que quando contrariada fica com raiva e começa a gritar e chorar, no entanto ele já era adulto e gritar e chorar não adiantaria, sua única opção era fugir para o local onde todos prestassem atenção a ele e fizesse seu amigo se convencer a deixa-lo ficar, mesmo que isso apenas o vá irritar.

O cara de cabelo preto e de terno caro, afrouxou a gravata, verificou se seu amigo ainda estava pagando e foi direto para o palco do estabelecimento, pediu ao DJ uma música aleatória e começou a dançar. Todos que estavam dançando na pista pararam para observar um homem muito bem-sucedido e bonito se mexendo no ritmo perfeito da música, fazendo garotas no mesmo estado que ele gritarem em aprovação.

— Não acredito — foram as únicas palavras de Phil ao ver seu vizinho fazendo tudo aquilo apenas por atenção.

Antes de Phil tomar alguma decisão do que fazer para dar um jeito nele, o Will começou a se despir, tirando pouco a pouco sua roupa e jogando para longe, ficando apenas de cueca. Ele recebendo vários assobios e gritos pelos seus músculos a amostra, enquanto que Phil fingia não ligar para o que já tinha visto várias vezes durante todos esses anos.

Isso mesmo fingia, e muito bem por sinal, ele provavelmente forçava sua cabeça a achar aquilo normal, embora o que realmente queria era fazer o que todos estavam fazendo, já que... Por Deus, quem não cederia qualquer reação de loucura para um homem seminu em um palco dançando as 2 da manhã em um pub? Com seus músculos perfeitos, nem muito exagerados nem magros e sem jeito, perfeitos! Fruto dos seus exercícios matinais diários. Até homens cederiam qualquer coisa para tê-lo, eu não sou diferente, mas nesse momento eu, infelizmente, não estava presente.

Phil suspirou por ser o único a ter a ousadia de lidar com essa situação, foi se aproximando sem pressa, prolongando o prazer de vê-lo remexer nem que seja um pouco o seu quadril, levando as mulheres ao delírio. O único sóbrio naquele lugar se aproximou do palco tentando controlar a sua paciência diante daquele espetáculo, maravilhoso espetáculo.

— Vamos para casa, Will! — o chamou ao se aproximar.

— Não, eu não vou até você vir aqui dançar comigo!

— Eu não vou passar essa vergonha! Vamos logo, amanhã você vai ter que acordar cedo e você dorme muito, então... Vamos! — Will fez cara feia, se aproximou da beirada e se acocorou de frente para ele, ficando de sua altura.

— Eu não vou! — Phil pegou em seu braço antes dele continuar com todo aquele show, aquilo não era jeito de um herdeiro se comportar — me solta!

— Vamos! — falou com mais firmeza, ele ia negar novamente, mas sentiu vontade de vomitar e virou para o lado, vomitando metade no palco e metade no chão, sendo apenas água já que ele não havia comido nada — Viu eu te disse!

William ficou fraco e encostou a cabeça em seu ombro, fechando lentamente os olhos, Phillipe, com um levantar de mão chamou os guarda-costas dele que estavam observando de longe, pedindo ajuda para carregá-lo, já que ele era mais alto e consequentemente mais pesado.

Enquanto os guarda-costas levavam seu chefe seminu com dificuldade até o carro, ele juntou o que pode das suas roupas jogadas, já que algumas garotas se agarram com o cinto e a gravata, deu uma cédula de 100 dólares para o dono, como desculpa pelo estrago, e foi para o carro indo direto para casa.

Incrível, não? Quem tem dinheiro pode tudo, mesmo eu tendo uma boa quantidade, ainda não chegou ao um quinto do que esses dois tem, e olhe que eu posso ser considerada a uma dessas que nasceu em "berço de ouro", mesmo eu não sendo a primeira herdeira, mas isso não importa.

 

Assim que eles chegaram em casa, Phil pediu que os guardas o levassem para o banheiro e agradeceu pela ajuda. Ele viu o estado de seu amigo, simplesmente deplorável, só o álcool para transformar alguém em apenas um corpo. Pegou um balde médio, abriu o chuveiro com água gelada e o encheu, se preparando para fazer algo que ele sabia que o Will odeia.

— Desculpa, Will, mas você não me escuta — E virou o balde com tudo bem em cima de sua cabeça o fazendo pular.

— PORRA, PHILLIPE!

— Olha só, parece que a bela adormecida finalmente acordou, quer mais uma baldada para ter certeza ou já pode ir tomar banho sozinho? — Will rosnou com raiva.

— Vasa daqui! — Se levantou e foi até o box fechando a porta de vidro fosco e jogando por cima a sua última peça de roupa totalmente mal-humorado.

Phillipe jogou a peça no cesto de roupa suja, pegou uma cueca limpa e a colocou em um cabide junto com uma toalha, saindo e fechando a porta.

Ele se jogou no sofá do quarto exageradamente grande, com direito a um frigobar, parecia estar com dor de cabeça, esse garoto sempre foi mimado por ser filho único e também pressionado a ser o melhor em quase tudo, tendo que ir a um psicólogo todas as terças e quintas, sendo Vip se algo realmente lhe incomodar, Phil até entendia que uma de suas saídas dessa pressão era beber, mas no final Will sempre bebia demais e era ele quem ficava responsável de cuidar do amigo. E isso junto com a sua desobediência o cansava.

Will saiu do banheiro com a toalha pendurada no pescoço e vestido com a cueca que Phil pegou, se sentou ao lado do mesmo jogando o corpo para trás, apoiando o pescoço nas costas do sofá e fechando os olhos. Ainda não estava totalmente sóbrio, provavelmente sua cabeça girava, mas ele não se arrependia de estar naquela situação.

— Seu cabelo está molhado — observou Phil — não pode ir deitar com o cabelo molhado!

— Por isso que eu não fui para cama e sim para aqui — falou grosso ainda mal-humorado por causa do balde com água gelada que recebeu — enxuga.

Praticamente mandou, Phil ia revidar, mas não queria esquentar mais ainda sua cabeça, as coisas não tinham ido tão bem no trabalho e ele estava desesperado para fazer algo, mas não podia até que os manuscritos sejam entregues.

Ele se levantou, foi para trás do sofá e usou a mesma toalha úmida para enxugar, enquanto Will relaxava com o seu amigo mexendo no seu cabelo. Parecia magica, apenas o toque de Phil em sua cabeça e a dor de cabeça que sentia por causa da bebida ou por causa de outra coisa evaporava misteriosamente.

— Você precisa diminuir as doses de bebida, o seu pai está a ponto de passar a empresa para você, seria mal para as aparências o dono do maior prédio do estado tirar a roupa em uma boate, além disso fazer mal!

— Eu não ligo se faz mal ou não, eu só quero me divertir enquanto ainda tenho tempo, coisa que você não faz — Ele abriu o olho e encarou seu amigo.

— Não tinha motivos para eu comemorar, as coisas estão todas atrasadas lá na editora, todos acham que tem um intruso na empresa e estão com medo dela cair no mercado, isso está prejudicando a todos até aos autores que estão com bloqueios. As coisas estão preocupantes.

— Exatamente por isso, você deveria se divertir comigo, se distrair um pouco, relaxar, revigorar as energias, não fazer o que você faz, isso só te cansa mais!

Apesar de ainda estar meio bêbado, seus conselhos foram certeiros, e fez Phil refletir. Will percebeu sua expressão e afagou o cabelo do seu amigo de forma desleixada pela posição que estava.

— Não se preocupe, quando você me chamar para beber eu prometo que vou te fazer companhia na bebida — Fez uma piada e sorriu.

— Seu idiota! — Phil o acompanhou, jogando a toalha no rosto de Will que não se segurou e caiu na gargalhada.

Depois de todas as gargalhadas, Will foi para a cama e Phil para seu quarto, passando pela janela, onde tem uma ponte que leva até a casa na árvore e assim para sua casa.

Percebeu? O clima gostoso entre eles? O afeto que ambos sentem um pelo outro? Caso não, não precisa se preocupar, tem mais e mais cenas desse tipo pela frente, junto com descobertas tristes para nós e para eles, que vai ser a causa do florescimento do sentimento mais importante da vida: o amor.


Notas Finais


Até amanhã, obrigada por ler! <3 <3


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