História Queen of disaster - Capítulo 29

Eu nunca havia se quer cogitado a ideia de falar sobre o meu passado com alguém, nem mesmo com Katniss que a alguns meses já havia tomado conta dos meus pensamentos. 
Eu havia me desestabilizado logo depois de encontrar Scott na sala que eu me aquecia. Ele estava presente no acontecido com Ethan e foi ele quem aumentou a minha culpa. 
Depois de perder a luta que eu tanto almejava ganhar, eu tive um acesso de fúria. Acesso esse que eu não tinha há algum tempo. 
A minha vontade real era de quebrar tudo o que eu encontrasse pela minha frente, mas a voz doce e suave dela, mesmo que um pouco zangada me fez parar. Foi quando Katniss começou a cuidar de mim e dos meus ferimentos, que eu senti que eu podia confiar nela. Eu podia confiar tudo a minha Florzinha. Inclusive o meu coração.
Abri os olhos devagar e tentei raciocinar melhor sobre o que havia acontecido antes de eu pegar no sono profundo, o qual fez com que eu me sentisse muito melhor e mais disposto a enfrentar um novo dia.
Me sentei na cama e olhei ao redor procurando algum sinal de Katniss. Foi quando a vi dormindo de maneira desconfortável na poltrona que eu havia comprado recentemente. Me coloquei em pé e caminhei até onde ela estava dormindo. Coloquei uma mecha de cabelo dela atrás de sua orelha e cochichei baixinho em seu ouvido. 
- Florzinha. - ela se remexeu abrindo os olhos e eu sorri. - Bom dia! 
- Bom dia. - ela se ajeitou melhor na poltrona. - Como você está? 
- Eu estou ótimo. - beijei sua testa. - Por que você dormiu nessa poltrona dura e pequena?
Ela me analisou por alguns instantes.
- Você estava tão relaxado ontem à noite que eu não quis ocupar espaço na cama. - ela respondeu ainda sonolenta.
- Eu não iria dormir menos relaxado se você deitasse ao meu lado. - sorri para ela. - Mas se você preferiu assim, por que você não foi dormir na sua casa? - perguntei acariciando seu rosto.
- Eu não podia te deixar sozinho depois de ontem. Eu jamais faria isso. - a resposta veio de imediato.
Ela se colocou em pé sorrindo animada. 
- Nós podemos tomar café da manhã juntos e eu posso preparar algumas panquecas. - ela pareceu pensar e bateu com a mão na cabeça em seguida. - Eu não sei fazer panquecas. - ela me olhou curiosa. - Por que você está tão quieto?
Não respondi. Apenas andei de maneira apressada até ela e tomei seu rosto entre minhas mãos antes de beijar sua boca da maneira mais carinhosa e apaixonada que eu consegui. 
Ela havia despertado algo novo em mim, a maneira que ela havia cuidado de mim na noite passada tinha deixado claro que o sentimento que eu alimentava por ela era recíproco.
O telefone dela começou a tocar sobre o sofá, mas ela não parecia disposta a encerrar o beijo para atende-lo, e pra ser sincero eu também não estava disposto a solta-la para isso.
Suas mãos pequenas subiram por meus braços e passaram por meu pescoço até chegar a minha nuca onde ela raspou suas unhas compridas me causando arrepios. Deixei que minhas mãos, que até então se encontravam em seu rosto, descerem pela lateral de seu corpo até encontrar a barra de sua blusa a qual eu brinquei por longos minutos antes de finalmente enfiar a minha mão assanhada embaixo da mesma sentindo a pele quente de Katniss se arrepiar contra a minha palma.
- Peeta. - ela sussurrou meu nome em meio ao beijo, me fazendo sorrir. 
- Katniss. - imitei seu tom e foi a vez dela sorrir contra a minha boca.
- Eu também tenho coisas as quais eu gostaria que você soubesse. - seu tom saiu mais baixo que o habitual. - Mas eu ainda não me sinto preparada para falar.
- Não tenha pressa, Flor. - sorri apertando sua cintura por baixo da blusa e ela sorriu. - Eu só te contei sobre o meu passado quando estava me sentindo seguro em relação a isso. - seus olhos me analisaram. - Eu vou esperar o seu tempo. 
Seus olhos passaram por todo o meu rosto e suas mãos que estavam em minha nuca alcançaram o meu maxilar o qual ela acariciou antes de segurar meu rosto com ambas as mãos e beijar a minha boca em meio a um sorriso. Retribui seu beijo da melhor maneira possível, e eu, sinceramente, não lembrava de alguma vez na vida ter recebido um beijo com tantos significados, como os beijos que Katniss tinha para mim. 
- Peeta. - ela falou meu nome contra a minha boca. - Droga, eu nunca imaginei que um dia eu fosse dizer isso. - sua testa estava colada na minha, enquanto ela mantinha seus olhos fechados. - Mas eu, eu estou completamente apaixonada por você, Badboy.
Meu coração ameaçou sair fora do peito, mas se manteve no lugar apenas batendo desordenadamente, enquanto um sorriso idiota desenhava o meu rosto. 
No final das contas eu não parecia ser tão badboy assim. Afinal, badboys não amam e eu amava. Porra, eu amava aquela bailarina mais do que eu havia amado qualquer outra coisa em toda a minha vida.
- Flor. - falei o apelido bobo que eu havia dado a ela, mas que tinha tanto significado para mim.
O celular dela começou a tocar novamente, mas seus olhos permaneciam grudados nos meus. Levei minha mão livre - a que não estava em sua cintura - até seu rosto e acariciei o mesmo finalizando com um pequeno apertão em seu queixo.
- Eu também estou, Flor. - falei puxando o ar com força. - Eu também estou... - ela sorriu. - Fodidamente apaixonado por você, Katniss.
Antes que eu pudesse regular a minha respiração, ela já colava seus lábios aos meus mais uma vez, me tirando de órbita. Suas mãos pequenas foram parar em meus ombros e ela simplesmente se jogou em meus braços passando suas pernas em volta do meu quadril, enquanto eu sustentava o seu peso - ou falta dele - segurando suas coxas. Mantive uma mão firme em sua coxa e deixei que a outra entrasse mais uma vez embaixo de sua blusa, mas dessa vez eu não demorei a erguer a mesma com apenas uma mão e ela mesmo ergueu os braços passando a blusa por sua cabeça e voltando a me beijar em seguida.
Eu nunca havia passado dos limites com Katniss, não por falta de vontade claro, mas sim por respeito. Ela não era como as garotas com quem eu costumava ter transas casuais. Ela estava longe disso. Minha relação com ela tinha mais a ver com coração e não somente tesão. Ao lado dela eu sentia o antigo Peeta tomar cada vez mais conta do meu ser. Ao lado dela eu sentia vontade de ser cada vez melhor. Ao lado dela eu me sentia cada vez menos um desastre humano. Ao lado dela eu podia ser simplesmente o Peeta e não o cara que se escondia atrás do badboy marrento, cheio de tatuagens.
- Eu quero você, Katniss. - falei em meio ao beijo e pude sentir ela sorrir contra minha boca. - Eu quero você como eu nunca quis alguém ou qualquer coisa em toda a minha vida.
Suas unhas parcialmente compridas arranharam minhas costas antes de seus beijos abandonarem a minha boca e se alojarem em meu pescoço onde eu recebi pequenas lambidas seguidas de mordidas que eram capazes de me levar a loucura a qualquer momento. Deixei que minha mão passeasse por sua barriga desnuda, antes de subir com ela encontrando seu colo ainda coberto pelo sutiã branco rendado que ela usava. Minhas mãos tocaram cada parte do corpo dela que era possível, antes de eu abrir o fecho de seu sutiã deixando assim ela nua da cintura pra cima.
- Peeta. - meu nome saiu como um gemido rouco de sua boca.
Caminhei com ela até a minha cama e a deitei ali ficando por cima dela, que tinha seu rosto levemente corado e seus cabelos fora do lugar devido a nossa pegação tão cheia de significados e sentimentos. 
Sorri pra ela antes de cobrir a parte do seu corpo onde antes estavam minhas mãos com a minha boca deixando uma trilha de beijos, chupões e mordidas por onde quer que eu passasse recebendo seus gemidos em troca do meu toque.
Suas unhas estavam em minhas costas me arranhando com força demostrando assim o quão satisfeita ela estava com minhas caricias pelo seu corpo. Desviei meus beijos e mordidas de seu colo e desci com eles por sua barriga lisa contornando seu umbigo com a língua. Abri meus olhos assim que notei a peça brilhante adornando o mesmo. 
Sorri olhando para a mesma e beijei o pequeno ponto antes de encarar Katniss nos olhos recebendo seu sorriso lindo em minha direção.
- Um piercing? - perguntei sorrindo.
- Eu quis fazer uma surpresa. - ela deu de ombros. - Sem contar que achei que ficaríamos combinando assim.
Subi meu corpo pela cama parando com meu rosto a centímetros do dela, cobri seus lábios sempre tão macios com os meus.
- Só falta a tatuagem. - falei colando a minha testa na dela.
- Só falta a tatuagem. - ela confirmou tocando a tatuagem da minha costela. - Essa aqui é a minha preferida. - ela raspou os dedos por toda a extensão da minha costela e sorriu. - Promete nunca deixar ninguém tocar nela?
- Prometo tudo o que você quiser, Flor. - falei sorrindo. - Tudo o que você quiser.
Voltei a cobrir sua boca com a minha. Suas mãos se embrenharam no meio dos meus cabelos, enquanto as minhas passeavam por seu corpo tentando guardar cada detalhe do mesmo na minha memória e no meu coração. Lugar esse de onde Katniss nunca mais sairia. Lugar esse que seria para sempre dela. 
As últimas peças de roupas se perderam no meio daquela bagunça a qual eu chamava de casa, enquanto a minha boca cobria cada pedaço de pele do corpo de Katniss levando tanto ela quanto eu a outro mundo, um mundo cheio de emoções o qual eu nunca estive com nenhuma outra garota das inúmeras que eu já havia ficado.
- Peeta. - meu nome saiu de sua boca como um sussurro estrangulado assim que eu cobri seu corpo com o meu.
Meus lábios encontraram o seu pescoço o qual eu deixei que minha boca cobrisse com meus beijos e mordidas e em seguida a sua orelha, onde eu deixei que os meus próprios gemidos seguidos de coisas desconexas e mais o seu nome saíssem de maneira rouca de minha boca. Suas unhas se afundaram em minhas costas, enquanto minha boca praticamente uivou seu nome para em seguida nós dois cairmos exaustos na cama, seu corpo pequeno sobre o meu, enquanto minhas mãos a abraçavam com força e meu coração tentava retomar o ritmo normal.
- Eu amo você, Flor. - soltei as palavras que estavam presas na minha garganta a mais de semanas. - Eu amo você.