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História Queen of disaster - Capítulo 45


Escrita por: Mellarkisses

Notas do Autor


Oie amores 😻

Sinto muito pela demora. Acabei me enrolando com o trabalho e a vida pessoal. Mas estou aqui.

Boa Leitura

Capítulo 45 - Capítulo 45


Fanfic / Fanfiction Queen of disaster - Capítulo 45

- O que você quer aqui? 
Nem me dei ao trabalho de responder a pergunta de Johanna. Apenas passei por ela atravessando sua sala bem decorada.
Passei as mãos pelos meus cabelos, sabendo que eles já estavam um verdadeira bagunça, assim como o resto da minha vida. 
- Quem te deixou entrar, Barbie? - Johanna bateu a porta e me encarou. 
- Peeta foi preso, e eu não sei mais a quem recorrer. - soltei de uma vez e ela deu um soco no ar.
- Eu avisei, droga. - ela puxou seu celular do bolso da calça. 
- O que você vai fazer? - questionei. 
- Vou ligar para as meninas super poderosas, e elas vão vir resolver isso, montadas no pônei cor de rosa delas. - fechei a cara.
- Ridícula. - murmurei. 
- Vou ligar para o tio Alec, ele deve saber como resolver isso - ela respondeu, sem tirar os olhos do celular. - Isso foi a quanto tempo? 
- Foi pela manhã, antes de entrarmos na escola. - expliquei.
- A polícia estava esperando ele? - Johanna questionou, tirando o celular da orelha e eu assenti.  
- A polícia e os Hawthorne. - falei, vendo Johanna revirar os olhos. 
- Eles deviam prender era o Gale. - ela recolocou o celular na orelha. 
- Eu até pensei em ir denunciar o Gale, por tentativa de estupro, mas Finnick disse que seria inútil já que eu não tinha ninguém para depor a meu favor e a favor de Peeta, então lembrei de você. - falei rapidamente, e ela sorriu. 
- Eu deveria ter sido a sua primeira opção. - ela praguejou o celular, e discou o número novamente. - Tio Alec não atende o celular. Vamos torcer para que a Dona Vaca Mellark, esteja fazendo os cascos.
- Peeta não pode passar a noite na cadeia. - falei, desesperada. - Eu posso falar com o meu pai. - Johanna me encarou. - Ele pode pagar a fiança, e Peeta será solto ainda hoje, e ficará tudo bem. 
Johanna me encarou séria, antes de começar a gargalhar. 
- Ótima ideia, patricinha. - ela soltou, me fazendo franzir o cenho. - Na verdade é uma ideia incrível, se Peeta não tivesse passagens pela polícia, e a ficha dele não fosse mais suja que pau de galinheiro, seria perfeito. - murchei. - Um verdadeiro conto de fadas. - ela revirou os olhos. - Agora cala essa sua boca, e me deixa resolver isso. 
- Grossa. - reclamei baixo, me jogando no sofá, e fechando os olhos em seguida.
Não havia nada que eu pudesse fazer para resolver a situação. 
Ver Peeta sendo algemado diante dos meus olhos, e ser levado para longe de mim, era algo que eu não estava preparada para assistir. 
Assim que ele foi levado, Finnick e Annie apareceram e ficaram tão chocados quanto eu estava. Eu pensei em ir atrás dele, e tentar falar com ele na cadeia, mas Annie me lembrou que eu era menor de idade, e que eu precisava de um acompanhante legal. 
Evelyn estava fora de cogitação, e o meu pai não estava em Chicago, o que havia me deixado mais desesperada ainda. Só me restou Johanna Mason, a prima maluca do meu bad boy. 
- Vamos, patricinha. - Johanna estalou os dedos diante dos meus olhos. - Eu vou falar com o Peeta, quer vir? 
- Você é maior de idade? - perguntei levantando do sofá, e ela assentiu abrindo a porta para que eu passasse. - Isso é injusto.
- Cala a boca. - ela ralhou, passando a chave na porta de sua casa.
Johanna havia conseguido entrar para visitar Peeta, sem grandes problemas, e só me restava sentar em uma das cadeiras desconfortáveis, enquanto eu tentava pensar em algo que pudesse livrar o meu bad boy daquele lugar horrível. 
Eu não entendia porque as coisas tinham que ser tão difíceis assim. Nós estávamos quase nos acertando, e então vem o destino, e nos prega uma peça dessas. 
- Katniss? - Johanna chamou a minha atenção. - Olha só. Eu falei com o Peeta. 
- Como ele está? - perguntei, ansiosa pela resposta. 
- Ele está bem. Perguntou umas trinta vezes por você, e eu disse que você também está bem. - ela puxou o celular das minhas mãos, e digitou algo, me devolvendo ele, em seguida. - Você vai para a sua casa, e eu vou tentar fazer contato com tio Alec. Assim que eu tiver alguma notícia, eu te aviso. 
Johanna parecia calma ao me passar as coordenadas, e eu sabia que isso era obra de Peeta. 
- E quando eu vou poder vê-lo? - perguntei, contendo a minha vontade de chorar ou até mesmo gritar. 
- Só quando os seus pais estiverem presentes. - ela explicou. - Agora vá pra casa. 
Eu não tinha outra escolha, então apenas obedeci Johanna. 
Cressida e Alfonso haviam tirado as suas merecidas férias, depois de muito o meu pai insistir, mas eu não estava completamente sozinha em casa. Ainda haviam os outros empregados. Nenhum que eu tivesse tanto contato quanto com Cressida e Alfonso, mas todos de confiança.   
Minha mãe havia viajado logo depois de discutir com o meu pai, e jogar na cara dele que jamais queria ter sido mãe. Não sei se em algum momento ela voltaria. Na verdade, nem sei se eu queria que ela voltasse. Meu pai não comentou sobre a discussão comigo, e eu também não toquei no assunto com ele. Na cabeça dele, eu não sabia de nada. 
A noite passou em uma lentidão terrível, eu já havia ligado para o meu pai e contado o que havia acontecido. Não com muitos detalhes, mas contei. Ele prometeu que voltaria para casa o mais rápido possível, e eu torcia para que esse rápido fosse em minutos.
Eu estava jogada na cama, esperando alguma notícia de Johanna, e pensando se ela me ligaria mesmo ou se estava apenas me dispensando ontem. 
- Katniss? - a porta da frente de minha casa foi aberta, e eu desci as escadas correndo.
- Papai. - me joguei nos braços dele. - Graças a Deus. O senhor não sabe o inferno que eu passei. - me soltei de meu pai, e peguei sua mão. - Peeta e eu estávamos nos acertando, o Gale apareceu e estragou tudo, e então o Peeta arrebentou a cara dele, e eu fui pra casa do Peeta e ele cuidou de mim, e quando íamos nos beijar a Johanna apareceu e eu fui embora. Na escola, no dia seguinte, os pais do Gale estavam lá e a polícia também, e prenderam o Peeta. - soltei tudo de uma vez, arrastando meu pai para fora de casa. - E eu não posso ver ele, porque eu sou menor de idade, e estava esperando o senhor, e não adianta pagarmos a fiança porque o Peeta já tem passagens pela polícia, mas não se assuste são pequenos delitos. 
- Respira, Lindinha. - meu pai sorriu abrindo a porta do seu carro, para que eu pudesse entrar. - Nós vamos resolver isso, mas primeiro eu vou te levar para ver o garoto. Você parece que vai enlouquecer se não vê-lo. 
- Eu vou mesmo. - meu pai sentou ao meu lado, e eu peguei a sua mão e o olhei nos olhos. - Obrigada. Por estar aqui por mim. 
- Eu faço qualquer coisa por você. - ele beijou as costas da minha mão. - Qualquer coisa, Lindinha. 

                          *

Peeta mal havia passado pela porta, e eu já me joguei sobre ele, sendo amparada por seus braços fortes, que rodearam a minha cintura me puxando para si. 
Meus olhos encararam os dele, enquanto minhas mãos alcançavam seu rosto, para acaricia-lo. Minha mão direita, desceu de maneira lenta por seu pescoço, parando em seu peito ao sentir o contato frio da peça em meus dedos. 
Abri a boca diversas vezes afim de falar algo, mas nada saiu. Peeta sorriu, antes de colocar a sua mão grande, sobre a minha, que ainda segurava a corrente.
- Você... - comecei, mas sinceramente, eu não conseguia pensar em nada para dizer.
- Eu jamais me livraria dela, flor. - Peeta respondeu minha pergunta muda. - Essa corrente jamais devia ter saído daqui. - ele disse mais baixo, olhando em meus olhos.
Ainda sem saber o que dizer, eu o abracei forte pelo pescoço, sentindo o coração bater mais depressa, enquanto um sorriso bobo aparecia em meus lábios.
- Flor, você... Você está me sufocando. - ele falou com dificuldade, e eu afrouxei o abraço. 
- Desculpa, eu... Eu só... - falei, balançando a cabeça devagar, para tentar me livrar da trava em minha língua. Sem desfazer o abraço, consegui dizer alguma coisa coerente: - Como você está, Baby?
Ouvi um pigarrear, e notei o policial passando pela mesma porta que Peeta havia entrado. 
- Lindinha, vocês não podem se tocar. - meu pai falou, e sorriu para o policial. - Adolescentes, hormônios, é tudo tão novo. 
Peeta me soltou aos poucos, e me encarou sorrindo. Antes de se afastar ele passou seu indicador delicadamente por meu nariz. 
- Senhor Everdeen. - Peeta entendeu a mão para o meu pai, que a apertou de maneira firme. - Eu poderia dizer que é um prazer rever o senhor, mas as circunstâncias não são as melhores. 
Meu pai sorriu. 
- Haymitch. Não sou tão velho assim, garoto. - Peeta quem sorriu dessa vez. 
Meu pai sentou em uma das cadeiras, e fez sinal para que Peeta sentasse também, e eu não perdi tempo em ocupar a cadeira vazia ao lado do meu bad boy. 
Meu pai e Peeta conversaram bastante. Acredito que meu pai queria entender melhor o que havia acontecido, e Peeta fez questão de explicar tudo nos mínimos detalhes. Eu não me meti na conversa deles, apenas descansei meu rosto sobre a minha mão, e fiquei observando os dois conversarem, passando a maior parte do tempo encarando Peeta. Ele era tão lindo, e parecia estar tranquilo com toda aquela situação. 
- Lindinha, acabou o horário de visita. - meu pai falou, me fazendo encara-lo. 
- Mas já? - perguntei contendo a vontade de fazer beiço. - Você não pode subornar o policial ou algo parecido? - sussurrei a o última parte, e Peeta sorriu. 
- Katniss. - meu pai falou meu nome em tom de repreensão. 
- Relaxa, eu vou sair daqui logo. - Peeta piscou.
Meu pai e Peeta levantaram, e eu, mesmo de má vontade, os imitei. Cruzei meus braços em um ato infantil. 
- Vai dar tudo certo, garoto. - meu pai apertou a mão de Peeta novamente. - Vou agradecer ao policial. - ele piscou para mim.  
Meu pai se afastou, levando o policial com ele até a porta. Me virei para Peeta, e analisei seu rosto por alguns segundos. 
- Como vão ficar as coisas, quando você sair daqui? - perguntei de uma vez, e ele franziu o cenho. - Digo, nós dois. Como é que nós vamos ficar? 
- Vai ficar tudo bem. - ele respondeu, sorrindo. - Nós vamos ficar bem. 
- Tem certeza? - perguntei, contendo a vontade de sorrir. 
- Absoluta. - ele olhou por cima do meu ombro, na direção que meu pai e o policial haviam saído. - Absoluta. - ele repetiu, olhando em meus olhos.
Ele se curvou em minha direção, e em um ato rápido selou seus lábios finos nos meus. Foi um contato rápido, mas cheio de significados. Eu pude sentir todo o meu corpo reagir ao contato simples de seus lábios contra os meus. Ele se afastou, e sorriu, me fazendo sorrir também. 
- Hora de ir, Lindinha. - meu pai me chamou da porta. 
- Quando eu sair daqui eu faço melhor do que isso. - Peeta sussurrou, sorrindo. - Eu prometo. - ele piscou. 
- Vou estar esperando ansiosa. - foi o que eu falei antes de acompanhar o meu pai. 
Eu estava sentindo algo novo nascendo em mim. Era esperança. Esperança de que tudo iria se ajeitar. 
   
                           *

Meu pai, eu e Johanna fomos juntos até o aeroporto buscar o pai de Peeta. Na noite anterior, quando eu e meu pai estávamos jantando, ele comentou sobre a situação econômica dos Mellark, e eu fui sincera ao contar a história dos pais de Peeta, e contar que eles eram muito bem de vida. Meu pai comentou que sendo assim seria mais fácil das coisas se resolverem, mesmo que Peeta já houvesse passado pela polícia algumas vezes. Eu expliquei ao meu pai que Peeta era um bad boy, mas que ele era um bad boy do bem. Ele só havia se metido em brigas, em corridas clandestinas, e mais algumas coisinhas pequenas. 
- Vocês são amigas há muito tempo? - meu pai questionou, provavelmente querendo quebrar o silêncio constrangedor. 
- Não somos amigas. - respondi, me sentando na única poltrona vazia. - Ela só é a prima louca de Peeta.
Johanna me fuzilou com os olhos, e eu pude notar suas narinas inflarem, o que demostrava o quão irritada ela estava. Sorri de forma cínica pra ela, mas o que eu queria mesmo era mostrar a língua.
- Lindinha, cadê seus modos? - meu pai fez cara feia para mim, e eu dei de ombros. 
Antes que eu pudesse responder, Johanna saiu correndo, e eu a acompanhei com o olhar. Ela se jogou nos braços de um homem alto, e eu o reconheci pela foto na casa de Peeta. Me coloquei em pé e caminhei até eles, acompanhada de meu pai. 
- Esse aqui é o tio Alec, o pai de Peeta.  - Johanna apresentou o homem bem vestido. 
- Haymitch Everdeen. - meu pai estendeu a mão na direção do homem, que a apertou de maneira educada. - E essa aqui é a minha filha, Katniss. 
- A amiga do Peeta. - Johanna soltou, sorrindo falsamente. - Na verdade, ela é meio que a culpada pelo Peeta estar preso. 
Tentei ignorar Johanna, e estendi a minha mão para que ele a apertasse, mas ele a girou, e depositou um beijo nas costas da mesma. Agradeci sorrindo. Seus olhos eram muito parecidos com os de Peeta. Se Peeta ficasse igual a ele, quando mais velho, eu estava feita.
- Alec Joseph Mellark. - ele falou sorrindo, e o sorriso também era muito parecido. Na verdade ele era a versão mais velha do meu bad boy, só que de terno. - E esse aqui é Thomas Adams, advogado e amigo da família. 
Meu pai ofereceu a nossa casa para Alec e Thomas passarem a noite, afinal a casa de Johanna era minúscula, mas Alec garantiu que eles ficariam bem em um bom hotel. 
Mais tarde, naquele mesmo dia, Johanna me contou que Thomas era o pai de Ethan, e eu me peguei imaginando como Peeta reagiria a presença dele, afinal, ele havia comentado que após a morte de Ethan, não havia tido contato com ninguém. 
Meu celular apitou sobre a cama, e eu corri para o pegar. 

PM: Pensando em mim? 

Arregalei os olhos e voltei a ler a mensagem por mais três vezes. 

KE: Você está com o seu celular?

Questionei, não acreditando. 

PM: Claro… Haha

KE: Como você fez isso? Você não pode usar o celular na cadeia! 

PM: Não há nada que Peeta Mellark não possa fazer, Flor. Agora, responda a minha pergunta. 

Suspirei deixando que um sorriso desenhasse meu rosto. Quando que eu não estava pensando em Peeta Mellark?

 


Notas Finais


Só porque eu amei essa música!
https://youtu.be/Om3VywxHfYM

Um beijo ❤


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