No sábado acordei dando graças por não ter que ir a escola e encarar todos que me viram na biblioteca com Edward na sexta.
Fui até a cozinha preparar o café para mim e para Charlie, mas ele já tinha saído.
Eu resolvi aproveitar a manhã para limpar toda a casa. Tirei o pó de todos os móveis e dos meus queridos e amados livros. Quase no fim da manhã, fui ver o que teria para almoçar, e vi que faltavam alguns ingredientes, então resolvi ir ao mercado.
Quando sai para ir ao mercado, sorri ao sentir a luz vinda do céu; quente, e bem conhecida por mim: a luz solar. Aquilo me deu um pouquinho de entusiasmo... Como eu sentia falta do Sol!
Encontrei Angela no supermercado, ela me convidou para ir a Port Angeles com ela e Jessica; elas iriam comprar vestidos para o baile. No começo, eu quis negar o convite, mas Angela me disse que elas também passariam numa livraria, o que me deu mais um motivo para ficar feliz: livros e Sol. Minha combinação predileta.
Eu peguei o dinheiro das economias que tinha feito para a compra do carro quando chegasse a Forks; não iria pedir dinheiro a Charlie.
Voltei para casa e esperei Angela vir me buscar, como havíamos combinado. Deixei um bilhete para Charlie em cima da mesa, e um prato para ele esquentar para o jantar.
Pai, fui a Port Angeles com Angela.
Não se preocupe, sei me cuidar.
Voltaremos um pouco depois do jantar. Tem um assado dentro do micro-ondas, basta você esquentá-lo (não esqueça de tirar o papel alumínio de cima do prato: ao menos que você queira causar um estouro!).
Bella
Angela chegou e eu ouvi a buzina do Ecosport dela. Fui direto para o banco de trás, pois vi que Jessica estava no banco do carona.
— Oi, Bella. Pronta para Port Angeles? — Jessica disse com uma certa animação. Reparei que ela estava de óculos escuros, provavelmente sentindo-se em um filme adolescente.
— Claro, Jessica.
— Que voz desanimada, Bella! Hoje é sábado e está Sol; anime-se!
— Estou um pouco cansada, Jess. Passei a manhã inteira fazendo faxina.
— Argh, odeio faxina! — ela respondeu. — Esse Sol me da vontade de ir a praia. O que acham de no próximo final de semana irmos curtir La Push?
— Bom, se o clima colaborar, eu acho que seria uma boa. Adoro praia. — respondi indiferente.
— Esse é o espírito que você deve ter, Bella!
— O que querem ouvir? — Angela perguntou, abrindo o porta-luvas do carro, mostrando-nos uns CDs.
— Nada. — respondeu Jessica. — Na verdade, quero saber a opinião de vocês.
— Sobre? — perguntei.
— Meu par para o baile!
— Você ainda não tem um? E já está procurando vestidos?
— Bella, eu vou a esse baile de qualquer jeito. Um parceiro é o de menos, tenho que comprar um vestido antes que eles acabem!
— Ah.
— É claro que eu ficarei muito feliz se tiver um par, mas a minha aparência é minha preocupação número um. Homens a número dois.
Angela revirou os olhos.
— Meninas, entendam: se vocês não tiverem a preocupação número um domada, consequentemente vocês não terão a número dois.
— Você tem uma certa razão, Jessica. — eu concordei. — Considerando o quanto os garotos são tolos, e só ligam para aparência das garotas.
— Nem todos são assim, Bella. — Jessica contestou.
— Ok, quem você vai chamar, Jess? — Angela perguntou.
— Mike Newton! — ela suspirou. — Ele é tão popular e atraente.
Eu gargalhei.
— Do que está rindo, Bella? — ela me encarou com raiva.
— Sério que o Mike é o seu tipo de “pessoa atraente”? — fiz aspas com a mão, enquanto continuava rindo.
— E qual é o seu? Edward Cullen? — ok, não tinha mais tanta graça assim. Fechei a cara.
— Qualquer um que tenha um pouco mais de cérebro. — rebati.
— Eu tenho que concordar com a Bella. — Angela disse e depois completou: — Não acho o Mike um cara atraente. Ele não tem intelecto.
— E é por isso que você vai ao baile com o Eric, um cara totalmente sem sal. — Jessica retrucou. Eu resolvi interceder.
— Acho que já sei o que quero ouvir!
Eu vi que Angela tinha um CD do 'N Sync, e o coloquei, pra abafar a briga que elas provavelmente estavam travando via pensamento.
Nós três cantamos Bye Bye Bye o caminho inteiro.
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Depois de ficar três horas vendo Jessica e Angela entrando e saindo de provadores com vários vestidos em mãos, eu disse a elas que iria a livraria sozinha. Marquei de me encontrar com elas no restaurante às 17h para jantarmos. Eu conhecia Port Angeles muito bem, e sabia exatamente como chegar à livraria, e depois ao restaurante. Eu ousaria dizer que conheço mais Port Angeles do que Forks.
Eu parei na calçada, em frente a uma faixa de pedestres, esperando o semáforo ficar vermelho para poder atravessar. Foi quando tudo aconteceu muito rápido. Um carro virou a rua, desgovernado, eu continuei na calçada, pois o sinal ainda estava verde para os automóveis. O carro veio na minha direção em alta velocidade, eu não conseguia me mover, o pânico tinha domado meus sentidos.
Foi quando eu senti o baque, mas não com a força que imaginei que sentiria. Eu cai no asfalto, batendo a cabeça com força na guia da calçada. Senti algo forte me protegendo do carro que ainda não havia parado, eu vi o carro girar várias e várias pelo canto dos olhos, vindo novamente em minha direção, mas uma mão comprida e forte o parou, a trinta centímetros de distância do meu rosto, deixando um grande amasso na lateral do carro. O carro finalmente parou e eu pude ouvir os gritos das pessoas que haviam acompanhado o acidente.
Eu finalmente pude ver o rosto da pessoa que havia me salvado: Edward Cullen. Ele parecia bastante assustado.
Eu queria agradecer, mas senti minha cabeça latejar, e direcionei minhas mãos a ela.
— Ai! — resmunguei.
Eu ouvi o barulho das sirenes, e dos socorristas tirando o motorista de dentro do carro. Uma enfermeira chegou a mim e a Edward, ela imediatamente colocou um colar cervical em meu pescoço. Ela e Edward trocaram algumas palavras, das quais não consegui entender, pois minha cabeça gritava por medicamentos.
Mais um enfermeiro chegou e ajudou a enfermeira a me colocar numa maca. Eu me forcei a ficar acordada, não consegui por muito tempo; mas o suficiente para ver Edward se afastar enquanto eu mergulhava na escuridão.
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