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História Quem Disse que A Vingança Nunca é Plena? - Se eu te convidar pra fugir, será que você aceita?


Escrita por: UchihaNarciso

Notas do Autor


E sem mais delongas... Boa leitura!

Capítulo 12 - Se eu te convidar pra fugir, será que você aceita?


O som eufórico da torcida soava com fervor pelo campo. O tempo estava perfeito, por assim dizer. O céu azul era limpo e sem nuvens. O dia perfeito para apreciar o ultimo jogo da temporada que decidiria o campeão do intercolegial. O time da Fairy school entrou sendo recepcionado por uma torcida empolgada, fazendo soar cornetas e apitos. As líderes de torcida faziam suas performances de boas vindas, aumentando ainda mais a alegria da plateia. O time da Fairy parecia bem preparado, mas do outro lado do campo a Saber não parecia nem intimidada e muito menos despreparada.

- Estou nervosa. – Juvia confessou quando Levy voltou a sentar-se. – Olha o tamanho daqueles caras. Não quero que Gray se machuque.

- Ele não vai, relaxe. – Erza acalmou a amiga e em seguida levantou. Encheu os pulmões de ar e gritou. – Acaba com eles, Jellal, que hoje teeeeeeem!

No campo o rapaz apenas sorriu, fazendo sinal de que iria detonar tudo. A ruiva riu e voltou a se sentar. Olhou para o lado e percebeu que Lucy parecia perdida em pensamentos. Queria jogar o braço por seus ombros e fazê-la se abrir, contudo, sabia que era em vão, pois a loira parecia mais que decidida a não falar sobre o assunto com ninguém. Suspirou e voltou seu olhar para frente cruzando o olhar com o de Sting. O loiro deu um breve e significativo aceno que, por sorte, não foi percebido pela loira. A ruiva engoliu o seco. Não sabia o que esperar daquele dia e tinha receio de que tudo acabasse mal, contudo, só o que lhe restava era torcer pelo contrário.

O jogo já começou a todo gás. Com uma corrida de 14 jardas até um touchdow que foi recebido com muitos gritos pela torcida da Fairy. Isso gerou um pouco de surpresa já que aparentemente o time havia mudado sua estratégia drasticamente e, mesmo se repreendendo mentalmente, Lucy deixou escapar um sorriso de canto. Erza percebeu o sorriso, contudo permaneceu calada. Não queria, em hipótese alguma, deixar tudo ir por água a baixo. Lembrava-se do telefonema que havia recebido durante a madrugada e tinha que confessar que não esperava, em hipótese alguma, que o namorado lhe pedisse tal coisa. Havia ficado bastante irritada e estava pronta para briga quando as várias vozes, incluindo a do irmão da loira, cantaram em seus ouvidos. Demorou uns bons minutos até que aceitasse a ideia e enxergasse que aquela opção era o melhor a se fazer pela amiga. Entendia tudo que havia acontecido e principalmente toda a sua mágoa, mas concluiu que não valia apena esperar por uma felicidade futura quando se tinha uma possibilidade em mãos. Mesmo sendo esta uma possibilidade duvidosa. O jogo seguia tranquilo quando algo inesperado aconteceu. Sting estava tomando posição quando simplesmente desmaiou e, antes que alguém conseguisse segurar a loira, Lucy saiu das arquibancadas apressadamente, pulando o cercado e invadindo o campo de futebol. Poderia ter estranhado ninguém tê-la impedido ou até mesmo o fato de, no momento do desmaio, Erza ter se levantado e seguido a direção oposta a sua calmamente enquanto toda a torcida se perguntava horrorizada o que havia acontecido. Mas tudo isso foi apenas um borrão sem importância, pois seu gêmeo estava no chão e ela em desespero.

Ela empurrou todos aqueles armários humanos para o lado e se agachou ao lado de Sting que, ao mínimo toque, abriu os olhos lentamente encontrando o castanho e o azul fitando-o de maneira preocupada.

- Desculpe, Lucy...

- O que... – Começou, mas sua voz morreu na metade do caminho quando o placar sumiu do telão e uma foto dela ocupou o lugar.

Ela ainda estava paralisada olhando para sua própria imagem, sem se dar conta que Sting já não estava mais ali e que os jogadores haviam se distanciado. Piscou duas vezes sem entender até que o barulho agudo do microfone atraiu seu olhar para o outro lado do campo onde Natsu estava sentado com um violão no colo. Eles se encararam por longos segundos até que pétalas de rosas vermelhas começaram a cair do alto, onde vários drones planavam lentamente para e para cá. Ela queria levantar. Insulta-lo com todos os palavrões que conhecia. Estapeá-lo e se retirar dali, mas tudo o que fez foi ficar sentada na grama. Vendo rosas caírem e os olhos verdes a consumirem por inteira.

Aos poucos os acordes de Natsu começaram a dedilhar uma canção que ela não conhecia, mas que era tão suave e doce que a fez perceber que não queria que ele parasse.

 

Se eu te convidar pra fugir, será que você aceita?

Se eu viver pra te fazer sorrir, na vibe mais perfeita.

Só fechar os olhos e enxergar o futuro, só nós dois!

Arruma as tuas coisas, que o depois a gente deixa pra depois.

Se eu pedir permissão pro teu pai, eu sei que ele não vai deixar...

 

Logo nesse momento, Lucy pode perceber que Jude e Layla haviam a pouco surgido as costas do rapaz e embora Jude parecesse meio contrariado com a ideia, parecia aceitar a situação que ela ainda não havia compreendido qual era.

 

Se quiser vir comigo viver o pra sempre,

Saia antes dele acordar!

Não te prometo joia, luxo ou carro do ano, não,

Mas te prometo todo o amor que eu tenho no meu coração...

 

Natsu levantou-se e lentamente começou a caminhar até ela. Dedilhando a música e cantando numa voz afinada e suave que encantava todos no campo. O silencio pairava livremente, aceitando como o único incômodo a voz que se sobressaia dos alto falantes. Lucy não sabia como reagir e tudo que se via capaz de fazer era encará-lo de baixo enquanto sentia seu coração palpitando cada vez mais rápido.

 

Eu juro eu te faço feliz, eu te faço mulher, eu te faço princesa!

Eu entro com todo o meu amor, você entra com toda sua beleza.

Juro que vamos casar, na beira do mar, vendo o amanhecer.

Que o meu pra sempre seja com você... Só com você...

 

E então tudo parecia acontecer extremamente devagar e, quando se deu conta, ele já a havia alcançado, sentando-se em frente a ela e fazendo-a mergulhar em seus olhos. Não fazia a menor ideia do que se passava na cabeça da garota, mas sabia que havia conseguido tocar seu coração.

 

...Só com você e ninguém mais!

Porque quando é pra ser, deixa ir que o vento trás.

Garota quanto tempo faz? Hó, eu nem sei mais,

Mas avisa pros teus pais que agora as coisas não serão iguais, e vá,

Faz as malas que eu tô indo te buscar.

Garota eu tenho um plano e umas notas pra gastar,

Ouvindo um som, blindando na sala de estar,

Vivendo aquele sonho de uma casa de frente pro mar.

Com hidromassagem e frigobar, daquele jeito,

Pra relaxar com tudo que tem direito.

Mas agora a certeza que eu te dou além de

Um sobrenome e um cobertor é um canto no meu peito, então,

Eu não garanto futuro porque a vida é uma só.

Se joga que eu seguro, você tem! Você é

Tudo aquilo que eu procuro em alguém!

Hô, mulher, é por essa entre outras que eu...

 

Juro, eu te faço feliz, eu teço mulher, eu te faço princesa!

Eu entro com todo meu amor, você entra com toda sua beleza.

Juro que vamos casar, na beira do mar, vendo o amanhecer...

Que o meu pra sempre seja com você...

Só com você...

 

O ultimo acorde soou e então ele depositou o violão de lado, segurando uma das mãos da garota estática que pareceu não tomar conhecimento ou não se importar com o toque. Ele gastou longos segundos apenas sentindo a textura de sua pele e então começou a falar.

- Eu sei que fui um idiota, insensível e cafajeste. Sei que não adianta e nem importa eu repetir isso por sei lá quantas vezes, pois isso não vai apagar todos os meus erros. Por isso eu estou aqui, na frente de todo mundo, implorando que você permita que a gente recomece. Da forma certa dessa vez. Sem nerds, populares ou caras do time de futebol. Só você e eu. Lucy e Natsu... Vivendo tudo que poderíamos ter vivido se eu não houvesse sido tão cego com relação a maneira como realmente me sentia sobre você. Eu estou perdidamente e incondicionalmente apaixonado por você... Por favor, me deixe começar de novo e ser parte da sua vida da mesma maneira que, mesmo sem querer, você se tornou parte da minha?

Ela não deixou que ele dissesse mais nada, simplesmente deixou as lágrimas explodirem em um turbilhão de emoções que a muito tempo ela não sentia. Jogou-se nos braços do jogador, não se importando com o suor ou cheiro ruim. Enterrou a cabeça na curva do pescoço do rapaz enquanto sentia o calor inundar seu peito.

- Eu te perdoo. – Foi tudo que conseguiu dizer antes de sentir a fala sumir novamente.

Acontece que falar tão próximo ao microfone implicou que todos no campo ouvissem e, embalado por uma verdadeira salva de palmas, o rapaz, agora inteiramente aliviado e renascido, apertou-a ainda mais forte e afastou-a, tomando os lábios que agora realmente lhe pertenciam. Sentiram a necessidade um do outro tão selvagem quanto os gritos nas arquibancadas. Até mesmo os olheiros das universidades e o time adversário aplaudiam incansavelmente. O casal se colocou de pé e então Natsu se deu conta da tarefa difícil que era deixar que ela voltasse para a arquibancada com as garotas. Porem ele precisava terminar a partida, pois ainda era Natsu Dragneel, capitão do time Fairy e namorado de Lucy Heartfilia. Com toda certeza ele iria ganhar aquele jogo.

- Vamos acabar com isso. – Gritou como se estivesse rugindo. Sting sorriu de canto, afinal parecia que o antigo Natsu havia voltado ser quem era.

 

Horas mais tarde

A noite era calma e o casal observava o céu da varanda da casa do rapaz. A rede balançava para lá e para cá, fazendo Lucy se sentir extremamente sonolenta. Ela acomodou a cabeça no ombro dela e girou o corpo jogando uma das mão para abraça-lo, enquanto os dedos ágeis continuavam a fazer carícias nos cabelos amarelos feito ouro. Era bom ficar daquela maneira com ela e até agora não conseguia acreditar como as coisas haviam acabado bem. Havia conseguido uma bolsa integral, feito as pazes com os Heartfilia e ainda havia reconquistado um amor que por um fio não havia perdido pra sempre. Sentia-se incrivelmente sortudo, mas ao ponderar sobre tudo que precisou fazer para que aquilo fosse possível, podia-se dizer que foi uma vitória merecida.

Em primeiro lugar, conquistar a ajuda do pai de Lucy não foi fácil. Quando Sting sugeriu aquilo, ele estava pronto para ser mandado par ao hospital, o que por sorte o patriarca do Heartfilia se contentou com apenas um soco. Foram horas entre conversa e discursão, envolvendo Sting, o pai e ele, até que Jude aceitou a ideia. Afinal, uma hora ele entendeu que se o rapaz estava arrependido e se Lucy aceitasse, não haveria muito que pudesse fazer. O que não implicava que gostasse do genro. Com Layla as coisas fluíram com mais calma e facilidade. Não precisou de grandes argumentos ou discursos já que a matriarca da família pareceu entender toda a situação logo no inicio do diálogo. Na verdade ele havia se sentido como em uma terapia psicológica e concluiu que ter uma sogra psicóloga, com toda certeza, era como estar no paraíso! Pois foi graças aquela conversa que, no outro dia, conseguiu orgulhar 100% o time e o treinador. Gildarts foi outro desafio. Pois para evitar uma suspensão ou ser impedido de jogar o resto jogo, precisou convencer o treinador a apoiar a façanha. Depois de 300 voltas ao redor do campo e 50 flexões ao final de cada 100 voltas, o treinador percebeu que o rapaz estava determinado e finalmente cedeu.

Por sorte, para pedir ajuda de Erza, ele contou com um apelo conjunto de todo o time. Basicamente ele precisava que ela, na hora certa, entrasse na cabine do locutor e conectasse os auto-falantes com o microfone do seu violão e o seu próprio. Sem contar que precisaria ainda pedir para o técnico responsável pelo telão para pôr a foto da loira temporariamente lá e ainda precisaria que pedisse ao técnico de vídeo do campus que disponibilizasse os quinze drones da escola para as pétalas de rosas. Por sorte isso foi conseguido com mais facilidade do que imaginava.

- No que está pensando? – Perguntou um tanto quanto sonolenta. Ele sorriu e beijou a testa da garota.

- Só ainda não acredito que tudo acabou bem.

- Não vacile de novo. – Brincou. Ela esticou o corpo e alcançou os lábios do namorado que aceitou o beijo com muita vontade.

- Não quero levar outro soco do seu pai. – Fez uma pausa olhando para o rosto dela e acariciando o rosto delicado com o polegar. – Está feliz?

- Muito. – Sorriu. – E você?

- Você nem imagina o quanto, Luce! – Respondeu e voltou a tomar os lábios da garota.

E tudo terminou bem. Começou com uma travessura que acordou algo que ele nem mesmo sabia que habitava dentro de si. A vida é engraçada e o conceito de vingança é uma faca de dois gumes. Pois Lucy pode ter acreditado que sua vingança se resumiu unicamente a um soco, porem, estava claro que sua vingança só terminou quando ele reconquistou seu perdão.

 

“Quando a gente pensa que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas.”

Luis Fernando Veríssimo

 

Fi...

 

- EEEPAAA! Pode parar por aí, mon amour! Que fim o que? E eu? Como fica a personagem principal dessa história? Pois claro que a personagem real principal sou eu, tia Free! Beijos de luz no recalque que bate no meu salto 15 e volta na sua cara, escritora scrota! E vou contar, próximo capítulo vai ter especial de carnaval, tia Free no Brasil! Vou logo pegar minha roupa que esse ano eu vou ser a globeleza! Até a próxima! Titia ama vocês!


Notas Finais


A estória oficialmente terminou e eu gostaria de agradecer a todos que me acompanharam até aqui. Principalmente pela persistência já que eu considerei desistir umas 500 vezes. Ainda teremos o especial da tia Free, pois tia Free é... Tia Free! Bom, obrigado pelo apoio e até a próxima!
Ps.: Perdão pelos erros gramaticais!


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