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História Quem é Vivo Sempre Aparece - Sentimental.mp3


Escrita por: lunaticax

Notas do Autor


Ayo! Finalmente, meus viajantes lunares, primeiramente, bom dia, boa tarde boa noite, finalmente estou lançando essa fic, meu bebê, não só meu como da Chan, além de minha beta reader maravilhosa foi a criadora do plot e nós maturamos essa ideia e eu comecei a escrever e ela corrigir meus erros e pensamos em coisas e *POW* surgiu esse lindo bebê, foram em torno de seis meses e vai ser uma longfic, espero que gostem, tenho certeza que sim (convencida não, só aquelas coisas). E sem mais delongas boa leitura... Leiam as notas finais.

Capítulo 1 - Sentimental.mp3


Fanfic / Fanfiction Quem é Vivo Sempre Aparece - Sentimental.mp3

"Eu estou olhando pra você.

Enquanto você está olhando para o seu celular.

E então indo embora com outra pessoa. Não, eu não quero seu corpo.

 Mas estou imaginando seu corpo com outra pessoa."

Somebody Else, the 1975

Sexta-feira 13, Seul, restaurante de iguarias às 08:13 p.m

Um belo restaurante, com toda certeza. Suas paredes eram de vidro, onde, em lugares estratégicos, haviam cortinas vermelho sangue que vedava boa parte da vista de fora. As mesas de madeira aparentemente de alta qualidade, cobertas por um fino tecido branco e um jarro com apenas uma rosa dentro. Tudo dava um ar de requinte. O movimento da noite era grande, só se viam os garçons entrando e saindo da cozinha com seus passos largos e apressados, mas sem perder a total postura de submisso a todos ali, tratando todos como seus garçom pessoal e toda sua atenção era do seu cliente. Poderiam ser citados muitos outros pontos sofisticados sobre a instalação, mas o foque da noite não era esse.

Todo alarde estava localizado no interior de dois rapazes que adentravam o estabelecimento. Os olhares dos dois estavam grudados, como se caso algum ousasse tornar os olhos para outro canto perderia seu orgulho por inteiro. Mesmo Park Jimin não sendo uma pessoa orgulhosa, não queria fugir da batalha. Um jovem aos seus vinte anos de jornada na vida, onde há dois anos, ingressou na faculdade de dança de Seul com seu amigo de infância Jung Hoseok. Amava muito o que fazia. Não eram simples movimentos, era sua forma de se expressar. A cada passo feito, era um significado adotado a ele, de uma singela palavra a um texto inteiro, ele gostava de chamar de linguagem corporal gesticular. As pessoas não entendiam, mas eram meros ignorantes com seus pensamentos mesquinhos. Tudo é patético em seus olhares, mas na verdade tudo era um poço fundo de conhecimento. Sua apresentação era singela, pois sempre foi uma pessoa muito humilde, ralava dia a dia para conciliar a faculdade com o emprego de caixa em um supermercado, então o que estava fazendo em um restaurante de alto escalão? Queria esbanjar um dinheiro que não tinha? Fingir que é chique no instagram? Ou uma vez na vida comer uma refeição de gala?

Talvez as perguntas pudessem ser respondidas com um pronome possessivo e um sujeito. Sua namorada. A garota era uma menina muito nova, no auge da adolescência que acabara de conquistar sua maior idade que de brinde veio com um carro nada acessível para os bolsos de qualquer um, pois sua família tinha um grande poder aquisitivo, o que não fazia a mínima diferença para o loiro ao seu lado.

Conhecia Jimin há pouco menos de um ano, para ser mais preciso, sete meses. Tinham uma relação forte,  às vezes brigavam como todo casal, mas não durava muito tempo, pois, com a futilidade da menina que tentava “comprar” o mais velho o bajulando para perdoar mais uma de suas irresponsabilidades juvenis, ele simplesmente aceitava, acreditava que nada que dizia ou pensava em dizer, iria entrar naquela cabeça desprovida de alguma maturidade. Apenas consentia e continuava com a rotina. Às vezes se perguntava qual era o sentido desse relacionamento, mas o dispersava com as forças de sua mente pois gostava sim da menina. Sem contar suas loucuras dadas pela idade, era uma menina muito meiga, fofa, animada e brincalhona. Sempre faria de tudo para apoiá-la e mimá-la, até vir a um restaurante refinado, se trajando totalmente elegante, para conhecer a melhor amiga da parceira, que era a pessoa que mais falava no universo. Elas eram da mesma classe social — mais conhecida como as podres de rica — e estudavam no mesmo colégio. Porém, a amiga de sua namorada era mais velha um ano. Elas se autodenominam como melhores amigas, ou, até mesmo, best friends forever. Poderia ser clichê, brega, ou o que fosse, mas elas não ligavam. Eram tão unidas que continham até colares iguais, especificamente de ouro com seus nomes cravados a mão, tudo as definiam como High Society.

Nessa noite de sexta, onde a lua se escondia por trás das finas camadas de nuvens que ousaram se colocar em sua frente e onde um vento gélido passava pelos seus corpos que em resposta se arrepiaram por inteiro, a mais nova vestia um vestido curto de cor semelhante a um vermelho paixão, de corte balone, que deixava a parte da saia solta ao vento que a empurrava para o lado e  sua maquiagem estava muito bem feita com nos lábios um batom da mesma cor do vestido a dando um ar de sensualidade. Estava muito bem acompanhada de seu namorado, então, garota entrelaçou suas mãos com as do loiro, mostrando a todos que o seu parceiro tinha dona. O homem se trajava muito bem com uma blusa branca de pano fino abaixo de um blazer que tinha uma aparência que se assemelhava a uma peça muito cara. A cor era um azul marinho e a calça também era dessa mesma cor e tecido. Seus sapatos pareciam de couro e refletiam a luz que realçava aquele mero calçado.

Seus olhares estavam voltados ao outro casal que esperava já sentados em seus lugares, levantando-se com a chegada dos aguardados. A moça era muito bonita, usava um vestido preto colado até as canelas e tinha uma fenda lateral que ia desde o fim do vestido até pouco abaixo da cintura, deixando um pouco das pernas à mostra. Também usava um sapato da mesma cor do vestido e uma maquiagem pesada para ocasiões importantes com cada detalhe muito bem projetado. Já o seu acompanhante, iria apenas resumir porque não tinha tempo para perder com ele: Seu ex namorado, Jeon Jeongguk.

Talvez tenha esquecido de ressaltar a sua sexualidade do Park, mas não achava algo importante, ele era pansexual,  pois dizia se apaixonar pela pessoa e não pelo gênero, e lá estava em sua frente uma de suas experiências.

Jimin tentava não mudar o foco do seu olhar e não vislumbrar os olhos do homem na sua frente. Não queria saber de suas mudanças, só reparou na sua nova coloração de cabelo e já era o bastante, não queria trazer o passado à tona — não vamos vasculhar o passado trazendo de volta velhas e insignificantes lembranças — isso era o que se passava nos pensamentos do loiro.

Não que ainda sentisse algo, era muito esclarecido com seus sentimentos, deixados para trás como se tivesse colocado tudo dentro de um potinho e lançado em meio a uma imensidão azul do mar de decepções que havia acumulado em sua caminhada chamada vida, essa maré também pode se chamar de azul do esquecimento, pois tudo que era jogado lá deveria ser esquecido de uma vez como se uma onda batesse em seu corpo e levasse tudo embora, o deixando livre para continuar sua vida.

Para sua infelicidade, era inviável não se recordar de nada, pode parecer contraditório ao que o Park achava, mas é como um sopro de brisa marinha com flashbacks de momentos felizes e tristes, os quais vieram a sua cabeça  e por um milésimo de segundo, sentiu um nó se formar em sua garganta. “Mas o que está acontecendo comigo? Tenho que me mostrar forte. Eu sou forte, superei tudo isso e dei a volta por cima, tudo não passa de meras e inúteis lembranças”, o pensamento do garoto era forte e decidido, sem indagações, reto e direto.

Jeon, que ainda estava em pé, estendeu sua mão para o Park, acompanhado dando um leve sorriso.

— Há quanto tempo, Jimin-ssi. É um prazer revê-lo — a entonação de sua voz era irônica, mas pela situação, presumiu que só quem o entendeu foi o moço parado a sua frente.

— O prazer é todo meu, Jeongguk-ssi. Você não mudou nada, continua com esses dentinhos de coelho e esse nariz avantajado. Ainda escova os dentes? Você não fazia muito isso antigamente — estreitou os pequenos olhos, fingindo tentar observar melhor a boca do mais novo. Sua língua estava perigosamente afiada, mas logo estremeceu ao escutar novamente a voz do colega.

Pegar pesado era uma coisa que Jimin fazia sem nem mesmo querer. 

— Não diria o mesmo de você, baixinho. Talvez ainda tenha a mesma altura, mas parece que não tem ido muito à academia, né? — disse em tom de deboche, o acastanhado sempre foi muito ousado, mas sempre se arrependia de suas ações depois.

Jimin estava tinindo de raiva, se fosse em um anime, estaria saindo fogo de sua boca e fumaça de seus ouvidos, mas não podia demonstrar isso então sorriu e se sentou na cadeira, sendo acompanhado pelo moreno. As mulheres ali presentes se surpreenderam com a coincidência, o que era muito bom, já seria um grande passo andado, era o que pensavam. Mal sabiam que era apenas uma expectativa mesmo.

— Vocês já se conheciam?! — questionou a mais nova muito animada, quase dando saltinhos, quase.

— Somos velhos amigos de outra província — Jeon ditava soltando um olhar profundo para o loiro, seguido de um pequeno sorriso e então continuou sua fala. — Mas acabamos perdendo o contato com o tempo, sabe como é, né? 

— Ah, amor. Isso é realmente uma pena — sua namorada disse o puxando e dando um leve selar em seus lábios rosados.

— Mas agora vocês se encontraram de novo, isso é uma grande oportunidade! Vai ser muito divertido! Vamos ser dois casais de amigos, boiolas demais. Imagina só, a gente fazendo cosplay juntos?! Viajando juntos também, indo  à praia... — a menor dizia toda energética, era o seu jeito de sempre,  que acabou incomodando o namorado com suas suposições, pobre iludida.

A conversa das moças continuou por um breve momento. O acastanhado apenas fingia prestar atenção em toda aquela “baboseira”, pois o que queria mesmo, era estar em casa. Tudo ali lhe irritava, as pessoas esnobes, os pratos com preços altíssimos para tão pouco conteúdo, as conversas chatas com um tom mais elevado que o normal, e, principalmente, a presença de um ser humano que em sua mente tinha totalmente o apagado, cada resquício, sobra, ou qualquer coisa relacionada a ele, nem sequer o nome do próprio podia se passar em sua cabeça. A única coisa que lhe prendia ali era sua doce namorada, ela era tão madura, mas ao mesmo tempo tão insegura. Protegia mas também precisava ser protegida, isso era um das coisas que mais gostava na garota. Era possível que isso lembrasse um certo alguém com lábios tão atraentes, porém, essa hipótese era banida da mente do garoto. Gostava muito de sua namorada que mantinham uma relação há quase cinco meses que para ele, depois de um cicatriz abrir em seu peito, era muito tempo para ficar com alguém. 

Passava seu olhar pelo local, observando a linda paisagem pelas frestas do vidro. Daria para tirar uma bela foto da cidade de Seul, que convenhamos, era muito bonita — mesmo que, as vezes, ainda sentisse saudades da sua província natal. 

Jeongguk, aos seus dezenove anos, estava cursando fotografia há um ano. Era sua principal paixão que antigamente não tinha coragem de cursar pois pensava que não dava dinheiro. Era um mercado muito ruim para se adentrar, mas foi encorajado por um certo alguém que lhe deu forças para seguir o seu sonho de se tornar um fotógrafo profissional que viajaria o mundo tirando fotos de lugares como o pico do Himalaia ou até mesmo de um oásis no deserto do Saara. 

As pessoas diziam que ele era muito esforçado e responsável, morava com a sua namorada em um apartamento na parte nobre da capital. Todos os amigos e familiares do casal acharam que era muito cedo para morarem juntos, mas os jovens decidiram se arriscar e levar esse peso nas costas. Não era rico, mas tinha boas condições — a qual chamam de classe média —, e sua namorada, como vinha de família rica, queria morar em um apartamento de qualidade, então apenas deixou a jovem livre para escolher sua nova moradia.

O clima da mesa estava muito bom, mas por baixo dos panos rolava uma tensão fora do normal por parte dos rapazes. Era tão forte que era possível sentir o ar mais pesado. O loiro fitava o seu celular a espera de uma luz divina que o retirasse dali, não que estivesse incomodado, só não queria estar ali, era sufocante. 

E, em meio de toda aquela enrascada, veio uma pergunta em sua mente: como eu vim parar aqui?


Notas Finais


Essa fic vai ser longa, já vou logo avisando, ela tem um cronograma, capítulos novos todas as sextas-feiras a tarde, ou em qualquer horário do dia, caso não postado foi porque algo deu merda, enfim, espero que estejam gostando. <br />Comentem! Eu amo ler comentários! Adoro saber o que estão achando dos personagens, da história, da minha escrita, enfim, da sua opinião, que aliás, vale muito. Xero no cangote!
[Edit 05/12/18] quero agradecer a belíssima capa a @haoppa


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