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História Quem não casa com cão, caça com gato - Capítulo onze: Doze é demais


Escrita por: mili_cruzz

Capítulo 11 - Capítulo onze: Doze é demais


 Doze é demais é um filme com apenas dois filhos principais e o resto são secundários, correto? Não. Prova que todo filho tem seu jeito de interpretar e agir com seu pensamento próprio. Nem os gêmeos refletiam do mesmo modo. Sra. Weasley tinha conhecimento disso com seus setes filhos. Haviam apenas três coisas essências em cada um: a aparência física, o ciúme incontrolável e extensa fome. Ela tricotava roupinhas para seu netinho, já que não podia acompanhar a nora. Chegava ser estranho seu comportamento calmo, todavia, devia ser manter assim ou não teria mente equilibrada em sua família. Seu marido apertava uma bolinha em sua mão sem parar, Carlinhos não deixava sua esposa em paz – pois trabalhava no hospital e poderia lhe dar notícias -, Percy só faltava anunciar no The Times, os gêmeos compartilhavam com Gina as brincadeiras que fariam com o neném e Rony. Pobre Rony.  

  Não era permitido a entrada de pais, somente a irmã da morena a acompanhou. O coração do ruivo batia freneticamente, sua pele se encontrava mais pálida que o normal, suava como um porco. Seus irmãos tentaram acalmá-lo, tudo em vão. Por mais que tivessem boas intenções, nenhum sabia qual era aquele sentimento. Aquela sensação de que em horas poderia dar certo ou muito errado. É mais fácil de acreditar na pior hipótese do que a melhor. Esfregou seus dedos gélidos apavorado. Chegou no hospital somente quatro horas após Astória.  

  No amanhecer do dia, Rony conseguiu pregar o olho por somente alguns minutos. Acordou, pois sua mãe que lhe ordenou a comer. Ele rejeitou, mas a Sra. Weasley não permitiu que ficasse sem se alimentar. No refeitório, Rony avistou um carrinho de flores sendo vendidas e comprou um buquê de rosas. Uma mão tocou seu ombro. 

- Não quer ver seu filho? - Questionou Sr. Weasley emocionado 

  O coração do ruivo batia a cada passo. Cada som externo era inútil. Segurou bem a maçaneta e engoliu o seco. Abriu a porta. Se deparou a cena mais emocionante de toda sua vida. Astória amamentando o pequeno Arthur. Ela sentia o incomodo de um ser sugando seu leite do seu peito, mas não deixou transparecer. Levantou o olhar e encontrou os do marido. Não conseguiu impedir de chorar. Rony se apavorou, temendo que a enfermeira o mandasse embora.  

- Vo-Vo... Cê veio... - Ela disse entre lágrimas - Veio mesmo... 

- Claro que viria, Astória - Depositou o buquê num acento e se aproximou - É minha esposa e teve meu filho. 

  Arthur largou o bico da mãe. Ela deslizou seu dedo molhado em sua bochecha. 

- Veja mais de perto, Ronald. - Ela pediu – Ele é a sua cara. 

  O destino havia pregado outra peça com Rony. Logo ele, que duvidou de ser o pai, nasceu o filho de Astória idêntico a si. Finos e curtos fios ruivos com sardas não visíveis na região das bochechas e do nariz. Dessa vez, Rony soltou lágrimas de felicidade. Ver um pedacinho seu ali, nos braços de sua esposa, não há preço. 

- Quer segurar? - Perguntou ela 

  Ele assentiu sorrindo. Delicadamente, ela passou o dorminhoco Arthur para seus braços. Deitou seu corpo e olhou bem para ele. Seus olhos permaneciam fechadinhos, respirava lentamente. Se impressionou com o menino. Não havia nada mais precioso. Astória e Rony voltaram a chorar alegres, todavia, tentando não fazer muito barulho. 

- Oi, Arthur. Eu sou seu papai.  

  Não tardou para o quarto se enchesse de Weasley, todos queriam conhecer o pequeno Arthur. Sra. Weasley não deixou de soltar lágrimas e Sr. Weasley se segurou para não alcançar tal ponto. 

- Ele é tão lindo! 

- Um fofo! 

- Dá vontade de apertar!  

  Na outra manhã, o médico deu alta e por insistência da vovó Molly, o casal passou alguns dias em sua casa. Nos primeiros dias, todos iam para visitar o pequeno Arthur. Ele era simplesmente encantador. Se deslizasse um dedo em sua bochecha suavemente, ele sorria. Foi a característica física que puxou da mãe, o sorriso. Ela gostava de deita-lo entre seus seios e acariciar seus fios ruivos, cantando bem baixinho. Rony assistia escondido, pois sabia o quanto sua esposa se constrangia ao ser flagrada em um momento íntimo. Astória levantou o olhar e se adiantou em se sentar. 

- Não, não faça isso! - Pediu Rony sussurrando – Ele estava gostando e... Eu também. 

  Abriu um sorriso tímido. Rony sentou ao seu lado e permitiu-a que se aconchegasse em seus braços. Assistiram o neném dormir tranquilamente. 

- Terei um mês de licença a maternidade. 

- Só isso?! 

- Eu pedi. Não posso perder tanta aula. Ficará quatro meses com ele. 

- Quatro? Eu não sei como cuidar de um bebê! 

- E acha que eu sei? Ronald, ele é seu filho. Precisa cuidar dele! 

  Não poderia dizer que também era filho dela, soaria totalmente injusto. Ter um filho é como uma caixinha de surpresas: você pode ganhar um prêmio ou uma torta na cara. No caso, a torta seria cocô e xixi. Entre as dificuldades em criar Arthur, urinar constantemente em locais inconvenientes se encaixava perfeitamente na lista. Rony lhe duchava em sua banheirinha, conversando com ele. 

- Como se sente tomando banho, em? Hum? - O molhou levemente na cabeça - Tem que ficar bem bonito para impressionar as menininhas. Se puxar os meus métodos de paquerar, está frito. Acho que sua mãe irá lhe ajudar, ela é especialista nisso. 

  O retirou d’água e beijou sua barriguinha. Como agradecimento, Arthur despojou um líquido amarelo na camisa do pai. 

- E meu filho fez xixi em mim. 

  Pôr a frauda também era complicado. Arthur era a espécie de bebê que não suportava andar vestido. Mexia suas perninhas e seus bracinhos. Jogou tanto talco que sujou seu rosto. Harry riu, na porta do quarto. 

- Não tem graça. - Reclamou o ruivo 

- Tem sim. - Potter se aproximou – Oi, Arthur! Sou seu padrinho e melhor amigo do que costumava ser seu pai, antes dele ter a cara toda branca. 

- Ei! - Reclamou Rony – Ainda estou aprendendo a fazer isso. 

- Onde está Astória? 

- Dormindo. Ela preferiu dormir a tarde inteira, estudar a madrugada e ficar com Arthur de manhã até as aulas retornarem. 

- Por quê? 

- Não faço ideia. - O bebê fez xixi novamente – Ah, não! De novo, Arthur? - O telefone fixo tocou – Pode atender, por favor? 

- Claro. 

  Harry se dirigiu a sala e atendeu o telefone. 

- Alô? 

- Alô? Harry? Sou eu, Hermione. Rony está? 

  Potter gelou. Se sentiu burro por não pensar que Hermione iria atrás de seu amigo por não obter informações dele. 

- Está. - Respondeu tentando se manter o mais natural possível 

- Pode passar para ele, por favor? 

- Não! 

- Por quê? 

- Porque ele está tomando banho. 

E vai demorar? 

- Não sei. 

- Sabe dizer se ele está bem? Não me liga há dias. 

.- Ah, Mione... Rony é homem, né? 

- Está tudo bem com você? 

- E por que não estaria? 

- Não sei, você me parece estranho. Aconteceu alguma coisa? 

.- Não, só... Problemas com Gina.  

- Quer conversar sobre? 

- Não, vamos resolver. Tenho que desligar, Mione. Tchau. 

- Harry, espera- 

  Já era tarde. A advogada estranhou. Conhecia seu amigo muito bem e reconhecia quando tentava esconder um segredo. Não podia ter nada relacionado à Gina ou ela teria a contado. Portanto, decidiu encontra-la no pub. 

- Ainda bem que chamou, preciso aliviar a cabeça. - Relatou a ruiva, sentando em sua frente 

- Está tudo bem? - Quis saber Granger 

- Tirando o monte de trabalhos, sim. E você? 

- Me sinto uma adolescente de dezesseis anos. Rony não me ligou. 

  Weasley passou o cabelo para trás das orelhas e torceu para que seu rosto não avermelhasse de vergonha. 

- Talvez seja o cansaço do trabalho. Ele e Harry estão trabalhando em um projeto importante.  

- E você está bem com Harry? 

- Claro, por que não estaríamos? É chato passar quase a semana sem ver ele, mas no fim de semana, fazemos sexo animal com força. 

- Deus! 

- É, Potter sabe bem como conduzir a banana. 

- Vou fingir que não ouvi isso. 

  Hermione sempre soube que Gina e Harry fariam um ótimo casal: um péssimo guardião de segredos e uma terrível mentirosa. Combinação perfeita. Se ligasse para ele, poderiam lhe dizer qualquer coisa. E se tinha algo que aprendeu sendo advogada é sempre ser uma boa detetive. De manhã, decidiu finalizar sua insana curiosidade, então modificou o rumo para a casa do quase-namorado. Sorriu internamente em ver que nada havia mudado às aparências. Antes de bater na porta, certificou seu visual no espelho: portava um vestido vermelho, um coque com duas tiras soltas e um salto invejável. Deu três batidas e a porta foi aberta. Seus olhos se esticaram, sua boca se abriu.  

- Hermione Granger? 

  Astória estava simples. Um suéter lilás de frio, calça moletom, botas e um gorro.  

- Não sei se lembra de mim, sou- 

- Astória Greengrass, melhor amiga de Gina. Sei quem é. 

- Na verdade é Astória Weasley.  

- Perdão? 

- Ast, ele está com cara de choro! - Alarmou uma amiga sua, na sala 

- Já vou! Entre, entre! 

  Desconcertada, Hermione realizou seu convite. Parsy, Flora e Hestia tomavam chá na sala. A gêmea mais comportada segurava o pequeno bebê. 

- Deixe-me ver. - Astória segurou seu filho – Ele quer mamar. Sempre faz essa cara.  

  Ela sentou e levantou sua camisa para que o neném se alimentasse. Parsy e Flora admiravam a cena e Flora se comportava de um modo como se fosse a coisa mais estranha a qual visou. Portanto, puxou assunto com a estética Hermione. 

- Quem é você? 

- O quê? 

- Você, quem é? Se for aquelas religiosas chatas, caia fora! Deus quer que nós sigamos Ele e não seja perturbada a esta hora. 

- Não é uma dessas, é a amiga de Ronald. - Explicou Astória - Ele foi no supermercado com Harry, mas voltará logo. 

- Amiga? - Indagou Parsy desconfiada - Não me lembro de ter te visto na fita do casamento. 

- Ela estava na Índia. 

- Índia?! - Animou-se Hestia – Comeu alguma pimenta? 

- Comeu algum rapaz? - Se interessou Flora 

- Safada! 

- Não enche, Hes! 

- Fui à trabalho. - Contou Granger 

- Que chato. - Reclamou Hestia 

- Eu sempre me divirto nas viagens à trabalho que vou. - Revelou Flora 

- Não me admiro! - Bronqueou sua irmã 

- Vá a merda! 

- Meninas! - Brigou Astória - Temos visitas! Me desculpe, Hermione. Elas são chatas mesmo. 

- Ei! - Descordaram as Carrow 

  Hermione nem prestava mais atenção na discussão, avistou uma foto em um porta-retrato da moça e seu amado vestidos de noivos. Então o quebra-cabeça se encaixou perfeitamente. Astória Greengrass e Rony Weasley se casaram e tiveram um filho. 

- Ei, você está bem? - Perguntou a esposa de Rony, próxima de si – Parece pálida. 

- Estou ótima, devo ir. 

- Tem certeza? Não me demonstra está muito bem. 

- Não se preocupe, estou ótima. 

- Não vai esperar que Ronald volte? 

- Não. Tenho um caso a resolver. 

- Boa sorte, então. 

- Obrigada. E... Parabéns. 

  Dra. Granger saiu às pressas. Sentou no chão do corredor com a cabeça deitada em suas pernas, apenas ouvindo a conversa alheia. 

- Essa moça é muito estranha. - Comentou Parsy - Não gostei dela. 

- Por quê? - Perguntou Hestia 

- Eu gostei do salto dela. - Admitiu Flora – Admiro muito por ela usar aquilo no inverno. 

- Ela tem uma cara duvidosa. Não sei, acho que já a vi em algum lugar suspeito. - Recordava Parsy 

- Tão suspeito como quando achou que príncipe Charles se casaria com a duquesa Camila? - Debochou Astória 

- Não zombe de mim! Ainda tenho certeza que ele pedirá a mão dela! 

- Se toca, Pan! - Mandou Flora – Homem casado nunca se divorcia por outra mulher! Nunca! Eles sempre dizem que vão, mas não fazem. E sabe por quê? Porque são covardes! 

- Espera aí, o príncipe Charles se divorciou. - Defendeu Hestia 

- Acha que foi por chifres? Claro que não! Homens acham excitantes ter duas mulheres, eles são assim. 

- Algumas mulheres que conheço também são assim. - Brincou a Weasley 

- Seu cu. 

- Uma coisa eu posso ter certeza – afirmou a morena – meu marido não terá outra mulher na vida dele! 

- E como pode confiar tanto? - Indagou Pansy 

- Porque sou gostosa demais para que ele corra atrás de outra! 

  As quatro se esbaldaram de gargalhar. Hermione não suportava mais aquela situação e se refugiou em seu carro. Dirigiu para o mais longe possível, ouvindo a música que Céline Dion compôs para Titanic no volume máximo. Pensou nos elogios que recebeu sobre sua mente e os descartou. Segundo ela, ninguém poderia ser racional sem perceber que seu ex-quase-namorado era casado. Vejamos bem, ele era um pouco honesto, por isso não a beijou ou a fez gemer, como ansiava. Foi necessário ela agir. Ouviu toques de celular, mas não atendeu nenhum. Tudo o que precisava era um bom uísque.  

- Que estranho. - Sussurrou Gina, olhando a tela de seu celular 

- Que foi? - Perguntou seu namorado, no elevador de sua casa 

- Mione não atende. Ela estava muito estranha ontem.  

- O que ela fez? 

- Parecia bem curiosa sobre a gente. 

- Merda. 

- O que você fez, Harry? 

- Ela ligou há uns dois dias, perguntando de Rony. 

- E o que você disse? 

- Que estava tomando banho. Gina, tem algo que eu tenho que te contar. 

  Ela gritou, o tapeou e transou com ele em seu quarto. A cabeça de seu arquiteto deitava sobre sua barriga, enquanto mexia em seus fios rebeldes. 

- Harry, e se ela descobrir? O que faremos? 

- Seremos bons amigos. 

- De quem? Fomos maus amigos de Hermione mentindo para ela e seremos maus com Rony se contarmos a ela.  

- Sabe de quem tenho pena? - Harry ficou por cima dela, apoiando seus cotovelos no colchão - Astória. Rony e Hermione têm um drama, isso é uma bosta. Mas Astória... Ela não tem nada a ver com isso. Só uma moça que teve azar de se meter nessa novela mexicana. Acredite, ela sairá perdendo, não importa o que aconteça. 

- Por que acha isso? 

- Gi, tem três jeitos de isso acabar: vivendo um casamento ruim com Rony, sendo deixada por ele ou sendo corna. 

- Ah, não! Meu irmão não vai chifrar minha melhor amiga! 

- Gi, ele já chifrou. No momento em que ele flertou Mione, foi traição. Não da parte dela, que não sabe de nada. Quem ama não trai. 

- Acha que ele não ama ela? 

- Se casaram por causa de Arthur. E talvez seja melhor assim, se separarem. 

- Do que está falando, Harry? 

- Casamento sem amor, não é casamento. É... Uma negociação de nomes e bens. Não é melhor que eles se separem e fiquem com quem amam? 

- Sim, mas Astória está apaixonada por Rony. 

- Sério?! 

- Astória não é de se manter em um relacionamento por muito tempo. Se não sentisse algo, teria se divorciado um mês depois. Vai por mim, eu a conheço. 

- E como acha que ela irá reagir quando souber da verdade? 

- Mal. Muito mal. Mas como é uma ótima atriz, fará todos acreditarem que ela está ótima. E agora, Harry? 

- Não faço ideia, Gi. Não faço ideia. 



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