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História Quem não casa com cão, caça com gato - Capítulo doze: O peração cúpido 1998


Escrita por: mili_cruzz

Capítulo 12 - Capítulo doze: O peração cúpido 1998


  A Operação em cúpido em que me refiro é da década de 1990, antes de Lindsay Lohan se envolver no meio das drogas. Duas irmãs separadas por conta do divórcio repentino de seus pais. Ao descobrirem suas origens, se unem para casar seus pais novamente. Neste caso da história, quem seria Meridith Blake abandona seu Nicholas Parker para que fosse feliz sua Elizabeth James. Um fato interessante é o número deste capítulo ser o mesmo número da data de aniversário delas, 12. O que não tem nada a ver com o assunto, nem sei porque mencionei isto. Enfim, Astória lia um livro francês sobre negócios, sentada na privada. Rony entrou e franziu o cenho. Ela nem sequer mexeu seus olhos para ver que havia entrado. 

- O que faz aqui? - Perguntou seu marido, enchendo sua escova de pasta 

- Patinando no gelo. - Respondeu secamente 

- Que ótimo humor. 

- Perdão. Arthur ficou acordado a noite toda e isso me atrapalhou meus estudos. 

- É porque vem tomando muito café. 

- Está bem, Dr. Weasley. Qual a sua receita? 

- Deixe de ser tão ranzinza. 

  Rony cuspiu a pasta e foi para a cozinha. Encontrou sua irmã e seu amigo conversando aos cochichos e a cessando ao notarem sua presença. Ele pegou uma latinha de cerveja em sua geladeira, ligou a televisão. Olhou para o casal, sentiu um ar desconcertante. 

- Estão me escondendo algo? 

- Não. - Disseram rapidamente 

- Mesmo? 

- Já disse que não, Rony! - Reclamou Gina – Vamos, Harry! 

  Rony deu de ombros e se aprontou para assistir algum esporte. Gina e Harry dirigiam nervosos para a nova casa de Hermione. Ela não atendia a nenhum de seus celulares e telefones. Bateram na porta e demorou algum tempo para serem atendidos.  

- Que é? 

  Aquela linda mulher estava modificada. Não tomava banho há dois dias e acompanhava um fedor de álcool. Roupas sujas e olhos inchados. Não foi difícil compara-la com Rony, após sua partida. 

- Vocês sabiam! - Ela acusou – Sabiam todo esse tempo! 

- Mione, vamos conversar! - Pediu Gina com cautela 

- Conversar? Você quer conversar, sua cachorra? Eu me abri com você, sua cacete! Me abri! E o que você fez? ME ESCONDEU QUE SEU IRMÃO ESTÁ CASADO E TEM UM FILHO! 

- Mione, fala baixo! - Sussurrou Harry – Seus vizinhos estão olhando! 

- FODA-SE! A MINHA VIDA INTEIRA EU FUI A MARIA! MARIA! MARIA! ESTOU CAGANDO O CACETE PARA ESSAS PESSOAS! O CACETE! 

  Ela tomou mais um gole de uísque. Harry pegou sua amiga em seus braços e a deitou no sofá. Granger soltou lágrimas. 

- Eu me abri para vocês! Eu me abri! E não tiveram a coragem de me contar! Não, preferiram que seu eu bancasse a idiota e me humilhasse na frente daquela zinha! 

- Falou com Astória? - Indagou Harry 

- É isso que importa para você, Potter? Porque se for, sim, eu falei com ela e amiguinhas caga-ouro dela! E eu não gostei nem um pouquinho! Todo mundo me faz de imbecil! Rony me fez e agora vocês também! São os piores amigos do mundo! 

- Eu sinto muito, Mione. - Lamentou a ruiva, mexendo em seu cabelo - Não soubemos como contar, foi tudo tão rápido. 

- Não, vocês tinham como me contar. Podiam quando falei que voltaria, quando cheguei no aeroporto e EM TODOS ESSES DIAS! Não, mas eu mereço isso. É isso que ganha quando se vai a Índia para lutar pelos direitos das mulheres! Que merda! Merda! Merda! Merda! 

  Weasley a abraçou e permitiu que sua amiga depositasse sua completa tristeza em seu ombro. Em casa, Harry e Gina não conseguiram esconder suas caras de culpados. 

- Que foi? Atropelaram um mendigo? - Perguntou Rony, na janta 

- Pior, molhamos uma criança pobre. - Mentiu sua irmã 

- Quando papai dirigia, ele sujava os pobres com mala para “tomarem vergonha” na cara. - Contou Astória, tomando café 

- Que sogro legal. - Ironizou Rony 

- Ficou melhor quanto parou de andar e se tornou cadeirante. Mamãe o chamou de Prof. Xavier.  

  Gina riu.  

- Sua mãe te ligou? - Desconfiou sua amiga 

- Por que pensa isso? 

- Nunca fala deles a não ser que façam algo para você. 

- Te odeio. 

- Sei que me ama. 

- Sua mãe ligou? - Indagou Rony 

- Não, foi minha tia May. Ela quer te conhecer, Ronald. 

- Agora? Depois de tanto tempo? 

- Ela mora na Suíça. Está hospedada em The Royal Horseguards. 

- Sério? Esse lugar é muito caro! 

- Nem tanto, acho Claridge’s bem mais adequado. 

- Só se tiver roubado um banco. 

  Astória ergueu a sobrancelha confusa, Rony deu de ombros.  

- Parece que esqueceu com quem casou, Rony. - Brincou Gina 

  Ser humilde e rico é quase um milagre. Astória nunca exigiu objetos tão caros a Rony, por isso esqueceu sua linhagem. Foi combinado de passarem o dia por lá, pondo as conversas em dias. Rony vestiu um terno e Astória riu de sua cara. 

- Que foi? Estou muito pobre? 

- Ronald, meus tios são ricos, mas não são fotografados todos os dias na Calçada da fama.  

- Eles já foram? 

- Sim, quando meu tio Charles Chaplin passou por lá. 

- Seu tio é Charles Chaplin?! 

- Não, Ronald! - Ela riu - Não conheço todos os famosos do mundo. Embora eu gostaria de ser uma prima íntima de Tom Cruise. 

- Eu ouvi isso. 

- Sei que sim. - Ela tirou algumas peças de roupas do roupeiro – Vista isso, ficará um gato.  

  Astória lhe fez pôr uma calça passada, sapatos sociais, uma camisa azul anil e um casaco cinza, enquanto ela portava um vestido verde justo com alças e sapatilhas combinando. O pequeno Arthur usou um macacão jeans e uma camisa do Bob Esponja. Astória dirigiu por uma hora para chegar ao hotel, Rony acompanhava seu filho na cadeira do banco de trás. O local era enorme e lindo, parecendo ser um palácio. Rony ficou boquiaberto com o local. O manobrista se adiantou para realizar seu serviço e os Weasley desceram do carro. A recepção era cem vezes maior que a casa deles. Composta por as mais diversas pessoas andando de um lado para o outro, sempre fazendo algo. 

- Vamos, Ronald. Tia May e tio Gregory nos aguardam. - Tocou o sino do balcão e um senhor se aproximou – Sr. E Sra. Greengrass, por favor. 

- Da parte de quem? 

- De sua sobrinha, Astória Weasley. 

- Sra. Weasley, certo? 

- Lógico. 

- Sim, me acompanhe, por favor. 

  O senhor os guiou ao jardim bem florido. As rosas demonstravam ser tão frágeis que Rony se aprontou para não pisá-las, ou estragaria a imagem. O ambiente era calmo e com pessoas bem arrumadas, tomando chá e apreciando o momento.  

- Sr. Greengrass. - Chamou o funcionário 

  Um homem de poucos fios acinzentados e um formidável terno se levantou e lhe apertou a mão. Abriu sua carteira e o deu uma boa gorjeta ao trabalhador do hotel.  

- Ast! 

  Uma senhora loira agarrada a uma bolsa de couro se levantou para abraçar sua sobrinha. Segurou seu rosto e beijou sua testa. 

- Está linda, querida. Mais do que me lembrava. Ela não está linda, Gregory? 

- Fantástica. E esse rapaz com o bebê, quem é? 

  Astória abriu um largo sorriso e passou seu braço em volta da do marido. 

- Tia May, tio Gregory, este é meu marido, Ronald Weasley. E este é nosso bebê, Arthur. 

- Que majestosos. - Admirou tia May – Por que está carregando esta maletinha? 

- Guarda as coisas de Arthur. - Explicou Rony 

- Deixe isso para as babás. É desconcertante andar com isto pelos cantos. Senhorita! - A empregada se aproximou – Leve esta maletinha de bebê ao meu quarto, traga quando solicitada, sim? 

- Sim, senhora. 

  Rony deu o objeto. Tio Gregory os convidou a se sentar. 

- Pedi para que preparassem café. - Alertou tia May – Sei o quanto minha pequena Ast gosta. 

- Eu agradeço, tia May. 

- Então, onde se conheceram? - Questionou tio Gregory 

  Ambos responderam ao mesmo período. 

- Pub. 

- Na casa da mãe dele. 

  Franziram a testa. 

- Sou melhor amiga da irmã dele, mas só conversamos de verdade em um pub. - Explicou ela 

- Imagino, deve precisar de bebida para ter a coragem de paquerar esta menina. - Falou tio Gregory – Ainda me lembro dos seus treze anos. 

- Essa história de novo não, tio Gregory. 

- Ela me viu fumando no jardim e ficou furiosa. Passou semanas sem falar comigo e quando esse tempo infernal terminou, foi para me apresentar uma palestra de doenças que fumantes pegam. Fiquei tão enjoado que já se faz nove anos que não acendo um charuto. 

- Lhe dei mais anos de vida. 

- E agradeço muito por isso. E você, rapaz? O que faz? 

- Sou arquiteto. Estou trabalhando em um projeto para fazer uma escola. 

- É um bom emprego, se me permite dizer. poderá aumentar o closet do tamanho que Ast quiser. 

  Os quatro riram. 

- Posso pegar o neném? - Pediu tia May 

- Claro. - Concedeu o ruivo  

  O pegou delicadamente e fez uma expressão emocionada. 

- Ele é tão lindo. A sua cara, Ronald. Queria ter os visitado, na maternidade, mas Daph me telefonou somente três dias após e Gregory usava meu jatinho predileto. 

- Estava na Alemanha, meu bem. Não posso lavar roupa suja na frente daquela gente. Ronald, já foi à Alemanha? 

- Não, senhor. 

- É um país esplêndido. Nosso filho Nicolas mora por lá. Trabalha no ramo de seguros. Outro bom trabalho. 

- Querida, ainda cursa a universidade? 

- Sim, tia. 

- Exatamente. Não desista dos estudos jamais. Não sabe a tia Imogene? Está louca! 

- Louca? É uma mentirosa! - Acusou seu esposo – Uma encalhada que tira a proveito do pobre pai. 

- Não seja maldoso, Gregory. 

- Ouça, Ronald: uma senhorita que se recusou casar por esperar seu príncipe encantado, o qual ninguém nunca o visou pessoalmente ou em fotografia. Jamais recebeu uma ligação. Agora está velha, feia e encalhada. 

- Mas o que importa não é a beleza e sim, o amor. Certo, tio Gregory? 

  Todos o encararam. 

- Sim. Mas ninguém casará com uma mentirosa. Isso eu corroboro. 

  Deixaram o local e o Sr. Greengrass convidou o rapaz para jogar golfe. 

- Eu nunca joguei, senhor. 

- Nunca é tarde para um bom esporte. Me acompanhe.  

  Os homens praticavam o esporte, enquanto as mulheres assistiam de uma certa distância.  

- Ele é gentil. - Elogiou tia May 

- Concordo. 

- Deve mesmo. Para ganhar seu coração, somente um homem de verdade. Ainda me lembro das apostas dos meninos. Recorda-se quando seu pai prometeu uma casa no Canadá ao primeiro que te conquistasse? Você fez todos chorarem. 

- Tenho esse dom. 

- Estive na casa deles recentemente. 

- E devem ter dito coisas terríveis de mim, suponho. 

- A opinião alheia não afeta imagens divinas como nós. 

- Claro. 

- Querida, - tocou em seu queixo - são pessoas horrorosas, não permita que lhe ataquem e nem o pequenino. - Segurou seus dedinhos – Nos contaram que havia ido à Espanha. O que sei que é mentira, ou teria me telefonado para contar sobre os calientes. 

- E que calientes, tia May. 

- Ama mesmo este rapaz? 

- Nunca senti algo assim, tia. Claro, temos nossas brigas. Mas... Ele me faz me sentir protegida. Ele não me deu só uma aliança, me deu um objetivo. 

  Beijou a outra mão de Arthur. Depois do fiasco no golfe, Rony e Astória comunicaram que iriam embora. Ela cantava para seu filho dormir, no banco de trás e Rony dirigia. 

- Gostei deles. - Disse Rony 

- Mesmo? 

- Sim. São legais. Mas tenho certeza que nunca mais jogarei golfe, sou péssimo. 

- Tanto assim? 

- Bem, eu acertei uma bola. Não a minha, mas... - Astória riu – Ei, o que vale é a intenção. 

- Sei que deu o seu melhor. Se te anima, não sou tão boa em arque-flecha. 

- Vocês jogam isso? 

- Só em feriados ou funerais.  

  Horas depois, Rony e Astória se beijavam no quarto. Ele mordiscava seu pescoço cheiroso e apalpava seu seio por dentro de seu suéter. Ela desabotoou a calça dele e mexeu em seu cabelo. Distribuiu beijos no meio dos mamilos e descendo a sua barriga. Abaixou a cueca e pôs a camisinha. Não tardou ao penetra-la e segurou fortemente em suas coxas. Astória soltou um gemido um pouco alto e mordeu seu lábio.  

- Ah, Ronald! 

  Aumentou a intensidade. Se deitou sobre ela e encostou seus lábios nos seus. Ela mexeu em seu clitores para o prazer aumentar. Arranhou as costas dele quando alcançou seu ápice. Rony deus mais quatro estocadas e atingiu seu limite. Se jogou para o outro lado da cama, com a respiração pesada. Minutos depois, se levantou, vestiu sua cueca, jogou a camisinha no lixo e foi a cozinha para beber uma cerveja. 

- Está tudo bem? - Perguntou Astória, atrás de si, enrolada em um robe 

- Por que não estaria? 

- Não sei, me diga você. - Sentou em seu colo – Me parece distante. 

- Estávamos transando ainda pouco. 

- Não me refiro ao sexo. Algo te preocupa? 

- Só... Pensando porquê não chamou seus tios para o casamento? 

- Ah, isso. Bem, eu não estava no clima de ver ninguém. Gostei do nosso casamento, mas sabe que por mim, ir ao cartório seria mais do que suficiente. Quem sabe se renovarmos os votos, teremos uma lua de mel melhor. 

- Pensa nisso? Renovar os votos? 

- Penso na lua de mel. Nós dois nus, pelados em uma cama, fazendo muito sexo gostoso. O que acha? 

- Não precisamos renovar os votos para isso. 

  Ela sorriu e lhe beijou. 

- Obrigada por me dar um objetivo. 

- Que seria? 

- Ser a melhor Sra. Weasley possível. Claro que jamais ganharei da sua mãe, mas- 

  Rony a beijou. 

- É uma boa Sra. Weasley para mim.  

  Segurou em sua mão e a levou para seu quarto. Nos dias seguintes, Rony tentou dar o seu melhor e ser grato por tudo que Deus havia lhe dado: emprego, esposa e filho. Levava cds novos quase todos os dias à Astória e alguns brinquedos a Arthur. O neném já tinha completado dois meses e por insistência de Astória, comemoraram assistindo Esqueceram de mim no Drive in, comendo muita pipoca e doces. A morena ria a cada cena que se passava, o que chegou incomodar Rony um pouco – embora não tenha comentado.

- Astória, podemos voltar para casa? - Pediu Rony  

- Por quê? A melhor parte do filme já vai começar. 

- Por favor. Preciso trabalhar amanhã. 

- Será sábado, Ronald. 

- Por favor. 

- Ok. Ouviu isso, filho? Papai quer trabalhar. 

  Após retorna para casa, colocar Arthur dormindo no berço, Astória abraçou Weasley por trás e mordeu sua orelha. 

- O que acha de brincarmos de papai e mamãe um pouco? 

- Hoje não, tenho que dormir. 

- Nem deu nove horas. 

- Acordar cedo, lembra? 

- Se você diz. 

  Rony não teve um bom sonho. Talvez não devesse ter comido tanto doce e nem se levantado para usar o banheiro, ou poderia pregar o olho. E quando finalmente seu sono chegou, o despertador tocou cinco horas depois. Acordou ranzinza, resmungando de tudo e de todos. 

- Bom dia, flor do dia. - Brincou sua esposa, segurando Arthur 

- Hoje não, Astória. 

- Que bicho te mordeu? - Quis saber Gina, sentada à mesa 

- Não dormi direito. Onde está Harry? 

- Dormindo. Quebramos a cama ontem. 

  Astória sentiu inveja da amiga. Arthur começou a chorar e sua mãe cheirou sua frauda. Estava suja.   

- Eu já vou indo. - Comunicou o arquiteto 

- Nem tomou seu café da manhã. 

- Como no caminho. Tchau. 

  Ele foi embora. 

- Ronald está tão estranho. 

- Coisa dele. - Falou Gina 

  Seu humor não melhorou. Aguentou uma fila de quinze minutos para finalmente descobrir que seu bolinho favorito estava em falta. Perdeu uma reunião e foi obrigado a ouvir Gui reclamar por Fleur querer um filho. Depois do nascimento de Arthur, quase todas as moças ganharam esse desejo maternal. Naquele mesmo sábado, Astória recebeu uma visita.

- Desculpe não vir tanto, é que ser médica toma muito do meu tempo. - Relatou Bernadette  

- Não se preocupe. - Disse Astória - Café? 

- Não, obrigada. Posso pegá-lo? 

- Que pergunta! Claro que pode. 

  Bernadette o segurou como se tivesse levado a vida treinando para este momento. Ela o olhou como se fosse o ser mais precioso do mundo e abriu um lindo sorriso sem mostrar os dentes, 

- Ele é perfeito. 

- É, não é?  

- Sim. O cheiro, o rosto, a pele dele. É tão... Weasley. - Deu um risinho – Um menino que trará muita felicidade. 

- Ele já trás, Dette. 

- Sabe, no meu ano de interno, pensei em ser obstetra, mas... Não se aguentaria ver um bebê morrer. Certamente, jogaria minha carreira fora. Não, bebês não devem morrer, eles... São seres inocentes desse mundo cruel. Pequenos serzinhos sem culpa nenhuma no mundo.  

- Você quer muito ser mãe, não é? 

- Se diz em... Chegar em casa exausta do trabalho e ser recebida por um fantástico bebê, nos braços do amor da minha vida? Sim, eu quero. Mas... As chances são poucas. Nem todas que se tornam mães querem ser mães e as que querem não podem ser. 

- Dette? 

- Nem sempre as que não pretendem ser mães se tornam mães ruins e as que pretendem ser mães se tornam boas mães. Nem sempre tudo é como planejado. Nem tudo é... Como devia ser. 

- Dette, quer me contar alguma coisa? 

  Ela levantou seus olhos marejados de lágrimas e engoliu um seco. 

- Quando completei dezoito anos, descobri que sofro de endometriose. 

- Ai meu Deus! 

- É. Tenho trinta por cento de chance de engravidar. Normalmente são cinquenta, mas... 

- Espera, isso não é doloroso? 

- Um pouco. Procuro fazer o tratamento e me ajuda a ter uma vida um pouco normal. Não tenho dores na hora de transar, o que é bom. Porém... Nunca darei o time de futebol que Carlinhos tanto deseja. Ele não para de falar disso, sabia? 

- Não contou a ele? 

- Ah, Ast. Como direi ao amor da minha vida que não posso dar os filhos que ele quer? Irá magoá-lo! E se me deixar? Não posso perdê-lo! Carlinhos me resgatou quando mais precisei e... Não posso fazer isso com ele. 

- Não pode fazer isso com você! Dette, é o seu marido e te ama mais do que tudo! Como pode achar que irá te deixar? 

- Ele vai, Astória! Sei que vai! Ele... Você não entende! Há quatro anos, eu era uma pessoa completamente diferente do que vê. Eu me afastei dos meus pais, dos meus irmãos e fiquei sozinha. Quis ficar sozinha. Então ele chegou e me mostrou a quão burra fui. Me fez feliz outra mais. Do jeito que nunca imaginei ser. O que direi a ele? 

- Que o ama mais do que tudo. Que ele te faz feliz. Que quer passar o resto da vida ao lado dele e que lamenta não poder engravidar, mas não irá desistir do amor entre vocês dois, porque é isso que te faz levantar todos os dias. E dirá olhando em seus olhos. 

  Bernadette deitou Arthur no cercadinho, abraçou a amiga e chorou em seu ombro. A loira confirmou que teria a conversa com Carlinhos e que daria notícias assim que pudesse. Astória ficou preocupada com ela e com sua situação. Pensou como o mundo era injusto com ela, uma moça tão boa e ser poupada de seu único sonho. Ela ligou para seu marido que a atendeu impaciente. 

- Que foi, Astória? 

- Sabe no que eu estava pensando, meu bem? 

- Em quê? 

- Depilar as pernas. Deixa-las bem suaves e macias, tomar um banho quente, me deitar na cama. Completamente nua. Ronald? 

- Chegou em dez minutos

  Ela riu. Ele guardou o celular no bolso e arrumou sua mala rapidamente. Ao se virar, esbarrou com alguém. 

- Sinto muito... Hermione? O que faz aqui? 

- Vim trazer suas coisas. - Pôs uma caixa em cima de sua mesa – E isso. 

  Lhe deu um tapa na cara. 

- Por ser um canalha! 

- Canalha? Do que está falando? 

- Do que estou falando, seu cafajeste? Por que não pergunta a sua esposa, Astória Weasley? 

  Percebeu que algumas pessoas passaram a prestar atenção na confusão e corou. 

- Vamos a um lugar mais reservado. 

- Por quê? Está com vergonha, Rony? Devia mesmo, seu adúltero! 

.- Eu não sou adúltero! 

.- Me levou a jantares, almoços, meu comeu de quatro na minha cozinha e é um homem casado! Casado! 

- Agora chega! 

  A segurou pelo braço e a levou ao banheiro. Hermione tentou se soltar, mas ele era mais forte. 

- Me tire daqui, seu idiota! 

- Pensa o quê? Que pode vir aqui, me humilhar no trabalho? 

- Você me humilhou todos esses anos! Sempre tirou a proveito do meu sentimento! 

- Sério? Que eu me lembre, você não ligou para os meus quando fui ao aeroporto! 

- Do que está falando? 

- Krum te apalpando, é disso que estou falando! Não esperou duas semanas e já estava com atleta! Pensa que sou imbecil? Um insensível? Eu levei flores, Hermione! As suas favoritas... 

- Eu não sabia...

- E o que importa? Você foi a Índia sem nem pensar duas vezes!  

- Para ajudar as pessoas! 

- Eu só queria que tivesse me contado! Se tivesse... Se tivesse falado comigo, eu te apoiaria. Sério, eu até iria com você e perderia meu emprego, só... Para estar com você. Para falar com você e beijar você. - Se encostou na pia de mármore e passou a mão na testa – Eu só queria ficar com você, Mione. 

- Rony, você tem filho e é casado. 

- Acha que eu me casaria com Astória se namorássemos? Eu sou louco por você, Hermione Granger. Eu sou burro, mas sou louco por você. Só casei com ela porque não quis ficar sozinho e pensei que poderia amá-la. 

- Não pode? 

- Não como amo você. Acredite, eu gosto dela, gosto de verdade, acho ela uma pessoa e uma mãe maravilhosa, mas... Eu vou embora daqui. 

.- Não! - Segurou em sua mão - Continue, por favor! 

- Não vou desistir do meu para sempre com Astória, quando não sei o que me reserva a você. Sinto muito, Granger. Não posso fazer isso com minha esposa, ela não merece.

  Rony a deixou lá e dirigiu em seu carro. Se segurou para não chorar e entrou em casa. As luzes estavam apagadas, visou Astória no quarto de Arthur, encarando a janela. A abraçou por trás, lhe deu beijo no pescoço. 

- Desculpe a demora, Astória. O trânsito estava terrível. 

- Eu entendo. Ronald, eu lamento, mas eu menstruei. 

- Tudo bem. Quer ver um filme? Eu pago. 

- Podemos assistir aqui? Não quero sair. 

- Como quiser. 

  Sentaram lado a lado no sofá e viram Debby e Loyde. Dessa vez, Rony ria a cada cena. De madrugada, Harry foi ao banheiro e se assustou ao ouvir um barulho. Pegou seu taco de beisebol, seguiu o som. Encontrou uma pessoa no quarto de Arthur. Apertou o taco em suas mãos. A pessoa se virou e ambos se assustaram. 

- Ah, é só você, Astória. O que faz com essa bolsa? 

- Eu vou embora. 

- O quê? Para onde? 

- Não sei ainda.  

- Por que vai? 

- Porque ele não me ama, Harry! Nunca me amou! A última coisa que quero é estar em um relacionamento com alguém que não me quer. Não é saudável.  

- já tentou conversar com ele? 

- Ele ama outra e não há nada que pode ou deve fazer. Seria cruel de minha parte separar os dois. Seriamos três infelizes. Quatro, Arthur jamais seria alegre com pais que não se amam. - Alisou o rosto do filho – O amo tanto.  

- Vai deixa-lo aqui? 

- Só até me estabilizar. Falta três meses para minha formatura e serei independente. Cuide deles, por favor. 

- Claro que cuido. 

  Se abraçaram forte. 

- O que digo a ele? 

- A verdade. Deixei uma carta, mas você poderá ajudá-lo também. Melhor eu ir. 

- Espere – pegou sua carteira - não posso deixar que vá sem nada. 

- Não, Harry. 

- Ast, eu insisto. Se tornou uma grande amiga minha. Tenho que ter certeza que ficará bem. 

- Eu vou. 

- Então aceite. 

- Eu te amo. 

- Também te amo. 

  Ela pegou o dinheiro. 

- Sabe o que é bem mais estranho? - Ela falou na porta – Eu disse que te amava, mas nunca falei a Ronald. 

- Talvez não tivesse que ser. 

- Não, não tinha. 

  Ela entrou no elevador e assim que a porta se fechou, permitiu que as lágrimas escapassem. De manhã, Rony acordou e notou a cama vazia. Foi no quarto de Arthur e ele dormia tranquilamente. Sorriu e beijou sua testa. Pôs cereal e leite em seu prato. Havia uma carta presa na geladeira com seu nome no envelope. Ele abriu, enquanto comia. 

“Caro Ronald, 

  Em 1934, a irmã da minha bisavó foi desertada por ser vivida. Minha tia-avó sofria constantes piadas machistas por sua beleza sedutora. Minha mãe foi estuprada e a proibiram de me abortar. A nossa semelhança é problemas com homens, mas a diferença é que você não me deixou traumas.  

  Não planejamos ter Arthur, mas não me arrependo em nenhum momento de ter entrado naquele pub e transado naquele carro. Você me deu um objetivo na vida: dar a melhor infância ao nosso filho. E se isso significa sacrificar um casamento desastroso, não questionarei duas vezes. 

   Ronald, você ama outra. E isso é um fato que não deve afastar e somente aceitar. Não desperdice os minutos que pode viver com seu amor com uma mulher que jamais te fará feliz como ela. Você não merece isso. Eu sou a mãe de Arthur, sua amiga, mas não posso ser sua mulher. Nós dois sabemos disso. 

  Obrigada por ter me dado momentos maravilhosos, não sabe o quanto sou grata. Peço desculpas por ser covarde e não ter a coragem de lhe dizer isso pessoalmente. Voltarei brevemente para ver Arthur e espero que esteja com sua mulher. Ela parece te amar também. 

Gentilmente, Astória Não Mais Weasley”. 

  Rony entrou em desespero. Releu a carta mais três vezes e correu para o banheiro. 

- Astória? Astória, você está aí? Diga que só é uma brincadeira. Por favor, diga que só é uma brincadeira! Astória! 

  Ela não estava lá. Entrou no seu quarto novamente e abriu o closet, metade das roupas tinham sumido. Continuou a chamá-la em sua busca, nada ao redor era importante. 

- Rony? Rony? - Chamou Harry - Não está ouvindo, Arthur está chorando. 

- Ela foi embora, Harry! Ela... Ela... 

  Sentou na cama e os soluços se iniciaram. 

- Ela se foi... Se foi... 

- Quem se foi? - Perguntou Gina, ninhando o neném em seus braços 

  Rony não conseguia mais formular palavras. Sentiu como se apertassem seu pescoço e dessem um soco em seu coração. Um tiro certamente não seria tão doloroso. Pousou a mão na testa abaixada e permitiu que lágrimas escorressem. Se xingou mentalmente de idiota por não conseguir ser bom o suficiente para amar aquela mulher. Harry sentou ao seu lado e deu batidinhas em suas costas. 

- Eu sinto muito, Rony. Eu sinto muito. 

  Como domingo, o restante dos Weasley estranharam pelos cinco não comparecerem para o almoço, então telefonaram. Gina atendeu e contou que Rony estava um pouco doente e que ficariam para ajudá-lo. Achou melhor não mencionar sobre o ocorrido. O ruivo passou boa parte do dia sentado no chão da escada de emergência, bebericando sua cerveja. Saiu de lá poucas horas depois do Sol dormir. Segurou Arthur, que brincava no cercadinho e o abraçou. O ruivinho tocou seus lábios com seus dedinhos gordos. Não havia nada que não se assemelhasse ao pai. O cabelo ruivo, as sardinhas, os olhos azuis. Nada.  

- Demos mingau a ele. - Contou Gina preocupada – Ele tomou tudo e duvido que negaria outra mamadeira. 

- É um Weasley, não é? Lembra quando me levou naquele encontro, no ano passado? Me comportei mal e discutimos. 

- Lembro. 

- Me disse para deixar ser feliz, mas parece que não consigo, Gina. Quando tudo anda bem, eu dou um jeito de ferrar tudo. 

- Isso não é verdade, Rony. - Defendeu Harry – Você não fez nada errado. 

- Eu traí Astória. Você mesmo disse. Nem sei onde ela... Não, eu sei onde ela está. Isso é o que me faz pior, eu sei onde ela está e não quero ir atrás dela. Eu sou mesmo um idiota. Como deixo uma mulher incrível passar assim? 

- Ei, lembra quando eu namorava com Cho Chang? Terminamos por causa da obsessão dela e eu fiquei mal. E olha onde estou. Se não tivéssemos brigado, não seria feliz. 

- Com a minha irmã? 

- Jura que vai bancar o irmão ciumento nesse momento? - Indagou sua irmã em um tom brincalhão 

- Rony, Astória te deixou para que fosse feliz com quem ama. O que mais está esperando? 

- Está certo! - Concordou – Eu amo Hermione e não posso deixar que ela escape de novo! 

- Terá que ser veloz, ela irá à França. - Contou Gina 

- O quê?! Quando soube disso? 

- Há alguns dias. Disse que precisa pensar sobre a vida bem longe de você. 

- Mais que porra! 

- E vai ficar parado aí? - Zangou-se Potter – Seja homem e vá atrás de quem te ama! 

  Rony se levantou, entregou o bebê a Harry e correu para fora de casa. 

.- Mione vai mesmo à França? - Questionou o moreno desconfiado e a ruiva deu de ombros – Gina? 

.- Veremos se eles darão mesmo certo. Vou ligar para ela. 

.- Vai mandá-la para o aeroporto? 

.- Aeroporto? Vou falar com Astória. De todas, é a quem mais sofre. 

  A bebida não foi o ato mais inteligente do dia e dirigir também participava nessa lista. Chovia fortemente e Rony tinha que tomar cuidado para não sofrer um acidente. Freiou bruscamente quando parou na rua onde tudo começou, no bar. Conhecia Astória, ela deveria estar lá. Provavelmente não beberia, só encararia o copo com um olhar que demonstrava ser normal, quando na verdade carrega tristeza. Se entrasse lá e pedisse para que ela voltasse seria o correto. Todavia, nem sempre o bem aceito é o mais alegre. Tinha que seguir em frente. Literalmente.

  Ficou tão perdido nos pensamentos que não se deu conta que ultrapassou o sinal vermelho e um carro lhe acertou. Não o machucou, bateu ao lado do banco do carona. Rony desceu do carro irritado. 

- Idiota, olha o que você fez! - Bronqueou 

- Idiota foi o cara que lhe deu uma carteira de motorista, seu estúpido! - Soltou a mulher, saindo de seu carro – Quem você pensa que... Rony? 

- Mione?  

  Seu coração bateu depressa. Suas mãos tremiam. Seu estômago não parava quieto. Lá estava a sua chance de finalmente ser feliz. 

- Vai à França? 

- Se pagar a oficina do carro de lá, sim, eu vou. Rony, tinha que fazer isso comigo? Que merda! Rony? 

  Seus passos assustaram Hermione. A respiração dela estava descontrolada. Pensou que iria desmaiar quando seu rosto foi segurado por aquelas macias mãos. 

- Eu te amo. 

  Seus lábios se chocaram e se mexeram em um delicioso beijo. Ela enrolou seus braços em volta do pescoço dele e Weasley a puxou pela cintura. Mexeu em seu cabelo castanho e suas narinas aproveitaram aquele maravilhoso cheiro de morango. Não tardou para que Rony conhecesse a nova casa de Hermione. No caso, a cama. A primeira peça de roupa a cair foi a blusa de Granger. Ela prendia suas pernas em volta de seu corpo colado à parede.  

- Ah, Rony... Como senti falta disso. 

- Vai ter marcas para se lembrar. 

  Caminhou para a cama e a deitou delicadamente. Tirou sua camisa depressa. Sorrindo, Hermione se adiantou e abrir sua calça, embora ele tenha dito para ela ter calma. 

- Teremos a vida toda para isso, querida. 

  A puxou pelas pernas e se inclinou para beijá-la. Desceu para os seus mamilos, os quais os avermelhou com suas mordidas e chupadas. Seu dedo brincou com sua intimidade e sorriu ao vê-la gemer. 

- Gosta disso, Mione? 

- Rony...  

  Desceu e lançou um sorriso malicioso antes de deslizar sua língua em sua vagina molhada. Hermione pôs suas mãos na cabeça dele para que prosseguisse. Ela chegou ao orgasmo e ele teve o maior prazer de sugar tudo. Encaixou a camisinha em seu membro, a colocou por cima de si e a penetrou. Segurou em sua cintura, lhe tapeou na bunda, mordiscou seu mamilo. Rony gozou primeiro e Hermione quicou algumas vezes para se sentir realizada. Deitou ao lado dele, que lhe puxou para mais perto. Sorriram encantados. 

- Quer casar comigo? - Rony pediu 

- Quero. 

  Hermione o beijou e dormiram. Pela manhã, Hermione acordou com uma sensaçao estranha por ter braços enrolados em seu corpo. 

- Rony? 

  Ele esfregou a mão nos olhos e bocejou. 

- Bom dia, meu amor. 

- Meu amor?! Você é um homem casado! - Ela ficou de pé - Ai meu Deus, eu dormi com um homem casado! Eu sou mesmo uma vadia! 

- Mione você não é uma vadia! Astória e eu vamos nos divorciar! 

- Arruinei um casamento? E-E o filho de vocês? 

- Não, você não arruinou o casamento. Eu não amava ela e não daria certo. E tenho certeza que Arthur ficará bem com isso, não sei se sabe, ele só tem dois meses. 

- Eu não sei, Rony. 

- Meu amor, - a abraçou por trás - agora é a nossa hora de sermos felizes. Eu te amo tanto. 



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