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História Quem não casa com cão, caça com gato - Capítulo seis: The heathers


Escrita por: mili_cruzz

Capítulo 6 - Capítulo seis: The heathers


  Sabe aquele grupinho infeliz de riquinhas que se acham melhor do que todos? É a sinopse de The Heathrs. É uma peça da broadway inspirada em um filme com o mesmo título e quase o mesmo roteiro. Três meninas malvadas e uma que as acompanha e tem vontade de matá-las, até que seu namorado a convence de fazer. O que ninguém sabe é que nem sempre as meninas malvadas são malvadas de verdade, só apreciam a desgraça nas pessoas. Astória fazia parte de m grupo assim, ela era Veronica. Pansy Parkinson era Heather Chandler e as gêmeas Flora e Hestia Carrow eram a verde e amarela. 

  Na vida real, Astória, a verde – era sua cor predileta. Estudavam no colégio mais caro de Londres e não se continham quando o assunto era sair para se divertir. Gostavam de aprontar como toda menina má, mas somente com seus inimigos. Eram invejadas, tinham corpos de deusas – eram líderes de torcida -, saíam com os garotos mais gatos e usavam todas as roupas da moda. Greengrass era um pouco esnobe ao chegar na universidade e Gina Weasley fez questão de abaixar seu narizinho ao conhecê-la. Suas amigas de colégio não queriam seguir o mesmo caminho que ela. Flora era modelo da empresa de seu pai e Hestia escolheu ajudar sua mãe a organizar os bailes da empresa. Pansy foi a que mais pareceu seguir a trilha de Astória, fazendo universidade de moda. Até que ela que ela noivou de Blásio Zabine, no baile de formatura e disse que só iria para universidade para conhecer novas pessoas. 

  Astória não queria ser assim. Não que as amigas estivessem fazendo algo de errado, mas temia o que aconteceria com elas se suas famílias falissem. Porém, não poderia falar nada já que ela dependia do seu marido e não teria nada a mais que a sustentasse por um certo período. Por isso estudava tanto para não correr o risco de repetir. 

- Acha melhor fazer o quarto do bebê depois que soubermos o sexo? - Perguntou Rony, tomando café da manhã 

- Sei lá. - Respondeu, lendo um livro 

  Não é que Rony fosse tão preocupado com coisas do bebê, mas estranhava ver uma mulher tão sem atenção. Acreditava que ela pegaria seu cartão de crédito, compraria milhares de coisas e conversaria sobre por vinte e quatro horas. Comentou com Harry e o que ele disse não ajudou em nada. 

- É a Greengrass. 

- Ok e o que isso quer dizer? 

- Rony, em alguma vez viu ela namorando? 

- Se não me engano, Gina disse que ela namorou com Simas Finningan por seis meses. 

- Exatamente. Ela não é de se manter em um relacionamento sério por muito tempo.  

- Está dizendo que vamos nos separar logo? 

- Estou dizendo que ela pode nunca ter desejado casar ou estar grávida. É como nós torcemos para Liverpool a vida inteira e nos colocarem uma camisa do Manchester United.  

- Eu gosto do Manchester United. 

- Onde eu estava com a cabeça quando te nomeei meu melhor amigo? 

  Indo para casa, comprou uma camisa para bebê do Manchester United e uma pizza. Viu Astória assistindo O mundo é dos jovens. Usava um macacão jeans e meias. Ela poderia ter vinte e dois anos, ainda assim agia como uma adolescente de dezesseis. Não que ele não gostasse, achava uma graça. 

- Trouxe pizza. - Avisou 

  Ela sorriu. Pausou a televisão, pegou a pizza e se esticou na ponta dos pés para beija-lo. 

- Obrigada. - Sentou no sofá e indicou um lugar ao seu lado para que ele sentasse – Por favor. 

  Ele fez e ela se encostou em seu peito, saboreando a pizza. 

- Eu trouxe um presente. 

- Não precisa, Ronald. 

- Não é bem para você. - Ele pegou a sacolinha no chão - É para o bebê. 

  Ele mostrou a pequena camisa e ela não disse nada. 

- O que achou? 

- Você é... Um pai muito legal. 

  Astória era uma atriz muito boa, então Rony acreditou quando ela disse que iria urinar no banheiro quando na verdade iria chorar. Ela se sentia uma péssima mãe. Não tinha pensando em nenhum nome para criança e nem qual seria a cor de seu quarto ou onde ficaria na ausência dos pais. Colocava a mão na boca para não ouvirem seus soluços.  

- Cheguei. - Avisou Harry, entrando no apartamento – Pizza. 

- Não come muito, que é de Astória. - Alarmou Rony 

- Onde ela está, afinal? 

- No banheiro. Não sabia que grávidas mijavam tanto. - Abriu a geladeira – Cerveja? 

- Manda. - Agarrou a latinha atirada – Astória vem estudando muito? 

- Um pouco, por quê? 

- Mal vejo Gina, ela sempre tem que estudar para as provas. Eu não me lembro de ser tão obcecado assim. 

- É, nem eu. Sabe como são as mulheres. 

  Ouviram alguém bater na porta, Potter se dispôs a atender. Eram três moças muito bem arrumadas e belas. Duas eram irmãs gêmeas idênticas de pele clara, cabelo liso e escuro e olhos verdes. A do meio tinha cachos castanhos e curtos e seus olhos azuis carregavam uma certa desconfiança. 

- Posso ajudar? - Perguntou Harry 

  A do meio olhou em volta para se certificar que não tinha mais ninguém. Tirou uma foto da sua bolsa, a qual mantinha uma extrema aproximação. 

- Essa pessoa mora aqui? 

  Era uma foto de Astória antes de gravidez. Ela usava um vestido longo e guardava uma expressão séria. Também tinha um cadeirante, uma mulher não tão velha e a uma moça que se assemelhava à Astória. 

- Sim, por quê? 

  As três arregalaram os olhos e invadiram a cara. 

- Clarisse, nós viemos buscar você! 

  Rony olhou para Harry confuso. As três começaram a procurar pela garota. 

- Quem são vocês? - Interrogou o ruivo 

- Quem é você? - Indagou uma das gêmeas 

- O dono da casa! 

- Você sequestrou ela!  

  A outra gêmea começou a agredir Rony com sua bolsa cara e bem pesada. Harry tentou segura-la e teve sua mão mordida.  

- Onde está ela? Eu quero vê-la imediatamente!  

- Devemos chamar a polícia! 

- Eu devia chamar a polícia! - Argumentou Potter - Você me mordeu! 

- É no que dá ser traficante de mulheres! 

  Então Harry apanhou. Astória saiu do banheiro e arregalou os olhos. 

- Que porra é essa?  

  Todos pararam. As três invasoras deram um grito e Astória também. Não tardou para que as quatro corressem para se abraçar. 

- Sentimos tanta saudade! 

- Não faça mais isso com a gente! 

- Sabe como ficamos loucas te procurando? 

- Meninas, acalmem-se. - Pediu Astória - Meu Deus! Pan, você cortou o cabelo! 

- Eu sei, fiquei mais sexy, não é? 

- Com certeza. Sentem-se, vamos! - As quatro sentaram no sofá - Por que a gritaria, quando chegaram? 

- Também gostaria de saber! - Contou Rony irritado 

- Achamos que fosse seu sequestrador. - Revelou Flora Carrow, uma das gêmeas 

- Sequestrador?  

- Sim, sua mãe contou a todos que você tinha se mudado para Alemanha para cuidar do seu avô. - Prosseguiu  

- O gatinho do Malfoy ficou tão tristinho. - Lamentou Parkinson 

- Pansy! - Reclamaram as gêmeas 

- Está bem, não falo mais nele. Mas que eu queria ver vocês juntos, eu queria. 

- Enfim, sabemos que seu avô jamais aceitaria ser cuidado por alguém. 

- Ainda mais, uma mulher. 

- Então tentamos falar com sua irmã. 

- Ela não quis dizer nada. 

- E nem a namorada dela. 

- Por isso contratamos um detetive particular. 

- Contrataram um detetive particular?! 

- Lógico! - Confirmaram 

- Meninas, não acham que isso foi um exagerado? 

- Astória, você sumiu do dia para noite sem celular ou qualquer tipo de rastro. E tendo a mãe que você tem, nós... - Falou Pansy 

- Fomos no necrotério e cemitério da sua família. - Continuou Hestia – Pensamos que estava morta. 

- Eu achei que você tinha sido sequestrada. - Falou Flora - Até quis chamar a polícia. 

- Era melhor ter chamado Interpol. - Sugeriu Hestia 

- Eu trouxe uma arma. - Disse Pansy, com uma pistola na mão 

- Abaixe isso! - Mandou as gêmeas 

- O quê? Se ela tivesse sido sequestrada, teríamos com o que lutar sem ser nossas bolsas. 

- Vocês são muito loucas! - Exclamou Astória sorrindo - Só estou fora por dois meses e algumas semanas. 

- Podia estar fora por um dia, que viríamos correndo atrás de você. - Declarou Flora – Sentimos sua falta, Ast. 

  Ela não se controlou e deixou lágrimas escapulirem. Suas amigas ficaram deslocadas, pois mal haviam visto Astória chorar e não sabiam como reagir. 

- Vocês são as melhores amigas do mundo! E eu aqui pensando que não queriam falar comigo, eu... 

  Hestia se sentou ao lado dela e a abraçou. 

- Calminha, nós estamos aqui. Não precisa chorar. Nós vamos te dar um banho e te levar para sua mansão. 

  Astória se distanciou e limpou suas lágrimas. 

- Eu não posso voltar, Hes. Eu fui expulsa. 

- Expulsa?! 

- Por quê? 

- Me neguei a abortar. 

- Espera, você está grávida? - Indagou Flora – Pensei que tivesse gorda. 

- Flora! - Brigou Pansy – Embora eu também tenha pensado. 

- Estou tão feia assim? 

- Claro que não. - Respondeu Hestia – E quem é o pai? 

- É Draco Malfoy? - Perguntou Pansy – Um filho dele nasceria muito bonito. 

- Não, nós nem transamos. 

- Não sabe o que está perdendo. - Disse Flora com um sorriso sacana – E aí? Quem é o pai? 

- O ruivo que vocês atacaram. 

  As três ficaram boquiabertas e de olhos arregalados. 

- Rony Weasley?!  

  Ela assentiu. 

- E tem mais. 

- Mais?! 

- Estamos casados. 

  As três caíram nas gargalhadas. 

- Você casada? - Perguntou Pansy 

- Menina, você era minha companheira de pegar geral, de onde que casaria? 

- Ah, Ast. - Hestia arregalou os olhos ao ver a aliança no dedo da amiga – Isso é? 

- Sim. Uma aliança de casamento. 

  As três gritaram outra vez. 

- Não acredito! 

- Como assim você casou? 

- Quando foi? 

- Como foi? 

- O que vestiu? 

- Quem te levou ao altar? 

- O que achou da lua de mel? 

- Por que não fomos convidadas? 

- Ah, meninas. - Astória andou ao balcão para pegar uma fatia de pizza – Achei que não queriam me ver por eu ter sido expulsa de casa e ter engravidado de uma noite de sexo. Fui deserdada, sabiam? 

- Acha que nos importamos com isso? - Perguntou Flora, vindo até ela – Acha que ligamos se está grávida?  

- Nos conhecemos desde bebês. - Recordou Hestia – Sempre estivemos juntas. Fomos divas no jardim de infância, no fundamental e no Ensino Médio. Achou mesmo que jogaríamos anos de amizade por causa disso? 

- Não ligamos se está rica ou não, Ast. - Contou Pansy – Nessas semanas, tudo o que desejamos era te encontrar viva e com saúde. Nós te amamos, porra! 

  Se abraçaram de novo. As quatro passaram horas conversando sobre o como corriam suas vidas. Astória estava deitada no sofá com a cabeça no colo de Flora. 

- Ele vai mandar fazer uma parede no meio do nosso quarto para o bebê ter o dele.  

- Já sabe o sexo? - Quis saber Hestia 

- Ainda não, saberemos na próxima consulta, se não me engano. E você, Hes? Ainda com Aaeron? 

- Graças a Deus, não. - Respondeu Flora – Aquele cdf era estranho demais. 

- O quê? Por que terminaram? 

- Ele foi para Antártida fazer algumas pesquisas. - Revelou Hestia – Idiota. 

- Sinto muito.  

- Astória, eu já vou dormir. - Avisou Rony, saindo do banheiro 

- Que horas são? - Perguntou Pansy 

- Dez horas. - Respondeu Potter, do quarto dele 

- Meu Deus, temos que ir! - Disse Flora  

- Já? - Questionou Astória  

- Sinto muito, mas tenho universidade amanhã. - Explicou Pansy 

  Se despediriam com abraços e beijos.  

- Não se esqueça de nos ligar. 

- Nós te amamos. 

  Astória estava radiante. Se banhou, cantando alto e se dirigiu ao seu quarto. Rony dormia tranquilamente e ela lhe deu um beijo. Se enroscou em seus braços e sentiu a mão dele descer para sua barriga.  

  Por um certo modo, Rony gostou do aparecimento das amigas Astória. Elas acalmavam a gestante e lhe davam ótimos conselhos sobre a gravidez. Por outro lado, pareciam não ter casa e sempre conviviam em seu lar. Então optou em pedir ajuda.  

- Papai, podemos conversar? - Pediu 

  Sr. Weasley tinha um grande hobby por desmontar certos objetos e consertá-los, na garagem. Normalmente, passava várias horas por lá e foi um dos maiores incentivadores de Rony em querer se tornar arquiteto.

- Claro. - Respondeu, ajeitando uma moto – Me passe uma chave de boca de vinte centímetros, por favor? 

- Uma de dezessete não seria melhor? 

- Sim, creio que tem razão. - Seu filho lhe deu a ferramenta – O que tem a me dizer? 

- É sobre Astória.  

- Brigam muito? É comum as mulheres estarem mais sensíveis durante a gravidez. Sua mãe que eu diga. 

- Não é bem isso. São as amigas dela, papai. 

- Ah, sei. As amigas. O que elas fizeram? 

- No caso é o que elas não fizeram. 

- E o que elas não fizeram? 

- Não foram embora. Não tenho nada contra elas. São honestas, gostam da minha esposa. 

- Mas vivem na sua casa, acertei? 

- Sim. Não quero ser mal-educado e mandar elas saírem. E também não quero brigar com Astória. O que faço? 

- Filho, é para essas situações que damos graças à tia Muriel. Pronto, a moto de Dette está concertada novamente. 

  Rony nunca foi tão grato a sua tia chata e irritante. 

- Astória. - Chamou, entrando no banheiro – Minha tia Muriel vai passar o dia aqui, algum problema? 

  Ela quase derrubou o shampoo no chão. 

- Su-Sua tia Muriel? Aquela senhorinha de óculos pontudo? 

- Sim. 

- Ela vai ficar? Aqui? Bem aqui? 

- Sim, papai pediu para que nós ficássemos com ela. Sabe como é, está velhinha, precisa de atenção. Você entende, não é? 

- Sim, claro.  

  Era sábado e as amigas de Astória viriam visitá-la. Rony chegou em casa com tia Muriel às nove horas e já pôde ouvir suas reclamações.  

- Essa casa é muito pequena. No meu tempo, casas desse tamanho eram chamadas de caixa de papelão. E que cheiro é esse? É horrível! 

- É o meu perfume, tia Muriel. - Relatou Astória, bebendo café na mesa 

- No meu tempo, as mulheres eram mais cheirosas.  

  Astória olhou para o marido, que só deu de ombros. Ela suspirou e se trancou em seu quarto para estudar. Em meados de meia-hora, as amigas chegaram e Rony não pôde ter ficado mais feliz. Ouvi-las falar sobre maquiagem, roupas, artistas e a vidas das pessoas era cansativo.

- Querida, eu vou ter que ir na obra, parece que teve um problema. 

- Que tipo problema? - Perguntou, sentada no sofá com o cabelo enrolado de bobs  

- Não sei ao certo, só saberei quando chegar lá.  

- Espera. - Ela se aproximou dele – E a sua tia? 

- Fica com você. 

- Comigo?! Digo... Comigo? E se ela tiver um ataque do coração? 

- Leva ao hospital. Suas amigas não tem carro? 

- Sim, porém- 

- Tchau. 

  Deu um beijo nela e foi embora. Logicamente, Rony mentiu sobre o defeito que havia falado, não queria suportar aquela senhora chata. Era dia de jogo de Manchester contra Bolton e combinou com seus amigos e irmãos que iriam juntos no pub.  

- Perdi muita coisa? - Perguntou Bernadette, sentando ao lado deles 

- Não, ainda está zero a zero. - Respondeu George  

- Ah, Rony. Astória pediu para eu te levar para casa, caso se beber muito. 

- Ok. Espera, e-ela sabe onde eu estou? 

- Aprende uma coisa, Rony. - Disse Fred – Mulheres sempre sabem de tudo! GOOOOOL! 

  O time dele perdeu e Rony bebeu bastante acompanhado dos jogadores para superar a derrota de 2x1. Com ajuda de Bernadette e Harry, ele conseguiu chegar em casa. Astória usava sua camisa e um short folgado dela. O esperava de braços cruzados e uma expressão nada receptiva.

- Oi, meu amor. Você está linda. Vocês estão lindas. São duas. Duas lindas. 

  Astória suspirou e tentou banha-lo no chuveiro. 

- A pior parte disso. - Ela dizia - É que eu era quem ficava bêbada e agora estou cuidando de um. 

- Você é muito legal. Muito mesmo. 

- É, eu sei. Vem cá. 

  Colocou o braço dele por de cima de seus ombros e entrou em seu quarto. Deitou ele na cama e se jogou ao seu lado. Desligou o abajur e tentou dormir. No outro dia, Rony foi acordado por cutucadas em seu rosto e sentiu uma enorme dor de cabeça. 

- Beba. 

  Astória segurava uma xícara de café. Rony se sentou para beber e fez uma careta ao sentir aquele líquido amargo. 

- Está terrível! 

- Sim, está sem açúcar. Ajuda a curar ressaca. Beba logo, que ainda há outra. - Rony fez uma careta – E não me olhe com esta cara! Beba! 

  Ele revirou os olhos e bebeu as duas xícaras de café sem reclamar. Astória não mentiu, ajudou com sua dor em oitenta por cento. 

- Se arrume logo, vamos a casa dos seus pais. - Ela contou, penteando seu cabelo 

- O que... Houve ontem? 

- Não se preocupe, você não fez nada de vergonhoso. 

- Me refiro a você. O aconteceu quando saí? 

- Sua tia disse que eu e minhas amigas não nos arrumamos como senhoras respeitáveis, então fomos as compras. E depois de passearmos, ela teve a ideia de lhe visitarmos na obra. 

- Ah. - Ele corou como um tomate – E depois? 

- Pergunte a ela, ainda deve estar te procurando na obra. 

- Está me dizendo que deixou minha tia de setenta anos sozinha em uma obra? 

- Ela não está sozinha, os ratos devem estar fazendo companhia a ela. 

- Astória! 

  Ela o encarou com uma expressão ameaçadora, o fazendo murchar. 

- Sim?    

- Nada. Vou tomar um banho e irei buscá-la.   

- Não tenha pressa. 

  Astória não o acompanhou, pois disse que iria de carona com Lyra – Bernadette dirigia uma moto. Chegando lá, Rony não encontrou sua tia. Procurou por todos os lugares, passou uma hora atrás dela até que desistiu e foi a casa de seus pais. De cabeça abaixada e rosto vermelho, entrou na sala e soltou um palavrão. 

- Rony, reveja suas palavras! - Ralhou sua mãe 

- Desculpe, eu... Tia Muriel? 

  A senhorinha irritante sentava no sofá e ria com sua esposa tranquilamente. 

- Querido, você chegou. - Disse Astória - Estávamos preocupadas com a as demora. 

- Minha... Demora? Você... O que ela está fazendo aqui? 

- Rony, fale direito com os mais velhos! - Brigou Sra. Weasley 

- Deixe, Molly. - Pediu tia Muriel – Esses jovens são muito radicais. Conversava sobre com Ast. 

- Ast?! Ast?! 

- Querido, você está bem? - Segurou no rosto dele – Aconteceu alguma coisa? 

- Ela não estava na obra? Passei uma hora procurando por lá! 

- Deve ser a bebida e você acabou confundindo tudo. Sente-se, eu vou pegar outra xícara de café sem açúcar para ti.     

  Ele descansou no lugar onde ela estava e passou a mão em seus fios ruivos. 

- Ela é um doce de menina, não concorda? - Elogiou tia Muriel 

  Então ficou a pensar que criatura era aquela com que dormia todas as noites? Ela fingia tão bem que até o mesmo se perguntou se ele não tinha se confundido. Ela lhe entregou a xícara e deu um beijo em sua testa.  

- Ronald, sabe o que eu estava pensando? - Ela perguntou 

- O quê? 

- E se batizarmos o bebê com o nome da pessoa que faze-lo chutar primeiro?  

- Claro, por que não?  

  Ela sorriu e lhe deu um beijo na bochecha. 

- E se nascer com o sexo oposto? - Perguntou Gina - Será Ginervo? 

- É só colocar a pessoa que o fez chutar pela segunda vez, sei lá. 

- Vai se chamar Fred, tenho certeza. 

- Fred? Será George! É um nome bem mais bonito. 

- Bonito onde? É horroroso! 

- Horroroso é sua cara! 

- Quietos! - Mandou Sra. Weasley 

- Seus pais já voltaram da viagem? - Perguntou Sr. Weasley à nora 

- Não.  

- E quando virão? - Quis saber Sra. Weasley 

- Não sei ao certo. Minha família sempre viaja muito e nem sempre é muito presente. Só minha irmã que vem me visitar de vez em quando. 

- E quando o bebê nascer? Eles não vão vir? - Quis saber Audrey 

- Não sei, esqueci de perguntar. 

- Papai, já pediu aposentadoria? - Carlinhos, irmão mais velho, tentou mudar de assunto 

- Quando meu netinho nascer, irei. 

- Eu espero mesmo. - Desejou Sra. Weasley 

  No apartamento, Harry foi ao seu quarto e o casal também. Astória pegou sua roupa para tomar banho e Rony a seguiu. 

- Quer alguma coisa? - Ela perguntou 

- Não me confundi hoje de manhã. 

- Então eu devo ter me confundido quando me disse que iria ao trabalho. - Ligou o chuveiro – Eu e minhas amigas. 

- O que fizeram de verdade? 

- Sinceramente? - Ele assentiu – Fomos mesmo no seu trabalho e falamos mal de você por uma hora. Ela me disse que você queria fugir de mim e eu disse que na verdade queria fugir dela, então chegamos no acordo que você é um idiota. Almoçamos em um restaurante e pagamos para um prostituto sair com ela. 

- O QUÊ?! 

- Devia me agradecer, ela está mais gentil. Sexo faz bem as pessoas. 

- Astória, você não podia fazer isso! 

- Não! Você não podia ter mentido para mim! Qual o propósito disso? O que eu te fiz?  

  Ela saiu do boxe enrolada em uma toalha. Ele cruzou os braços e desviou o olhar. 

.- Não quero falar sobre isso. 

.- Não quer falar sobre isso? Você atrapalha meu banho e não quer falar sobre isso? Vai à merda, Ronald Weasley! 

  Caminhou ao seu quarto irritada e ele a seguiu. Ouviu os resmungos da esposa, enquanto penteava seu cabelo. 

.- Não quero falar sobre isso. Quem ele pensa que é para invadir meu banho e cair fora? Bruce Willis?  

  Rony sentou ao lado dela e ela o encarou.  

- Suas amigas vem demais aqui. 

- E você quer expulsa-las? Seu- 

  Não deu três segundos e já se entregaram aos lábios dos outros. Segurou no rosto da moça e se aprofundou mais no beijo. Tirou a camisa dele e cravou as unhas no peito dele com força. 

- Ai!  

- É por ter sido grosso comigo. 

- Eu ainda quero ser grosso. 

  Astória sorriu sacana e voltou a ser beijada. Rony a trouxe para mais perto e a sentou em seu colo. Ele retirou a toalha e chupou os seios da esposa. Ela arfou e o puxou para mais perto. Graças a gravidez, seus mamilos estavam maiores e Rony adorava isso. A jogou na cama e tirou sua calça e sua cueca rapidamente. Ficou por cima dela e enfiou seus dedos em sua intimidade, ela gemeu. 

- Ah, Ronald!  

  Ele aumentou a velocidade e ela gemeu mais alto. Pôs sua cabeça na vagina dela e lambeu depressa. Rony era assim, agressivo na cama. Característica que sua esposa adorava. Após Astória gozar em sua boca e o ruivo ter chupado tudo, ele a posicionou de costas e penetrou nela devagar duas vezes e foi brusco nas outras. Astória se segurou no lençol e quase teve outro orgasmo com o tapa na bunda.

- Seu filho da puta! 

  Rony foi mais fundo e ela gritou alto.  

- CARALHO! 

  Rony gozou antes do que ela e deu duas estocas a mais para ela também se satisfazer. Os dois se deitaram lado a lado, respirando pesado. Astória se levantou e se enrolou na toalha. 

- Aonde vai? - Perguntou Rony 

.- Tomar um banho. Você não vem? 

  Ele sorriu malicioso e correu para agarra-la. A segurou em seus braços e a levou para dentro do banheiro. O passar dos dias foram mais tranquilos - não para o colchão. Eles não brigavam e Astória prometeu que teria menos visitas. Até porque a mesma devia se concentrar em seus estudos.  

- Chegou as contas. - Avisou Harry, com cartas nas mãos 

  O salário de Rony era bom, ganhava dentre quase quatro mil libras. Mas pagar o apartamento, a luz, a água, energia e universidade era ralado. Agora que entrava no mês do Halloween, tinha que comprar doces

- Isso era bem mais divertido quando eu ia pedir doces. - Resmungava Rony 

- É o que vai dizer ao nosso filho? Que o Halloween só é bom quando somos crianças e vira uma bosta quando crescemos? 

  O casal andava no supermercado à procura de doces. 

- Não é isso. - Ele explicou - Só não vejo motivos para comprar tanta coisa. Mamãe sempre cozinhou os doces e ninguém nunca reclamou. Tenho certeza que Bernadette fará o mesmo. 

- Eu não sou sua mãe, Ronald. E até que um de nós aprendamos a cozinhar, optaremos por doces. Uh! Caramelos! - Pôs no carrinho – Amo essa belezinha. 

- Não era para as crianças? 

- Quieto! Isso fica para mim. Me lembra a minha infância. 

- Sempre te davam esse doce? 

- Não, nunca pedi.

.- Nunca pediu caramelo?

.- Nunca pedi doces. 

- Nunca pediu doces?! 

.- Crianças ricas nunca saem para pedir doces porque dizem a elas que isso é coisa de mendigo. Nos vestiam com fantasias fofas e nos trancavam em uma sala cheia de comida e brinquedos. As festas nunca eram na mansão dos meus pais porque as crianças tinham do cemitério ter zumbis. Quando tinha onze anos, recebi uma boa grana do pessoal do colégio para ver um corpo. 

- Sério? 

- Sim. E prendi eles no mausoléu por alguns minutos. 

- Você é má. 

- Talvez um pouquinho.  

- Não tinha medo dos corpos? 

- Quando criança, sim. Mas com o tempo, você se acostuma a ver corpos sendo enterrados no seu quintal.  

- Astória, seus pais não estão mesmo na Ásia, não é? 

- O que te faz chega a essa conclusão? 

- O fato de você ter me contado que eles te expulsaram de casa. Não crê que eles podem sentir sua falta? Talvez se dissesse que está casada e tem onde morar, eles podem querer manter contato.

- Pedirei para Daphne me arranjar o número deles. 

- Por que não vai lá? 

- Porque é Halloween, não Natal. Se quiser que eu saia de casa, me conte logo e pare de enrolação! 

  Ela o deixou plantado no corredor e entrou no carro. Depois de Rony ter pago as compras, foi ao seu encontro. 

- Eu não quero que vá embora. - Disse, ligando o carro - Só acho que devia tentar entrar em contato com seus pais. E se estiverem atrás de você como suas amigas? Será que pode me responder? 

- Vá tomar no cu! 

  Astória sempre abusava dos palavrões e a gravidez fez com que ela os usasse a cada fim de frase.  

- Pai, mamãe falava muitos palavrões na gravidez? - Perguntou Rony 

  Era aniversário de Sirius Black e como as famílias eram muito unidas, chamaram todos os integrantes. Rony conversava com seu pai, sentados em um sofá. 

- Falou mais na hora do parto. - Contava - Disse que doía bastante. Te aconselho a nunca reclamar se ela te machucar no momento. Não faz ideia do que ela vai sentir. 

- Arthur! - Sr. Potter, pai de Harry, abraçou o amigo – Como vai? 

- Bem e você? 

- Ótimo. Rony que será pai? Ótimo.

- Sim. Está com quantos meses, Rony? 

- Quatro meses. 

- E já sabe o sexo? 

- Ainda não, saberemos na próxima consulta. 

- Ninfadora está com seis meses, se não me engano. Ainda me lembro quando Lilly me disse que estava grávida, nunca bebi tanto. 

- O senhor tem algum conselho? 

- Durma bastante. - Respondeu Sr. Sirius Black, com uma garrafa de cerveja na mão - Depois que o bebê nascer, sua esposa terá que descansar e você fará todo o trabalho pesado. Quando abelhinha nasceu, meu Deus, como a criatura cagava.  

- Pai! - Reclamou a mais velha, da cozinha 

- Também te amo, minha máquina de bosta! 

  Bernadette corou completamente e abaixou a cabeça. 

- Já está bêbado? - Perguntou Sr. Potter  

- Talvez. 

  Os dois ficaram sérios e caíram na risada. 

- Tiago! - Bronqueou Sra. Potter – Para de incentiva-lo! 

  Não disseram nada por alguns segundo e riram novamente. 

- Homens. - Ela disse – Oi, Rony. Como vai a vida de pai em primeira viajem? Nervoso? 

- Um pouco. É verdade que o parto dói? 

- Rony, é um percurso que depende de cada mulher. 

- O que isso significa? 

- Que ela vai sentir vontade de morrer. Mas não há nada com que se preocupar, é normal. Tenho certeza que serão muito felizes juntos. 

  Astória também recebia conselhos. 

- Amei seu cabelo. - Admirou ela – Como consegue cuidar dele, trabalhar e ter tempo para si? 

- É tudo questão de equilíbrio. - Respondeu Ninfadora Lupin – Tive que descolorir meu cabelo para não prejudicar Ted, mas pintarei de rosa logo em seguida. Adoro pintar meu cabelo. Já teve vontade? 

- Pensei em pintar de verde na adolescência, mas mudei ideia. Acho que eu pintaria de azul. Você consegue trabalhar normalmente? 

- Claro. Uma coisa que muita gente esquece é que estamos grávidas, não doentes. Eu trabalho em um programa na televisão tão bem como antes da gravidez. 

.- Trabalha em um programa de televisão? Qual? 

Acordando com a rainha. É um pouco invasivo na vida da família real, mas é o que me dá dinheiro. 

- É apresentadora? 

- Não, da última vez eu derrubei um chá em um general e acharam que eu iria matá-lo.  

- Não te bateram, não é? 

- Não, me prenderam por dois dias. Eu cuido mais da parte técnica. Esse é seu último na universidade, não é? 

- Sim, está uma loucura. 

- Entendo. Nos primeiros meses, eu dormia bastante e desejava nunca acordar.  

- Não estou grávida e sinto isso o tempo todo. - Contou Gina, devorando salgadinhos 

- O nome disso é preguiça. - Acusou Sra. Weasley - Astória, querida, como você está? Com fome? Sentido algum desconforto ou enjoo? 

- Não, estou bem. Obrigada, Sra. Weasley. 

  Sra. Weasley a vigiou por alguns segundos e se deslocou para conversar com a Sra. Tonks, mãe de Ninfadora. 

- Sua sogra também é surperprotetora? - Perguntou Astória em um volume mais baixo 

- Ela faleceu antes de eu conhecê-la. 

- Sinto muito. 

- Tudo bem. Minha mãe faz o trabalho das duas. E até é compreensivo, primeiro neto. Minha mãe não é muito de mostrar sentimentos de cara. Imagine minha cara ao vê-la chorar. E não foi pouco. 

- Ela é uma Black, não é? 

- Sim. Outra rebelde e das fortes. Tentou fugir várias vezes de casa e só conseguiu sair quando foi expulsa. 

- Por quê? 

- Engravidou de mim. Meu pai era pobre, meus avós não aceitaram o relacionamento.  

- Não conversam mais? 

- Nada. Dessa gente, é melhor manter distância. Ela disse que teve sorte em conhecer meu pai, ele ensinou a ela ser gente. Nem todos os ricos são bonzinhos. 

- Sei disso. Meu sobrenome de solteira é Greengrass. 

- Os agentes funerários? 

- Sim. Se não fosse por Gina, provavelmente eu não estaria aqui. Eu e meu bebê. 

- Um viva, então. 

  Tocaram seus copos de suco e beberam. Já Rony via garrafas de cervejas sendo tocadas. Sr. Black e Sr. Potter estavam alcoolizados há muito tempo. Gui, George e Fred também se encheram da bebida e Carlinhos bebeu sob supervisão da esposa. Rony quis beber, mas sua consciência falou mais alto, o recordando de ter uma esposa grávida e temia que algo de ruim ocorresse. Perto da noite, Bernadette trouxe o bolo de chocolate com cerveja – pedido do pai – e todos cantaram parabéns. Para Ninfadora e Astória, ela preparou um pequeno bolo para cada. 

- Potter não irá conosco? - Quis saber Astória, entrando no carro 

- Não, ele vai ajudar Sra. Potter com o pai. - Respondeu Rony, ligando o carro – O que achou da festa? 

- Lembra os da universidade, só que sem maconha. 

- Você já- 

- Não! Nunca! 

- Está bem, calma. Só achei que pudesse ter fumado, todo mundo fuma uma vez. 

- Você fumou?! 

- Uma vez, na primeira festa da universidade. Foi uma merda e nunca mais fiz. E isso fica só entre a gente. 

- Lógico, não quero que ninguém saiba que meu marido foi um maconheiro! 

- Eu não fui um maconheiro, Astória! Todo mundo fuma uma vez! 

- Eu não fumei! 

- Mentira. 

- Pare o carro, eu quero descer. 

- Eu não vou parar o carro. 

- Pare agora! Eu não vou ficar ao lado de alguém que acha que sou mentirosa! Eu não vou! 

- Está bem, me desculpe. Você nunca fumou. Feliz? Só pensei porque todo mundo faz uma vez. Pelo visto, você é diferente. 

- Meu pai fuma desde os treze anos de idade. Ele tem problemas de saúde e fica em uma cadeira de rodas porque é incapaz de ter força nas pernas. Mamãe sempre o humilha por ter esse vício abominável. Por isso que tenho nojo de fumantes. São idiotas que jogam suas vidas no lixo quando há pessoas que lutam por elas. 

- Me desculpe. - Pediu – Eu não quis te ofender ou sei lá. - Pegou na mão dela – Sinto muito mesmo. 

- Também peço perdão pelo meu comportamento infantil. É que esse assunto é delicado para mim. 

- Seus pais brigam muito? 

- Frequentemente. Por isso estranho a relação dos seus pais. Eles se dão tão bem.  

- É assim que deve ser. Se um casal vive brigando, por que continuar? 

  Essa frase soou muito retórica para Rony, pois o mesmo vivia em uma relação semelhante com Hermione Granger. 

- Gente famosa não pode lavar sujar na frente dos outros, Ronald. O que diriam se anunciassem o divórcio? 

- Por isso te expulsaram de casa? Por não querer expor uma filha grávida de um cara com quem não fosse casada? 

- Honestamente, só foi uma desculpa para se livrarem de mim. Não nos dávamos muito bem.  

- Compreendo. Se quer saber, são um bando de burros. Abandonar uma filha assim. 

- É como Ninfadora disse: dessa gente, é melhor manter distância.  

  Eles se encararam e Rony voltou a prestar atenção na rua. Dentre duas semanas, a data do Halloween havia chegado. George e Fred tinham uma companhia de jogos de tabuleiros e faziam festa no ofício anualmente. Às dez horas, Astória terminava se arrumar de Carrie a Estranha sexy.  

- Estou pronta. - Avisou, entrando na sala 

- Finalmente. - Alegrou-se Rony 

  Ele ia de jogador de futebol zumbi e Harry iria de Jason. 

- Essa roupa não está muito curta? - Pergunto o ruivo 

- Será que não é sua língua que está muito esticada? 

  Harry riu e Astória piscou o olho. Os três entraram no carro e dentre de trinta minutos, chegaram. Não era tão grande, mas sabiam como aproveitar o espaço. Várias pessoas dançavam, bebiam e comiam. 

- Harry! 

  Gina vestida de diabinha pulou em cima do namorado, tirou sua máscara e o beijou. 

- Senti saudades. 

- Já bebeu? 

- Só um pouquinho. Oi, Rony. Oi, Ast! - Abraçou ela também - Que saudades, amigaaa! - Beijou ela na bochecha – Te amo, cachorra! 

- Também te amo, vadia.  

  Gina segurou na mão de Harry e o guiou para outro local da festa. Astória e Rony encontraram algumas pessoas e conversaram com elas. A morena disse que iria dançar e Rony assentiu.  

- Rony, como vai? - Perguntou Lino Jordan, sócio dos seus irmãos 

- Bem e você? 

- Indo. E como está a vida de casado? Boa? 

- Muito. Astória é diferente de todas as mulheres. 

- Todo homem apaixonado diz isso. 

- Pois é verdade! Veja: alguma namorada sua já reclamou de você beber muito? 

- Algumas, mas não é o suficiente para me convencer. 

- Está bem. Alguma namorada sua preferiu comer hambúrguer a ir em um encontro chato e romântico? 

- Não. 

- Alguma namorada sua reclamou quando não quis dançar com ela? 

- Não. 

- Alguma namorada sua se importou quando seus amigos foram a sua casa para assistir futebol e fez muito barulho? 

- Já. É, Rony. Ou você encontrou a mulher perfeita ou ela não está nem aí para você. 

- O quê? 

- Não me leve a mal, torço para que fiquem juntos. Mas se alguém não se incomoda de que você dê atenção a ela é porque ela não quer. Ou pode ser essa coisa da gravidez, não sei, não sou especialista. 

  Aquela observação se prendeu na mente de Rony. Ele não teve muitas namoradas e tinha plena certeza que nenhuma era parecida com sua esposa. Ela não era tão atenciosa ao romance em seu casamento, preferia comer alguma besteira e assistir tv com ele. E também havia a questão do bebê, em que ela não comentava muito. 

- Adorei a festa! - Exclamou no elevador – Estranhei porque não quis beber, você adora. 

- Tinha que dirigir. 

- Eu poderia. Não deveríamos ter procurado Potter? 

- Ele disse que iria ao dormitório com Gina. Saberia se não dançasse tanto. 

- E qual o problema de eu dançar, Ronald? 

- Nada. 

- Eu fiz algo de errado? 

- Não. 

- Eu cometi algum crime? 

- Não. 

- Eu machuquei alguém? 

- Não, Astória! Você não fez nada! 

- E qual o problema? O que você tem? Pare de agir como uma mulherzinha, Ronald! 

- Por que você nunca quer que eu seja romântico? 

- Você quer? 

- Não. 

- Então cale a boca! Eu não gosto de romances! Posso até assistir alguns, mas viver? Acho patético. No que tem de mais em receber flores? Elas morrem. 

- Astória, você me ama? 

  Ela se virou para ele e ficou na ponta dos pés. Tocou em seu rosto e o beijou calmamente. Uma perna sua subiu e se enrolou nele. Rony a segurou e a apertou, a fazendo arfar durante o contato labial. Se aproximou do ouvido dele. 

- Isso responde sua pergunta, seu mané? 

  As portas do elevador se abriram e ele a levou para dentro de casa, segurando em sua cintura. 



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