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História Quem não tem poder, não pode sobreviver - ''Isso não pode ser verdade...''


Escrita por: LucasCreed

Notas do Autor


FINALMENTE TERMINOU AS AULAS! FINALMENTE TENHO 17 ANOS! FINALMENTE É NATAL!
Aconteceu muita coisa na semana passada: Aniversário de 17 anos, resultado das provas finais saindo aos poucos e entre várias coisas que precisava resolver. Ex: Tirar documentos, passar raiva, etc...
Nas férias o ritmo de postar capítulos irá mudar. O capítulo da história pode vim mais cedo ou tarde na semana, pois estou escrevendo outras 2 histórias. Sorte que uma delas está perto do seu fim.

Boa leitura!

Capítulo 27 - ''Isso não pode ser verdade...''


Fanfic / Fanfiction Quem não tem poder, não pode sobreviver - ''Isso não pode ser verdade...''

Dia seguinte: Banheiro do hotel.

- (''É hoje...'')

Após ter tomado um longo banho, eu me olho no espelho do banheiro. Tinha pedido para a recepcionista uma lavagem matinal nas minhas roupas, enquanto aproveitava o chuveiro para pensar.

- (''O castelo não é tão longe daqui. A recepcionista me garantiu uma carona mais cedo, então isso não deve demorar.'')

Toda essa merda será resolvida hoje.

- ''Sr. Mike?''

- ''Ah sim, pode deixar ai fora.''

- ''Certo...''

Abro a porta gentilmente e pego a roupa no chão. Enquanto me vestia, eu pensava em toda a minha jornada.

Essa guerra foi apenas uma fachada para me fazer de idiota? Por que diabos o Austin resolveu fazer acordo de paz, levando em conta todo o sacrifício que tive? Por acaso ele está sendo obrigado ou esse acordo de paz é verídico?

Muitas perguntas, nenhuma resposta...

- ''Recepcionista, estou pronto.''

Abro a porta e me deparo com a garota mais confiável que tive: A recepcionista.

- ''Então vamos. Eu arrumei um carro para irmos até o castelo.''

- ''Ei, até quando eu vou te chamar de recepcionista? Isso está ficando muito estranho...''

- ''Após esse dia, eu vou te falar o meu nome.''

Eu dou de ombros ao ver que seria inútil insistir. A buzina do carro demonstra um motorista irritado com a demora.

- ''Vamos então?''

- ''Sim, vamos acabar com isso.''

A garota tranca a porta principal do hotel e se senta no banco de trás do carro. Logo ela dar pequenas batidas na poltrona confortável do carro, sinalizando para me sentar ao seu lado.

Rapidamente eu obedeço a sua ordem...

- ''A viagem será longa. Vocês tomaram um bom café da manhã?''

O motorista sinaliza com seu relógio de pulso que a viagem seria demorada. A garota acena com a cabeça, já o motorista olha para mim esperando uma resposta.

- ''Sim, já podemos ir.''

- ''Certo, aproveitem a viagem.''

Ele acelera lentamente o veículo, para não deixar a viagem desagradável e rápida para os passageiros. As ruas da cidade estavam vazias, sem pedestres ou veículos. 

- ''Senhor, por que a cidade está tão desértica hoje?''

- ''É por causa da festa do rei supremo. Não é todo dia que dois reinos resolvem suas indiferenças com um tratado de paz acompanhado por casamento. Estou tranquilo que tudo se resolveu, pois o meu filho não será mais necessário no exército real.''

Meu coração sente um peso de culpa com as palavras do motorista.

O reino está em paz e todos estão felizes com o fim dessa guerra, exceto um humano dispensável. Eu queria falar toda a minha história para esse motorista, mas não quero parecer arrogante. 

Eu também nunca queria essa guerra, mas ignorar todo o sacrifício e preocupação que tive nessa jornada é algo que não posso deixar passar. Somente irei pedir por explicações e irei viver o resto da minha vida inútil tranquilo com algumas respostas.

Eu não posso ignorar a morte do Moon, e essa será a minha primeira pergunta ao Austin...

- ''Mike?''

- ''Oh o que foi?''

- ''Eu entendo a sua dor.''

- ''Obrigado.''

A garota pega o meu braço, colocando ao redor do seu pescoço. Eu dou o devido conforto para ela, tentando ficar tranquilo com essa viagem calma e serena.

Estamos quase lá...

 

Comemoração do fim da guerra: Castelo de Austin.

- ''Ei! EI! Moço, acorde!''

- ''Ah.. que..''

Os meus olhos tentam se acostumar com a entusiamo de várias pessoas na porta do castelo. Os gritos, beijos e as lágrimas de alegria trazem novamente aquele sentimento de dor e agonia no meu peito. O horário era 17:33.

Apenas irei fazer algumas perguntas para o Austin, nada de mais...

- ''Já chegamos?''

- ''Sim, vou pode me esperar se quiser.''

- ''Não, eu quero ir com você.''

A recepcionista parecia determinada em ficar comigo, apesar disso ser um pouco perigoso para a mesma. Dando um olhar séria, percebo que é inútil deixar ela no carro.

Acenando com a cabeça, nós dois saímos do carro...

- ''Você pode esperar?''

- ''Claro! Irei esperar aqui, meu jovem.''

- ''Obrigado.''

Caminhamos até a porta principal do castelo, tentando ignorar os empurrões de várias pessoas. Rapidamente o guarda que continha os penetras na festa privada de Austin me reconhece, falando que estavam me esperando.

Uma empregada sair de dentro do castelo, dando um sinal de autorização para a nossa entrada.

- ''Você não!''

- ''EI!''

O guarda fica em posição ofensiva com a presença da recepcionista enquanto os gritos da multidão cessam, olhando aquela cena desnecessária. A raiva de dentro do meu coração começa a afetar o meu senso lógico, me fazendo defender a garota.

- ''POR QUE ELA NÃO PODE ENTRAR?!''

- ''Sr. Mike, sua presença foi requisita.''

- ''Empregada! Por que ela não pode vim comigo?''

- ''Somente a sua presença foi requisita. Não podemos deixar gente duvidosa se encontrar com o meu mestre.''

A fúria me fazia fechar o punho pra tudo isso. Deixar a garota aqui é algo irritante, pois ela já viu e conhece a princesa pessoalmente, então, por que ela representaria uma ameaça para a mesma? Melhor terminar essa merda logo...

- ''Mike, eu preciso resolver umas coisas. Te encontro daqui a pouco, certo?''

- ''Tudo bem. Prometo que não vou demorar.''

A empregada é a minha guia durante todo o caminho do castelo. Dou uma última olhada para trás, vendo a despedida forçada daquela garota. Que coisas ela precisa resolver? 

- ''É ele?''

- ''Esse é o garoto humano?''

- ''Ele é bonitinho, apesar de ser estranho...''

Convidados especiais desse tratado de paz me dão olhares estranhos, principalmente de algumas princesas interessadas em conhecer o garoto humano. Eu ignoro todo os cochichos, seguindo adiante de cabeça erguida até a sala do trono.

A empregada chega na sala real, onde tem alguns convidados cumprimentando o Austin...

- ''Majestade! O convidado humano está aqui!''

- (''Isso não pode ser verdade...'')

Dentre os vários convidados que estão me observando, eu foco na mulher agarrada ao Austin. Ao lado desse novo casal, estava uma garota com olhos vermelhos e uma dama vestida de vermelho. Do outro lado, Alice e Shimura, que pareciam felizes em me ver.

Eu logo deduzo que aquelas são a dama de vermelho e a princesa carmesim...

- ''Sr. Mike, por favor vá até a majestade real.''

Eu caminho entre a multidão que me encarava. Ouço a porta se fechar lentamente atrás de mim.

Todos os cochichos e olhares são ignoráveis, exceto o olhar de desprezo da princesa carmesim. A princesa Alice e empregada Shimura se mostram do outro lado do novo casal real, com expressões sorridentes e olhares fixados em mim.

Na presença real do rei supremo, eu fico de joelhos para o casal...

- ''Bem-vindo de volta, Mike Sato.''

- ''Querido, é esse humano que você falou?''

- ''Sim, é ele.''

A mão da nova rainha suprema é entregue próximo aos meus lábios. 

Eu não quero beijar essa mulher, pois as cortesias me enojam nesse momento. Na obrigação de respeitar a autoridade real, eu dou um rápido beijo na sua mão. A mulher dar um sorriso estranho para mim, como se tivesse gostado da minha presença.

- ''Mike Sato, muito prazer em finalmente te conhecer.''

- ''Igualmente, rainha suprema.''

A mulher lambe a mão beijada por mim, mostrando uma cara exercitante na presença do seu novo marido. Austin não parece ligar por essa atitude repugnante da sua nova mulher, principalmente vindo da nova rainha suprema desse mundo. Os olhares continuam fixados em mim, deixando as coisas estranhas e perigosas demais.

Eu dou de ombros para a minha paranoia...

- ''Austin, eu quero ter o direito de respostas!''

O meu grito de fúria mostra olhares de desprezo de outros convidados, exceto pela princesa carmesim e a dama de vermelho. Elas pareciam interessadas no que eu irei falar para o rei supremo.

- ''Mike Sato, quais são as perguntas?''

- ''Primeiro de tudo: A aliança real foi atoa?!''

O silêncio de muitos já dizia que eles não sabiam sobre a aliança real. Posso ter condenado a minha cabeça, mas a aliança real não é mais necessária ou secreta. Agora, não existe guerra que ela possa combater.

- ''Não. A aliança real foi um plano para acabar com essa guerra. Elizabeth e Gabriel me ajudaram a conversar com a dama de vermelho e a princesa carmesim, resolvendo as nossas diferenças. Nós buscamos um modo de unir os nossos reinos.''

- ''Casamento...''

- ''Correto Mike. Mais alguma pergunta?''

- ''SIM! TODO O SACRIFÍCIO QUE FIZ FOI EM VÃO?!''

- ''Mike, devo pedir que baixe o tom para falar comigo.''

- ''AHHHHHHHHHH!!''

Dou um grito de dor ao sentir um enorme peso na costas. 

Meus joelhos estão sendo esmagados contra o chão da sala real. Somente uma pessoa podia fazer isso e tenho certeza que a juíza que me libertou um tempo atrás não se encontrava na festa do rei supremo.

Logo eu vejo os olhos de sangue da princesa carmesim focarem em mim...

- (''Não faça nenhuma bobagem.'')

Uma voz feminina me avisa na mente. É por causa dela que estou sendo forçado contra o chão?!

- ''Isso não é necessário. Princesa carmesim, fale para Scarlet tirar a pata no meu convidado.''

SCARLET?!

Olhando para cima, eu vejo uma sombra gigante que estava com a pata nas minhas costas. Logo eu reconheci que aquela sombra tinha a forma do Moon, mas o imperador glacial está morto.

Essa é Scarlet, a imperadora vulcânica. Um dragão-fêmea.

- ''VOCÊ É A GAROTA QUE O MOON DISSE!!''

- ''E você é o garoto que esqueceu do seu dragão. Você me dá nojo.''

Scarlet ainda estava com a pata nas minhas costas.

Meu peito explode com uma adrenalina que nunca sentir, me fazendo levantar o peso de Scarlet com extrema dificuldade. Eu corro em direção a princesa carmesim, mas logo a sombra se torna a verdadeira imperadora vulcânica. 

Sua forma parecia está reduzida, pois o Moon era bem maior quando se mostrou pela primeira vez. Ela fica ao lado da sua mestra, protegendo a mesma com a ajuda da guarda real.

Fico joelhos após o peso voltar mais forte, mas eu ainda podia contar com a minha voz...

- ''NÃO FALE DESSE JEITO! MOON FOI ASSASSINADO!''

- ''MIKE SATO!''

O grito de Austin me faz perceber as consequências de continuar com essa atitude. Eu ainda tinha muitas perguntas, mas não a vale a pena ficar mais um minuto nesse reino falso. Após ficar mais calmo com um suspiro, o peso nas costas some.

Me afasto da princesa carmesim e volto a fazer minhas perguntas para o rei. Eu fico de joelhos, mesmo não sendo necessário...

- ''Princesa Alice, como você sobreviveu?''

A princesa fica surpresa com a minha pergunta direta, assim como o rei fica com um olhar ingrato para a sua filha.

- ''Elas conversaram comigo e com Shimura, avisando que a dama de vermelho queria resolver essa guerra pacificamente. Foi graças a elas que eu e Shimura fomos teletransportadas até o meu pai, dando as devidas informações.''

- ''Que...''

- ''E você já sabe o resto né?''

- ''Então, por que o grifo voltou machucado e me levou até elas?!''

- ''Foi parte do acordo. Elas queriam conversar com você, mas aquele grifo idiota não queria ir.''

- ''E então vocês o forçaram.''

- ''Animais não podem ir contra seus donos, Mike.''

- ''ELES SÃO SERES VIVOS!! A MORTE DELE FOI DESNECESSÁRIA!''

- ''ELE MORREU PARA SALVAR O REINO! GRAÇAS A ELE TER TE LEVADO ATÉ AQUELAS GAROTAS, A GUERRA TEVE UM FIM! ALEGRE-SE! ALEGRE-SE POR TER SIDO ÚTIL! MOON, GRIFO E SEU SACRIFÍCIO FOI RECOMPENSADO!!''

O sorriso sádico da princesa me fazia sentir nojo da sua visão. Finalmente, todo esse reino e as máscaras foram derrubadas após a dama de vermelho vencer essa guerra.

O tempo que passamos juntos, obstáculos e dificuldades superadas... tudo isso foi em vão. Novamente eu fui um completo idiota, sendo traído por aqueles que confiei. A falsidade de serem confiáveis foi apenas para se divertirem com o meu sofrimento.

Todos eles não se importam com a morte do imperador glacial. Todos não se importam com a morte do único que me ajudou. Tenho certeza que a dama de vermelho não propôs esse casamento como oferta de paz atoa.

- (''Você é insana.'')

O peso nas minhas costas volta, dessa vez mais brutal. A princesa vai até o meu encontro, enquanto tento segurar os gritos de dor dessa pata de dragão irritante.

Ela estende o pé para mim...

- ''Beije ele.''

- ''Que... AHHHH!!''

- ''Você já beijou muitas mãos nessa jornada. Hora de ser o que você é de verdade: Um animal de estimação.''

- ''Eu... eu...''

Minha voz começa a falhar, minha visão começa a se distorcer e somente consigo ouvir risadas e mais risadas dos convidados. Na minha cabeça eu começo a tentar descobrir onde está Endo e sua irmã. Espero que eles não estejam juntos nessa merda.

Eu estou cansado de ser traído. Eu estou cansado de ser fraco. Eu estou cansado de ser humano...

- ''CHEGA!''

Com o rosto no chão e visão embaçada, ouço um grito vindo da porta principal. Em seguida, ela é aberta violentamente e três silhuetas de pessoas estão me encarando na porta.

Quem... são...

- ''MIKE!!''

 

 

Fim do capítulo 27...


Notas Finais


Finalmente chegamos aqui! Eu planejava em vários rumos que a história iria tomar, com ideias gravadas em um bloco de notas para cada capítulo da história. Tudo isso foi mudado, a medida das revisões e pensamentos que tive sobre como devo terminar esse enredo. A conquista de conseguir +100 favoritos é algo único, mostrando que uma grande maioria deu uma chance a essa jornada. Espero que aproveitem as férias hehe...
Até a última semana do ano!


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