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História Doce Kisara - Doce Liberdade.


Escrita por: Maliharuno_02

Notas do Autor


Beijinhos doces cheios de canela e caramelo para vocês!!!

Boa leitura.

Capítulo 4 - Doce Liberdade.


Fanfic / Fanfiction Doce Kisara - Doce Liberdade.

                    Doce Kisara

                              🍭


"Eu faço as minhas coisas.

Você faz as suas.

Eu não preciso da permissão de ninguém.

Não vou voltar.

Ganhar ou perder." Ava Max.

*

*

*

*

*

Antes.

Ergui meus pés de forma lenta, e baixei meus braços de forma simultânea tentando ser o mais graciosa e leve possível. A música clássica soava em meus ouvidos e meu corpo seguia sua melodia de forma a acompanhar os passos e coreógrafa ensinada a mim a três horas atrás. Eu já podia ouvir os ossos dos meus pés estalarem.

— E... Para.

Suspirei. Finalmente!

A música foi desligada e o som de aplausos a substituiu, fiz uma vénia em agradecimento.

— Estupendo, Kisara, maravilhoso. — Senhora Madallein disse, com seu sotaque britânico sobressaindo fortemente em cada palavra. — A cada dia você me surpreende mais. Eu juro que em todos esses anos nunca trabalhei com uma bailarina assim tão talentosa.

— Obrigada. — agradeci baixando a cabeça, apesar de não concordar completamente com sua fala.

— Por hoje é tudo. Nos veremos na próxima semana querida.

— Estarei esperando. — A loira arrumou suas coisas apressadamente e se despediu com um aceno de cabeça.

Soltei o ar pela boca indo até o canto da sala espelhada buscar minha pequena mala rosa. Mas antes que eu me virasse, um som de novos aplausos me assustou. Me virei rapidamente encontrando uma cabeleira tão platinada quanto a minha e olhos tão negros quanto o carvão.

— Ryou... Você me assustou. — declarei sentindo meu coração se acalmar dentro do meu peito.

O platinado se aproximou calmamente, suas mãos dentro dos bolsos e um sorriso simples em seus lábios finos e rosados.

— Olá linda. Desculpe-me. — ele pediu com calma, seu perfume masculino e um tanto forte atingiu minhas narinas, e eu tive que me conter para não enrugar o nariz — Como está hoje?

— Na mesma. — Minha língua foi mais rápida que eu.

— E isso é bom certo? — questionou erguendo uma de suas sombracelhas.

Ryou estava de terno, o que significava que ele estava vindo direto da empresa dos seus pais, a qual séria dono em alguns meses. Seus cabelos claros estavam penteados para trás, sem nem um fio rebelde, a barba perfeitamente feita, fazendo com que a pequena covinha do seu maxilar esteja visível.

— Não sei bem... — dei de ombros e arrumei a alça da minha mala.

Senti o outro se aproximar mais e suas mãos mornas e pálidas tocarem meu rosto, um suspiro saiu de sua boca.

— Você está tão bonita hoje. — ele disse não me surpreendendo, suas mãos passearam no coque alto dos meus cabelos e depois em minha nuca. Seu rosto se abaixou, ficando a centímetros do meu me fazendo sentir seu hálito fresco.

— Ryou... — falei de forma quase cansada virando o rosto.

— Por favor... — sussurrou suplicante — Apenas uma uma vez Kia... Só dessa vez...

Sempre era "só dessa vez"

Nós já conversamos sobre isso. — falei sentindo minha cabeça doer, assim como os meus pés.

— Eu sei, droga Kia, eu sei mesmo mas... Eu simplesmente não posso evitar, vê-la assim, tão maravilhosamente bela me faz esquecer tudo o que eu já promete a você.

O olhei nos olhos exausta daquele mesmo discurso. Sempre seria assim, ele sempre dizia isso, ele nunca compreenderia o que eu sinto.

— Nós somos amigos. — apelei.

— Isso não me impede de deseja-la. — ele encostou sua testa na minha acareciando meus ombros e pelo amor de Rá, porque ele apenas não entendia? — Por favor... Deixe-me sentir apenas um pouco... Um pouco Kia, só um pouco...

Isso é tão cansativo!

Apenas um pouco... — Cedi por fim, vendo um sorriso se formar em seu rosto bonito e pálido.

Os lábios finos e mornos do platinado não demoraram a encontrar os meus. Presionando-os de forma contínua enquanto seus dedos longos subiam pelo meu pescoço fino até os fios curtos da minha nuca. Ryou movimentou seu lábio inferior e depois o superior e curvou sua cabeça para a direita. Sua língua molhada entreabriu meus lábios, permitindo assim que ele a introduzisse dentro da minha boca e se encontrasse com a minha, os movimentos lentos e calmos dele se tornaram mais rápidos e intensos enroscando nossas línguas numa dança em que ele comandava, em que apenas ele se satisfazia.

Eu não sentia meu coração batendo com força, as mãos suadas e pernas moles ou talvez as tais borboletas na barriga que tanto falaram os poucos livros de romance que eu já li em minha vida. Eu apenas sentia um grande nada misturado com o sabor amargo da culpa.

— Hmmm... — ele gemeu baixinho em meus lábios, o que foi um sinal claro para mim que deveríamos parar. Espalmei minhas mãos em seu peito e devagar o empurrei.

Ele continuava com os olhos fechados e boca levemente inchada. — Isso é tão gostoso... Beija-la é como-

— Essa foi a última vez. — avisei vendo seus olhos se abrirem e me olharem com atenção. — Não podemos continuar com isso. Eu não quero magoar você Ryou, e sei que isso vai acontecer se continuarmos assim.

— Kisara...

— Só amigos Ryou... Combinamos que seria assim, posso não ter tantos amigos assim mas sei que não é hábito amigos se beijarem, pelo menos não desse jeito. Tenho permitido isso porque você é o mais próximo que eu tenho de um melhor amigo, tenho medo de perde-lo — O platinado colocou as mãos na cintura e encarou o chão de testa franzida — não me faça perder você Ryou. Por favor...

— Você não vai Kisara. Nunca irá me perder. — assegurou confiante erguendo a cabeça para me encarar.

— Que bom... — abri um pequeno sorriso, tocando em sua bochecha. — Não quero que isso aconteça, tanto quanto não quero brincar com seus sentimentos — Ele tocou na minha mão em seu rosto e a levou até seus lábios.

— Mas eu quero. Se essa é a única forma de eu estar perto de você assim, se essa é a única forma que eu tenho para poder beija-la, eu quero. — Bufei discretamente.

Ryou...

— Por favor... Brinque com os meus sentimentos Kia, eu quero que faça isso. Eu preciso.

Ele envolveu seus braços longos e fortes ao redor do meu corpo, me puxando para junto de si em um abraço não correspondido. E quando ele encostou o queixo em minha cabeça, murmurando para eu nunca deixá-lo, eu observei nosso reflexo em uma das apareces coberta por espelhos.


Quanto tempo mais eu irei viver uma vida de fingimentos?

•••


Agora.

O que achou? — Mana perguntou assim que abriu a porta do quarto de hóspedes.

Devo dizer a obviedade de que ele não era nada comparado ao meu antigo. Sua cor era amarelo claro e branco, como a maioria da casa. Uma cama de solteiro, um guarda-roupa simples, um sofá rosa no canto e uma pequena penteadeira. Ele não tinha sequer um terço de tamanho do meu closet, mas não seria por isso que eu não agradeceria ou ficaria feliz. Ao menos não é um banco no meio da rua fria.

— É bonito.

— Sério? Eu sei que não é do seu costume-

— Não, está bom para mim. Muito obrigada. — Mana sorriu gentil para mim e me indicou a pequena porta do que seria meu banheiro.

— Vou deixar você se acomodar e ir preparar o nosso jantar, aproveitaremos para conversar melhor nesse tempo.

Assenti concordando e vi ela sair fechando a porta em seguida, me deixando sozinha.

Olhei outra vez o quarto, Mana devia limpa-lo com frequência porque estava tudo arrumado e devidamente limpo. Retirei minha mochila pesada sentido meus ombros doloridos relaxarem após o meu acto e me sentei na cama pequena. Não era tão macia como a outra mas também não era propriamente rígida. Deixei meu corpo cair no colchão e fitei o teto branco.

Era estranho, muito estranho estar longe de casa. Mas ao mesmo tempo, era bom não depender de todos a minha volta, era bom relaxar sem me importar ou preocupar em recitar traços de livros de escritores famosos, sem me preocupar com regras de etiqueta, sem me preocupar em ser a boneca moldável de alguém. Era assustador ser livre. Era bom ser livre.

Meus olhos ficaram pesados, e sem me preocupar em colocar óleos especiais para dormir, deixei meu corpo sucumbir ao cansaço e ao sono.

Saboreando o doce sabor da liberdade.





Notas Finais


Amo vocês!


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