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História Querido Diário - EXO - Lay - Inferno Congelado


Escrita por: Onyy

Notas do Autor


Oláa, essa é uma one bem levinha e especial que fiz.
Espero que gostem e tenham uma boa leitura!!

Capítulo 1 - Inferno Congelado


Capítulo Único

Portas do Inferno

Querido Diário estou no inferno, eu queria muito poder dizer que sou uma mulher normal, com uma vida normal, com uma família normal, com amigas normais e que vive em um lugar normal.

Queria mesmo que fosse assim, porém não é.

Principalmente porque mesmo  nos meus 23 anos ainda tenho minha vida interferida a todo momento pela minha família, escolhendo com quem devo me casar, o que devo ou não fazer,  por puro status e interesse.

Ne! Chega a ser irônico pra quem queria uma vida normal, mas essa é minha realidade.

E não tem porque eu não esconder, que: Sim, minha família é uma interesseira sugadora dos bens alheios, antes mesmo que eu me entendesse por gente minha vida toda já estava planejada para o melhor deles.

Veja bem, primeiro me fizeram conhecer Zhang Yixing ou Lay como todos o chamam, típico playboy coreano com seus 25 anos  bonito, bom de papo, atraente e rico. Sonho de consumo de qualquer garota e em um primeiro momento até cogitei ser uma boa ideia.

Depois eles me fizeram namorar com ele, a família dele também apoia já que nossos pais são "amigos" há muito tempo.

Foi ai que as portas do inferno começaram a serem abertas.

Lay não é um bom moço, educado, refinado e gentil como os príncipes de conto de fadas. Não. Lay está mais para o vilão, um daqueles bem cruéis que não se importam com ninguém a não ser com eles mesmos.

Assim como eu ele também não aceita essa escolha dos pais, só está o fazendo porque os mesmos disseram que cortariam seu cartão de credito o deixando sem nada caso desobedece.

Como sei disso? Ele vive esfregando na minha cara, hora ou outra.

Quando pensei que meu inferno não poderia ficar pior foram lá e abriram mais um pouquinho a porta, no momento em que nossos pais resolveram que seria melhor eu me mudar pra sua casa, pra que começasse a me acostumar com essa “vida”, já estamos noivos e tudo.

Até parece que estou reclamando de barriga cheia não é?

Entretanto sinceramente eu não quero isso, não quero um homem que não me respeita, que sai toda noite pra encontrar com outras mulheres, que volta bêbado pra casa, que me maltrata. Não anseio por isso, e não desejo pra ninguém.

Ser traída, humilhada e maltratada todos os dias não é algo bom!

Mas Tzuyu, por que não se separa dele?

Voltamos ao ponto da minha família, eles não tem nada de muito importante. Só são cegos pelo dinheiro, minha vida toda girou em torno desse dia. Se eu der as costas para o Lay vou fazer o que? Os pouco trabalhos que consigo mal posso pagar o apartamento que alugo, não fiz faculdade e sem contar que não teria lugar pra onde voltar.

Morar pelo resto da vida de favor nas custas das minhas únicas verdadeiras amigas Hana e Dahyun não é algo pensável. Uma hora ou outra elas arrumarão alguém pra se casar, ter filhos, irão se mudar e eu? Vou ficar sozinha pelo resto da vida? Morar de baixo de uma ponte? Talvez virar mendiga ou prostituta? Só por que não consigo aguentar um playboyzinho mimado?

Anyo, muito obrigada. Estou disposta a aguentar isso.

Minha avó vivia me dizendo “Todo lado ruim tem seu lado bom” ainda estou procurando o lado bom disso tudo que está acontecendo. Contudo, aquele bastardo não me fará desistir assim.  


            O fatídico 

Este domingo particularmente estava sendo bem triste, já que teria que me despedir de uma casa que morei por 7 longos anos, foram bons momentos vividos lá. Sei que poderia voltar quando eu quiser, mas não seria a mesma coisa, não da mesma forma.

– Ligue sempre pra gente unnie – pedia Dahyun aos prantos abraçada com a Hana.

Sentiria falta delas, muita falta. Por mais que me irritassem com elas, Dahyun com suas grosseiras e a Haninha com seu jeitinho lerdo, sempre estiveram comigo e me apoiaram nos momentos mais difíceis.

Pelo menos de uma coisa boa eu fiz nessa vida, consegui boas amigas.

Yixing havia terminado de colocar minhas malas no carro e entrou sem nem mesmo despedir delas, como de costume.

Com a Hana ele não tem nada contra, mas Dahyun o afronta sempre que nós vê brigando e não esconde sua insatisfação por ele.

– Ligarei sim. – abracei as duas juntas.

– E nos visite sempre Tzuyu-ah – implorou Hana com sua feição triste.

Prometi a mim mesma que não choraria, mas era difícil me conter.

– Se aquela PRAGA  gritou a ultima parte Dahyun olhando pro Lay dentro do carro –  do Zhang fizer algo com você, nós diga que faço questão de ir dar um corretivo naquela cara sonsa dele.

Sorri fraco,pois tinha ciência de que ouviria mais tarde.

– Não se preocupe Dahyun sei me cuidar. – fui sincera.

Terminei de me despedir dos meus amores que viviam me irritando e fui pro carro lentamente.

E o que eu não queria aconteceu, as malditas lagrimas começaram a rolar de tristeza e raiva, já que eu ouvi sobre esse momento minha vida toda e cheguei até acreditar que poderia ser realmente algo magico. Olhar pro Lay dentro do carro ignorando completamente minha existência provavelmente conversando com algumas das suas afear pelo celular. Me fazia sentir ódio de mim mesma, por um dia pensar que iria ser diferente.

Não deu dois minutos que entrei no carro e já havia começado a ouvir as reclamações do Yixing.

– Essa idiota do cabelo colorido não teve educação dos pais não? – lamuriava ríspido acelerando o carro. 

Não tenho culpa alguma se e a Dahyun é do jeito que é e acaba falando coisas que o irrite. 

– Provavelmente ela recebeu mais educação que você. – ironizei olhando o transito pelo vidro.

Pude ouvir seu sorriso excitado com minha resposta. Última coisa que sinto é medo, pois sei que ele esta na mesma posição que eu.

 Chou Tzuyu, está querendo me provocar? – não respondi e ele bateu na buzina do carro pra alguns idosos que demoravam pra atravessar a rua – Pois se estiver, sinto lhe dizer que não estou de bom humor hoje. 

Esbocei um meio sorriso debochado pra suas palavras. 

Como se não estivesse todos os dias... – pensei em voz alta. 

Aish, lá vem.

– Você está indo morar em minha casa de favor ainda por cima. – rude não o define. – O mínimo que deveria fazer era ficar calada enquanto eu falo! – aumentou a voz.

– Sua casa não! – exclamei no mesmo tom que ele – é a casa dos seus pais. 

Cutuquei a onça com vara curta com essas palavras, por consequência Lay freou o carro com tudo me assustando. 

– Olha aqui – encarava-me odioso e eu devolvia o olhar – nos nunca iremos dar certo – concordei – porém é com você que eles querem que eu me case – aproximava-se do meu rosto abaixando o tom de sua voz – Não dou a mínima pra você e – levou uma das mãos até minhas bochechas apertando-as – se não quiser que eu faça com que meus pais a odeie fica na sua e me deixa na minha...

Gargalhei interrompendo-o, ele definitivamente deveria ser comediante.  

– Se você estivesse tão seguro de si mesmo Lay – afastei sua mão de mim – já teria feito isso há muito tempo não acha? 

Seu semblante era de ódio e nojo. O meu não deveria ser diferente, estamos "juntos" há quase três anos e nunca tivemos uma relação diferente dessa. 

– Esta avisada Tzuyu! – advertiu voltando a movimentar o carro, tentando demonstrar sua superioridade.

– Sua vida gira em torno de um cartão de crédito – retruquei. 

– E a sua gira em torno desse mesmo homem com este mesmo cartão de crédito. 

Admito que havia perdido aquela batalha e que poderia ter ido dormir sem aquela. No entanto, não perdi a guerra. Não ainda.

Bufei.

silêncio no carro prosseguiu até que chegamos a sua casa, não... Mansão e que mansão.

Já havia ido até lá algumas vezes para apresentações formais das nossas famílias, porém nunca fiquei mais que um dia, cada vez que ia descobria uma coisa nova.  

Assim que descemos do carro alguns dos empregados logo foram pra pegar minhas malas e o Yixing aproximou-se de mim com um sorriso perverso que conheço muito bem.Colou nossos corpos e beijo-me bruscamente sem pudor algum.  Fingimos ter uma “boa” relação com a sua família, porém é impossível ficar perto dele por mais que dez minutos sem ser alfinetada por sua ignorância, só fazemos isso às vezes para bancar o casal apaixonado para os de fora. 

Porém, todavia, entretanto seu beijo é seco, áspero e sem emoção alguma.

Sabe como se faz não é babe – sussurrou encerrando o beijo passando sua mão em volta da minha cintura em seguida.

 Iria afasta-lo, mas ao longe vi seus pais saindo pela porta de entrada sorridentes. 

– Não me chame igual você chama tuas vadias – vociferei entre meios dentes.

– Então como trato as prostitutas loucas pelo meu dinheiro? – coloquei minha mão sobre a dele e a apertei com toda força.

Bastardo. 

– Morra! – murmurei já próximos de seus pais. 

Seu Appa se chama Ye e tem uma empresa investimentos respeitável, sem contar que é um dos sócios majoritário da Weg uma multinacional onde a Haninha trabalha. Parece que ele é Tio do dono de lá Park Chanyeol, porém não sei muito sobre isso já que o Lay não se dá bem com o “todo poderoso” e o mesmo acabou sendo excluído dessa parte da família. 

Confesso que estou louca pra saber o que o Yixing aprontou pra poder jogar na cara dele futuramente. 

Sou demais eu sei. 

Sua mãe Kim Yeong é um doce de pessoa enquanto fazemos o que pede corretamente, porém vira uma fera quando algo não sai do seu agrado. 

Como disse antes os dois assim como o restante da família acredita que eu e o Lay nos damos super bem e que já amamos um ao outro profundamente com nosso teatro.

Inocentes.

– Como passa Tzuyu? – senhor Ye perguntou. 

Sorri amarelo tentando transparecer o mais verdadeiro possível. 

– Bem senhor... 

– Não – reprovou interrompendo-me – Já estamos próximos me chame de Aboji. 

– Sim Aboji – respondi como foi pedido. 

Em contrapartida Lay suspirou insatisfeito, estamos juntos há tanto tempo que até conheço suas expressões. Todas elas, sem exceção alguma desagradáveis, nunca vi um sorriso ou palavras amorosas saírem de seus lábios.

– Vamos entrar logo – pediu Lay – está frio aqui fora. 

– Estou tão feliz que esteja aqui Chou, vou pedir para os empregadores levarem suas coisas pro quarto do Zhang Yixing – Kim sorriu ignorando o filho por completo.

Sorri pro teu sorriso e o Lay se desvencilhou de mim terminando de subir as escadas sozinho.

Já fiz o que mandaram e a busquei – falava descontente – agora se querem virar gelo aqui não me importa, mas façam isso sem mim! – concluiu antes de bater a porta.

– Isso é só uma fase – afirmava Kim, olhando pra mim e pro Ye.

Não senhora ele é assim mesmo por natureza mimado, egocêntrico, bastardo, estupido, sem educação... Como diz a Dahyun isso é falta de uns belos corretivos quando pequeno.

Entramos e foi assim que literalmente meu domingo que mal começou terminou, com a porta do inferno definitivamente escancarada, dando play ao meu mais novo inferno congelado chamado Zhang Yixing.

Boa sorte pra mim e adeus diário, está foi minha ultima página. Obrigada por me ouvir todos esses anos.

Ps;Deveria ser proibido que a família interferisse no relacionamento dos filhos, mas estou na Coreia não é?! 


Notas Finais


Casamento forçado é o O mesmo. Dozinha da Tzuyu.
Bye!


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