História Querido Híbrido - Vkook - ABO - 4x

Horas antes

A minha paciência estava por um fio. Hoje a empresa estava cheia, com vários funcionários resolvendo ou calculando coisas que eu não tinha o mínimo de ideia do que era. Reuniões sendo marcadas e remarcadas, o som dos computadores lá fora chegavam em meus ouvidos, tirando minha atenção dos documentos do meu próximo contrato. E para completar a minha manhã cheia, Jackson não parava de ligar ou em seguida enviar mil mensagens.

— Seja rápido e específico, não tenho tempo. — Ditei sério, atendendo a ligação e ouvindo sua risadinha de mal gosto. Respirei fundo, controlando a vontade de atravessar o celular e espatifar ele.

— Aish. Deve estar uma delícia, todo putinho. — Brincou, soltando uma risada.

— Rápido e específico, Jackson Wang. — Eu falei, jogando o celular já no alto falante em cima da mesa, voltando a ler os papéis.

— Ta — Falou tedioso, e a imagem dele revirando os olhos veio em mente. — Eu já sai do seu apartamento e deixei a cria assistindo aquele desenho estranho e, tem uma coisa errada, até porque, mesmo ele não estando no cio, que eu acho que é uma coisa que já tá se aproximando, ele continua com o cheiro e eu acho que você deveria… conversar com ele sobre, talvez, uma marca, Taehyung. — Ele sussurrou a última parte, me fazendo parar de ler os papéis e logo tirar o óculos pequeno para prestar mais atenção. — Eu sei que parece estranho, tanto pra você quanto pra mim, já que eu nunca marquei ninguém e, mesmo assim, você deveria ter calma e paciência com o Jungkook, já que pra mim ele era feito de escravo na loja que você comprou ele. Enfim, pensa, beleza?

Agora

Relembrar o acontecido da manhã de ontem me fez perder o sono, de vez. A escuridão do céu da madrugada era invadida pela cor forte e alaranjada, avisando que o sol estava por vir, e não demorou muito para isso.

Meus cotovelos apoiados na madeira da varanda e rosto erguido na direção brilhante do sol acalmaram de uma certa forma os meus nervos, esquentando meu peitoral exposto, tirando a calça de pano grosso que cobria minhas pernas. 

Sempre era assim, eu perdia uma ou duas noites de sono relembrando dos problemas, mas naquele dia foi diferente: problema algum tomou minha mente, apenas Jungkook. 

Perdido em pensamentos e com os olhos focados na esfera que iluminava cada vez mais o céu, me virei totalmente quando escutei uma voz sonolenta:

— Porque não está dormindo, Taetae? — Ele falou, coçando os olhos e rodando com os braços o corpo, apertando contra si. Sorri levemente e caminhei até ele, levando minhas mãos aos botões da minha camisa que eu havia o vestido, fechando cada um e o abraçando em seguida. — Taetae anda pensando muito... 

— Sim. Taetae anda pensando muito… em você. — Eu disse, e senti seu sorriso contra o meu peito. — Você está bem? 

— Estou… — Rodou os braços na minha cintura, apertando-me. — Jungkook quer entrar… Taetae não pode ficar doente… 

Sorri com sua fala mas a obedeci, pegando-o em meus braços e carregando-o até já estarmos no quarto. Deitei na cama junto a ele, que se aninhou em meus braços, minha mão foi até suas costas, com curiosidade, passando levemente os dedos, desenhando a cintura até chegar no bumbum, onde o apertei e escutei a risadinha de Jungkook, que tirou seu rosto do meu pescoço para me olhar.

— Eu… eu posso te perguntar uma coisa? — A falta de coragem veio como um murro no estômago enquanto eu observava seu rosto inocente, vendo sua confirmação silenciosa. — Como você era tratado naquela loja que vivia? 

Jungkook deixou de sorrir, suas orelhas pequenas que estavam pro alto se baixaram, chateado. — Jungkook, me diz a verdade, ok? hum?

— Eu… — desviou o olhar, passando a mão por meu peitoral, desenhando os pequenos músculos do abdômen, constrangido. — Nunca… aconteceu algo de bom lá, Taetae… a ajumma sempre foi boa comigo, mas teve um dia que ela me machucou… e tinha um homem lá...

— Não precisa dizer mais nada, meu bem. — Eu falei rápido, passando meu dedo por seus olhos. 

”mas teve um dia que ela me machucou (...) E tinha um homem lá“ 

Essa frase continuou em minha cabeça, e ensinou várias vezes que era aquela marca não tão grande em sua costa, áspera e profunda, que a mulher havia o machucado. Eu deixaria ele ter o seu tempo com essa história que parece que o assusta, e esperarei o tempo que for para descobrir quem é essa mulher e principalmente quem é este homem.

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— Jungkook tá de bundinha assada! — Jackson gritou, agarrando Jungkook nos braços. — Meu Deus, obrigada! Sonho de princeso meu foi realizado! 

— Para com isso, ta envergonhando o ele. — Falei irritado, levantando do sofá para tirar Jungkook dos braços do paranóico falante. — Desde quando foi tão… boca suja?

— Sei lá, moleque. E pode parar de começar com o ciuminho pro lado do garoto. — Ele disse, fazendo-me revirar os olhos e seguir com o Jungkook até o outro sofá, o sentando e fazendo o mesmo ato. — Meu casal fez sexo! 

— Aish — Eu resmunguei, olhando Jungkook e sorrindo quando vi seu rosto vermelho, se aproximando para apoiar a cabeça em meu ombro. — Vá embora. Tenho planos para hoje. 

— Que plano é esse que me inclui?

— Deveria ir se arrumar, Jungkook, vamos sair. — Eu falei, ignorando Jackson.

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Depois de quase uma discussão que tive com Jackson, finalmente já estava fora de casa, estacionando o carro no estacionamento do parque de diversões. Na verdade, eu não sabia o que estava fazendo, aliás, nunca tirei um dia de folga do trabalho que estava cheio de coisas para fazer, e isso pareceu, de certa forma, uma decisão ótima.

— Taetae, olha! — Ele correu pelo parque vazio que eu tinha alugado exclusivamente para apenas nós dois, sorrindo e apontando em seguida para a montanha russa colorida. — Você tá vendo?! Que incrível.

— Nunca tinha visto uma de perto, Jungkook? — Eu perguntei e vi sua confirmação negada. Pensei um pouco e sorri, puxando-o até chegarmos na entrada do brinquedo, onde um homem estava e conduziu nos até o gabinete, sentamos um de cada lado, olhando a vista da cidade quando chegamos no topo. — Gostou?

— Eu amei. É a vista mais linda do mundo! 

Sorri levemente, pegando o celular e abrindo a câmera para posicioná-la onde Jungkook estava, tirando algumas fotos de cada expressão.

E passando o dedo pela tela, eu pude ver suas fotos infinitas, cada uma melhor do que a outra. Sorri e olhei para ele, que continuava observando cada cantinho da cidade. 

— Ótimo garoto.