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História Quero Estar ao Seu Lado - Perdoe-me, Mãe


Escrita por: gabihn

Notas do Autor


Olá, pessoal! Bem, venho trazer um capítulo de bônus esta semana!
Quero dar início à estória de fato, então, neste capítulo termino de introduzir os detalhes para dar prosseguimento.
Espero que gostem!

Capítulo 2 - Perdoe-me, Mãe


Fanfic / Fanfiction Quero Estar ao Seu Lado - Perdoe-me, Mãe

Como prometido por sua mãe, esta levou Neji e Hinata ao Konoha Café. Chegando lá, escolheram uma mesa para se sentarem e se depararam com uma figura conhecida por eles que veio atendê-los:

            - Bem-vindos ao Konoha Café! O que vão pedir?

            - Otou-sama! – Disse Neji surpreso. Sabia que seu pai cuidava de um Café pertencente aos pais de Hinata, que pretendiam deixar de herança para as filhas, mais como uma garantia. O que Neji não sabia era que o pai ficava nos atendimentos – O que faz aqui? Achei que cuidasse da administração do café...

            - Ah, sim! Cuida da administração, e venho para o atendimento para supervisionar os demais empregados. Enquanto atendo, os observo. Assim, eles não ficam tão pressionados e fazem seus trabalhos como já o fazem habitualmente – respondeu, Hizashi.

            - Você é esperto, tio Hazashi! – disse Hinata – Quando for maior de idade, espero poder cuidar deste lugar tão bem, quanto você cuida.

            - Tenho certeza que conseguirá. – disse o tio com um sorriso e prosseguiu – E então, o que vão pedir?

            A mãe de Hinata pediu apenas um café expresso, Hinata pediu um pedaço de bolo de cenoura, porque adora a cor, com cobertura de chocolate e um suco de laranja e, por fim, Neji pediu apenas um pedaço de torta salgada, já que não é chegado em doces.

            - Oka-san, obrigada por nos trazer! Sempre quis conhecer o Café da nossa família. Gosto muito quando vocês levam as coisas que são feitas aqui para casa, mas estar aqui me deixa ainda mais feliz! – Hinata havia corado, enquanto dizia e sua mãe fazia carinho em seus cabelos. Para ela, ir a algum lugar além do próprio quarto e a escola de artes marciais era um sonho.

            - Que bom que gostou, filha! Desculpe demorar tanto para trazê-la aqui. Queria que tudo estivesse mais tranquilo com aquela... – A mãe de Hinata percebeu que quase deixou escapar informações das quais ela entendia que a filha e Neji ainda não teriam idade para saber e, por isso, logo se interrompeu – Ah, bem, queria que tudo estivesse resolvido no trabalho – disse ela com um sorriso falso no rosto – O que acham de virmos aqui durante este meu período de férias, sempre após os treinos?

            Neji e Hinata concordaram. Estavam felizes por poderem sair de casa mais vezes. Muito embora Neji já fosse à escola desde o início do ano, mas estava em recesso, queria poder sair com a prima mais vezes, já que sentia pena dela ter que ficar trancada dentro de casa. Por ser um pouco mais velho, Neji já tentou descobrir o que motivava os pais de Hinata a manterem trancada em casa, mas nunca conseguiu descobrir. Eles realmente sabiam desviar o assunto. A única coisa que Neji tinha certeza era de que faziam para o bem de Hinata e cabia a ele ajudá-los a protegê-la.

            Hinata realmente estava muito feliz e queria crescer logo para trabalhar naquele lugar criando novas receitas. Sim, Hinata queria ser uma grande chefe. Não via a hora de estar um pouco maior para estar na cozinha de sua casa, preparando pratos para sua família. Seria a forma dela retribuir tudo o que eles davam a ela.

Aquele seria o lugar que herdaria de seus pais. Eles haviam criado o Café para terem o que deixar de herança às filhas e, quando viram, já estavam com mais três filiais na região de Konoha e, por isso pediram a ajuda de Hizashi que era formado em Contabilidade e Administração de Empresas. Assim, até que suas filhas assumissem, as empresas estariam em boas mãos.

Enquanto fazia a refeição, Hizashi os acompanhou. De repente, apareceu uma mulher:

- Então, esta é a herdeira do Konoha Café? É uma honra conhecê-la. – Disse a mulher fazendo reverência para Hinata e sua mãe.

- Ah, sim, Kaguya! Logo, logo Hinata estará entre nós. – respondeu Hizashi para a mulher de uma aparência muito bela, pele bem clara, olhos tão claros quantos os de Hinata, Neji e Hizashi, e cabelos pretos. Ele percebeu que os três a sua frente o olhavam sem entender a situação, então os apresentou. – Ah, desculpem-me! Vou apresentá-los: esta é Kaguya Ootsutsuki. Ela começou a trabalhar aqui na semana passada e tem tido ótimo desempenho.

- Obrigada, Hizashi-sama! Apenas faço o meu trabalho! – respondeu a moça.

- Espero poder encontrar você por aqui, quando eu já tiver idade – disse Hinata com um sorriso nos olhos referenciando a moça como agradecimento pelo trabalho. Então, quando Hinata se voltou, o sorriso de Kaguya pareceu-lhe um tanto estranho enquanto ela proferia algumas palavras.

- Acho que poderemos nos encontrar até mesmo antes. Mas, bem, tenho que voltar ao trabalho! Foi um prazer. – finalizou dizendo Kaguya ainda com um sorriso estranho e desta vez olhando para a mãe de Hinata, a qual não prestava atenção na conversa, já que prestava atenção em seu celular no momento.

Hinata ficou sem entender, mesmo achando estranha a cena. Mas, “cada um tem suas esquisitices”, pensou Hinata inocentemente, “talvez ela tenha tido inveja da beleza da mamãe”. Quando pensou isso, deu um riso olhando para sua mãe. Esta por sua vez, olhou para a filha sorrindo:

- O que foi Hinata? Eu me sujei? Onde?

- Não, mãe! – respondeu a criança – Apenas reparei o quanto é bonita!

Ela conseguiu deixar a pessoa mais temida pelos criminosos da cidade muito encabulada, pois sua mãe ficou enrubescida e só não derrubou a xícara, que estava em suas mãos já estava sem o líquido, porque Neji tirou a tempo. Mas realmente, a mãe de Hinata era muito bonita com os cabelos da cor dos de Hinata, pele muito branca, como a neve e os olhos escuros já cansados e um corpo muito bem cuidado. Com exceção dos olhos, Hinata era muito parecida com a mãe.

Todos na mesa começaram a rir com o descuido da senhora promotora e pelo quanto estava encabulada. Até ela se permitiu sorrir no final da história. O sorriso de sua própria mãe fez Hinata esquecer o sorriso maligno de Kaguya.

            Depois do ocorrido, foram para casa, já no fim da tarde. Era hora de tomar banho e esperar dar o horário de jantar.

            Enquanto Hinata estava distraída com seus brinquedos na sala, Neji dirigiu-se à mãe de Hinata que estava com Hanabi no colo:

            - Ah, er.... Tia?! – iniciou Neji uma conversa com sua tia.

            - Sim, Neji?

            - Queria agradecer por ter me levado com vocês hoje. Foi divertido! Obrigado! – Instantaneamente, ele inclinou-se como gesto de agradecimento.

            - Neji, levante-se, por favor! – disse sua tia com um tom de muita ternura o que fez Neji levantar-se e encará-la, enquanto ela continuava a dizer – Você também é meu filho, querido. Desde que se mudaram para cá, a não ser tê-lo e tratá-lo como meu filho. Na verdade, eu devo pedir desculpas a você, Hinata e Hanabi, por não poder ficar muito tempo com vocês. Além disso, eu é que tenho que te agradecer por sempre estar ao lado de minhas filhas, principalmente de Hinata. Provavelmente, no futuro, Hinata precisará muito de você e...

            - O quer dizer com isso, tia? Nós dois estaremos ao lado dela, não é? – Neji ficou assustado com o tom de voz que sua tia usou para falar. Como se a qualquer momento ela pudesse desaparecer.

            - Ah, sim, claro que estaremos! Mas haverá momentos que apenas você estará ao lado dela. Quero que você coloque juízo nesta menina! – ela disse com um sorriso sapeca e direcionou seus olhos para Hinata, que brincava distraída - E não deixe que ela perca a fé nas pessoas. Muitos tentarão enganá-la, por ela ter esta personalidade gentil, mas você estando com ela, a dor será menor e ela seguirá em frente. – ela não havia percebido, mas seus olhos estavam marejados enquanto falava e olhava a filha – Ah, e quanto a garotos, tenha certeza de que será alguém merecedor de minha filha. – finalizou, dando-se conta de que seus olhos continham lágrimas e as limpou antes de olhar de volta para Neji.

            - Tia, não se preocupe. Cuidarei de Hinata, junto de você e do tio Hiashi – respondeu Neji, não entendendo bem onde sua tia queria chegar com tudo aquilo, mas feliz por ela confiar tanto nele.

            - Obrigada, Neji – ela se aproximou e deu um beijo na testa de Neji, o deixando corado. Ele também realmente a considerava com uma mãe.

 

            Mais tarde, já era hora de jantar. Hizashi já estava em casa e os acompanhou. Ficaram conversando à mesa, e não viram a hora passar. Quando Hizahi olhou no relógio, viu que já era hora de colocar as crianças para dormir.

            A mãe de Hinata colocou Hanabi em seu berço primeiro, e depois foi ao quarto de Hinata dar-lhe boa noite. Ela já estava na cama quando entrou no quarto e sentou na beirada da cama e dar um beijo na filha.

            - Boa noite, filha!

            - Boa noite, Oka-san! – Mas antes de sua mãe levantar, Hinata perguntou segurando a mão de sua mãe – Oka-san, quando o papai estará em casa?

            - Ah querida, ele disse que daqui duas semanas estará em casa.

            - Poxa, logo quando você volta a trabalhar? Queria passar dias como o de hoje com vocês dois – disse Hinata como se fosse uma garota mimada fazendo bico e enrugando a testa.

            - Hinata! Não fale assim! Sabe que ele está trabalhando para nos proteger, não é? Ele deixa o mundo mais seguro para nós... – A mãe de Hinata a repreendia, mas também parecia ter saudades do marido.

            - Está bem, Oka-san! Desculpe. Só tenho saudades de vocês, às vezes, mas posso ser uma criança egoísta, não é? Apenas não sou forte como você e o papai para proteger as pessoas.

            - Você é uma criança adorável, sabia? – sua mãe disse, fazendo cócegas em Hinata. Ao parar, voltou a dizer – Mas não deve se subestimar. Você é uma garota forte. Vai encontrar esta força quando precisar. E enquanto não a encontra ou quando se sentir muito triste, use isto – dizia ela tirando um colar que continha um pingente com uma pedra azul e colocando em Hinata – Ela não é uma joia. Mas, olhe bem para ela quando colocada contra a luz. Ela brilha tanto que te faz querer estar feliz, fazendo seus pensamentos ruins irem embora. Não é?

            - Nossa, Oka-san, é realmente muito bonita! Mas você não precisa mais dela?

            - Não, filha. Eu tenho pessoas a quem quero proteger. Você, seu pai, Neji, Hanabi e Hizashi são a minha força e felicidade. Assim, a pedra ficou sem função, não é?

            - É verdade, mãe.

            - Então, é hora de dormir. Tenha uma boa noite.

            - Boa noite, mamãe. Eu te amo. Obrigada por hoje. – Hinata disse e fechou os olhos. Teve bons sonhos nesta noite. Sonhou até com um garotinho loiro acenando para ela.

 

Os dias de férias da mãe de Hinata passaram voando, junto também os de Neji, prestes a voltar às aulas. Já estavam no penúltimo dia. A mãe de Hinata estava cansada, por não ter dormido bem. Recebeu muitas ligações do trabalho na noite anterior. Ela não queria sair para descansar, mas Hinata não deu o braço a torcer.

- Oka-san, você prometeu que nós íamos juntos ao Café todo dia que tivesse treino. E hoje tem! Você vai descumprir com sua promessa? – Hinata disse para que soasse com uma chantagem a sua mãe.

- Ai, Hinata, acho que te estraguei nesses dias em que fiquei em casa! – olhando-a como se desse uma advertência – Mas, como diria uma amiga recente, eu nunca volto com minha palavra! Vamos, arrumem-se Hinata e Neji!

Como o combinado, após o treino, foram ao Konoha Café. Enquanto estavam lá, a mãe de Hinata recebeu uma ligação:

- Alô? Hiashi? O quê? Você está chegando em casa? Não, eu a as crianças estamos no Café, apenas Hanabi ficou. – ela tinha um semblante feliz, mas que foi mudando conforme ouvia a voz do outro lado falando e responde – Certo, vamos para casa imediatamente. Tchau! – disse ela desligando e se preparando para sair com certo desespero – Neji e Hinata, vamos embora, agora!

- Mas, Oka-san, acabamos de chegar!

- Hinata, não é hora de ficar dando uma de garota mimada! Seu pai está chegando e devemos ir para casa!

- Não, Oka-san!

- Hinata, vamos embora! – Hinata viu um certo desespero nos olhos de sua mãe, que já estava pálida.

Neji apenas ouvia tudo calado. Até estava ficando bravo com sua prima que irritava sua mãe.

- Está bem, vou me despedir do tio, Hizashi!

- Ok, filha! Vou chamar o motorista. Te espero lá fora. Vamos, Neji!

- Vou me despedir do meu pai também, tia! – ela assentiu em sai do Café.

Enquanto se despedia de Hizashi, em que entregava uma caixa com alguns doces prediletos de Hiashi, ele, Neji e Hinata ouviram um estrondo que vinha do lado de fora do Café. Hinata foi tomada por um frio na barriga antes mesmo de olhar. Teve um mal pressentimento sobre o barulho. Mesmo assim, ela decidiu olhar ao ver o rosto de Neji se encher de desespero e lágrimas. Arrepende-se profundamente de olhar.

A mãe de Hinata caía lentamente no chão, do lado de fora do Café, após ter recebido tiros em seus pulmões. Pessoas gritavam e corriam pela rua e no Café, mas Hinata não ouvia absolutamente nada. Apenas via sua mãe perdendo a vida, assim como sua felicidade de esvaindo. Seu coração começou a palpitar e sua respiração ficar curta, e começando a correr em direção à sua mãe, gritando por ela, e sendo seguida por Neji, mesmo com seu tio gritando para não irem de trás do balcão, o que não foi suficiente para pará-los. Ao chegar o lado de sua mãe, Hinata começou a soltar lágrimas desesperadamente, mas Neji conteve as suas, ficando paradas em seus olhos.

- Mãe!!! A culpa é minha! Não devíamos ter vindo hoje! – Gritava Hinata enquanto suas lágrimas rolavam e segurava as mãos de sua mãe.

- Hinata, a culpa não foi sua, querida... – respondeu quase que em um sibilo, pois mal conseguia respirar. Ela não podia perder tempo. Tinha que ser rápida e explicar algumas coisas a Hinata.

- Isso é culpa das pessoas más que a mamãe tentou prender – disse ela tossindo sangue – Elas queriam se livrar de mim. Eu sou a vilã para eles. Engraçado, não é? – tossiu mais uma vez e sorriu – Mas querida, prometa que vai cuidar de Neji, Habani e papai? Do Hizashi também? – Sua voz começava a falhar ainda mais, fazendo com que Hinata e Neji tivessem que se aproximar mais para escutar – Prometa que não vai deixar isso te levar para a escuridão e que vai achar sua força? Prometa que vai usar a pedra até encontrar o motivo que fará o fogo azul dentro de você surgir? Neji, prometa que ajudará Hinata a encontrar?

Hinata percebeu que sua mãe já não tinha mais forças para respirar e então ouviu Neji:

- Você disse que iríamos cuidar dela juntos! Além disso, isso é culpa dela, como posso protegê-la se ela causou a morte de minha mãe? – Vociferou Neji, e Hinata pôde perceber que o brilho em seus olhos começou a desaparecer e se encher de fúria.

- Neji, Hinata não tem culpa. Eu quis protegê-la deste mundo sem que soubesse de tudo o que acontecia. Não queria preocupar você e ela por serem crianças... – a respiração da mãe de Hinata estava mais ofegante, o que fez com que Hinata desse sua resposta:

- Oka-san, eu prometo. Farei o que me pediu...

- Subestimei vocês, não é? Olha só para vocês... Parecem dois adultos – dizia com um sorriso no rosto e complementou com seu último suspiro – Filha, por favor, não fuja do mundo do qual eu te privei de conhecer.

Hinata foi tomada por um desesperado ainda maior quando viu sua mãe fechar os olhos e não mais mexer o peito com sua respiração. Ela gritava pela mãe. Neji apenas olhava fixamente para mãe de Hinata, já parecendo alguém que também havia perdido a vida.

Ela continuava a gritar com todas as suas forças, quando viu a porta do Café se abrir e seu tio Hizashi sair e tudo começou a se apagar. Já não conseguia mais gritar e nem puxar o ar direito, vindo a desmaiar.

Parecia que era levada dentro de um veículo. Ouvia a voz de seu pai trêmula. Hinata achou estranho, pois seu pai não estava no Café, mas apagou novamente. Ainda no transporte para algum lugar, Hinata conseguiu ouvir o barulho de ambulância e começou a se desesperar. Ela não queria abrir os olhos com medo do que poderia ver, mas mesmo assim, com muita força, ela começou a abri-los e viu cabelos vermelhos e loiros a sua frente. Sentiu uma pontada em sua cabeça e soltou um grunhido por isso e voltou a fechar os olhos e alguém decidiu falar com ela:

- Hinata, estamos te levando para o hospital. Tenha forças! Não pode voltar atrás com a promessa que fez com sua mãe, não é? Então aguente firme. Tudo isso vai doer muito, mas o tempo vai curar sua dor. – Era uma voz feminina que falava com Hinata. Era doce e tenra. Não lhe era estranha, mas não sabia de quem era. A dor de cabeça era tanta, a dor em seu peito era tão grande, que não conseguiu pensar em mais nada além de sua mãe caída no chão com muito sangue. Preferiu ceder à fraqueza de seu corpo novamente e desmaiar.

Hinata acordou com os “bipes” dos aparelhos do hospital. Abriu os olhos aos poucos e percebeu que ninguém estava ali. “É claro que ninguém quer estar comigo”, pensou consigo, “eu só trago desgraça à família! Olha só o que fiz com mamãe”. Tomada por esses pensamentos, começou a chorar. Era apenas uma garota de quatro anos. Não queria mais nada da vida a não ser viver com sua família, mas parece que o destinou não lhe sorria. “Desculpe, oka-san. Não colocarei mais ninguém em perigo”.

 

Antes de sair do hospital, no mesmo dia do ocorrido, Hinata soube que seu tio Hizashi estava internado em estado crítico também. Lhe contaram que, quando ele saiu de dentro do Café, alguém disparou outro tiro que também atingiu no peito. Naquele mesmo dia, ele veio a falecer. Ninguém soube explicar de onde vieram os tiros que acertaram sua mãe e seu tio, muito menos quem os deu. Isso a irritava muito, pois aquele que matou suas pessoas amadas, sairia impune.

 

O tempo começou a passar. Hinata sempre ficava doente e com constantes desmaios. Por isso, Hinata passou alguns anos fora da cidade, ainda dentro dos limites de Konoha, para se recuperar. Segundo a médica que cuidou de Hinata e acompanhava seu tratamento, Senju Tsunade, não havia outro motivo para a saúde de dela não melhorar, se não a morte de sua mãe, já que seus exames não apontavam nenhuma doença; seu maior inimigo era o pensamento de que causara a morte da mãe.

No início, o pai de Hinata não a visitava. Era doloso para ele ver a filha, porque ela era exatamente igual a sua mãe e, inicialmente, também jogou a culpa em Hinata. Mas com o tempo, percebeu que a saúde da filha pioraria se continuasse a rejeitá-la, assim como Neji fazia, e, por isso, acabou por esquecer seus pensamentos fúteis. Tudo para que também não perdesse sua filha também.

Neji, continuou a ignorar Hinata. Ele a culpava pela morte de sua tia, por perder mais uma mãe. Não conseguia perdoá-la. Além disso, também perdeu seu pai. O que demoraria a superar. Hinata ficava triste com isso, mas não ousava chegar perto de Neji, com medo de seus olhos sem vida. Ele a odiava ainda mais por ter que ficar naquela casa de campo junto dela.

Talvez Hanabi fosse a única a nãos e importar com tudo o que acontecia. Tão pequena e inocente, sem poder compreender o que se passava. A única coisa que ainda prendia Hinata neste mundo. Sua irmã.

Após 2 anos, Hinata começou a ficar menos doente e seus desmaios diminuíram. Começou a ter aulas em casa para que não ficasse atrasada na escola. Voltou a fazer artes marciais por exigência de seu pai, mas Kakashi-sensei não poderia lhe dar aulas na casa de campo que estava ficando, então designou Maito Gai, um de seus amigos que morava nas redondezas, para continuasse com as aulas. Ele tinha muita energia e exigia muito de Hinata. Bem, ele ao menos lhe tirava algumas risadas com sua história de Hinata ainda estar “florescendo para a juventude”. Realmente, era uma figura, mas excelente professor.

Hinata ficou no campo por 8 anos. Por lá, ficou amiga dos empregados e dos filhos dos empregados. Entre eles havia um garoto chamado Toneri Otsutsuki, do qual ficou muito amiga. Ele ao menos não lhe fazia perguntas sobre sua mãe, nem sobre os motivos que a levaram a morar ali, já que todas sabiam disso. Para Hinata, isso era o suficiente. Alguém para lhe fazer companhia sem se abrir demais, como sempre foi em sua vida. Sem amigos, apenas conhecidos.

Ao completar 12 anos, Hinata quase não desmaiava mais. Então, Hiashi decidiu que era hora de Hinata voltar para a cidade de Konoha e realizar o desejo de sua mãe: fazer com que ela conheça o mundo do qual foi privada conhecer. Ela, Hanabi e Neji foram matriculados na melhor escola particular da cidade, Konoha High School.

Bem, a rotina de Hinata era da escola para casa, tendo seus treinos em casa dados por Kakashi novamente, em uma sala preparada por seu pai. Ela não fazia questão de ter amigos, até porque assustou a todos quando, logo no primeiro mês de aula desse um tapa em um menino que ria de sua irmã, dizendo que ela não tinha mãe, fazendo com que Hanabi chorasse. Qualquer um poderia caçoar dela, menos de sua irmã. Além disso, não queria ter amigos para não correr o risco de trazer-lhes problemas também, já que Hiashi contou à Hinata que era um agente federal. Cuidava de bandidos do mesmo nível que os de sua mãe.

A vida de Hinata resumiu-se a cuidar de sua irmã, seu pai e seu primo, mesmo que este não quisesse, estudar e trenar. A única coisa que saía dela e lhe dava prazer, era cozinhar, o que aprendeu magnificamente, já que tinha muito tempo ocioso em casa.

Atingiu seus 16 anos em um piscar de olhos, iniciando seu segundo ano no ensino médio. Em seus pensamentos, não seria diferente dos demais. Sem graça. Mas, será que seus pensamentos estariam corretos?


Notas Finais


Hinata sofreu bastante com a morte da mãe... Mas vamos ver o que seus 16 anos lhe reservam!
Espero que tenham gostado! Nos próximos capítulos Naruto passa a aparecer, prometo!!!!!


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