1. Spirit Fanfics >
  2. Quero férias, praia e um romance clichê >
  3. Cinco

História Quero férias, praia e um romance clichê - Cinco


Escrita por: evanjem

Notas do Autor


mais um capítulo como prometido

não esqueçam do fav, comentar e compartilhar a história <3

Capítulo 5 - Cinco


Fanfic / Fanfiction Quero férias, praia e um romance clichê - Cinco

Connection - OneRepublic

 

 Saio do quarto e vou em direção a sala, minha mãe está sentada em um dos sofás mexendo no celular, provavelmente jogando Candy Crush, para chegar até Gustavo vou ter que enfrentar minha vergonha e perguntar a minha mãe qual o número do apartamento da amiga dela.

- Ei, mãe.

- Sim? - Ela me encara com seu óculos de leitura na ponta do nariz.

- É... hum... bem.

- Desembucha logo Daniel.

- Ta. Você sabe qual o apartamento da Vitória?

- Pra que você quer saber? - Minha mãe questiona e após alguns segundos muda sua expressão para malícia. - Ah sim, você quer saber onde o Gustavo está né. Você gosta dele filho? Ele é bem bonito.

 Minha mãe faz questão de dizer o óbvio e me analisa.

- Não mãe, não é isso. É que bem... Ele disse que vai me emprestar um livro, mas eu esqueci o número do seu apartamento.

- Emprestar um livro? Mas e todos aqueles que você já trouxe? - ela me pergunta, e dá de ombros.

- Tudo bem, ela me passou o número mesmo, eu anotei em um post-it e colei na geladeira, vá lá ver.

 Fico de queixo caído, o número estava estampado na geladeira, se eu não fosse tonto e prestasse atenção nas coisas que minha mãe escreve pela casa não teria que ter pedido nada.

 Vou até a cozinha e olho o número, 303 até que é perto, estou no 300.

 No corredor ando pelas portas perto de mim. O corredor acaba justamente no 302, o apartamento dele deve estar no andar de cima.

 Entro no elevador e começo a entrar em pânico.

 Mas que merda eu tô fazendo? Eu vou simplesmente bater na porta dele e dizer "Oi, essa é minha personagem favorita, agora me beija".

 Parabéns Daniel você é um idiota. 

O elevador para e atravesso o corredor até dar de cara com um 303 escrito em letra cursiva elegante em uma porta marrom madeira claro.

Eu realmente vou só bater na porta dele? Acho que ainda dá tempo de voltar. 

 Mesmo assim dou três batidas leve na porta, desejo que ninguém tenha ouvido, e ao mesmo tempo desejo que me atenda. Um frio se instala na minha barriga, começo a suar frio quando ouço passos em direção a porta.

 Quem me atende é o filho mais novo da família.

- A, você deve ser o novo... amigo do Gus.

 Fico sem saber o que dizer, ele é bonito como o irmão, mas seu cabelo é de um castanho mais claro e mais longo, um pouco na altura do meu.

- Acho que sim, ele está?

- Vou chamar ele. Pode entrar.

 Após ele dizer isso, sai correndo gritando pelo irmão, fico nervoso e quero chamar ele de volta, mas lembro que nem sei seu nome.

- Você deve ser o Daniel, filho do Carlos.

 O pai do Gustavo está sentado em uma cadeira encostando na bancada média que separa a cozinha do resto da sala. O apartamento deles parece ser bem mais chique que o meu.

- Sim, eu vim falar com o Gustavo.

- Ah, que bom que vocês já viraram amigos. Eu e seu pai vivíamos nos divertindo nas ruas de Jangada.

- Sim, que legal.

 Fico sem saber o que dizer, mas graças a Deus Gustavo aparece no fim de um corredor cheio de porta.

- Daniel! Que legal que você veio!

- A, oi Gus...

 Não consigo terminar minha fala porque ele me abraça de forma apertada me fazendo derreter por dentro. Ele tem cheiro de sabonete, deve ter saído do banho recentemente.

- Meu irmão falou que você veio me ver.

- Sim, o… - Travo. Eu ainda não sei o nome do irmão do Gustavo.

- O Enzo.

 Não consigo abafar o riso que está preso na minha boca.

- Pode rir, o nome é ridículo, mas ele ganhou antes de virar moda.

 Me permito soltar uma risada que Gustavo acompanha.

- O que te trás aqui?

- Bem, é que - Fico sem jeito de dizer uma coisa tão besta como "Fiquei lendo o dia todo e descobri minha personagem favorita só para ter um pretexto para falar com você" na frente do seu pai - eu terminei o livro.

 Ele me olha curioso e logo sua expressão muda.

- A sim! Descobriu sua personagem favorita? Vem, vamos para meu quarto.

 Ele pega na minha mão e me puxa, olho para seu pai que assente para mim.

 Seu quarto é bem vazio igual ao meu, mas ele veio para cá antes de mim então suas coisas já estão espalhadas pelo lugar, como seu boné vermelho no encosto da cadeira que fica perto de uma mesa de estudos; ou duas cuecas boxe que estão jogadas em um canto da cama. Olho para as cuecas e fico envergonhado com as coisas que passam pela minha mente impura.

- Desculpa pela bagunça, você sabe né, férias.

- Entendo bem - Minto. Sempre deixo meu quarto impecável assim como minhas coisas.

- Você disse que terminou o livro, o que achou? - Ele se senta na cama com as pernas cruzada.

- Eu amei, e agora estou muito curioso para ler a continuação, mas o burro aqui não trouxe pra viagem.

- Você não é burro. - Ele ri. - Se eu tivesse trago também te emprestaria. E agora, qual sua personagem favorita? - 

 Ele me analisa com olhos que imagino estarem brilhando, o nervoso na barriga volta.

-  Olha, eu pensei muito e cheguei a decisão de que é a Arsinoe. - Digo em tom sério, mas dizer assim na frente de um menino gato parece bobo. - Ela é bem diferente que as irmãs e até das pessoas que vivem com ela, e ela toma algumas decisões perigosas e arriscadas, queria ser corajoso assim.

- Mas o que você faria com tanta coragem? Ah! Como sou mal educado, senta aqui - Ele dá tapinhas na cama ao lado dele.

- Bom... - Me sento desconfortavelmente ao lado dele. - Na verdade muitas coisas, você já deve ter percebido que eu sou bastante tímido.

- A não é nada. - Ele me cutuca com a ponta do seu pé brincando. - Eu também gosto da Arsinoe, na verdade gosto de todas as irmãs de diferentes formas.

- Sim eu também! - Digo com animação não pensada, e viro pra ele, nossos olhos se encontram em um silêncio se instala no quarto.

- Bo-bom eu vim aqui só te falar isso, porque você me pediu - Gaguejo.

 Como você é idiota Daniel, na verdade ele deve te achar muito mais um idiota apaixonado. 

- Sim, eu estava um pouco desesperado para fazer alguma amizade, não aguento mais passar as férias sozinho nessa cidade.

- Eu também! Meus pais me obrigam praticamente todo ano a vir aqui.

- Os meus também, essa cidade não tem nada para fazer, mas acho que com companhia fica um pouco melhor né? - Ele me encara com esses olhos grandes verdes, como alguém aguenta?

- Ai eu concordo, não tenho nem internet para passar o tempo aqui. - Me viro e encosto na parede para que ele não sinta meu nervosismo.

- Eu tenho um plano de internet, você quer que eu compartilhe um pouco com você? - Ele pega seu celular e coloca seu dedão no botão principal para desbloquear.

- Não precisa.

- Ah para, vai, digita seu número para eu salvar e enviar - Ele me entrega seu telefone, sorrio para a foto do Harry Styles sem camisa no papel de parede dele.

- Você gosta do Harry? - Seguro um riso mostrando a foto para ele.

- Ai meu Deus! Eu esqueci que tinha colocado essa foto.

- Não se preocupe. - Rio. - Olha, o meu é a Lana. - Mostro a foto do meu celular para ele.

 Escrevo meu número no celular dele e devolvo.

- Vou te enviar internet e uma mensagem para você salvar meu número.

- Obrigado... Acho que agora já vou. - Me levanto da cama dele e vou em direção a porta.

- Mas já? - Me viro rápido pra ele (meu pescoço estala e fico com medo de ter torcido) e ele olha pra mim e depois vira o rosto para o celular - Ah, você deve estar cansado, mas...

 Ele demora o que parece uma eternidade para mim que está parado na sua porta sedento para saber o que vai dizer.

- Quer caminhar comigo na praia amanhã?

- Eu? Ah claro que quero.

- Oba, passo no seu apartamento às 09:00?

- Combinado, 300 - digo antes que ele me pergunte.

 Fico mais olhando pra ele até que percebo que pode parecer estranho e viro para a porta.

-  A! Será que tem como você me emprestar um livro qualquer? É que eu tive que dar a desculpa que vinha pegar um livro emprestado com você.

- E por que você diria isso? - Gustavo me pergunta e eu não sei o que responder.

- Longa história.

- Tudo bem…

  Ele me analisa e vai até a pilha de livros que tem na sua mesa de centro e pega um romance da pilha.

- Muito obrigado. E até mais.

- Até.

 Meus parabéns seu completo idiota.

 Chego em casa com o coração pulando para fora do peito. Meu telefone vibra e vejo duas notificações, uma da minha operadora dizendo que me mandaram internet outra dele:

(Número desconhecido): É o Gustavo, espero que aproveite a internet, se precisar de mais é só falar 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...