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História Quero que você saiba - Por que justo agora?


Escrita por: ClotsQueen

Notas do Autor


**Os personagens desta fanfic são totalmente criados por Trey e Matt, mas, estão escritos por Clot’s Queen... então todas as situações são péssimas imitações, esta história contém linguagem grosseira, pornô gay gratuito, angústia iminente, enredo clichê e não deve ser lida por ninguém.**


Oieee!!

Mais uma fic que eu não deveria estar escrevendo :D mas a vontade é muita e aprendi que não se deve sufocar as ideias, elas acumulam na sua cabeça e fazem você ficar deprimida... rs...

Eu me inspirei abertamente em um anime "Zutto Mae kara Suki deshita" e por isso mesmo esta fic é um tropo comum, bem recorrente e clichê, sei que vocês não vão se surpreender tanto, no fim é só mais uma fic da categoria, algo para nós todos nos divertirmos e passar o tempo de forma prazerosa, talvez só o que mude é a forma como eu caracterizo os personagens, e obviamente haverá Intertextualidade explícita e implícita, assim como mais do que ligações para minha fic principal "Sei que você está em algum lugar", vocês vão notar isso logo de cara!
Ainda assim, não posso dizer que esta fic é um Prequel, nem um Retcon da outra, mas poderia ser :v

Ah, sim, e devo dizer, esta fic vai ter mais lemon que a outra, sei que isso é muito relevante para minha amiga Shei ♥... ( ͡° ͜ʖ ͡°)

* A capa da fic foi originalmente desenhada por jingerial *
** A capa do capítulo é de Gachima (ガチマ) **

BOA LEITURA!!

Capítulo 1 - Por que justo agora?


Fanfic / Fanfiction Quero que você saiba - Por que justo agora?


 

Os cachos ruivos brilharam sob o sol fraco do fim de tarde de um dia de inverno quando Kyle tirou sua ushanka, ele respirou fundo tomando coragem, seu coração batia descompassado, suas bochechas estavam levemente coradas. Ele esticou o braço tocando no relógio dos Broncos do seu Super Melhor Amigo, que o próprio ruivo lhe dera no seu aniversário de 13 anos, Stan estava às vésperas de completar 17.

Kyle puxou o moreno pelo pulso fazendo-o parar sua caminhada. Stan parou e olhou para trás, seus olhos azuis não encontraram os verdes de Kyle, pois o ruivo encarava seus pés.

— O que foi, cara? Esqueceu algo? — Stan questionou um pouco preocupado.

Kyle ergueu o queixo orgulhosamente e seus olhos exibiram um brilho que fez o estômago de Stan afundar como em uma queda livre, sentimento esse que vinha acontecendo muito nos últimos meses.

— Desculpe dizer isso de repente... — Kyle praticamente gritou. — Eu... sempre amei você!

Por algum tempo Stan apenas encarou Kyle, seus olhos azuis cada vez maiores com a surpresa da declaração, o moreno não conseguiu elaborar um pensamento pois seu coração parecia querer pular escapando pela sua boca que estava aberta, e Kyle o observava parecendo esperar uma reação, o ruivo tinha o rosto vermelho, seus olhos brilhavam, os cachos ruivos voaram com uma rajada de vento e neve, ele mordeu os lábios rosados e desviou os olhos de Stan, rindo alto e dando as costas.

— Isso assustou você? Desculpa, cara, eu estava treinando! — Kyle disse colocando a ushanka novamente na cabeça e andando na frente de Stan.

O moreno ficou parado, fixo à calçada como se tivesse criado raiz ali por conta do choque. Kyle já ia na frente, ajeitando os cachos estrategicamente dentro do chapéu que era sua marca registrada desde que Stan o conhecera no Jardim de Infância, o amigo empurrava as mechas para ter certeza que nenhum fio ruivo ficaria de fora, ele olhou para trás e acenou, o que fez com que o moreno acordasse do seu transe temporário.

— Espera, Kyle! Que merda foi essa?? — Stan correu alcançando Kyle. — Que porra é essa de treino, cara?

Kyle sorriu brilhantemente.

— Foi um treino, entendeu? O que achou? Eu fui sedutor? Você ficou nervoso? — Kyle falou, ele piscou e ergueu uma sobrancelha. — Desculpe, isso pareceu gay, não é?

Stan sentiu seu coração parar enquanto observava sem fôlego Kyle dar as costas a ele mais uma vez. O moreno deu dois passos e apanhou a mão de Kyle, virando o ruivo para si, seus peitos estavam quase tocando.

— Eu vou te dizer o que achei. — Stan falou aproximando o rosto, daquela mínima distância podia sentir a respiração de Kyle acelerar levemente, o moreno baixou os olhos encontrando os lábios de seu Super Melhor Amigo e sua voz saiu sussurrada. — Cara...

Kyle sentiu todo seu corpo estremecer, o calor de Stan o atingiu, as respirações dos dois estavam misturadas no ar gelado, eles estavam tão próximos que Stan poderia beijá-lo ali mesmo, era só colar seus lábios, Kyle sabia que não fugiria.

— Você vai ter que se esforçar e ser mais convincente. — Stan concluiu, ele girou caminhando deixando Kyle para trás, o ruivo o alcançou num pequeno trote.

— Como assim?? Cara, me ajude! Eu preciso fazer essa declaração o quanto antes! — Kyle implorou acelerando o passo, Stan agora andava na frente e com pressa.

— Para quem você pretende fazer a declaração verdadeira? — Stan perguntou sem diminuir sua velocidade, Kyle já estava quase correndo atrás dele.

— Não quero dizer ainda. — Kyle emparelhou ficando ao lado de Stan. — Mas você vai me ajudar, não é?

O moreno encarou seu amigo, em seguida desviou o olhar sentindo uma irritação anormal.

— Certo. Depois vemos isso. — Stan disse enfiando as mãos nos bolsos. — Estou com pressa, se quiser me acompanhar vai ter que andar mais rápido, Kyle. — Ele cuspiu as palavras, um frio se espalhou por seu corpo apesar do casaco pesado e das outras duas camadas de roupas, ele não queria pensar em nada, só queria chegar em casa e tomar um banho demorado.

— Cara, não consigo andar mais rápido que isso! Estou exausto dos treinos! — Kyle reclamou.

Stan deu de ombros e continuou andando, Kyle tinha as pernas longas e obviamente conseguiria acompanhar seu ritmo, ambos estavam cansados, Stan sabia, mas pela lógica Kyle deveria estar mais esgotado, ele saiu de uma atividade do Clube de Debates, da qual era presidente, e emendou no treino do time de Basquete da escola. Tudo o que Stan fizera foi treinar Futebol com seus colegas de equipe por pouco mais de uma hora logo depois da aula, o restante do tempo ele ficou à toa na escola, esperando Kyle enquanto bagunçava com Kenny nas arquibancadas do ginásio, assistindo o treinador dar broncas em Butters.

Eles andaram em silêncio, esporadicamente Kyle fazia algum comentário ao qual Stan respondia com monossílabos ou apenas grunhidos, ele não se sentia no clima de bate-papo, estava sentindo uma dor de cabeça que brotava timidamente, seu estômago estava embrulhado e ele estava desesperado para chegar em casa, tudo o que conseguia pensar era que precisava ficar longe de Kyle, o mais rápido possível.

E pensar.

Precisava organizar seus pensamentos.

Por que de repente ele resolveu que tem alguém para se declarar? Desde quando ele gosta de alguém? Eu deveria saber essa porra, ele deveria me dizer, nós somos amigos, puta que pariu, como isso aconteceu bem debaixo do meu nariz... Sou um idiota tapado e burro...?

— STAAAN!! — Kyle gritou, o moreno deu um pulo aturdido encarando o amigo, temendo que Kyle tivesse ouvido seus pensamentos.

— Que porra, Kyle! Não grita! — Ele falou e só então percebeu que estavam na frente da casa dos Broflovski.

— Cara, acorda! Eu estava perguntando se você vai me encontrar na escola amanhã! Preciso abrir o Clube de Debates uma hora mais cedo!

— Que saco, cara! Pra que continuar com isso? Esse clube toma muito do nosso tempo! — Stan respondeu desgostoso.

— Stan, você nem está no clube! — Kyle apontou rindo levemente.

— Não, mas fico pra lá e pra cá com você o tempo todo, é como se eu estivesse na porra do clube de merda, sabia?

Kyle arregalou os olhos, era como se tivesse levado um soco no meio do rosto, ele desviou o olhar e encarou o chão achando muito interessante uma folha de pinheiro que parecia uma agulha verde, espetada na neve.

— Tudo bem, cara, você não tem que ir. — Ele falou baixo, sua voz sumindo. — Também estou muito cansado, me mande uma mensagem mais tarde se quiser! Tchau, Stan.

Kyle abriu a porta e sumiu dentro de casa, Stan sentiu-se mal instantaneamente, ele ficou ali parado, o vento jogando neve e realidade na cara dele.

O moreno afundou as mãos no bolso e atravessou a rua, perdido em pensamentos.

 

Kyle estava apaixonado por alguém.

 

 

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

 

Butters chegou em casa em pouquíssimos minutos, veio correndo pois se seus pais soubessem que ele foi penalizado tendo que reunir todo o material da quadra antes de sair, ele teria um novo castigo, e ainda nem tinha saído do último.

O loiro subiu as escadas silenciosamente, mas pelo que podia ver seus pais ainda não haviam chegado do trabalho, ele deixou o celular carregando em cima da escrivaninha e colocou sua mochila estrategicamente dentro do armário, apanhou uma toalha e roupas para tomar banho.

Quando voltou ao quarto, seu celular acenava uma mensagem, ele apanhou o aparelho com uma mão enquanto a outra ainda secava os cabelos curtos, a mensagem era de Kenny, algo raro.

“Hey Leo, você tem a resposta da questão 18 da lição de Matemática? Não consigo falar com o Kyle! Acho que o idiota deve ter dormido e deixado o celular desligado!”

Butters afundou as sobrancelhas e digitou rapidamente.

Espere um minuto, vou pegar.

Butters nunca conseguia falar com Kenny sem que tivesse mais gente em volta, na verdade ninguém ficava à sós com Kenny, ele estava sempre cercado de pessoas, se dava bem com todo mundo, não que Butters também não se desse bem com mais da metade de seus colegas, só ele não vivia nos holofotes.

“Por você espero o tempo que for preciso, cara! ;)”

Ele largou o celular como se tivesse levado um choque, era normal Kenny agir assim com todos e qualquer um, então Butters tentou firmemente empurrar para longe a agitação que sentiu, ele cavou em sua mochila o caderno onde resolvera as questões, abriu e procurou com o dedo a resposta que Kenny pedira.

O resultado é 24

A resposta de Kenny veio em poucos segundos:

“Obrigado, cara, você salvou meu traseiro :*”

Butters fingiu ignorar o emoticon de beijo que finalizava a frase.

Tudo bem, nos vemos amanhã.

Ele ficou observando o celular por algum tempo, não houve resposta de Kenny e ele desligou o aparelho para evitar atitudes intransigentes, como enviar alguma outra mensagem inútil.

 

Algumas ruas longe dali Kenny sorria como bobo encarando o celular, até que não tinha sido tão difícil pedir algo a Butters, o flerte inocente também não poderia prejudicar em nada, Kenny estava muito ciente de que o amigo tinha terminado com sua namorada do Canadá, e aquilo serviu como gatilho para liberar os sentimentos que o loiro deixara para trás por anos, enterrados profundamente dentro de seu peito.

Ele tentara se aproximar de várias formas, inclusive para apoiar o amigo depois do término com Charlotte, porém Butters sempre se esquivava, ele parecia sempre desconfiado e nunca ficava à sós com Kenny, por mais que o loiro tentasse.

Kenny suspirou alto pensando na tarde que passara na quadra de Basquete, assistindo Butters jogar, ele adorava ver como o loiro se movia na quadra, era um dos mais baixos do time e passava esbarrando nos adversários aos trancos, mas ele era um armador habilidoso, responsável pelo segundo melhor número de jogadas que levavam até os pontos da equipe.

O problema é que Butters também cometia muitas trapalhadas, deixando o treinador irritado o tempo inteiro, Kenny lembrou zangado que hoje Butters ficou até mais tarde juntamente com a responsável do time, Lexus, Kenny não gostava da garota, ela sempre enrolava Butters para que ele lhe pagasse lanches (Kenny era o único que deveria ter este privilégio), naquele dia David e Kyle também ficaram para ajudar Butters, e Kenny lembrava bem que Stan não gostou nada de ter que esperar Kyle.

Kenny teve sua recompensa depois de passar a tarde assistindo ao treino de Basquete, ele conseguiu caminhar para casa com Butters, o único problema foi que também houve a companhia de David e Lexus que não parava de jogar charme para cada um e todos eles... David ficou monopolizando Butters, enquanto Lexus se concentrou em Kenny por motivos que só Deus saberia.

Mas de qualquer maneira, Kenny estava contente por ter conseguido falar com Butters mais do que duas palavras, ele apanhou o celular e desligou, pois já estava querendo arranjar alguma pergunta idiota para fazer, de modo que pudesse continuar a falar com o outro.

Kenny lembrou que Stan falara mais cedo que David nunca se esforçava e as pessoas naturalmente gostavam dele, mas o moreno da touca azul da bola vermelha estava feliz em dizer que ele mesmo não via nada demais no cara.

Kenny também não era o maior fã de David e seu lindo sorriso hispânico.

 

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

 

Na manhã seguinte Tweek encarava seu reflexo no espelho, mais cedo ele viu através das cortinas de seu quarto quando Stan Marsh saiu mais cedo às pressas, provavelmente atrasado para encontrar Kyle, o loiro tomou um grande gole de café e amassou o copo colocando-o no lixo ao lado, Craig nunca vinha até sua casa para irem juntos à escola desde que tinham 10 anos, naquele tempo que viveram um namoro empurrado pela cidade inteira.

Foi uma experiência agradável, pra resumir bem, tudo consistia em andar pela cidade de mãos dadas para que todos continuassem acreditando no amor ou algo assim, continuassem vivendo suas vidas e os deixassem em paz, aquilo calou a todos por um tempo, rendeu algum dinheiro, e em seguida, o assunto caiu no esquecimento, como tudo em South Park.

No entanto para Tweek não era exatamente dessa forma, ele se afastou de Craig primeiro, dando espaço ao moreno, sempre achou que de alguma forma era melhor para eles, teriam mais tempo para os outros amigos e seus próprios interesses, desde então Tweek começou a ficar mais tempo na academia treinando boxe, ou ajudando seu pai na cafeteria.

Craig nunca se opôs, aceitou o distanciamento como aceitava todas as coisas em sua vida, no início ele agia normalmente, com a pequena diferença que Tweek não pegava sua mão estendida, ele torcia a boca em silêncio e batia os ombros, as tardes e noites jogando videogame estavam preservadas, assim como as rodadas de estudo ou as maratonas de alguma série de ficção científica que o moreno tanto gostava. O moreno da touca azul da bola amarela nem mesmo notou quando Tweek não lhe comprara um presente especial no aniversário de 11 anos, o loiro se limitara a dar um cartão-presente de uma loja aleatória, tentando dar a impressão de que não se importava.

O bom e velho Craig nunca ligava para nada, desde que sua rotina estivesse preservada.

Tweek se jogou na cama frustrado, há alguns meses o moreno resolvera começar a acompanhar o loiro até a escola e isso acabou trazendo alguns pensamentos à vida, atualmente Tweek não sabia o que faria a respeito do que sentia quando estava sozinho com Craig, os anos passaram e aquele sentimento adormecido só cresceu. No entanto, à luz dos fatos eles só tinham uma amizade próxima, ainda andavam juntos como um duo inegável, eram uma dupla inseparável, mas parecia que Craig simplesmente seguia com sua amada rotina, e Tweek era apenas parte dela.

 

Craig parou em frente à casa dos Tweaks, ele observou a janela do quarto de Tweek, apanhou uma pedrinha e jogou, um som baixo se deu quando ele acertou no vidro, um par de olhos aveludados surgiram ali e Craig levantou a mão em um cumprimento silencioso.

Poucos instantes depois Tweek apareceu na porta, eles não sorriram um para o outro, Craig deu as costas e Tweek o seguiu pela calçada congelada, o moreno parecia irritado, mas Tweek não perguntaria o que aconteceu.

Eles caminharam algumas quadras e já estavam próximos da escola quando Tweek parou olhando para o outro lado da rua, Craig percebeu tardiamente que Tweek estava esperando alguém.

— E aí, Tweek! Eu trouxe seu trabalho de História!

Kenny empurrou o capuz laranja expondo o rosto corado do frio, havia algumas sardas espalhadas em seu rosto, mas Craig não ligava para isso, ele estava atento vendo Kenny colocar um braço no ombro de Tweek.

— Garanto que o do Kyle estava mais completo! — Tweek falou sorrindo e Craig desviou o rosto sem querer ver aquilo, porém a conversa continuou. — O Butters terminou a lição de Matemática?

— Ah, acho que sim, ele me deu a resposta de uma questão, aliás... — Kenny abriu a mochila. — Faltou a resposta da última, não consegui resolver! Quanto deu a de vocês?

Craig estancou no chão, eles já estavam em frente à escola.

— Não vamos te dar bosta nenhuma McCormick. Por que não pediu pras suas vadias? — Craig falou baixo olhando para Kenny por cima dos ombros.

— Quais delas? — A risada de Kenny ecoou.

— Marsh e Broflovski. Talvez o Stotch. — Craig falou virando de frente para Kenny, ele era alguns centímetros mais alto e usou isso a seu favor. — Não me importo quem dá pra você, ou o que dão, mas eu e o Tweek não somos seus babacas.

Kenny fez uma careta, mas Tweek já tinha um caderno em mãos, quando ele pegou, Craig não sabia.

— A resposta é 97. — A voz de Tweek soou grave, então ele voltou o rosto para enfrentar Craig. — Confere pra mim, Craig, se a sua deu esse resultado também.

Desarmado, Craig cavou sua própria mochila para conferir as respostas, ele e Tweek compararam, e tinham as respostas todas iguais. Kenny aproveitou pra anotar os resultados diferentes enquanto eles marchavam atravessando o corredor.

 

— Tem certeza que eles não estão namorando? — Kyle falou fechando a porta do seu armário com Stan às suas costas.

O moreno olhou por trás do ombro e viu a cena de Craig empurrando Tweek gentilmente pelas costas o encaminhando para a sala de aula, ele fazia uma perfeita muralha separando Tweek de Kenny.

— Por tudo que eu sei, eles não estão. — Stan falou voltando a encarar Kyle. — Por quê? Você quer se declarar pra um deles?

Stan se arrependeu assim que as palavras saíram, ele estivera remoendo a falsa declaração de Kyle por horas a fio na noite anterior e não conseguira dormir o bastante.

Kyle passou por ele o empurrando grosseiramente.

— Não seja idiota, cara. — O ruivo respondeu e andou rapidamente, pisando duro pelo corredor. — Pensei que podia contar com você.

— Kyle! Peraí, cara, eu tava brincando! — Stan tentou remediar correndo atrás do amigo, ele não queria causar a tensão que acabou se criando em torno deles. — Eu vou te ajudar, cara!

— Vamos falar sobre isso depois. — Kyle desviou o olhar, olhando para trás de Stan. — Hey, David! Rebecca!

Automaticamente uma morena de cabelos ondulados surgiu na frente de Stan empurrando-o para o lado e abraçando Kyle.

— Kyle!!

A garota que estudara em casa praticamente todo o ensino fundamental Rebecca Cotswolds, agora estava feliz em se relacionar com outros da sua idade, e claro, Kyle gentilmente a ajudou a se adaptar, esquecendo totalmente que a garota uma vez raspou a cabeça dele.

Hola, Kyle! — David cumprimentou. — Hey, Stan! Estava no Clube de Debates?

O moreno observou sem um pingo de animação os dois recém-chegados cercando seu melhor amigo.

— Pois é... não que eu quisesse, mas o Kyle...

David o cortou.

— Sim, Kyle é capaz de convencer até um ditador de ceder o poder ao povo! — David falou rindo.

— Por isso ele é o Presidente do Clube de Debates! — Rebecca apontou, brincando com seu cabelo. — Enquanto a Testaburguer e o Eric Cartman têm uma capacidade manipuladora monstruosa, Kyle tem um poder de persuasão impagável! — Ela jorrou, tinha pouco mais de um metro e meio, mas sua graciosidade não passava despercebida.

Kyle sorriu para os amigos, uma covinha apareceu no canto da bochecha direita dele e Stan olhou para o chão encarando os tênis.

Era ridículo sentir seu rosto quente por causa de um sorriso idiota.

— É a vantagem de morar numa pequena cidade, você sempre sabe os botões certos para apertar. — O ruivo falou radiante.

Stan detestava quando Kyle sorria assim para outras pessoas, ele tentou ignorar o máximo que pôde, mas desde ontem não conseguia parar de pensar que não estava preparado para Kyle estar apaixonado por alguém.

— Stan! — Uma voz soou por trás do garoto da touca azul com bola vermelha. — Você não retornou meu e-mail ontem!

Wendy olhava para ele chateada, eles não eram mais namorados há dois anos, mas ainda tinham uma relação igual a antes: Stan geralmente se esquecia dela.

A morena cumprimentou rapidamente os outros, todos já haviam se visto mais cedo no Clube de Debates, ela voltou seus olhos violáceos para Stan esperando uma resposta.

— Esqueci, era urgente? — Ele perguntou coçando a nuca.

— Não, era sobre uma manifestação a respeito dos direitos dos animais, mas tudo bem, dê uma olhada depois.

Então Wendy quase foi derrubada quando uma massa corporal colidiu contra ela.

— Parem de fazer roda de percussão no meio do corredor, ho seus hippies filhos da puta. — Eric Cartman falou arrogantemente.

Stan ergueu as sobrancelhas para ele, mas sua atenção voltou para Wendy.

— Eu vou. — Ele então se aproximou de Kyle. — Cara, estamos atrasados.

O ruivo olhou o relógio que ficava pendurado no corredor, mas Stan já estava puxando-o em direção a sala de aula.

— Sim, vamos lá!

Rebecca no entanto, segurou a mão de Kyle.

— Nos falamos depois? — Ela questionou agitada.

Kyle demorou mais do que o normal para responder, Stan viu os olhos verdes encarando os castanhos de Rebecca.

— Ah... sim, okay! — O ruivo disse sorrindo para ela.

Stan assistiu contrariado a menina corar enquanto acenava, eles andaram rápido em direção à sala, mas Stan puxou Kyle para o armário dos produtos de limpeza.

— Que merda foi aquela? — Ele exigiu. — É pra ela que você vai se declarar? Você não disse que precisava de mim para treinar?

Kyle deixou seu olhar percorrer o rosto do amigo, Stan estava ofegante e irritado.

— Eu não falei que era ela, cara! Mas você vai me ajudar mesmo assim? Eu preciso de muita ajuda!

Stan colocou as mãos nos bolsos e desviou o olhar, chateado e não querendo enfrentar Kyle.

— Eu disse que ia, não disse?

Assim, Kyle deu um passo à frente eliminando a curta distância que os separava, ele encurralou Stan contra a parede, em seguida se permitiu agir.

— Eu amo você. — Declarou com a voz grave.

Kyle colou seus lábios aos de Stan, o moreno sentiu as pernas fraquejarem e o coração explodir, a língua de Kyle deslizou contornando sua fenda, em seguida tocou de leve o interior da sua boca, Stan fechou os olhos sentindo o gosto de Kyle quando a língua do ruivo tocou a dele, era algo novo e intoxicante.

Stan agarrou o cachecol de Kyle o puxando para si, o impacto fez cair algo de uma prateleira à suas costas, o estrondo fez com que eles se separassem ofegantes.

— Fui mais convincente agora? — Kyle perguntou, suas pupilas estavam dilatadas ao máximo deixando apenas um fino círculo verde representando a íris.

Stan ainda estava preso no gosto e no cheiro do ruivo, ele respirou fundo tentando não ter um ataque de asma repentino, uma pergunta rodando em sua mente como um replay infinito:

Por que Kyle tinha que se apaixonar justo agora?

 

 


Notas Finais


~continua~

Já viram que são três casais principais, certo? Vai haver alguns personagens que vão se destacar bastante, também outros casais que não vou trabalhar in loco, mas serão citados.
No geral esta será uma fic leve, quase uma comédia romântica e quase um pornô desnecessário (para alegria da minha amiga Shei)... rs... é algo pra passar o tempo mesmo, não serão muitos capítulos, mas espero que todos nós, eu e vocês, tenhamos muita diversão!

Então, se leram até aqui, deixem um comentário, a fic ainda está em construção por isso podem inclusive dar ideias e fazer pedidos :D o que é bem raro nas minhas fics... kkkkk

Mil Bjs,
Vivi


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