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História Racing For You - Camren - Addicted


Escrita por: AnnaCsNd

Notas do Autor


Voltei rápido dessa vez porque eu já tinha o capítulo pronto. Não vão se acostumando, não, em? kkkk
Vejo vocês nas notas finais =)

Capítulo 43 - Addicted


— Eu quem bebeu.

Lauren estava confusa, mas logo entendeu o que estava acontecendo.

— É exatamente o que Levi me contou — ela falou.

— Você tem falado com ele?

— Não, mas a uns meses atrás ele me disse que você estava bebendo mais do que o normal, para eu tomar cuidado. Eu achei que ele estivesse exagerando ou que você estivesse melhor. Pelo visto, eu errei — voltou para a cozinha com as garrafas de vinho. — Eu achei que você estivesse se cuidando, Camila… você tem mentido para mim.

— Eu não m-menti, só omiti a v-verdade — fiquei com medo de ela estar muito brava.

Ela negou com a cabeça e ficou visivelmente chateada.

Eu estava chateada comigo mesma àquele ponto.

— Eu queria acreditar que você, Camz, queria acreditar que você iria me contar tudo que estava acontecendo. Por que você sempre mente? — estava brava.

— Eu não quero te preocupar a toa, Lauren.

— Isso não é preocupação a toa, Camila! — explodiu. — Você está se tornando uma alcoólatra! Você sabe como isso é sério? Você sabe que isso acabou com a vida de muita gente? — ficou vermelha de raiva.

Eu fui me encolhendo no meu canto, ouvindo ela falar sobre como as minhas ações eram ruins e que eu estava acabando com a minha vida fazendo  o que eu estava fazendo.

Ela estava certa, minhas ações eram horríveis, eu estava me estragando. Mas é muito fácil falar, é muito fácil dizer que é errado, difícil é conseguir parar, difícil é conseguir se sentir bem sem isso.

Ela estava certa, mas não me entendia.

— Desculpa por não querer te preocupar, Lauren. Me desculpa por cuidar de você — falei com um sarcasmo amargo.

— Você não tem o direito de ficar brava comigo — disse logo que eu terminei de falar.

— Você também não. Você não sabe como é ser “Camila Cabello, a cantora perfeitinha”. Você não sabe como é ter problemas e ninguém realmente se importar, você não sabe como é abrir as redes sociais e se deparar com pessoas falando coisas horríveis sobre você. Você não sabe como é ter câmeras te seguindo desde os dezessete anos de idade — explodi como ela fez no início. — Então, sim, eu sei que o que eu estou fazendo é errado, mas pelo menos eu não estou te arrastando para essa loucura toda.

Lauren ficou quieta. Mesmo com os olhos marejados, ela não desviou o olhar de mim, o que foi um pouco doloroso de ver.

Detesto brigar com a Lauren, mas isso era inevitável.

Eu sei que o que eu fiz foi horrível, mas era um escape da realidade, uma das únicas coisas que fazia eu me sentir melhor de verdade.

— Você acha que seus problemas justificam seus erros, Camila? — perguntou em um tom de voz ameno, diferentemente de antes.

— Nesse caso, sim.

Assim que eu falei, Lauren subiu as escadas e eu a vi pelo mezanino entrando no nosso quarto.

Fui atrás dela, tentando entender o que ela estava fazendo, mas antes que eu entrasse no quarto, ela saiu completamente vestida.

— O que você vai fazer? — a questionei.

— Eu vou caminhar por aí — não me olhou ao responder.

Eu estava sem entender, mas deixei ela ir. Se ela queria caminhar sozinha, que ela fosse. Só esperava que quando ela voltasse, o clima tenso tivesse passado.

Eu planejava esperá-la, mas ela nunca voltava, então eu fui dormir, porque já era mais de meia noite e eu estava caindo de sono.

No dia seguinte acordei entrelaçada às cobertas, Lauren não estava na cama.

Fiquei preocupada achando que ela não tinha voltado, mas ouvi vozes no andar de baixo e consegui reconhecer a voz dela e a da Dinah.

“Ela está bem?”, ouvi DJ perguntar enquanto eu descia as escadas.

“Não. De noite ela murmurava algumas coisas enquanto dormia e virava de um lado para o outro. Acho que ela nem sabe que eu voltei”, Lauren respondeu. “Eu estou chateada, Dinah… achei que nós estávamos tão bem, mas aí eu descubro que, além de ela estar mal e não me contar, ela anda bebendo escondida”.

Foi nesse momento que eu entrei na cozinha e vi Lauren fazendo panquecas e conversando com Dinah.

— Bom dia — acenei para as duas.

Dinah acenou de volta e Lauren deu um sorriso fraco apenas.

Fui na geladeira, coloquei o leite na bancada e me servi um copo.

O silêncio era ensurdecedor, só se ouvia as panquecas sendo viradas e o copo sendo colocado no mármore. Era uma manhã atípica, porque nós normalmente comemos conversando alto e rindo muito, Lauren e eu nos sentamos lado a lado e trocamos carícias, Dinah brinca com Zip e tira sarro de mim e Lauren dizendo que somos melosas demais.

— Dinah, as garrafas estão na despensa, pode pegar — Lauren apontou para a portinha que dava para a despensa.

— O quê? — fiquei enraivecida.

— Nós não teremos mais bebidas alcoólicas nessa casa, Camila — Lauren disse como se fosse uma mãe contando as novas regras para o filho.

— Por quê?

— Não é um pouco óbvio? Estou ajudando minha namorada a vencer o alcoolismo — colocou um pedaço de panqueca na boca. — Pode pegar as garrafas, DJ — ela voltou a falar com a Dinah, que só olhava para nós um pouco surpresa, acho.

Ela nunca tinha nos visto assim, acho que por isso ficou daquele jeito.

Dinah foi para a dispensa e saiu de lá com quatro garrafas, duas de vinho branco, uma de whisky e a outra era de licor. Eu tinha comprado aquele licor para mim! Era o meu favorito.

— Lauren, isso já é demais — reclamei.

— Demais é saber que você mente para mim. Se você não vai parar de beber por bem, vai por mal — disse decidida. — Espero que você e a Normani gostem de vinho, esse é um dos que o meu pai mais gosta.

Como eu detestava isso. Tudo aquilo era para o meu consumo. E como a Dinah pôde me trair daquele jeito? Eu era sua amiga há muito mais tempo do que ela conhecia Lauren.

Dinah saiu da cozinha e a ouvi sair da casa e abrir o carro, depois ela voltou para a cozinha, para a dispensa na verdade, e saiu de lá com mais duas garrafas.

— Obrigada pelas bebidas, Lauren — Dinah falou depois de voltar para a cozinha pela última vez. — Até mais, Camila. Até mais, Lauren — ela acenou para nós. — Tchau, Zip — fez voz de bebê para o cachorro.

Acenei um tchau a contragosto e a vi sair pela porta.

Nem olhei na cara de Lauren, eu estava com raiva dela. Como ela pode dar todas aquelas bebidas para a DJ? Eu tinha pagado por metade delas e eu iria tomá-las. Eu precisava delas.

— Sério que você vai ficar bravinha porque eu estou cuidando de você? — Lauren falou quando eu comecei a subir as escadas.

— Eu tenho direito de estar brava. Eu precisava daquilo! — me virei para ela.

— Por isso mesmo que eu dei as garrafas para a Dinah. Você não precisa daquela merda, Camila. Depender de drogas para ser feliz é uma merda, isso só te estraga. Amy Winehouse morreu por causa da bebida, sabia?

— Foda-se a Amy Winehouse, eu não sou ela.

— Não, você não é, mas está se tornando uma viciada assim como ela — ela pegou pesado.

Eu não sou viciada, eu poderia parar se eu quisesse.

— Amanhã você vai para a psicóloga — disse em um tom de conclusão, como se terminasse a conversa.

— Não vou — continuei a subir as escadas.

— Eu não estava perguntando, Camila. Amanhã você vai na psicóloga. Já marquei a consulta.

— Não tenho cinco anos para você me obrigar a ir ao médico.

— Camila, faça isso por mim — foi a primeira vez que ela deixou de ter o tom autoritário e falou suavemente.

Eu parei de subir as escadas e a olhei distante. Eu deveria?

— Apenas uma consulta — falei e terminei de subir as escadas.


Notas Finais


E aí, o que acharam?
Até o próximo capítulo <3


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