1. Spirit Fanfics >
  2. Rain of feelings >
  3. Partilhando a cabana com o Kazekage-sama

História Rain of feelings - Partilhando a cabana com o Kazekage-sama


Escrita por: AkemyHyuuga e Projeto_GaaHina

Notas do Autor


Fanfic do primeiro ciclo desse projeto maravilhoso @Projeto_GaaHina
Uma fanfic de três capitulos.
Pode acontecer muita coisa em três capitulos, autora? Sim. Pelo menos, é o que eu espero kkkk.

Quero agradecer a helper @GabiONamikaze, a serio Gabi deste uma grande ajuda para iniciar a fanfic.
À @HYUUZUMAH não é preciso dizer o porquê, né? Basta verem a capa maravilhosa que ela fez para essa fanfic.
E a @demonology (desculpa pela troca de users) pela maravilhosa betagem. Vocês têm que saber o que se passa atrás dos bastidores.

Capítulo 1 - Partilhando a cabana com o Kazekage-sama


Nuvens escuras pairavam sobre a vila de Kirigakure, transformando a tarde em noite. Para os habitantes do País da Água, a ameaça de chuva tinha se tornado uma coisa rotineira, que já não importunava ninguém – afinal de contas, estavam falando da famosa Vila da Névoa.

Depois de duas semanas hospedada num dos hotéis da região, Hinata já não sabia distinguir se uma tempestade estava mesmo a caminho, ou se era mais uma pegadinha da Mãe Natureza para ela cancelar mais uma vez seus planos.

A Hyuuga preferiu ignorar sua intuição e começar a caminhada em direção a sua vila. No meio da trilha, a situação amena mudou para uma caótica. Um trovão rompeu o silencio.

— Droga! — Sentiu uma ou outra gota de chuva deslizando sobre o seu pescoço, até suas costas.

O vento batia implacavelmente, castigando seu corpo. Se ainda existia algum resquício de esperança na sua mente — de que era apenas uma pegadinha da Mãe Natureza — o aguaceiro que veio a seguir tratou de apaga-la.

Hinata olhou para o céu, deixando as furiosas gotas de água bater no seu rosto. Ela merecia.

Parou debaixo de um velho Carvalho, esperando uma oportunidade para continuar. Todavia, não parecia que a tempestade iria terminar tão cedo. Além do mais, ela estava gelando.

Estava a uma distância razoável da vila para pensar em voltar, mas também não podia ficar ali para sempre. Foi então que se lembrou da conversa que teve com a Mizukage.

A ruiva com uma aura assustadora havia explicado, num tom de voz amargo, que pequenas cabanas tinham sido construídas no meio da floresta para imprevistos como esse. Foi uma colaboração entre a Vila da Névoa e a Vila do Relâmpago — as mais afetadas pelas chuvas torrenciais e ventanias. No entanto, a Terumi não sabia se tais construções ainda se mantinham intactas depois da Quarta Guerra Ninja.

— Byakugan!

A Hyuuga ativou seu dojutsu para facilitar a busca. Duas cabanas que encontrou pelo caminho estavam completamente destruídas, consequência dos ramos descontrolados do Tsukuyomi Infinito — Árvore Divina — que cresceram em todo o mundo ninja.

Finalmente, avistou uma cabana em perfeitas condições. Estava fora da trilha, mas isso era o de menos. O que lhe preocupava era o fluxo de chakra que observava dentro da cabana. Talvez fosse um inimigo, ou um aliado, não sabia dizer, a chuva dificultava-lhe a visão.

Se aproximou receosa, com uma kunai na mão. Abriu a porta e deparou-se com olhos verde-azulados pálidos na sua direção.

— Godaime Kazekage-sama? — Desativou o Byakugan quando teve a certeza.

Nenhuma transformação enganava seu dojutsu.

Mas o que ele faia ali? Notou as pequenas partículas de areia voltando para a pequena cabaça de areia que o Kage carregava, no lado esquerdo de sua cintura.

“Ele estava preparado para atacar quem quer que fosse.” pensou. Mas não podia o julgar, ela também tinha se preparado para um possível confronto. Guardou a kunai na pequena pasta presa a sua perna, e examinou a pequena construção de madeira — já havia dormido em grutas com melhores condições, mas em comparação com as demais cabanas que encontrou, essa estava em melhor estado.

A perolada sentiu mais uma corrente de ar, e um arrepio atravessou seu corpo, fazendo com que Hinata passasse as mãos pelos ombros tentando se aquecer. Não foi uma boa ideia — ou escolheu em uma péssima altura para — trocar suas antigas vestimentas largas e quentes, por algo mais “moderno” como Ino sugeriu.

Seu novo traje rendeu muitos elogios, mas agora de nada lhe protegiam do frio.

O Kazekage estudou-a por breves segundos. A Kunoichi tremia toda por causa do frio, mas em momento algum fez questão de entrar no abrigo.

O rosto da azulada e o dojutsu não lhe eram desconhecidos. Todo o mundo ninja conhecia o jutsu ocular dos Hyuuga, o famoso Byakugan. No entanto, Gaara já tinha visto Hinata em outros fóruns.

Lembrou-se do primeiro exame chunnin que fez, na Vila da Folha. A mulher sentava na mesma fileira que o seu amigo — Naruto. E, na segunda fase do exame chunnin, nas florestas de Konoha, Gaara a viu de relance com o seu time. Ela cobria a boca com as duas mãos, assustada depois de o ter visto assassinar um ninja com o seu Caixão de Areia — mas ele não teve culpa, na altura não controlava sua bijuu, Shukaku.

Anos depois do incidente com Konoha, Gaara viu a foto da Hyuuga na lista dos participantes do segundo exame chunnin, presidido por Suna. Quando foi salvo por Neji, o Kage veio a descobrir que os dois eram primos — o que, na altura do primeiro exame chunnin, não lhe interessava saber.

A última vez que observou Hinata, foi na Quarta Guerra Ninja, durante a formação e divisão de regimento. Dois shinobis de vilas rivais discutiam sobre frivolidades, no início de uma guerra. Ele procurou apaziguar a situação — criando uma barreira de areia para separar os dois —, e foi quando a viu de relance, ao lado de Neji. E em vários outros momentos da guerra.

Dois anos se passaram depois da guerra, e Hinata agora estava a sua frente. E ao que parecia...por ordem do destino, iriam partilhar a mesma cabana.

Gaara retirou o seu casaco e estendeu para a mulher a sua frente.

— Vai apanhar um resfriado. — Puxou o casaco de volta antes que a Hyuuga o pegasse, o que resultou num resmungo baixinho. Deu um meio sorriso e continuou: — Por favor, entre.

“Minha companhia é tão ruim assim, ao ponto de preferir um temporal?”, guardou sua inquietação para si. As pessoas sempre tiveram receio de se aproximar dele por ser um jinchuriki. Outro problema é que Gaara não era propriamente o ser mais sociável do Universo, como os seus irmãos. O importante é que ele estava tentando.

— Obrigada, Kazekage-sama.

A mão gélida da Hyuuga sobre a sua tirou-o de seus devaneios.

— De nada. — Retirou uma grande quantidade de areia de sua cabaça, para construir uma parede. — Vou dar um pouco de privacidade, para que possa trocar de roupa.

— Hum...está bem. Obrigada!

Ela esperava que, como um cavalheiro, o ruivo pudesse desviar os olhos enquanto trocava de roupa, não que ele fizesse uma parede de areia.

E Gaara não esperava mais nenhuma palavra da boca de Hinata, mas enganou-se. Ela puxou-o para um diálogo, mesmo com a barreira que criou. Independente do barulho do vento fustigando tudo a sua volta, conseguia ouvir perfeitamente a doce voz da Hyuuga.

— O Kazekage-sama tem uma técnica de combate e defesa muito impressionante. Com sua habilidade atual, o senhor poderia criar uma barreira à sua volta e andar debaixo desse temporal. No entanto, vejo que o senhor chegou no limite. Suas reservas de chakra estão quase escassas.

— Como... — A pergunta saiu num sussurro, aos poucos Gaara recolhia a areia de volta para a sua cabaça. Ele observou as veias salientes ao redor dos olhos perolados.

— Com o meu Byakugan. — respondeu à pergunta do ruivo. — Peço desculpas se invadi sua privacidade, mas fiquei curiosa.

— Não tem problema.

Hinata pendurou suas roupas perto da lareira, e sentou a uma distância razoável dela. Ela agora usava o casaco castanho do Sabaku, e sua curta bermuda azul-escuro.

Ela sempre foi uma menina tímida, com uma baixa autoestima. Hinata não gostava de chamar atenção para si, por isso a sua escolha de roupas largas.

Já foi um desafio para alguém como ela mudar para algo mais revelador. Sentiu um leve desconforto por ter suas coxas expostas, e suas bochechas adquiriram um tom rosado.

— Deduzo que o Kazekage-sama esteja indo para Konoha para o casamento de sua irmã, né? — Não se falava de outra coisa nas suas vilas.

— Sim.

— Claro, afinal, o Godaime é o irmão da noiva. Eu tenho que estar na vila até amanhã de manhã, para a prova de vestido das damas de honor. Sua irmã ameaçou arrancar meus olhos a sangue frio se eu não chegar a tempo — disse, horrorizada. — Tenho certeza de que estou tremendo de medo nesse momento.

Hinata o viu tentando esconder um sorriso.

— Ela é assustadora. — Isso é algo indiscutível — Temari colocava medo nos seus tutores, e em alguns membros do conselho e ninas de Suna.

— Até no Kazekage? — Quis saber.

— Hoje? Sim, mas nem sempre foi assim. — Ele não gostava de falar sobre o seu passado conturbado, mas o sorriso gentil da Hyuuga deu-lhe forças para continuar. — Antes do primeiro exame chunnin, todos tinham medo de se aproximar de mim. Meus irmãos também tinham medo, quando eu perdia o controle. Depois do exame chunnin... depois da minha luta contra o Naruto, consegui obter o controle da minha bijuu, e passei a interagir de novo com as pessoas. E descobri que a minha irmã é bastante assustadora quando contrariada, ou zangada.

— Muito assustador — fungou, soltando uma gargalhada, sendo seguida pelo Kazekage.

Gaara conheceu alguns detalhes da vida da herdeira do prestigiado clã Hyuuga, a medida que o tempo passava. A chuva cessou oito horas depois, e o caminho devia estar lamacento e perigoso demais para se aventurar no meio da noite. Além do mais, ele não podia dar nenhum passo sem a Kunoichi — seria indelicado da sua parte.

Hinata dormia profundamente ao seu lado — depois de uma semana de reuniões, a ninja estava exausta.

~×~

Gaara descobriu que a Hyuuga também podia ser assustadora às vees. O Sabaku acordou com os pulos da mulher sobre o soalho da cabana.

Ele abriu os olhos no momento exato em que ela retirava o seu casaco, para voltar a vestir sua blusa lavanda.

Seu rosto ficou mais vermelho do que uma malagueta. Fechou os olhos rapidamente, e esperou que a Hyuuga terminasse de se vestir.

— Gaara-sama! — Sacudiu o rapaz gentilmente. Quando ele abriu os olhos, relembrou do compromisso que tinham. — Gaara-sama, por favor, acorde. Temos que estar na vila a tempo da prova de vestidos. Além de ter os meus olhos arrancados, corro o risco de ser esfolada viva pela tua irmã.

Hinata aguardou-o fora da cabana, impaciente. Graças à areia de Gaara, atravessaram a floresta lamacenta sem nenhum dano. Ultrapassaram as Vilas do Som e de Kagure. Quando faltavam trinta minutos para a abertura dos portões da vila, eles já estavam lá. Ofegantes e suados, mas chegaram a tempo.

A prova do vestido seria às oito da manhã. Tinha uma hora para chegar no território do seu clã, trocar de roupa e correr até o hotel, onde a noiva estava hospedada.

— Chegamos a tempo.

— Obrigada, Kazekage-sama. Não conseguiria sem a sua ajuda.

— Eu... não fiz nada. — Sentiu a mesma alegria que sentia quando plantava cactos.

— Se a tua irmã começar a praguejar sobre a minha ausência, diga que já cheguei.

— Está bem.

Durante o caminho para o hotel onde estava com seus irmãos, Gaara pensou no quanto evoluiu sua relação com Hinata. Antes, a perolada o tratava com muito formalismo — Kazekage-sama, Godaime-sama, Godaime Kazekage. Depois de três horas conversando, conseguiu que Hinata o chamasse pelo seu nome. O “sama” não desapareceu, mas era o de menos.

Entrou no luxuoso hotel da vila, caminhando até os seus aposentos. Kankuro, Temari e Shikamaru o aguardavam no sofá, com rostos preocupados. Temari foi a primeira a se levantar e correr para o abraçar.

— Estás bem? — Quis saber. — Ouve lé, mas que ideia absurda foi essa de dispensar Kankuro dos seu serviço? Você sabe que é uma figura importante para Suna, tens que andar com os teus seguranças.

O ruivo olhou para o futuro cunhado e o seu irmão em busca de auxilio, mas os dois covardes decidiram ignorar, em prol de não enfrentarem a fera.

— Nós tivemos alguns imprevistos que me forçaram a adiar o meu retorno, e aumentar a minha estadia na Vila do Relâmpago. Tive medo que não terminasse a tempo, por isso ordenei que Kankuro avançasse sem mim. Queria que um de nós estivesse presente.

— Seu baka. — Shikamaru tinha razão quando disse que ela não deveria se preocupar. Mas ele não compreendia que, para as demais vilas Gaara podia ser o prodígio de Sunagakure, o portador temível de uma bijuu, o Kazekage; mas pra ela, Gaara era o seu irmãozinho que tinha de proteger a todo custo. — Conseguiste o financiamento?

— O Raikage prometeu ajudar — Temari suspirou, aliviada. Se fosse tão fácil assim. — Mas a contribuição não será o suficiente para as despesas.

— Oh, Gaara! — exclamou Temari, reforçando o abraço. A loira sentia pena do peso que o irmão carregaa nos ombros.

A Quarta Guerra Mundial Ninja trouxe consigo vários prejuízos para as Cinco Grandes Vilas. Mulheres viúvas, crianças órfãs e perturbadas. Gaara queria criar um fundo de compensação para as famílias dos shinobis que morreram durante a guerra, e reabilitação para aqueles que ficaram feridos. Uma boa ação que precisava de dinheiro, coisa que Suna sempre teve problemas em adquirir em grande quantia. Entre as despesas da vila estavam: a obtenção de água e comida para uma cidade que se encontrava no meio de um deserto árido, materiais para a reconstrução de algumas casas e edifícios que foram destruídos, e auxilio para esses shinobis, vítimas da guerra.

— Talvez eu possa ajudar de alguma forma — insistiu Temari. — Sou muito melhor com relações públicas do que Kankuro.

— Ei! — resmungou Kankuro.

— Não se preocupe com isso. Kankuro e eu vamos resolver. Preocupe-se apenas com o seu “grande dia”.

— Por falar nisso — decidiu mudar de tema, para um que animaria seus irmãos — Shikamaru tem uma proposta para ti, na verdade, para vocês dois.

— O que é? — Gaara inquiriu a Shikamaru.

O Nara levantou o traseiro do sofá para dar a notícia, mas sua noiva impaciente se adiantou e roubou seu momento.

— Ele quer que vocês sejam os padrinhos do nosso casamento.

— Problemática. — Shikamaru revirou os olhos e voltou a se deitar no sofá. — O que dizem? Eu insisto.

— Claro — respondeu Kankuro. — O que diz, Gaara?

Ele já tinha a sua quota anual de responsabilidades, não queria acrescentar mais uma. Todavia, a possibilidade de estar novamente perto da Hyuuga — uma vez que ela seria dama de honor de sua irmã — o fez mudar de ideia.

— Será um prazer. O que um padrinho faz?

— Pra já, podes me proteger da sua irmã até a cerimônia.

— O que disseste? — relevou. — Esquece, tenho assuntos mais importantes para resolver. Eu tenho duas damas de honor sem par. A Matsuri, da nossa vila, e a Hinata. Infelizmente, eu não sei se a Hyuuga já chegou de viagem. Tenho quase a certeza de que a trucidarei, caso não o tenha.

— Problemática. — sabia que era uma força de expressão da namorada, mas valeu a pena alertar. — Não podes sair por aí matando a herdeira do clã Hyuuga, e não esperar por retaliações.

— Adiante — ignorou Temari —, acho que vais te sentir mais confortável ao lado de alguém que conheces. Uma Kunoichi da nossa vila. Gaara vai ficar com a Matsuri. E Kankuro, como é mais sociável, ficará com a Hinata.

— Devo avisar, Kankuro, que Hinata tem um primo bastante protetor. — Shikamaru viu o sorriso do cunhado murchar.

— Eu tenho um pedido para fazer, isso é se não se importarem — proferiu o Kage. Quando as atenções se voltaram para ele, continuou: — Gostaria de ser o par da Hyuuga.

~×~

A mudança repentina do Kazekage deixou os dois irmãos pasmados. Temari não viu nenhum problema em trocar os casais, e Kankuro também não foi contra o desejo do irmão. No entanto, a pergunta que não se calava era: “por quê a Hyuuga?”

Temari limitou-se a responder com um simples “ok”, o que arrancou um sorriso do rosto do seu irmãozinho.

A Sabaku puxou os dois shinobis preguiçosos para fora do quarto do Kazekage.

— Kankuro, sabes alguma coisa que eu não sei? — indagou, trêmula.

— Estou tão perplexo quanto você.

— Diga a verdade, Kankuro! — ordenou — Não é mais um plano perverso do Conselho de Suna, é? Porque eu juro por Rikudo, Kankuro, que se voltarem a magoar os sentimentos do meu irmão como daquela vez, eu castro todos vocês. Podem me chamar de nukenin depois dessa, mas que alguém naquela porcaria de Conselho ai pagar muito caro, ah, pois vai.

Kankuro sentiu que alguns anos de sua pacata vida lhe foram roubados em frações de segundos. Tá aí uma coisa que não vai sentir saudades com a partida de sua irmã: agora seria problema de Konoha, suportar a personalidade forte e agressiva de sua irmã.

— Calma, maninha. — Levantou os braços numa posição defensiva para qualque golpe surpresa de Temari. — Não és a única que ficou zangada com o caso da “Hakuto”:

A Sabaku sentia o sangue ferver só de ouvir o nome da ex-candidata à noiva de Gaara. A golpista não só brincou com os sentimentos do seu irmão, como orquestrou — junto com o seu clã — seu sequestro, e a culpa caiu toda sobre o seu irmão. Enquanto isso, a vadia aproveitava seu romance com o seu amor de infância.

Se Gaara não fosse bonzinho demais, a teria deixado esganar o casalzinho antes deles ultrapassarem as fronteiras de Konoha. Mas quem sabe? Agora que se mudaria para Konohagakure, talvez terminasse o serviço.

O que realmente importa são os sentimentos de Gaara. Temari não queria outro desgosto na vida de seu irmão.

— Shikamaru, sabes alguma coisa sobre uma aliança entre vilas?

— Naruto está atarefado demais com os assuntos da vila pra bancar de casamenteiro. Além disso, ele não brincaria com os sentimentos de seus amigos.

— Ok! Então não é uma trama do conselho de Sua... nem da Vila da Folha. — Estalou a língua e pensou noutras possibilidades — Talvez ele não queira que Kankuro faça alguma besteira com a Hinata, e venha trazer mais problemas para Suna.

— Ou... — Kankuro estava tão concentrado no interesse de Gaara pela Hyuuga, que não entendeu a alfinetada da irmã. — Talvez queira pedir um financiamento ao clã Hyuuga. Pensem comigo, quando um Kage pede ajuda a outro Kage, ele disponibiliza alguns recursos, como: dinheiro e materiais, da vila. No entanto, cada clã possui um fundo monetário próprio. Temos o financiamento de Konoha, a ajuda do clã Nara, talvez ele queira o apoio de outro clã. Os Hyuuga fazem parte de um clã nobre, têm influência noutras vilas, e podem fornecer um grande apoio à Sunagakure.

— Se for para esse fim, ele deve convencer Hiashi, o patriarca da família — informou Shikamaru. — Claro que, convencendo a Hinata, ela convenceria facilmente a Hanabi e o Neji. Com a aprovação das suas duas filhas e do gênio do clã, Hiashi talvez concordaria. — Shikamaru não achava que essa fosse a verdadeira intenção do cunhado.

— Eu sabia, meu irmãozinho é um gênio — celebrou Kankuro.

— Silêncio, Kankuro! Gaara não é esse tipo de pessoa. Ele poderia tentar criar laços, mas não iria se alinhar em algo tão mesquinho.

— Ele não vai forçar ninguém, Temari.

— Gaara não é assim.

— Que saco! — exclamou Shikamaru. O jounin lembrou-se que tinha de ajudar Naruto com algumas papeladas, antes de sua lua de mel. — Por que que não deixam o vosso irmão em paz?

O Nara sabia que os dois fariam o oposto do que ele disse, mas pelo menos tentou.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...